OS FISCAIS DA LEI
Em uma arena, local
construído exatamente para que pessoas possam assistir
combates de humanos que lutam entre si, dois homens peritos em suas
artes se digladiavam, até que finalmente um deles prevalece
deixando o outro no estado de derrotado. O vencedor olha para os
assistentes. Agora, os assistentes passam a ser “juízes”
e decidem o que deve ser feito com o perdedor. Os “juízes”
expressam seus desejos do que deve acontecer com o derrotado. Há
apenas duas opções. Caso os juízes decidam pela
morte do perdedor, o homem vencedor passará a exercer o papel
de “carrasco” para o perdedor, executando integralmente a
sentença determinada pelos juízes. No entanto, os
juízes desta arena eram diferentes. Eles sempre decidiam pela
continuidade da vida, decidiam sempre pela vida. Assim, o vencedor
estende as mãos para o perdedor, que se levanta, e após
um longo abraço, os dois saem da arena vivos e felizes. Os
juízes, felizes, aplaudem a saída dos dois lutadores.
Você que quer
exigir que se cumpra a sentença de morte IMPOSTA ao pecador
por este ter cometido um pecado, que este pecador seja sumariamente
executado, lembre-se de que você TAMBÉM é
um pecador. Você
não será um pecador, você já é um
pecador.
Você que DESEJA a morte daquele que comete um pecado,
seja lá qual for o pecado, não se esqueça de que
você também é um pecador. Lembre-se da
imparcialidade: Todos são estritamente iguais perante a
lei, logo, você estará exigindo a tua própria
execução. É um ato suicida. A ALMA QUE
PECAR – ESTA É QUE MORRERÁ.
Estamos agora na Cidade de
Jerusalém, no ano 29 EC.
Uma mulher foi flagrada por um
fiscal da lei praticando adultério. Rapidamente se criou uma
aglomeração e todos exigiam o cumprimento da lei. A lei
milenar previa uma pena de morte para este caso. Rapidamente esta
pecadora foi levada à presença de um grupo de homens
investidos da autoridade para destruir e/ou determinar a destruição
de vidas humanas. Os oficialmente reunidos para este fim, os juízes,
a autoridade constituída, determinam o cumprimento da pena
prevista na lei para este caso, como resultado do julgamento,
julgamento este que só acabaria depois da aplicação
da pena. Os carrascos que se oferecem ou ainda aqueles executores
designados, levam a pecadora sentenciada para fora dos portões
da cidade e aplicando a pena, matam esta pecadora a pedradas,
findando assim o julgamento. E assim, a cidade se viu livre de mais
uma pecadora. Parte da cidade comemora feliz a destruição
de mais uma pecadora. Todos eram partícipes deste
julgamento. Os juízes, os fiscais, os executores e os que
comemoravam eram partícipes deste julgamento e
condenação. Todos os participantes revelavam ter o
mesmíssimo sentimento pela pecadora e o mesmíssimo
DESEJO de eliminá-la.
Estes homens, os fiscais da
lei, eram homens investidos de autoridade para executarem esta
missão. Alguns destes homens eram tão dedicados na
exclusão e destruição
de pecadores, que solicitavam cartas que os
autorizassem a agir oficialmente em diversas cidades. Seu objetivo
óbvio era limpar as cidades dos pecadores. Certamente, a
existência de tais pecadores produzia uma convivência
perniciosa e que manchava o bom nome das cidades. Cidades limpas são
constituídas de pessoas limpas. As cidades precisavam ser
mantidas limpas, precisavam estar livre de tais pecadores. As pessoas
desejavam eliminar os pecadores. Quando
um pecador era executado, todos se alegravam.
A lei tinha de ser cumprida. A única forma conhecida para
acabar com pecadores é a “exclusão
e eliminação” de
tais pecadores. Esta era a forma usada e
amada pelos
fiscais da lei, sendo também amada
pelos demais do povo. O desejo de cada pessoa
ali era matar o
pecador. Procurar aqueles que cometessem certos
tipos de pecados para
eliminá-los. O objetivo
era a eliminação do pecador. O
objetivo era
a remoção do pecador. Depois
da eliminação destes pecadores, a cidade sentia-se mais
limpa.
Um
ou dois anos depois, outra mulher é
flagrada por um fiscal da lei praticando o mesmo pecado, o adultério.
Um historiador nos conta o que aconteceu: (João
8:1-11) 8
Mas
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. 2 De
madrugada, porém, ele se apresentou novamente no templo e todo
o povo começou a vir a ele, e ele se assentou e começou
a ensiná-los. 3 Os
escribas e os fariseus trouxeram então uma mulher apanhada em
adultério, e, depois de a postarem no meio deles,
4 disseram-lhe:
“Instrutor, esta mulher foi apanhada no ato de cometer
adultério. 5 Na
Lei, Moisés prescreve que apedrejemos tal sorte de mulher.
