sábado, 18 de abril de 2020

OS FISCAIS DA LEI DE DEUS

OS FISCAIS DA LEI





Em uma arena, local construído exatamente para que pessoas possam assistir combates de humanos que lutam entre si, dois homens peritos em suas artes se digladiavam, até que finalmente um deles prevalece deixando o outro no estado de derrotado. O vencedor olha para os assistentes. Agora, os assistentes passam a ser “juízes” e decidem o que deve ser feito com o perdedor. Os “juízes” expressam seus desejos do que deve acontecer com o derrotado. Há apenas duas opções. Caso os juízes decidam pela morte do perdedor, o homem vencedor passará a exercer o papel de “carrasco” para o perdedor, executando integralmente a sentença determinada pelos juízes. No entanto, os juízes desta arena eram diferentes. Eles sempre decidiam pela continuidade da vida, decidiam sempre pela vida. Assim, o vencedor estende as mãos para o perdedor, que se levanta, e após um longo abraço, os dois saem da arena vivos e felizes. Os juízes, felizes, aplaudem a saída dos dois lutadores.
Você que quer exigir que se cumpra a sentença de morte IMPOSTA ao pecador por este ter cometido um pecado, que este pecador seja sumariamente executado, lembre-se de que você TAMBÉM é um pecador. Você não será um pecador, você já é um pecador. Você que DESEJA a morte daquele que comete um pecado, seja lá qual for o pecado, não se esqueça de que você também é um pecador. Lembre-se da imparcialidade: Todos são estritamente iguais perante a lei, logo, você estará exigindo a tua própria execução. É um ato suicida. A ALMA QUE PECAR – ESTA É QUE MORRERÁ.
Estamos agora na Cidade de Jerusalém, no ano 29 EC.
Uma mulher foi flagrada por um fiscal da lei praticando adultério. Rapidamente se criou uma aglomeração e todos exigiam o cumprimento da lei. A lei milenar previa uma pena de morte para este caso. Rapidamente esta pecadora foi levada à presença de um grupo de homens investidos da autoridade para destruir e/ou determinar a destruição de vidas humanas. Os oficialmente reunidos para este fim, os juízes, a autoridade constituída, determinam o cumprimento da pena prevista na lei para este caso, como resultado do julgamento, julgamento este que só acabaria depois da aplicação da pena. Os carrascos que se oferecem ou ainda aqueles executores designados, levam a pecadora sentenciada para fora dos portões da cidade e aplicando a pena, matam esta pecadora a pedradas, findando assim o julgamento. E assim, a cidade se viu livre de mais uma pecadora. Parte da cidade comemora feliz a destruição de mais uma pecadora. Todos eram partícipes deste julgamento. Os juízes, os fiscais, os executores e os que comemoravam eram partícipes deste julgamento e condenação. Todos os participantes revelavam ter o mesmíssimo sentimento pela pecadora e o mesmíssimo DESEJO de eliminá-la.
Estes homens, os fiscais da lei, eram homens investidos de autoridade para executarem esta missão. Alguns destes homens eram tão dedicados na exclusão e destruição de pecadores, que solicitavam cartas que os autorizassem a agir oficialmente em diversas cidades. Seu objetivo óbvio era limpar as cidades dos pecadores. Certamente, a existência de tais pecadores produzia uma convivência perniciosa e que manchava o bom nome das cidades. Cidades limpas são constituídas de pessoas limpas. As cidades precisavam ser mantidas limpas, precisavam estar livre de tais pecadores. As pessoas desejavam eliminar os pecadores. Quando um pecador era executado, todos se alegravam. A lei tinha de ser cumprida. A única forma conhecida para acabar com pecadores é a “exclusão e eliminaçãode tais pecadores. Esta era a forma usada e amada pelos fiscais da lei, sendo também amada pelos demais do povo. O desejo de cada pessoa ali era matar o pecador. Procurar aqueles que cometessem certos tipos de pecados para eliminá-los. O objetivo era a eliminação do pecador. O objetivo era a remoção do pecador. Depois da eliminação destes pecadores, a cidade sentia-se mais limpa.
Um ou dois anos depois, outra mulher é flagrada por um fiscal da lei praticando o mesmo pecado, o adultério. Um historiador nos conta o que aconteceu: (João 8:1-11) 8 Mas Jesus foi para o Monte das Oliveiras. 2 De madrugada, porém, ele se apresentou novamente no templo e todo o povo começou a vir a ele, e ele se assentou e começou a ensiná-los. 3 Os escribas e os fariseus trouxeram então uma mulher apanhada em adultério, e, depois de a postarem no meio deles, 4 disseram-lhe: “Instrutor, esta mulher foi apanhada no ato de cometer adultério. 5 Na Lei, Moisés prescreve que apedrejemos tal sorte de mulher. Realmente, o que dizes tu?” 6 Naturalmente, diziam isso para o porem à prova, a fim de terem algo com que o acusar. Mas, Jesus abaixou-se e começou a escrever no chão com o seu dedo. 7 Quando persistiram em perguntar-lhe, endireitou-se e disse-lhes: “QUE AQUELE DE VÓS QUE ESTIVER SEM PECADO SEJA O PRIMEIRO A ATIRAR-LHE UMA PEDRA.” 8 E, abaixando-se novamente, escrevia no chão. 9 Mas, os que ouviram isso começaram a sair, um por um, principiando com os anciãos, e ele foi deixado só, bem como a mulher que estivera no meio deles. 10 Endireitando-se, Jesus disse-lhe: “Mulher, onde estão eles? NÃO TE CONDENOU NINGUÉM?11 Ela disse: “Ninguém, senhor.” Jesus disse: “Tampouco eu te condeno. Vai embora; doravante não pratiques mais pecado.”
O que podia interromper esta sequência de julgamentos e execuções? Como por um fim a esta teoria, este sentimento e este amado costume de “excluir e destruir”. Se eu estivesse entre os presentes, já com uma pedra nas mãos, tendo a lei milenar do meu lado, que decisão eu tomaria?? Estar com a pedra na mão e pronto para atirá-la naquela pecadora, revelava o meu desejo para com aquela pecadora, revelava que o meu julgamento tinha sido condenatório, revelava que eu a tinha condenado a morte pelo pecado que ela havia cometido. Ora, se a lei prescreve, tem de ser cumprido, afinal, lei é lei. Se esta é a lei que estava valendo, como podia alguém agir contra a lei e ainda incitar outros a também agirem contra a lei válida?? Ir contra a lei é um ato de rebeldia por parte daquele que está sob esta lei.
Será que eu iria embora, deixando viva aquela pecadora flagrada em pleno pecado? Me rebelaria contra a lei?? Será que esta ação não iria incentivar mais e mais pecadoras a cometerem adultério? Não temos que remover o pecador do nosso meio?? Não temos de remover o iníquo do nosso meio?? Afinal, pecador é para ser excluído e destruído, não é verdade?? O iníquo é para ser excluído e destruído, não é verdade?? O que mais se poderia fazer pelo iníquo, a não ser destruí-lo??
Afinal, quem é este homem que está interferindo no cumprimento da lei milenar?? Quem é este homem que tem a coragem de afrontar a lei milenar?? Que autoridade tem este homem para agir assim??
Este homem é Jesus e todos na cidade já o conhecem. Ele tem poderes fantásticos, poderes que nenhum dos profetas apresentou antes. Me contaram que ele fez cessar uma tempestade com um simples “cala-te”. E Lázaro, meu vizinho, que ele fez voltar a vida depois de três dias!! Ele curou à distância, o servo de um oficial. Por estas e por outras coisas inéditas realizadas, não se pode negar que este homem é um profeta. Estes poderes revelam que ele é um profeta, revelam que ele tem uma mensagem da parte de Jeová. Profeta é aquele que trás um recado de Deus para os demais humanos. No entanto, as palavras que este homem fala... 
Uma lei só pode ser substituída por outra lei. Eu estava presente no monte e ouvi quando ele revelou uma série de NOVOS mandamentos. Estes novos mandamentos formam UMA NOVA LEI. Sendo informações de Deus, sendo uma mensagem de Deus, então, esta é uma nova “lei de Deus”. Eu o ouvi dizer claramente: “Parai de julgar”. Pare de fazer aquilo que você está fazendo. (Mateus 7:1-5) 7PARAI DE JULGAR, para que não sejais julgados; 2 pois, com o julgamento com que julgais, vós sereis julgados; e COM A MEDIDA COM QUE MEDIS, MEDIRÃO A VÓS. 3 Então, por que olhas para o argueiro no olho do teu irmão, mas não tomas em consideração a trave no teu próprio olho? 4 Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Permite-me tirar o argueiro do teu olho’, quando, eis que há uma trave no teu próprio olho? 5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e depois verás claramente como tirar o argueiro do olho do teu irmão. . .
Bem, “julgar” era exatamente aquilo que nós estávamos fazendo. Condene e execute a adúltera ou pare de julgar?? Pare de condenar pecadores ou continue a condenar pecadores?? Execute os pecadores ou pare de executar pecadores?? Não havia meio termo; era para fazer uma coisa ou a outra. Naquele exato momento era a hora da decisão.
Nós estávamos na parte final de um julgamento, restando apenas a execução daquela pecadora, daquela mulher iníqua. Devíamos interromper e parar com o julgamento ou continuar com o julgamento?? O que fazer com o pecador?? O que fazer com o iníquo??
Para fazer o que Jesus mandou fazer eu teria de não fazer mais o que manda a lei milenar; eu teria de parar de fazer o que a lei milenar mandava. Afinal, a lei milenar está valendo ou não?? Eu aprendi a agir assim desde pequeno. Todo mundo tem agido assim desde Moisés. O que devo fazer?? Pelas palavras faladas e pelas ações de Jesus, certamente esta nova lei da qual ele mesmo foi o mediador, já estava valendo para ele, naquele exato momento em que ele pronunciou aquela frase para nós, os fiscais da lei. Para Jesus, a lei milenar não está mais valendo. Devo fazer o que a lei milenar manda ou fazer o que Jesus manda?? Individualmente, o que devo fazer?? Se Jesus, assim como Moisés, estiver repetindo o que Jeová mandou falar, então “Parai de julgar” é uma ordem de Deus, uma ordem dada a nós lá no monte.