Realmente, o que dizes tu?” 6 Naturalmente,
diziam isso para o porem à prova, a fim de terem algo com que
o acusar. Mas, Jesus abaixou-se e começou a escrever no chão
com o seu dedo. 7 Quando
persistiram em perguntar-lhe, endireitou-se e disse-lhes: “QUE
AQUELE DE VÓS QUE ESTIVER SEM PECADO SEJA O PRIMEIRO A
ATIRAR-LHE UMA PEDRA.”
8 E,
abaixando-se novamente, escrevia no chão. 9 Mas,
os
que ouviram isso começaram a sair, um por um, principiando com
os anciãos, e ele foi deixado só,
bem como a mulher que estivera no meio deles. 10 Endireitando-se,
Jesus disse-lhe: “Mulher, onde estão eles? NÃO
TE CONDENOU NINGUÉM?”
11 Ela
disse: “Ninguém, senhor.” Jesus disse: “Tampouco
eu te condeno. Vai embora; doravante não pratiques mais
pecado.”
O que podia interromper esta
sequência de julgamentos e execuções? Como por um
fim a esta teoria, este sentimento e este amado costume de “excluir
e destruir”. Se eu estivesse entre os presentes, já
com uma pedra nas mãos, tendo a lei milenar do meu lado, que
decisão eu tomaria?? Estar com a pedra na mão e
pronto para atirá-la naquela pecadora, revelava o meu
desejo para com aquela pecadora, revelava que o meu julgamento
tinha sido condenatório, revelava que eu a tinha
condenado a morte pelo pecado que ela havia cometido. Ora, se a lei
prescreve, tem de ser cumprido, afinal, lei é lei. Se esta é
a lei que estava valendo, como podia alguém agir contra a lei
e ainda incitar outros a também agirem contra a lei válida??
Ir contra a lei é um ato de rebeldia por parte daquele que
está sob esta lei.
Será que eu iria
embora, deixando viva aquela pecadora flagrada em pleno pecado? Me
rebelaria contra a lei?? Será que esta ação não
iria incentivar mais e mais pecadoras a cometerem adultério?
Não temos que remover o pecador do nosso meio?? Não
temos de remover o iníquo do nosso meio?? Afinal, pecador é
para ser excluído e destruído, não é
verdade?? O iníquo é para ser excluído e
destruído, não é verdade?? O que mais se poderia
fazer pelo iníquo, a não ser destruí-lo??
Afinal, quem é este
homem que está interferindo no cumprimento da lei milenar??
Quem é este homem que tem a coragem de afrontar a lei
milenar?? Que autoridade tem este homem para agir assim??
Este
homem é Jesus e todos na cidade já o conhecem. Ele tem
poderes fantásticos, poderes que nenhum dos profetas
apresentou antes. Me contaram que ele fez cessar uma tempestade com
um simples “cala-te”. E Lázaro, meu vizinho, que
ele fez voltar a vida depois de três dias!! Ele curou à
distância, o servo de um oficial. Por estas e por outras coisas
inéditas realizadas, não se pode negar que este
homem é um profeta. Estes poderes revelam que ele é um
profeta, revelam que ele tem uma mensagem da parte de Jeová.
Profeta é aquele que trás um recado de Deus para os
demais humanos. No entanto, as palavras que este homem fala...
Uma
lei só pode ser substituída por outra lei.
Eu estava presente no monte e ouvi quando ele
revelou uma série de NOVOS mandamentos. Estes novos
mandamentos formam UMA NOVA LEI. Sendo informações de
Deus, sendo uma mensagem de Deus, então, esta é uma
nova “lei de Deus”.
Eu o ouvi dizer claramente: “Parai de julgar”. Pare de
fazer aquilo que você está fazendo. (Mateus
7:1-5) 7
“PARAI
DE
JULGAR,
para que não sejais julgados; 2 pois,
com o julgamento com que julgais, vós sereis julgados; e COM
A MEDIDA COM QUE MEDIS, MEDIRÃO A VÓS.
3 Então,
por que olhas para o argueiro no olho do teu irmão, mas não
tomas em consideração a trave no teu próprio
olho? 4 Ou,
como podes dizer a teu irmão: ‘Permite-me tirar o
argueiro do teu olho’, quando, eis que há uma trave no
teu próprio olho? 5 Hipócrita!