Lembro-me também que ele disse mais: “Se não perdoardes os pecados dos outros, não sereis perdoados dos vossos pecados”. (Mateus 6:14-15) 14 “Pois, se perdoardes aos homens as suas falhas, também o vosso Pai celestial vos perdoará; 15 ao passo que, SE NÃO PERDOARDES AOS HOMENS AS SUAS FALHAS, TAMPOUCO O VOSSO PAI VOS PERDOARÁ AS VOSSAS FALHAS.
Estas afirmações juntas são realmente muito fortes. As palavras usadas por Jesus neste incidente com esta adúltera, são palavras muito profundas e deixam claro que os novos mandamentos já estão valendo também para nós. Isto acaba com as funções dos juízes e dos fiscais da lei que existem hoje, bem como com todas estas sentenças e condenações existentes. Ora, isto põe por terra a nossa lei milenar, que foi transmitida por Moisés. Esta nova lei substitui a lei milenar, não faz remendo na lei milenar. Parece que a partir de agora, só Jeová é que vai aplicar as penalidades, só Jeová pode ser o vingador e quando for da vontade Dele, isto é, quando Ele decidir dar uma punição e a punição que Ele escolher dar. Ele retomou exclusivamente para Si a vingança e a aplicação de penalidades, e está deixando isto bem claro para nós. Isto significa que eu não tenho mais o direito de interferir. Jeová é que foi o ofendido. Não cabe a mim dizer a Ele o que fazer; não cabe a mim interferir em um assunto que não me diz respeito. Minhas ações agora são monitoradas diretamente por Jeová e Ele não admite que nenhum outro humano interfira. Pelo que eu entendi, todo e qualquer pecado contra mim eu tenho de perdoar; quando eu for o “ofendido”, eu tenho de perdoar sempre, e todo e qualquer pecado contra Jeová, É ELE quem decide o que vai fazer, pois ELE é o “ofendido”. Se o pecado não foi praticado contra mim, isto significa que eu não sou o “ofendido”, logo, não tenho que me meter em um assunto que não me diz respeito.
Pelo que entendi, um pecador não tem condição moral para condenar outro pecador. Isto foi o que Jesus quis me dizer quando disse: “aquele que estiver sem pecado, que seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. Ademais, existe uma proibição clara, pois é dito na nova lei: “Parai de fazer o que você estava fazendo até agora; parai de julgar”. Decerto, isto é uma ordem para cada um dos ouvintes. É uma ordem para mim, é pessoal. Isto significa que mesmo que todos os outros continuem julgando, eu não posso continuar a julgar.
Decerto, a lei foi transmitida e já estava valendo. Agora, apareceu uma oportunidade de se mostrar na prática, como obedecer a este artigo da nova lei. Havia um conflito direto entre a lei, a nova lei transmitida por Jesus e o que chamamos aqui de lei milenar. Bem, Jesus, o que fazer?? Foi o que perguntamos a ele. Como não condenar, se Moisés prescreve que tal pessoa seja apedrejada?? A resposta de Jesus nos induziu a raciocinar e ver qual deveria ser a nossa atitude a partir daquela hora. Ele nos induziu a ver o porque de “parai de julgar”.
É como se Jesus tivesse dito para mim: “Agora você entendeu o motivo de você não poder mais julgar qualquer humano”?? Aumente a tua sensibilidade.
Um pecador que CONDENA outro pecador não passa de um hipócrita. Um pecador que quer DESTRUIR outro pecador, só por este ser um pecador, não passa de um hipócrita. Esta afirmação saiu da boca de Jesus como reprodução do que saiu da boca de Jeová, uma vez que tudo o que Jesus falava era mera repetição do que o Pai havia falado.
Agora, no lugar de estar fiscalizando outros, eu tenho de fiscalizar as minhas próprias ações. Mais do que fiscalizar as minha ações, aquilo que Jesus falou, me incentivam a fiscalizar os meus sentimentos.
A trave no meu olho e o argueiro no olho de outro- Eu pensei e pensei sobre esta frase falada por Jesus para mim. É como se Jesus estivesse me perguntando: “Como pode você que está cheio de erros, ficar observando os erros dos outros?? Preocupe-se com os teus erros. Quando você conseguir eliminar teus próprios erros, saberás como ajudar os outros a eliminarem os erros deles. Como podes desejar destruir aquele que tem erro? Não está você também cheio de erros?? Você pode até não estar ciente dos teus erros, mas estás cheio de erros. Neste caso, você está pedindo a sua própria destruição”. Foi exatamente isto o que eu entendi daquelas palavras de Jesus.
Lembro-me do que ele falou sobre cometer adultério no coração. Isto é algo totalmente inédito. (Mateus 5:27-28) 27 “Ouvistes que se disse: ‘Não deves cometer adultério.’ 28 Mas eu vos digo que todo aquele que persiste em olhar para uma mulher, a ponto de ter paixão por ela, JÁ COMETEU NO CORAÇÃO ADULTÉRIO COM ELA.
Se já cometeu adultério no coração, significa que se eu admitir e revelar para outros que senti paixão por outra mulher, o que já aconteceu, eu poderia ser apedrejado. Sendo HONESTO comigo mesmo e sendo IMPARCIAL, eu teria de ser o primeiro a atirar pedras em mim mesmo. No entanto, se fosse agora, quem teria coragem de me apedrejar?? Como poderia me julgar por um pecado que ele sequer viu acontecer e ele não tinha a menor condição de saber se aconteceu ou não?? Se alguém jogar uma pedra em mim estará agindo como juiz e executor, algo que está proibido por esta nova lei transmitida por Jesus. Ainda bem que ninguém pode ler a minha mente e nem sentir os meus sentimentos a não ser o Criador. Se estou vivo é porque Jeová me perdoou muitas vezes este mesmo pecado. Ele abriu mão da minha merecida punição.
E eu que pensava que só era pecado, se praticasse o ato fisicamente! Eu não imaginava que eu era tão pecador, que era tão iníquo.
Lembro-me também que ele falou sobre "continuar furioso" ser o mesmo que “assassinar”. (Mateus 5:21-22) 21 “Ouvistes que se disse aos dos tempos antigos: ‘Não deves assassinar; mas quem cometer um assassínio terá de prestar contas ao tribunal de justiça.22 No entanto, digo-vos que todo aquele que CONTINUAR FURIOSO COM SEU IRMÃO TERÁ DE PRESTAR CONTAS AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA; mas, quem se dirigir a seu irmão com uma palavra imprópria de desprezo terá de prestar contas ao Supremo Tribunal; ao passo que quem disser: ‘Tolo desprezível!’, estará sujeito à Geena ardente.
Lembro-me que estou furioso com aquele meu irmão que me pediu dinheiro emprestado e não pagou. Negócio é negócio. Mas, se eu admitisse isto perante os juízes, eu teria a mesma penalidade por assassinar este irmão. Eu teria de ser morto por continuar furioso com meu irmão. Continuar furioso com meu irmão é um pecado que tem a mesma penalidade de morte que tem o pecado de tirar a vida de alguém. Ora, eu chamei ele de iníquo desprezível muitas vezes por não pagar a dívida dele comigo e até hoje eu insisto em receber o meu dinheiro que ganhei com muito trabalho. Ontem mesmo o peguei pela roupa e lhe falei poucas e boas e só não o agredi porque ele se ajoelhou diante de mim e as pessoas me impediram. “Quem não paga o que deve é iníquo”, e iníquo tem de ser tratado como iníquo – isto é o que os antepassados falaram; está nos salmos.
E quanto a dirigir uma palavra imprópria de desprezo, eu sempre afirmei que sentia aversão dos pecadores e que eles não eram dignos de minha atenção e de minha estima. Este que me deve dinheiro é um deles. Eu sempre agradeci a Jeová por não ser igual a estes pecadores; sempre me achei superior a eles, muito mais limpo que eles, pois eu não pratico estes pecados que eles praticam. Não me sento para comer com estes pecadores; realmente, eu sinto aversão. Como modificar este sentimento? Basta ter este sentimento e já é pecado. E eu que queria que Jeová matasse todos os iníquos! Eu estava pedindo a minha própria destruição. Este Jesus senta e come com os pecadores e vive todo o tempo na companhia deles. Aquele iníquo que não me paga o que me deve, está o tempo todo atrás de Jesus. Jesus se sente feliz na companhia destes pecadores. Isto é incrível; isto é inédito. Os profetas anteriores condenavam os pecadores; não viviam se misturando com os iníquos. Ele tem sentimentos diferentes dos nossos, diferentes não, sentimentos opostos aos nossos. O interessante é que nossos antepassados também tinham estes sentimentos iguais aos nossos. Isto está nos salmos. E eu pensava que agindo assim estava agradando a Jeová!
Eu nunca tinha me considerado um iníquo. Meu olho não tinha me visto como um iníquo. Lá no monte, quando Jesus nos chamou de iníquos, pelo menos a todos os ali presentes, eu achei que ele estava no mínimo, exagerando. (Mateus 7:11) 11 Portanto, SE VÓS, EMBORA INÍQUOS, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem!
Mas, pensando bem, não existe qualquer exagero. Eu me achava santo, fazendo parte da nação santa e eliminava pecadores, eliminava iníquos. Eu não sabia que eu era um iníquo; eu não admitia que eu era um iníquo e ser chamado de iníquo era uma grande ofensa. No entanto eu não desconfiava que eu era tão iníquo!! Eu era tão iníquo quanto aqueles que eu sentia aversão. Era e ainda sou.
E quanto aos meus sentimentos pelos samaritanos??
Estes novos mandamentos que Jesus falou são realmente muito mais pesados do que os antigos. Eles revelam os nossos sentimentos mais profundos. São mandamentos destinados a corrigir os meus sentimentos. E para Jeová estes sentimentos já são pecados cometidos, pois aguardamos apenas uma oportunidade propícia para torná-lo visível. Ainda bem que é só Jeová que pode examinar meu coração e meus pensamentos, e é só Ele que pode agir como vingador. Eu poderia ter sido apedrejado pelo menos duas ou três vezes, pois quando o humano julga, ele não é misericordioso. E, eu achava que era justo! Jeová, este sim é misericordioso! Ele podia ter me matado por cada um destes pecados e mesmo agora, por causa destes sentimentos.
Pensando bem, eu estava sendo um carrasco de uma mulher que cometeu adultério, e no entanto, pela nova lei, eu também cometi adultério. Eu sou casado com uma mulher divorciada. Eu ouvi Jesus dizer: (Mateus 5:31-32) 31 “Outrossim, foi dito: ‘Quem se divorciar de sua esposa, dê-lhe certificado de divórcio.’ 32 No entanto, eu vos digo que todo aquele que se divorciar de sua esposa, a não ser por causa de fornicação, expõe-na ao adultério, E QUEM SE CASAR COM UMA MULHER DIVORCIADA COMETE ADULTÉRIO.
Ele disse também: (Lucas 16:18) 18 “Todo aquele que se divorciar de sua esposa e se casar com outra, comete adultério, e QUEM SE CASAR COM UMA MULHER DIVORCIADA DO MARIDO, COMETE ADULTÉRIO.
Nenhuma dúvida. Eu sou um adúltero. Eu vivo em adultério, em uma relação adúltera.
Quantos pecados! Quantos pecados! Quantos pecados são os meus!! Que mais posso dizer??
Eu sou um pecador; eu reconheço. Sou um iníquo. Vou largar esta pedra aqui e vou para casa. Não posso mais continuar a agir como um hipócrita. Não quero mais saber de condenar ninguém; não condeno mais nenhum dos meus irmãos judeus. Por falar em condenar, Pai Celestial, por favor, me perdoe por todos estes pecados. Estou muito envergonhado de ter condenado outros pecadores, quando eu não tinha a menor condição de fazê-lo, pois estou repleto de sentimentos pecaminosos, que na verdade, já são pecados cometidos no coração. Estive agindo como um hipócrita todo este tempo; a vergonha é minha". "Por favor, Pai, Não me condene à Geena ardente, por eu ter me dirigido a meu irmão com uma palavra de desprezo, chamando-o de tolo desprezível, e por outros pecados que eu ainda não tenho consciência de estar praticando".
E agora, como vou me livrar deste sentimento de desprezo?? Me lembro que Jesus disse lá no monte: “Ame o seu inimigo”. (Mateus 5:43-48) 43 “Ouvistes que se disse: ‘Tens de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo.’ 44 No entanto, eu vos digo: CONTINUAI A AMAR OS VOSSOS INIMIGOS e a orar pelos que vos perseguem; 45 para que mostreis ser filhos de vosso Pai, que está nos céus, visto que ele faz o seu sol levantar-se sobre iníquos e sobre bons, e faz chover sobre justos e sobre injustos. 46 Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também a mesma coisa os cobradores de impostos? 47 E, se cumprimentardes somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem também a mesma coisa as pessoas das nações? 48 Concordemente, tendes de ser perfeitos, assim como o vosso Pai celestial é perfeito.. . .
O filho imita o seu Pai, logo, continuai a amar os vossos inimigos, para serdes filhos de vosso Pai celestial. Tenho de substituir os meus sentimentos.
Como é que vou amar o samaritano? Nós não temos tratos com os samaritanos exatamente por nós não os amarmos e por nos sentirmos muito melhores do que eles, e isto desde a infância. Eles são desprezíveis. Epa, desprezíveis?? De novo?? Meu coração está muito doente. Eu tenho de substituir o sentimento de desprezo pelo sentimento de amor; são sentimentos opostos. Como é que eu vou conseguir amar um inimigo, uma pessoa que pratica o mal contra mim? Por vezes é difícil amar os que me amam. O que eu sei é que estou muito, muito longe, daquilo que este Jesus falou. Estou muito longe de ser como ele é. Pelo que entendi, Jeová ama os inimigos. Quem é justo não é inimigo de Jeová. Para ser inimigo de Jeová, a pessoa precisa ser um iníquo. E Jeová ama o iníquo?? Isto é inédito, isto é incrível. Ele pode destruir o inimigo há qualquer instante, no entanto, Ele ama o inimigo?? Mas, eu fui ensinado que Jeová odeia os iníquos, que Jeová detesta os iníquos. É difícil acreditar em tudo o que este Jesus fala. É tudo 100% oposto do que eu aprendi como sendo verdade, coisas que eu aprendi dos sacerdotes e de todos os demais homens respeitáveis que me ensinaram. Eu o ouvi dizer: “Eu sou a verdade”. Se as palavras que Jesus fala são verdade, então, quanta mentira eu aprendi e repito!! Tenho de dar meia volta, pois, segundo as palavras de Jesus, estou indo no caminho oposto ao de Jeová.
Veja só isto, eu sempre me achei (sentimento) muito melhor que os samaritanos, no entanto, estas palavras de Jesus me deixaram encabulado. Se eu só amar a quem me ama, não estou fazendo nada de mais, pois o samaritano também o faz. Se eu cumprimentar somente meus irmãos, mão estou fazendo nada de mais, pois o samaritano também o faz. Me lembro que, muitas foram as vezes em que fui cumprimentado pelos samaritanos e não respondi, virei a cara e no coração eu disse: “Desprezível, tu és indigno de minha estima”. Algumas vezes os samaritanos me chamaram de irmão, e eu me lembro muito bem do sentimento que tive quando isto aconteceu, orgulhosamente rejeitando tal afirmação. Jeová estava vendo isso e certamente via o samaritano como muito melhor do que eu, que me achava justo e fazendo parte do “povo santo” de Deus. Estas inéditas palavras de Jesus..... Que palavras...!!!
Jesus ainda disse mais: “Quem te esbofetear a face direita, oferece a face esquerda”. Isto é o mesmo que dizer: “Acabou a vingança; Não exija mais sua vingança”. (Mateus 5:38-39) 38 “Ouvistes que se disse: ‘Olho por olho e dente por dente.’ 39 No entanto, eu vos digo: Não resistais àquele que é iníquo; mas, A QUEM TE ESBOFETEAR A FACE DIREITA, OFERECE-LHE TAMBÉM A OUTRA.
Depois de ser ofendido diretamente na face, tome a iniciativa em oferecer-lhe a outra face?? Outra afirmação inédita de Jesus. Como aceitar esta “palavra”?? É isto o que está valendo a partir de agora?? Como é que eu vou conseguir fazer isto?? Esta voz!! Esta voz!! Esta voz é a voz de uma ovelha. Novamente, meus sentimentos estão sendo desmascarados. E são sentimentos alimentados desde a minha infância.
Nem mesmo a “vingança de igual intensidade” é mais permitida. E eu que até hoje não tinha deixado minha vingança de lado! Eu sempre desejei vingança. Esta vingança estava garantida na lei milenar. E muitas vezes eu desejei algo que ia muito além da “vingança de igual intensidade”. Como é que eu vou conseguir não mais desejar a vingança?? O mundo está virando de cabeça para baixo. De Jesus só vem palavras e ações inéditas. Olha, cada vez que começo a pensar nisto, minha vergonha aumenta mais!! O desejo nasce no coração, cresce no coração e pode gerar frutos em palavras e em ações. Ele também disse isto.
Mas, será que este Jesus é realmente aquele prometido Messias que tanto aguardamos?? Estas palavras que ele fala... Estas inéditas palavras...!
No dia em que Jesus foi preso, eu fiquei curioso de saber como um homem tão poderoso como ele havia se deixado prender. Eu achava que ele usaria seu poder para retribuir o mal aos que estavam lhe fazendo o mal, assim como Eliseu, o profeta, havia feito, quando aqueles jovens o chamaram de careca, se divertindo às suas custas. Fui testemunha do que Jesus fez. Ele cumpriu totalmente a nova lei que ele mesmo havia intermediado. Ele novamente agiu de forma inédita. Além de não retribuir nenhum dos males e ofensas que lhe fizeram, eu o ouvi dizer: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo. (Lucas 23:32-38) 32 Mas, dois outros homens, malfeitores, também estavam sendo levados para serem executados com ele. 33 E quando chegaram ao lugar chamado Caveira, pregaram-no numa estaca, e assim também os malfeitores, um à sua direita e outro à sua esquerda. 34 [[MAS JESUS ESTAVA DIZENDO: “PAI, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE ESTÃO FAZENDO.”]] Outrossim, para distribuírem as roupas dele, lançaram sortes. 35 E o povo parava, olhando. Mas os governantes ESCARNECIAM, dizendo: “A outros ele salvou; salve-se a si mesmo, se este é o Cristo de Deus, o Escolhido.” 36 Até mesmo os soldados SE DIVERTIAM às custas dele, chegando-se perto e oferecendo-lhe vinho acre, 37 e dizendo: “Se tu és o rei dos judeus, salva-te.” 38 Havia também uma inscrição por cima dele: “Este é o rei dos judeus.”
Mais uma coisa inédita falada e feita por Jesus. Ele tinha escolha, ele podia sair dali, ele podia usar seu poder. Ele fez aquilo que ele escolheu fazer, isto é, perdoar e perdoar até mesmo àqueles que lhe humilhavam e matavam. Jesus não condenou nem mesmo a estes. Ele não se vingou e nem pediu vingança, nem mesmo na hora da morte, mostrando-se ser 100% oposto de Sansão, nosso admirado antepassado – Juízes 16:25-30. Aquelas cenas e aquelas palavras não saem da minha mente. Se eu fechar os olhos, consigo rever a cena e ouvir as palavras de Jesus: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo. Uma coisa INÉDITA, surpreendente para mim. Realmente, Jesus cumpriu esta nova lei. Que sentimentos! Que sentimentos! Não tinha passado por minha cabeça, alguém tão poderoso reagir desta forma àquela situação tão humilhante, tão provocativa e tão dolorosa. Para mim isto era uma coisa INCONCEBÍVEL, mas, fui testemunha, eu vi. Primeiro eu fiquei revoltado por ele não reagir, depois fiquei decepcionado por ele ter se deixado matar e fui pra casa muito triste. No entanto, tempos depois de sua ressurreição, foi aumentando e aumentando a minha admiração por aquele homem. Com calma, pude compreender que ele viveu plenamente aquela mesma lei que ele foi mandado transmitir; ele cumpriu esta nova lei em todos os seus detalhes. Que personalidade fantástica! Que personalidade fantástica! Esta sim é uma personalidade digna de ser imitada. Que poder fantástico ele demonstrou; foi o poder de perdoar. Seus sentimentos foram 100% opostos aos nossos e aos de nossos antepassados, e suas ações foram 100% opostas as nossas. E eu fui testemunha disso!! Pelo que eu entendi, ele estava me mostrando a forma correta de viver a vida, pois se todas as pessoas tivessem a mesma personalidade dele, não haveria inimizades, brigas ou guerras. Pelo que eu entendi, esta é a personalidade que todos têm de imitar. A personalidade de uma ovelha. Certamente é o comportamento de uma ovelha. Eu não podia imaginar que o ser humano pudesse se comportar daquela maneira. Sei que foi previsto em relação a ele e a aquele comportamento: (Isaías 53:7) 7 Viu-se apertado e DEIXOU-SE atribular; contudo, não abria a sua boca. Foi trazido QUAL OVÍDEO ao abate; e COMO A OVELHA fica muda diante dos seus tosquiadores, tampouco ele abria a sua boca.