Tira
primeiro a trave do teu próprio olho,
e depois verás claramente como tirar o argueiro do olho do teu
irmão. . .
Bem, “julgar” era
exatamente aquilo que nós estávamos fazendo. Condene e
execute a adúltera ou pare de julgar?? Pare de condenar
pecadores ou continue a condenar pecadores?? Execute os
pecadores ou pare de executar pecadores?? Não havia
meio termo; era para fazer uma coisa ou a outra. Naquele exato
momento era a hora da decisão.
Nós estávamos na
parte final de um julgamento, restando apenas a execução
daquela pecadora, daquela mulher iníqua. Devíamos
interromper e parar com o julgamento ou continuar com o julgamento??
O que fazer com o pecador?? O que fazer com o iníquo??
Para fazer o que Jesus mandou
fazer eu teria de não fazer mais o que manda a lei milenar; eu
teria de parar de fazer o que a lei milenar mandava. Afinal, a lei
milenar está valendo ou não?? Eu aprendi a agir assim
desde pequeno. Todo mundo tem agido assim desde Moisés. O que
devo fazer?? Pelas palavras faladas e pelas ações de
Jesus, certamente esta nova lei da qual ele mesmo foi o mediador, já
estava valendo para ele, naquele exato momento em que ele pronunciou
aquela frase para nós, os fiscais da lei. Para Jesus, a lei
milenar não está mais valendo. Devo fazer o que a
lei milenar manda ou fazer o que Jesus manda?? Individualmente, o que
devo fazer?? Se Jesus, assim como Moisés, estiver repetindo o
que Jeová mandou falar, então “Parai de julgar”
é uma ordem de Deus, uma ordem dada a nós lá no
monte.
Lembro-me
também que ele disse mais: “Se não perdoardes os
pecados dos outros, não sereis perdoados dos vossos pecados”.
(Mateus
6:14-15) 14 “Pois,
se perdoardes aos homens as suas falhas, também o vosso Pai
celestial vos perdoará; 15 ao
passo que, SE
NÃO PERDOARDES AOS HOMENS AS SUAS FALHAS, TAMPOUCO O VOSSO PAI
VOS PERDOARÁ AS VOSSAS FALHAS.
Estas afirmações
juntas são realmente muito fortes. As palavras usadas por
Jesus neste incidente com esta adúltera, são palavras
muito profundas e deixam claro que os novos mandamentos já
estão valendo também para nós. Isto acaba
com as funções dos juízes e dos fiscais da lei
que existem hoje, bem como com todas estas sentenças e
condenações existentes. Ora, isto põe por
terra a nossa lei milenar, que foi transmitida por Moisés.
Esta nova lei substitui a lei milenar, não faz remendo na lei
milenar. Parece que a partir de agora, só Jeová
é que vai aplicar as penalidades, só Jeová
pode ser o vingador e quando for da vontade Dele, isto é,
quando Ele decidir dar uma punição e a punição
que Ele escolher dar. Ele retomou exclusivamente para Si a vingança
e a aplicação de penalidades, e está deixando
isto bem claro para nós. Isto significa que eu não
tenho mais o direito de interferir. Jeová é que foi o
ofendido. Não cabe a mim dizer a Ele o que fazer; não
cabe a mim interferir em um assunto que não me diz respeito.
Minhas ações agora são monitoradas
diretamente por Jeová e Ele não admite que nenhum outro
humano interfira. Pelo que eu entendi, todo e qualquer pecado contra
mim eu tenho de perdoar; quando eu for o “ofendido”, eu
tenho de perdoar sempre, e todo e qualquer pecado contra
Jeová, É ELE quem decide o que vai fazer, pois ELE é
o “ofendido”. Se o pecado não foi praticado contra
mim, isto significa que eu não sou o “ofendido”,
logo, não tenho que me meter em um assunto que não
me diz respeito.
Pelo que entendi, um pecador
não tem condição moral para condenar outro
pecador. Isto foi o que Jesus quis me dizer quando disse:
“aquele que estiver sem pecado, que seja o primeiro a
lhe atirar uma pedra”. Ademais, existe uma proibição
clara, pois é dito na nova lei: “Parai de fazer o
que você estava fazendo até agora; parai de julgar”.
Decerto, isto é uma ordem para cada um dos ouvintes. É
uma ordem para mim, é pessoal. Isto significa que mesmo que
todos os outros continuem julgando, eu não posso continuar a
julgar.
Decerto, a lei foi transmitida
e já estava valendo. Agora, apareceu uma oportunidade de se
mostrar na prática, como obedecer a este artigo da nova lei.