O Mestre mostrou como é que se faz. Agora, o desafio estava lançado. Ser como o Mestre, ser como uma ovelha, copiar o Mestre todo o tempo, agir como uma ovelha todo o tempo.
Poderia um dos apóstolos de Jesus agir de forma diferente desta, depois da morte e ressurreição do seu Mestre?? E quanto aos demais discípulos?? Poderia passar a condenar outros humanos??
Sim, poderia. Ele poderia voltar a condenar outros humanos. Afinal, ele não é um robô. Ele pode desobedecer. Ele tem este poder. Ele pode decidir não mais imitar a personalidade de Jesus. Ele tem o poder de estabelecer para si um outro Mestre.
Muitos se apresentaram para serem imitadores da personalidade de Jesus, isto é, se apresentaram para serem discípulos de Jesus, para terem a Jesus como Mestre, para terem uma Ovelha como Mestre. Na verdade, todos se apresentavam para serem aprendizes de ovelha. Cada um se apresentava para aprender a ser uma ovelha.
Agora estamos no ano 54 EC. Minha vizinha de nome Sarai havia se tornado uma discípula de Jesus; ela tinha ouvido todas as palavras faladas por Jesus. Ela não se afastava de Jesus. Até ontem, ela sentava-se e comia com todo e qualquer tipo de pecador, assim como Jesus fazia, e obviamente, cumprimentava a todos; vivia com os samaritanos pra cá e pra lá, tratando-os como irmãos que realmente são. Ela me contou que saiu uma nova resolução determinando que os discípulos de Jesus não podem mais sentar para comer e sequer cumprimentar àqueles que se tornaram discípulos e que tenham cometido certos tipos de pecados. Ela falou também que quem discordasse desta nova resolução devia ser expulso do convívio, o que representa não sentar para comer com este homem que foi julgado como iníquo, sequer cumprimentá-lo. Ela afirmou que o iníquo tinha de ser removido do convívio, que quem cumprimentar, sentar e comer com os que se rebelassem contra a nova resolução teria a penalidade de ser removido do convívio, e que isto era por determinação dos novos juízes designados. Eliminai o mal do vosso meio, significa eliminar o pecador do convívio, pois agora este pecador não é mais discípulo de Jesus, não é mais um irmão, não fazendo mais parte da nação. Foi afirmado que esta nova nação é santa e constituída de santos, logo, não pode existir iníquos nesta nova nação. Assim, os iníquos têm de ser expulsos para que a nação permaneça santa e não perca o favor e a bênção de Deus. “Julgai e removei o iníquo de entre os santos”; vós sois juízes; sintetizava uma parte da resolução.
Nestes 22 anos, este é o primeiro caso de julgamento e condenação entre os discípulos de Jesus. O mais engraçado de tudo isto é que, era exatamente isto o que eu fazia há 22 anos atrás quando eu ouvi aquela frase de Jesus: “Quem não tiver pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra”. Eu estava participando de um julgamento de uma adúltera; nós nos sentíamos uma nação santa e desprezávamos os iníquos judeus, nossos irmãos, e os iníquos não judeus, que afirmávamos não serem nossos irmãos. Nosso sentimento e nosso costume eram o “excluir e destruir”. Não nos sentávamos para comer com iníquos e não cumprimentávamos os desprezíveis. Os desprezíveis eram aqueles que para nós não possuíam nenhum valor. Nosso objetivo era destruir àqueles que não se ajustassem àquela lei milenar. Nós nos sentíamos como melhores e exatamente por isso discriminávamos todos os demais povos e até mesmo nossos irmãos judeus que decaíssem do nosso “bom conceito”. Nós achávamos que Jeová estava perto de nós e muito longe dos demais; achávamos que Jeová estava perto dos justos e muito longe dos iníquos. Quanto às mortes a pedradas, fazíamos o que estava determinado na lei milenar. Se Jesus estivesse vivo, ele aprovaria estas novas ações e estes novos sentimentos, ações e sentimentos opostos aos dele??
Depois daquela decisão de não atirar pedra naquela adúltera, minha vida mudou bastante. Fui chamado para responder sobre o motivo da minha ação em relação àquela pecadora. Fui acusado de ser um seguidor de Jesus e de estar indo contra a lei. Fui expulso da sinagoga por não obedecer a lei milenar. Me rotularam de “rebelde contra a lei”. Até hoje, os meus irmãos fariseus não me dirigem a palavra, não me cumprimentam e não respondem ao meu cumprimento, olhando-me com um olhar de desdém, como para alguém que não vale nada, como alguém desprezível. E agora, o que eu vejo? Os mesmos sentimentos, as mesmas palavras e as mesmas ações brotando entre os discípulos de Jesus. Será que os juízes foram apenas substituídos?? Será que Jesus copiaria estas ações e estes sentimentos de seus discípulos?? São ações, sentimentos e palavras 100% opostos aos de Jesus e às palavras de Jesus. Estes sentimentos, estas palavras e estas ações são 100% opostas às ações do Mestre. Afinal, eles ainda são discípulos de Jesus?? Jesus ainda é o Mestre destes homens?? Os discípulos copiam o Mestre em tudo e não apenas em algumas coisas; é por isto que afirmam ser discípulos. Estas ações dos discípulos, são ações de uma ovelha?? Será que neste caso, as ações do Mestre é que estavam erradas?? Será que os discípulos estão contestando as palavras e as ações do Mestre?? Será que são correções das palavras, dos mandamentos e das ações de Jesus??
Afinal, quando eu joguei minha pedra fora, obedecendo a lei instituída por Jesus, eu estava fazendo o que era certo ou o que era errado?? Afinal, “pecador julgar e condenar outro pecador” é certo ou é errado?? Será que estes novos juízes não são mais pecadores?? Mesmo que não fossem mais pecadores, poderiam condenar pecadores?? Tomou Jesus tais ações contra os pecadores?? Sentar-se para comer com irmãos iníquos é pecado? Cumprimentar irmãos iníquos é pecado? Ou será que o pecado é deixar de comer e deixar de cumprimentar o iníquo?? O que as ações de Jesus determinam como sendo pecado?? Jesus foi amplamente contestado pelos supostamente justos, exatamente por sentar-se e comer, ser amigo de cobradores de impostos, meretrizes e demais pecadores. Que sentimentos existiam por detrás da ação de não cumprimentar o iníquo?? Que sentimentos existiam por detrás da ação de sentar-se e comer com os iníquos?? Certamente, eram sentimentos 100% opostos.
Mas, e o que dizer da lei que Jesus instituiu e oficializou?? Ela ainda está valendo?? Será que aquela lei que foi a base e o resumo das ações de Jesus, só foi válida por 22 anos?? Será que os discípulos receberam uma nova lei?? Quem recebeu esta nova lei que permite a condenação, que autoriza o humano a julgar e condenar pecadores, excluir pecadores do convívio, não sentar-se para comer e não cumprimentar irmãos pecadores?? Será que aquele Jesus se submeteria a esta nova lei que agora está valendo para seus discípulos que afirmam copiar sua personalidade de ovelha?? Será que as ações do Mestre é que estavam erradas?? Esta nova resolução afirma que Jesus estava errado no que sentia, falava e agia.
As ações do Mestre se baseavam na nova lei que Jesus revelou para nós. Assim, se as ações do Mestre estavam erradas, a nova lei revelada também estava errada. Será que é isto?? Será que está havendo uma correção da lei??
Jesus afirmou: “vós sois iníquos”. A resolução diz: “vós sois santos”. A lei nova diz: “Parai de julgar; parai de condenar”. A resolução diz: “Podeis julgar; podeis condenar”.
As decisões dos antigos juízes não podiam afrontar àquilo que estava determinado na lei milenar. Criar um costume que afronte a lei dada por Jeová é estar afrontando ao próprio Jeová. Criar uma resolução que afronte a lei dada por Jeová e intermediada por Jesus é afrontar o próprio Jeová, não amar a Jesus e se rebelar contra os sentimentos, contra as palavras e contra as ações do Mestre. Os discípulos têm de ter os mesmos sentimentos do Mestre, falar as mesmas palavras do Mestre e praticar as mesmas ações praticadas pelo Mestre, seguir a mesma lei que foi seguida pelo Mestre. Assim se mostram ser discípulos de seu Mestre, pois copiam, imitam o Mestre. O Mestre ainda é Jesus ou já há outro “mestre”??
Pelo que eu entendi, a partir de agora, 22 anos depois, os discípulos de Jesus, têm seus próprios samaritanos para desprezar e não manter tratos, além de poderem expulsar homens de suas próprias sinagogas. Também estão autorizados a não sentar, não comer e não cumprimentar seus irmãos pecadores, pecadores que cometam certos tipos de pecados. A partir de agora, os discípulos de Jesus determinam quem recebe a vida eterna, assim como também, eles separam aqueles que eles julgam como merecedores de morte eterna. Enquanto não se retratarem diante deles, os expulsos estão julgados por eles como merecedores de morte eterna. Se não se retratarem diante deles, segundo o julgamento deles, os expulsos não entrarão no reino dos céus. Pelo que eu entendi, eles passaram a ser juízes e entregaram a Jeová a simples função de executor das sentenças por eles determinadas. Relegaram Jeová à mera função de executor, um simples e mero carrasco. Eles, como juízes julgam, sentenciam e entregam o já sentenciado para Jeová executar. O juiz tem mais autoridade do que o carrasco.
Posso até estar enganado, mas, eu não vi estes sentimentos, palavras e ações em Jesus, o Mestre. Todos os que eu conheço também afirmam não terem visto Jesus fazer tais coisas. Estas coisas não fizeram parte da personalidade do Mestre, antes, eram costumes e sentimentos antigos que foram abolidos pelo Mestre. Eu sou testemunha de que Jesus cumpriu a todos estes novos mandamentos, isto é, a nova lei transmitida por ele lá no monte. Se alguém quer saber como cumprir estes novos mandamentos é só relembrar as ações de Jesus. Ele mostrou ser um professor e suas ações estavam de acordo com suas palavras.
Esta minha vizinha que sempre está junto com João, um dos doze apóstolos, afirmou que João repete sempre estas palavras faladas por Jesus: Eu vos enviarei o espírito que procede do Pai e ele só falará aquilo que ouvir, ele receberá aquilo que é meu e declarará a vós. O espírito santo não falará nada contra mim, nem contra as minhas palavras e nem contra as minhas ações”. Vocês ouviram minhas palavras e viram minhas ações, vocês são testemunhas das minhas ações. (João 14:23-26) 23 Em resposta, Jesus disse-lhe: “Se alguém me amar, OBSERVARÁ A MINHA PALAVRA, e meu Pai o amará, e nós iremos a ele e faremos a nossa residência com ele. 24 Quem não me ama, não observa as MINHAS PALAVRAS; e a palavra QUE ESTAIS OUVINDO não é minha, mas PERTENCE AO PAI que me enviou. 25 “Enquanto permaneci convosco, FALEI-VOS destas coisas. 26 Mas o ajudador, o espírito santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos FARÁ LEMBRAR TODAS AS COISAS QUE EU VOS DISSE. (João 15:26-27) 26 Quando chegar o ajudador que eu vos enviarei do Pai, o espírito da verdade, que procede do Pai, ESSE DARÁ TESTEMUNHO DE MIM; 27 e VÓS, IGUALMENTE, haveis de dar testemunho, porque estivestes comigo desde que comecei. (João 16:12-15) 12 “Ainda tenho muitas coisas para vos dizer, mas não sois atualmente capazes de suportá-las. 13 No entanto, quando esse chegar, o espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade, pois NÃO FALARÁ DE SEU PRÓPRIO IMPULSO, mas falará as coisas que ouvir e vos declarará as coisas vindouras. 14 Esse me glorificará, PORQUE RECEBERÁ DO QUE É MEU E VO[-LO] DECLARARÁ. 15 Todas as coisas que meu Pai tem são minhas. É por isso que eu disse que recebe do que é meu e [o] declara a vós.
Ela continuou: Jesus foi bem claro: “fará lembrar as coisas faladas por mim”. Jesus disse ainda mais: “receberá do que é meu e lhes transmitirá”. “Dará testemunho de mim”. O espírito da verdade não poderia dar um falso testemunho; ele só poderia testemunhar aquilo que tinha visto, assim como os que estiveram com Jesus desde que ele começou não poderiam dar um falso testemunho de Jesus. Estes só poderiam testemunhar sobre as coisas vistas (as ações e as palavras de Jesus). Ela afirmou que de acordo com estas palavras, não poderia haver mudanças nas palavras de Jesus. As palavras e as ações de Jesus foram aprovadas pelo próprio Pai. Muitas pessoas foram testemunhas desta aprovação divina.
Minha vizinha afirmou que não se esquece das seguintes palavras proferidas por Jesus pouco antes de sua morte: Naquele dia sabereis que estou em UNIÃO com o Pai, e vós estais em união comigo. Estar em união comigo é observar os MEUS mandamentos. (João 14:15-21) 15 “Se me amardes, observareis os MEUS MANDAMENTOS; 16 e eu solicitarei ao Pai e ele vos dará OUTRO ajudador para estar convosco para sempre, 17 o espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque nem o observa nem o conhece. Vós o conheceis, porque permanece convosco e está em vós. 18 Não vos deixarei orfanados. Vou ter convosco. 19 Mais um pouco e o mundo não me observará mais, mas vós me observareis, porque eu vivo e vós vivereis. 20 Naquele dia sabereis que estou em união com o meu Pai, e vós estais em união comigo, e eu estou em união convosco. 21 Quem tem os MEUS MANDAMENTOS e os observa, este é o que me ama. Por sua vez, quem me ama, será amado por meu Pai, e eu o amarei e me mostrarei claramente a ele.”
Ela afirmou que Jesus era um AJUDADOR, aquele que continuamente ajudava os discípulos a caminhar, ajudava-os a ver seus próprios erros e por vezes os impediu de cometerem tais erros. A promessa de Jesus foi de enviar um OUTRO ajudador, que os faria lembrar das frases faladas por Jesus, os mandamentos. Este OUTRO ajudador continuaria a fazer aquilo que Jesus estava fazendo por eles. Não os deixarei orfanados (crianças sem pai), foi o que disse Jesus.
Ela afirmou ainda mais: Como poderíamos estar em união com Cristo e mesmo assim ir contra a um dos mandamentos de Jesus?? Voltar a julgar e a condenar certos tipos de pecadores, voltar a não cumprimentar certos tipos de pecadores, voltar a excluir do convívio certos tipos de pecadores, voltar a não se sentar para comer com certos tipos de pecadores ou coisas semelhantes, é ir contra os mandamentos de Jesus. Quem está contra um dos mandamentos de Jesus não está em união com Jesus. Quem não observa os mandamentos de Jesus, não ama a Jesus. Como pode alguém que reconhece que é um pecador, VOLTAR A FAZER coisas como estas?? Jesus foi constantemente contestado por todos os humanos exatamente por NÃO FAZER tais coisas que agora foram aprovadas pela nova resolução.
Minha vizinha afirmou que está um pouco confusa com o que está acontecendo, pois estas novas resoluções caminham em sentido contrário às palavras faladas por Jesus, que por sua vez, afirmou, que repetia exclusivamente as palavras que seu Pai lhe mandou dizer naquele momento específico e que estavam valendo a partir daquele momento específico. Minha vizinha afirma que Jesus não fez nada do que as novas resoluções determinam. Minha vizinha afirma que o pacto intermediado por Jesus é o único que está valendo, assim como também a lei que acompanha o pacto intermediado por Jesus, também é a única lei que está valendo.
Minha vizinha disse que no seu entendimento, o “espírito da verdade” não poderia negar às palavras faladas por Jesus e chamá-lo de mentiroso, pois segundo o próprio Jesus, o “espírito da verdade” sempre iria glorificar a Jesus. Afrontar a Jesus não é glorificar a Jesus. Ela me disse também: “se Jesus afirmou estar falando apenas o que o Pai mandou falar e estar fazendo somente aquilo que o Pai fazia, o que estas novas resoluções afirmam a respeito de Jesus?? No mínimo chamam Jesus de mentiroso.” Simplesmente afirmam: “O que Jesus falou está errado, assim como aquilo que ele fez também está errado”. Minha vizinha não sabe o que fazer. Ela afirmou que realmente está confusa.
(1 Coríntios 5:9-6:6) 9 Eu vos escrevi na minha carta que cesseis de manter convivência com fornicadores, 10 não [querendo dizer] inteiramente com os fornicadores deste mundo, ou [com] os gananciosos e os extorsores, ou [com] os idólatras. Senão teríeis realmente de sair do mundo. 11 Mas, eu vos escrevo agora para que CESSEIS DE TER CONVIVÊNCIA com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem. 12 Pois, o que tenho eu que ver com o julgamento dos de fora? Não julgais vós os de dentro, 13 ao passo que Deus julga os de fora? “Removei o [homem] iníquo de entre vós.6 Atreve-se alguém de vós, que tenha uma causa contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? 2 Ou não sabeis que os santos julgarão o mundo? E, se O MUNDO HÁ DE SER JULGADO POR VÓS, sois vós inaptos para julgar assuntos muito triviais? 3 Não sabeis que havemos de julgar anjos? Por que, então, não assuntos desta vida? 4 Se vós, então, tiverdes assuntos desta vida para julgar, colocais como juízes a homens que são menosprezados na congregação? 5 Falo para induzir-vos à vergonha. É verdade que não há nem um só homem sábio entre vós, que possa julgar entre seus irmãos, 6 mas irmão vai a juízo contra irmão, e isso perante incrédulos?


Ela me disse mais: 'Aquele que deixar de cumprimentar o pecador, está pessoalmente julgando e condenando o pecador e estará desobedecendo a lei intermediada por Cristo; também não estará fazendo o que Jesus fez, e assim, o discípulo não estará copiando a personalidade do Mestre. Estará participando do julgamento como um dos executores da penalidade imposta pelos juízes. Estará participando do julgamento, como sendo um dos carrascos. É o mesmo que estar jogando uma pedra no pecador; é o mesmo que estar executando a pena aplicada ao pecador. E assim toda a nação santa participa do julgamento, alguns até mesmo comemorando a punição dada a um pecador. O iníquo está sendo excluído da nação santa, está sendo separado para o extermínio. Não cumprimentar este pecador é o mesmo que afirmar para o pecador: não fale comigo, pois você é um separado para o extermínio. E estará dizendo para Jeová: Pai, eu já separei este aqui para ser exterminado pelo Senhor. E Jesus ordenou a seus discípulos: Parai de julgar! Logo, nenhum discípulo de Jesus está autorizado a julgar, assim como também não está autorizado a ter qualquer participação no julgamento de qualquer pecador.
Ela me disse mais: 'O próprio Jesus afirmou que, se uma pessoa qualquer, ouvisse os novos mandamentos falados por ele e não obedecesse, ele não julgava tal pessoa, não condenava tal pessoa'. (João 12:46-48) 46 Eu vim como luz ao mundo, a fim de que todo aquele que depositar fé em mim não permaneça na escuridão. 47 Mas, se alguém ouvir as minhas declarações e não as guardar, EU NÃO O JULGO; pois NÃO VIM JULGAR o mundo, mas salvar o mundo. 48 Quem me desconsiderar e não receber as minhas declarações, tem quem o julgue. A palavra que eu tenho falado é que o julgará no último dia;
O Mestre falou: Eu não vim julgar, eu vim salvar. Eu vim salvar. Não sou um Destruidor de pecadores, sou um Salvador de pecadores.
Ademais, as declarações de Jesus eram uma repetição exata das palavras saídas da mente e boca do Pai e mesmo assim ele não condenava àquele que ouvisse e não guardasse sua declaração.
'Não deveria ser esta a atitude destes homens que adotaram esta nova resolução?? Se assim age o Mestre, como deveria agir todo aquele que copia o Mestre?? O discípulo não tem que copiar o seu Mestre??' Assim como o Mestre, o discípulo não deveria ter o mesmo objetivo do Mestre, que era “salvar o mundo”, no lugar de “julgar o mundo”?? Não deveria o discípulo repetir as mesmas palavras faladas por seu Mestre, àqueles que não guardassem as palavras do Mestre repetidas por eles?? Não deveria repetir simplesmente: “eu também não o julgo”??
Foi neste momento que ela lembrou-me de que dois dos apóstolos tinham revelado este desejo de destruir àqueles que não aceitassem as palavras faladas por eles, assim como também relembrou-me a imediata reação de desaprovação de Jesus: (Lucas 9:51-56) 51 Chegando então a completar-se para ele os dias de ser tomado para cima, endureceu o rosto [na determinação] de ir a Jerusalém. 52 De modo que enviou mensageiros na sua frente. E eles foram e entraram numa aldeia de samaritanos, a fim de fazerem os preparativos para ele; 53 mas não o receberam, porque o seu rosto estava endurecido [na determinação] de ir a Jerusalém. 54 Vendo isso os discípulos Tiago e João, disseram: “Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os aniquile?55 MAS ELE SE VOLTOU E OS CENSUROU. 56 Foram assim a uma aldeia diferente.
Ela completou: Certamente, uma reação agressiva como esta não é a reação de uma ovelha autêntica.
Ela afirmou depois destas perguntas: 'Eu sou uma discípula de Jesus e acho que só devo copiar o meu Mestre'. Afinal, foi para este Mestre que foram dirigidas palavras desde o céu, revelando total aprovação de suas palavras e de suas ações: (João 12:28-30) 28 Pai, glorifica o teu nome.” SAIU, PORTANTO, UMA VOZ DO CÉU:Eu tanto [o] glorifiquei como [o] glorificarei de novo.29 Por isso, a multidão parada ali e ouvindo-o começou a dizer que tinha trovejado. Outros começaram a dizer: “Um anjo lhe falou.” 30 Em resposta, Jesus disse: “ESTA VOZ OCORREU, NÃO POR MINHA CAUSA, MAS POR VOSSA CAUSA.. . .
E aí ela afirmou categoricamente: Este Jesus é o Messias, o Cristo, tanto esperado. Eu não tenho nenhuma dúvida disso, eu fui testemunha daquele fato.
Ela ainda completou contando o que ocorreu em outra ocasião em que ela também estava presente: (Mateus 16:13-17) 13 Tendo então chegado às regiões de Cesaréia de Filipe, Jesus foi perguntar a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” 14 Disseram: “Alguns dizem João Batista, outros, Elias, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas.” 15 Disse-lhes ele: “Vós, porém, quem dizeis que eu sou?” 16 Em resposta, Simão Pedro disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.” 17 Jesus lhe disse, em resposta: Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque [isso] não te foi revelado por carne e sangue, mas por meu Pai, que está nos céus. . .
Ela afirmou que Jesus foi o único que recebeu prévia aprovação das frases faladas e que houve uma comunicação disso aos humanos ouvintes. Jeová fez pessoalmente esta comunicação desde os céus. Sim, tratava-se de um raro privilégio concedido a um humano. No entanto, tal privilégio veio acompanhado de uma grande responsabilidade. Exatamente por ter a plena certeza de que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivente, Pedro e outros não podem acreditar em quaisquer outros que apresentem uma informação divergente da de Jesus, não é verdade??? Uma informação nova, diferente, só pode ser trazida a eles através de alguém que se apresente como um profeta. Não vem escrito na testa se o profeta é verdadeiro ou falso. No caso de Jesus, foi o próprio Jeová quem assinou embaixo, autentificando as “declarações” de Jesus. As declarações de Jesus foram as únicas declarações que foram autenticadas por Jeová. Jeová afirmou desde os céus: Escutai-o.
Eu perguntei a ela se foi recebida uma nova lei, e, se existindo uma nova lei, quem foi que a recebeu. Ela me respondeu que não existe nova lei. Ela disse também que negar a lei intermediada por Cristo é o mesmo que negar a Cristo. Para ter outra lei, teria de ter um outro Cristo, um outro Messias, um outro Ungido.
Uma coisa muito interessante eu notei das palavras da minha vizinha. Ela destacou um ponto muito interessante afirmado por Jesus: Não vim julgar o mundo, muito pelo contrário, eu vim salvar o mundo, quer me escutem, quer não me escutem. Pelo que entendi, no lugar de dar prosseguimento ao modelo antigo de excluir e destruir, Jesus estabeleceu um novo modelo, o modelo de incluir e instruir. Assim, em lugar de excluir e destruir os iníquos, os pecadores, Jesus passou a incluir e instruir àqueles considerados dignos de exclusão e destruição. Os que se consideravam justos, assim como eu, nos separávamos daqueles que nós considerávamos dignos de exclusão e destruição. E foi exatamente a estes “excluídos por nós”, que Jesus resolveu incluir e instruir. Nestes excluídos, estavam os cobradores de impostos, as meretrizes e até mesmo aqueles que se negavam a obedecer ao que Jesus estava falando. Eu vi as coisas desta forma. Até me lembro que Jesus falou para os principais sacerdotes: As meretrizes e os cobradores de impostos entrarão no reino dos céus primeiro do que vós. (Mateus 21:28-32) 28 “Que achais? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje no vinhedo.’ 29 Em resposta, este lhe disse: ‘Irei, senhor’, mas não foi. 30 Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Em resposta, este lhe disse: ‘Não irei.’ Depois deplorou isso e foi. 31 Qual dos dois fez a vontade do pai?” Eles disseram: “O último.” Jesus disse-lhes: “Deveras, eu vos digo que OS COBRADORES DE IMPOSTOS E AS MERETRIZES ENTRARÃO NA FRENTE DE VÓS NO REINO DE DEUS. 32 Porque João veio a vós num caminho de justiça, mas vós não acreditastes nele. No entanto, os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele, e vós, embora vísseis [isto], não o deplorastes depois, a ponto de acreditardes nele.
Isto foi uma grande vergonha para quem afirmava ser justo e que exigia tal reconhecimento destes imundos pecadores. São as ações finais que revelam se a pessoa realmente entrou no reino ou não.
Outra coisa que ela destacou foi a afirmação de Jesus: “Eu vim como luz ao mundo, a fim de que todo aquele que depositar fé em mim não permaneça na escuridão.” Ela disse que se Jesus afirmou que todos estavam em escuridão, então, todos estavam em escuridão. As palavras e as ações de Jesus são luz. Acreditar nas palavras de Jesus é o que tira o ouvinte da escuridão. Depois ela perguntou: Negar as palavras de Jesus, não é o mesmo que voltar para a escuridão??
Outro detalhe que minha vizinha chamou minha atenção foi esta outra afirmação de Jesus: “São as palavras que eu falo, são estas que julgarão as pessoas no último dia”. Como a palavra falada julgaria o rebelde lá no último dia, sem que este rebelde estivesse vivo lá, no último dia?? Pelo que eu entendi, “Parai de julgar” é uma das declarações, é um dos mandamentos de Jesus, que serão cobrados do discípulo, lá no último dia. Neste caso, Jesus verificará se o discípulo desconsiderou ou não a esta declaração feita por ele e ouvida pelo discípulo. Tendo o discípulo se rebelado contra esta palavra, certamente se sentirá envergonhado diante do seu Mestre, havendo o choro e o ranger de dentes. Assim, Jesus revelou a importância da “palavra” falada por ele. Ninguém deveria chamá-lo de Mentiroso, pois o acerto de contas seria no dia do juízo.
Foi neste momento que ela me chamou a atenção para mais uma das promessas de Jesus para aqueles que não queriam ouvir suas palavras: Em conseqüência disso, vocês estarão lá no último dia, o dia do juízo, para a vergonha de vocês. (Mateus 11:20-24) 20 Principiou então a censurar as cidades nas quais se realizaram a maioria das suas obras poderosas, porque não se arrependeram: 21 “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem ocorrido em Tiro e Sídon as obras poderosas que ocorreram em vós, há muito se teriam arrependido em saco e cinzas. 22 Conseqüentemente, eu vos digo: NO DIA DO JUÍZO SERÁ MAIS SUPORTÁVEL PARA TIRO E SÍDON DO QUE PARA VÓS. 23 E tu, Cafarnaum, serás por acaso enaltecida ao céu? Até o Hades descerás; porque, se as obras poderosas que ocorreram em ti tivessem ocorrido em Sodoma, ela teria permanecido até o dia de hoje. 24 Conseqüentemente, eu vos digo: NO DIA DO JUÍZO SERÁ MAIS SUPORTÁVEL PARA A TERRA DE SODOMA DO QUE PARA TI.”
Uma coisa eu sei, se a lei do Cristo aboliu costumes e sentimentos antigos, voltar aos sentimentos e costumes antigos, significaria abolir toda a lei do Cristo e dizer que Cristo estava errado. Se alguém quiser condenar outros humanos, que o façam. Aquilo que ouvi diretamente da boca de Jesus, não me permitem tomar outra decisão a não ser aquela que tomei há 22 anos atrás: Não mais participo de julgamentos, quer como juiz, quer como executor. Quanto a mim, minha decisão está mantida: Eu não sou mais um fiscal da lei; eu parei de condenar qualquer humano; não executo nenhum ser humano, não sou carrasco; não desprezo mais a nenhum humano. Eu perdoo todos os pecados de todos os humanos quando eu for o ofendido. Eu não sou juiz e não me intrometo mais entre o OFENSOR e o OFENDIDO.
Aquela mulher adúltera julgada por cada um de nós, fiscais da lei, como digna de exclusão e destruição, que foi literalmente salva por Jesus, da morte por apedrejamento, é agora minha vizinha e amiga. Eu já lhe pedi perdão por ter me tornado um dos seus frustrados executores e ela alegremente me perdoou. Depois de frustrados executores passamos a ser os “envergonhados executores”. Ela também afirmou que não entende estas novas resoluções. Ela me disse: Como eu poderia condenar alguém?? Eu estava condenada e sentenciada, praticamente morta, totalmente esmagada, sem esperança, e Jesus me resgatou. Eu não tinha feito absolutamente nada para merecer tal resgate. Com uma surpresa muito grande, minha dívida com Jeová foi simplesmente apagada. Como eu poderia condenar alguém?? Me lembro do que Jesus me disse naquela hora: “Mulher, onde estão eles? Não te “condenou” ninguém?? Tampouco te condeno. Vai embora; doravante não pratiques mais pecado.” Nenhum pecador nesta situação tinha recebido tal tratamento na nossa nação. Fui literalmente “salva” dos meus “destruidores”. O que se faz em uma situação como esta?? Uma coisa indescritível foi o que eu senti! Foi graças a obediência tanto dele quanto daqueles executores à Nova Lei, que eu estou viva hoje. Nenhum daqueles executores me atirou uma pedra e Jesus não me condenou, não condenou uma adúltera, não condenou uma iníqua. Como eu poderia condenar alguém?? Isto seria uma grande hipocrisia da minha parte. Aquilo de bom que aconteceu comigo, eu quero que aconteça com todos os pecadores. Não posso ser egoísta. Depois, eu descobri que além de adúltera, eu era culpada de muitos outros pecados. Como eu poderia condenar alguém?? Eu passei todo este tempo sendo desprezada pelos judeus, humilhada e perseguida por aceitar como verdade a um ensino diferente do que eles aceitam como verdade e me alegrava por ser tratada assim. Como eu poderia humilhar e desprezar outros por causa do que eles acreditam?? Seria a mesma coisa que um homem que foi um “escravo maltratado” durante muitos anos e que agora passa a ter seus próprios escravos e também passa a maltratá-los, não é verdade??
Jesus me disse: “Eu não te condeno”. Ele disse isto olhando bem nos meus olhos. Ele não tinha pecado, ele não tinha pecado. Depois ele disse que era para fazer exatamente assim como ele tinha feito. Eu olhei e vi seu rosto e vi seus olhos, e naquela hora eu só vi misericórdia para comigo que já estava sentenciada. Eu realmente era culpada de pecado e tinha de morrer. Era um olhar diferente do de todos os demais que estavam ali. Ele era o “Salvador” e todos os outros eram os “Destruidores”. O seu sentimento era de misericórdia enquanto o sentimento dos demais era de condenação. E ele pediu para fazer igual a ele. Como eu poderia condenar alguém?? Como eu poderia fazer diferente dele?? Isto seria uma traição a ele, seria uma traição. Eu não posso trair àquele que resgatou a minha vida. Eu não posso desobedecer a Jesus, simplesmente, não posso. Quando eu vir alguém cometendo pecados, eu tenho de ter o mesmo sentimento de Jesus, sentimento de misericórdia daquela pessoa, pois foi exatamente isto o que Jesus sentiu por mim. Não posso ter qualquer outro sentimento. Posso afirmar que no meu caso, ele realmente mandou embora uma “esmagada”, com livramento. Sei que ele afirmou isto mesmo a respeito de si próprio, e do motivo de ter sido enviado: (Lucas 4:16-21) 16 E ele chegou a Nazaré, onde tinha sido criado; e, segundo o seu costume no dia de sábado, entrou na sinagoga e levantou-se para ler. 17 Foi-lhe assim entregue o rolo do profeta Isaías, e ele abriu o rolo e achou o lugar onde estava escrito: 18 “O espírito de Jeová está sobre mim, porque ME UNGIU PARA declarar boas novas aos pobres, ENVIOU-ME PARA pregar livramento aos cativos e recuperação da vista aos cegos, PARA MANDAR EMBORA OS ESMAGADOS, COM LIVRAMENTO, 19 PARA pregar o ano aceitável de Jeová.” 20 Com isto enrolou o rolo, entregou-o de volta ao assistente e se assentou; e os olhos de todos na sinagoga estavam atentamente fixos nele. 21 Principiou então a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.. . .
Finalmente ela perguntou: O que acontecerá comigo?? Será que serei expulsa do convívio e condenada a morte eterna por obedecer a este mandamento, “parai de condenar”, falado por Jesus?? Será que estes me condenarão e me atirarão pedras?? Passarei a ser discriminada por estes assim como já sou discriminada pelos outros?? Será que sentirão desprezo por mim e me tratarão com desprezo por obedecer a um dos mandamentos de Jesus?? Os discípulos de Jesus podem sentir desprezo por algum tipo de pecador? Estão os discípulos de Jesus autorizados a realizarem quaisquer ações de condenação para com quem cometa pecados?? “Discípulos” de Jesus estão autorizados a condenar outros “discípulos” de Jesus?? Jesus agiu como Salvador tanto para mim como para aqueles que queriam me destruir.
Este foi um depoimento emocionante da minha amiga, aquela mulher que por muito pouco não foi apedrejada por adultério, por nós, seus irmãos judeus, os que embora tão pecadores quanto ela, agíamos como fiscais da lei e como executores de irmãos pecadores, como carrascos de irmãos pecadores. Éramos hipócritas, pecadores condenando e executando pecadores. Como estou alegre por ter tomado aquela decisão e de poder estar convivendo com esta minha amada irmã!! Ela nunca deixará de ser minha irmã, nunca. Que lindo e gostoso fruto!! Só a nova lei retransmitida por Jesus pode proporcionar esta situação tão maravilhosa!! Que felicidade impressionante!!
Os que se dizem discípulos de Jesus estão confusos quanto a quem devem seguir, quanto a quem devem obedecer, quanto a quem devem imitar, pois a lei intermediada por Jesus determina uma coisa e as novas resoluções determinam outra; as ações de Jesus determinaram uma coisa e as ações destes novos juízes determinam outra.
Não pude deixar de perceber uma coisa. A história está se repetindo. Há 22 anos atrás eu fui expulso da sinagoga dos meus irmãos judeus por obedecer ao mandamento dado por Jesus de “parai de julgar, parai de condenar”. Hoje, aquele que decidir obedecer a este mesmo mandamento de Jesus será expulso da sinagoga dos discípulos de Jesus. Como será que Jesus está vendo tudo isto?? Se alguém me falasse há 10 anos atrás que isto ia acontecer, eu certamente duvidaria.
Pecado não prescreve por si mesmo. A cada dia eu acrescento outros e mais outros àqueles que não foram pagos. Minha dívida só vai aumentando. Na verdade, eu só posso pagar um pecado com a minha morte, pois eu tenho muitos pecados e uma só vida.
Que aquele de vós que estiver sem pecado que seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra – Esta frase teve um poder enorme sobre mim e sobre todos os demais presentes lá naquele dia. Eu estava olhando diretamente para ele. Não fui ameaçado por ele. Até hoje, esta frase é um diferencial para mim, continua valendo para mim. Eu acho que esta frase ainda está valendo para todos, no entanto, não tem causado em todos, o mesmo efeito que causou em mim. Passei a entender que Jesus chamava a atenção para a regra divina - “a alma que pecar, esta é que morrerá”. Não são apenas certos pecados que são condenáveis a morte. Todo e qualquer pecado tem a mesma morte como sentença. “Continuar furioso com alguém” é tão pecado quanto “matar alguém”. Sentir desprezo por alguém também é tão pecado quanto matar alguém. Todo e qualquer pecado tem como penalidade a mesma morte, logo, quem está sentenciado de morte, está moralmente impedido de julgar e condenar qualquer outro pecador, não importando qual o pecado praticado por aquele pecador. Eu sou um pecador, logo, estou sentenciado à morte - É esta conscientização que me impede de julgar qualquer alma que venha a pecar. Quem não for um pecador, que seja o primeiro a atirar-lhe uma pedrafoi exatamente assim que eu entendi aquela frase de Jesus, desde o momento em que ele me falou. Olhe bem, ela é uma pecadora. Você tem coragem de exigir a morte para esta mulher por ela ser uma pecadora?? Olhe bem para você, você também é um pecador; você está exigindo a tua própria morte!! Neste caso, aquela milenar teoria de excluir e destruir o pecador tem de ser substituída pela realidade implantada por Jesus, embora preexistente e usada por Jeová, de buscar e salvar aquilo que está perdido, que também podemos chamar de “incluir e instruir o que foi dado como perdido”. (Lucas 19:9-10) . . .. 10 POIS O FILHO DO HOMEM VEIO BUSCAR E SALVAR O QUE ESTAVA PERDIDO.
O resultado, o fruto desta forma de fazer as coisas, trazida a atenção por Jesus é uma coisa linda! Eu faço parte disso, sou um fruto disso e sou uma feliz testemunha do feliz resultado obtido.
O que fazer com o iníquo, além de excluir e destruir (condenar)?? Jesus nos forneceu a resposta através de suas ações e através de palavras: Buscar e salvar. Buscar e salvar o iníquo. Incluir e instruir o iníquo. Incluir e instruir o que foi dado como perdido. No lugar de desprezar o iníquo, temos de fazer como Jeová, copiar a Jeová: Amar o iníquo, para poder incluir e instruir o iníquo, ou seja, recuperar o iníquo. O Filho estava simplesmente imitando o Pai.
As palavras do Mestre foram: “Minhas ovelhas conhecem a mim, escutam a minha voz e me seguem”. (João 10:27) 27 Minhas ovelhas ESCUTAM A MINHA VOZ e eu as conheço, E ELAS ME SEGUEM. (João 10:14-16) 14 Eu sou o pastor excelente, e conheço as minhas ovelhas e as MINHAS OVELHAS CONHECEM A MIM, 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e entrego a minha alma em benefício das ovelhas. 16 "E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, E ELAS ESCUTARÃO A MINHA VOZ e se tornarão um só rebanho, um só pastor.
Escutam a minha voz; elas escutarão a minha voz. A voz de Jesus era uma voz cheia de misericórdia, não era uma voz cheia de condenação, nem mesmo para com aqueles que o matavam. Era a voz de uma ovelha. Será que Jesus mudou a sua personalidade de ovelha?? Minhas ovelhas seguem a minha voz. Minhas ovelhas seguem a mim. As palavras de Jesus deixam bem claro que sua voz não iria mudar. Para haver unidade do rebanho a voz de Jesus precisa manter-se a mesma, sem mudança.
As palavras do Mestre foram: A questão não é me chamar de Senhor; a questão é de fazer o que eu digo. (Lucas 6:46) 46 “Por que, então, me chamais de ‘Senhor! Senhor!’, MAS NÃO FAZEIS O QUE EU DIGO?
As palavras do Mestre foram: Vocês devem observar as minhas ações. (Revelação 2:26-29) 26 E àquele que vencer e OBSERVAR AS MINHAS AÇÕES ATÉ O FIM, eu darei autoridade sobre as nações, 27 e ele pastoreará as pessoas com vara de ferro, de modo que serão despedaçadas como vasos de barro, assim como recebi de meu Pai, 28 e eu lhe darei a estrela da manhã. 29 Quem tem ouvido ouça o que o espírito diz às congregações.’
As palavras do Mestre foram: "Eu pesquiso os vossos sentimentos profundos; Vos darei individualmente segundo as vossas ações". (Revelação 2:23) 23 E matarei os filhos dela com praga mortífera, de modo que todas as congregações saberão que SOU EU quem pesquisa os rins e os corações, e eu vos darei INDIVIDUALMENTE segundo as vossas ações.
Quem não for pecador, que seja o primeiro a julgar, a servir de carrasco ou condenar àquele pecador que acabou de cometer um novo pecado. Há algum humano habilitado e autorizado a julgar e condenar pecadores??? Não. Depois das palavras de Jesus, certamente quem, qualquer um que o fizer, estará agindo presunçosamente, além de estar desobedecendo a uma ordem direta de Jeová. Que fruto produz a teoria de “excluir e destruir o que é considerado como caso perdido”?? A história está cheia de seus infelizes frutos.
Você é um seguidor de Jesus? Ele é teu Professor, ele é teu Mestre?? Então ouça a voz do Professor: “Parai de julgar”. “Eu não o julgo”. “Fazei o que eu digo”. “Fazei o que eu fiz”.
Você é uma ovelha de Jesus?? Então siga a Jesus, siga a voz de Jesus, a voz de uma ovelha.
Toda ação é precedida de um sentimento. A ação de excluir é precedida por um sentimento. No entanto, o que é excluir?? Excluir do convívio é o mesmo que dizer: Não te aproximes de mim pois eu posso lhe transmitir santidade. Para você tomar a atitude de excluir alguém do teu convívio (decisão individual), você tem de considerar aquele a quem se exclui do convívio como alguém pernicioso, como alguém sem valor, como alguém que não merece estima, valor e atenção, em síntese, alguém desprezível. Decerto, tal pessoa realmente cometeu ou está cometendo erros, como no caso da mulher pega no ato de adultério, no entanto, qual sempre foi a posição do nosso Pai, Jeová, em relação a estes que vivem insistentemente cometendo erros (pecados de todos os tipos)?? Ele mesmo responde, na 1ª pessoa do singular (Eu): (Isaías 65:1-5) 65 “Deixei-me buscar por aqueles que não perguntaram [por mim]. Deixei-me achar por aqueles que não me tinham procurado. Eu disse: ‘Eis-me aqui, eis-me aqui!’ a uma nação que não invocava o meu nome. 2 “O DIA INTEIRO ESTENDI AS MINHAS MÃOS PARA UM POVO OBSTINADO, os que andam no caminho que não é bom, atrás dos seus pensamentos; 3 O POVO [QUE SE COMPÕE] DOS QUE DE CONTÍNUO ME OFENDEM DIRETAMENTE À MINHA FACE, sacrificando nos jardins e fazendo fumaça sacrificial sobre os tijolos, 4 sentando-se entre as sepulturas, que também passam a noite nas guaritas das sentinelas, comendo carne de porco, havendo nos seus vasos até mesmo caldo de coisas imundas; 5 OS QUE DIZEM: ‘FICA ONDE ESTÁS. NÃO TE APROXIMES DE MIM, POIS EU CERTAMENTE TE TRANSMITIREI SANTIDADE.Estes são fumaça nas minhas narinas, um fogo ardendo o dia inteiro.

O Pai, Jeová, permanece o dia inteiro com suas mãos estendidas para estes que o ofendem continuamente.
Estes que ofendem o Pai diretamente na face, excluem outros do convívio, não permitindo que os iníquos se aproximem deles e dizendo para os iníquos: "Fica onde estás. Não te aproximes de mim". Certamente, esta frase foi precedida de um sentimento.
E por qual motivo não querem que os iníquos se aproximem deles?? "Pois eu certamente te transmitirei santidade", é o que respondem.
Para Jeová estes são iníquos, mas estes não se consideram iníquos. Além do mais, estes iníquos discriminam, excluem do convívio outros que eles rotulam como iníquos e que realmente são.
Com quem aprenderam a agir assim?? O exemplo do Pai (Jeová) é exatamente o oposto disso. Este também foi o exemplo deixado pelo Filho (Jesus).
Como os pecadores eram vistos por Jesus? A visão de Jesus era fruto do seu sentimento. Assim descreveu Jesus como ele via os pecadores: (Mateus 9:10-13) 10 Mais tarde, enquanto estava recostado à mesa, na casa, eis que vieram muitos cobradores de impostos e pecadores, e começaram a recostar-se com Jesus e seus discípulos. 11 Vendo isso, porém, os fariseus começaram a dizer aos discípulos dele: “Por que é que o vosso instrutor come com os cobradores de impostos e os pecadores?” 12 Ouvindo-os, ele disse: “AS PESSOAS COM SAÚDE NÃO PRECISAM DE MÉDICO, MAS SIM OS ENFERMOS. 13 Ide, pois, e aprendei o que significa: ‘Misericórdia quero, e não sacrifício.’ Pois eu não vim chamar os que são justos, mas pecadores.”
Jesus via os pecadores que eram desprezados pelos fariseus e outros, como sendo pessoas doentes. Que sentimento tinha Jesus por tais pessoas?? Misericórdia. No entanto, o sentimento dos fariseus por tais pecadores era o desprezo.
Como são vistos pelo Criador, os que têm tais sentimentos de desprezo pelos iníquos e que agem assim, individualmente excluindo iníquos do seu convívio?? O Criador diz: “Estes são fumaça nas minhas narinas, um fogo ardendo o dia inteiro”.
Os que excluem iníquos do seu convívio, certamente se consideram melhores que tais iníquos; consideram os iníquos como nada. Foi exatamente para os que se sentiam acima dos demais, os altivos, que Jesus contou a seguinte ilustração, para fazê-los enxergar que posição eles tinham diante do Pai: (Lucas 18:9-14) 9 Mas, ele contou a seguinte ilustração também a alguns que confiavam em si mesmos como sendo justos E QUE CONSIDERAVAM OS DEMAIS COMO NADA: 10 “Dois homens subiram ao templo para orar, um sendo fariseu e o outro cobrador de impostos. 11 O fariseu estava em pé e começou a orar as seguintes coisas no seu íntimo: ‘Ó DEUS, AGRADEÇO-TE QUE NÃO SOU COMO O RESTO DOS HOMENS, extorsores, injustos, adúlteros, ou mesmo como este cobrador de impostos. 12 Jejuo duas vezes por semana, dou o décimo de todas as coisas que adquiro.’ 13 O cobrador de impostos, porém, estando em pé à distância, não estava nem disposto a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus, sê clemente para comigo pecador.’ 14 Digo-vos: ESTE HOMEM DESCEU PARA SUA CASA PROVADO MAIS JUSTO DO QUE AQUELE HOMEM; porque todo o que se enaltecer será humilhado, mas quem se humilhar será enaltecido.”
Em outra ocasião, Jesus esclareceu para estes ALTIVOS, que posição ocupavam os altivos diante dos olhos do Pai, com as seguintes palavras: (Lucas 16:14-15) 14 Ora, os fariseus, que eram amantes do dinheiro, estavam escutando todas estas coisas, e começaram a escarnecer dele. 15 Conseqüentemente, ele lhes disse: VÓS SOIS OS QUE VOS DECLARAIS JUSTOS PERANTE OS HOMENS, mas Deus conhece os vossos corações; porque aquilo que é ALTIVO entre os homens É UMA COISA REPUGNANTE À VISTA DE DEUS.
Muito embora se vissem Altos aos seus próprios olhos e aos olhos de outros humanos fossem vistos como Altos, aos olhos do Pai eram vistos como uma coisa repugnante. Quem dá a nota real, final e aquela que realmente vale, é o professor.
Quem eram estes homens que se consideravam melhores que os demais?? Eram os designados por Jeová para instruir o povo: os sumos sacerdotes, os sacerdotes, os profetas, os levitas, os fariseus. Todos estes eram conhecedores e estudiosos das escrituras; todos eram adoradores de Jeová.
O que mostra ser a desassociação ou exclusão de um pecador??
A exclusão do pecador do seu convívio foi uma ação praticada por Jesus??
Este tipo de ação revela que a pessoa é uma “ajudadora” ou um “fiscal”??
Este tipo de ação caracteriza Jesus ou caracteriza sacerdotes e fariseus??
Este tipo de ação revela interesse em ajudar ou desinteresse em ajudar aquele pecador??
Como foi a ação do ajudador, ou seja, de Jesus?? Jesus afastou de si o pecador??
O que faz a Pai??
Será que o Pai afasta de si o pecador??
O que fez o Pai??
(Isaías 65:2-5) 2 “O dia inteiro estendi as minhas mãos para um povo obstinado, os que andam no caminho que não é bom, atrás dos seus pensamentos; 3 o povo [que se compõe] dos que de contínuo me ofendem diretamente à minha face, sacrificando nos jardins e fazendo fumaça sacrificial sobre os tijolos, 4 sentando-se entre as sepulturas, que também passam a noite nas guaritas das sentinelas, comendo carne de porco, havendo nos seus vasos até mesmo caldo de coisas imundas; 5 os que dizem: ‘Fica onde estás. Não te aproximes de mim, pois eu certamente te transmitirei santidade.’ Estes são fumaça nas minhas narinas, um fogo ardendo o dia inteiro.


A ação do Pai revela que Ele não se afasta do pecador, muito pelo contrário......
Como Jesus era um clone espiritual do Pai, ele só fazia o que o Pai havia feito, afinal ele tinha os mesmos sentimentos que o Pai tinha. Ele concordava com tudo o que o Pai fazia.
A desassociação ou exclusão de um pecador é uma ação que sempre é precedida de um julgamento. É a penalidade que é dada a um pecador após o seu julgamento. Trata-se de uma condenação imposta por um grupo a alguém que infringiu as regras do grupo. Os súditos do Reino de Deus julgam os que cometem pecados e os condenam a exclusão, determinando assim que este pecador não faz mais parte do Reino de Deus.
No entanto, a lei do Reino de Deus proíbe a ação de julgamento e condenação de pecadores dentro do Reino. Os súditos do Reino de Deus estão proibidos de julgar e condenar pecadores.
A lei foi dada por Jeová e retransmitida por Jesus, aquele que foi designado Rei do reino de Deus. A lei do reino foi retransmitida por Jesus no monte.
Assim está determinada na lei a ordem de Jeová para os súditos do Seu reino: (Mateus 7:1-2) 7PARAI DE JULGAR, para que não sejais julgados; 2 pois, com o julgamento com que julgais, vós sereis julgados; e com a medida com que medis, medirão a vós. (Lucas 6:37) 37 “Além disso, PARAI DE JULGAR, e de modo algum sereis julgados; e PARAI DE CONDENAR, e de modo algum sereis condenados. Persisti em livrar, e sereis livrados.



Estes dois historiadores nos repassaram a lei do reino. Os súditos do reino de Deus têm de obedecer a lei do reino, afinal, são eles que se dizem súditos.

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