Havia um conflito direto entre a lei, a nova lei transmitida por
Jesus e o que chamamos aqui de lei milenar. Bem, Jesus, o que fazer??
Foi o que perguntamos a ele. Como não condenar, se Moisés
prescreve que tal pessoa seja apedrejada?? A resposta de Jesus nos
induziu a raciocinar e ver qual deveria ser a nossa atitude a partir
daquela hora. Ele nos induziu a ver o porque de “parai
de julgar”.
É como se Jesus tivesse
dito para mim: “Agora você entendeu o motivo de você
não poder mais julgar qualquer humano”?? Aumente a tua
sensibilidade.
Um
pecador que CONDENA outro pecador não passa de um hipócrita.
Um pecador que quer DESTRUIR outro pecador, só por este ser um
pecador, não passa de um hipócrita. Esta afirmação
saiu da boca de Jesus como reprodução do que saiu da
boca de Jeová, uma vez que tudo o que Jesus falava era mera
repetição do que o Pai havia falado.
Agora, no lugar de estar
fiscalizando outros, eu tenho de fiscalizar as minhas próprias
ações. Mais do que fiscalizar as minha ações,
aquilo que Jesus falou, me incentivam a fiscalizar os meus
sentimentos.
“A trave no meu olho e
o argueiro no olho de outro” -
Eu pensei e pensei sobre esta frase falada por Jesus para mim. É
como se Jesus estivesse me perguntando: “Como pode você
que está cheio de erros, ficar observando os erros dos
outros?? Preocupe-se com os teus erros. Quando você conseguir
eliminar teus próprios erros, saberás como ajudar
os outros a eliminarem os erros deles. Como
podes desejar destruir aquele que tem erro? Não está
você também cheio de erros?? Você pode até
não estar ciente dos teus erros, mas estás cheio de
erros. Neste caso, você está pedindo a sua própria
destruição”. Foi exatamente isto o que eu entendi
daquelas palavras de Jesus.
Lembro-me
do que ele falou sobre cometer adultério no coração.
Isto é algo totalmente inédito. (Mateus
5:27-28) 27 “Ouvistes
que se disse: ‘Não deves cometer adultério.’
28 Mas
eu vos digo que todo aquele que persiste em olhar para uma mulher, a
ponto de ter paixão por ela, JÁ
COMETEU NO CORAÇÃO ADULTÉRIO COM ELA.
Se já cometeu adultério
no coração, significa que se eu admitir e revelar para
outros que senti paixão por outra mulher, o que já
aconteceu, eu poderia ser apedrejado. Sendo HONESTO comigo mesmo e
sendo IMPARCIAL, eu teria de ser o primeiro a atirar pedras em mim
mesmo. No entanto, se fosse agora, quem teria coragem de me
apedrejar?? Como poderia me julgar por um pecado que ele sequer viu
acontecer e ele não tinha a menor condição de
saber se aconteceu ou não?? Se alguém jogar uma pedra
em mim estará agindo como juiz e executor, algo que está
proibido por esta nova lei transmitida por Jesus. Ainda bem que
ninguém pode ler a minha mente e nem sentir os meus
sentimentos a não ser o Criador. Se estou vivo é porque
Jeová me perdoou muitas vezes este mesmo pecado. Ele abriu
mão da minha merecida punição.
E eu que pensava que só
era pecado, se praticasse o ato fisicamente! Eu não imaginava
que eu era tão pecador, que era tão iníquo.
Lembro-me
também que ele falou sobre "continuar furioso" ser o
mesmo que “assassinar”. (Mateus
5:21-22) 21 “Ouvistes
que se disse aos dos tempos antigos: ‘Não deves
assassinar; mas quem cometer um assassínio terá de
prestar
contas ao tribunal de justiça.’
22 No
entanto, digo-vos que todo aquele que CONTINUAR
FURIOSO COM SEU IRMÃO TERÁ DE PRESTAR
CONTAS AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA;
mas, quem se dirigir a seu irmão com uma palavra imprópria
de desprezo terá de prestar contas ao Supremo Tribunal; ao
passo que quem disser: ‘Tolo desprezível!’, estará
sujeito à Geena ardente.
Lembro-me que estou
furioso com aquele meu irmão que me pediu dinheiro emprestado
e não pagou. Negócio é negócio. Mas, se
eu admitisse isto perante os juízes, eu teria a mesma
penalidade por assassinar este irmão. Eu teria de ser morto
por continuar furioso com meu irmão. Continuar furioso com
meu irmão é um pecado que tem a mesma penalidade de
morte que tem o pecado de tirar a vida de alguém. Ora, eu
chamei ele de iníquo desprezível muitas vezes
por não pagar a dívida dele comigo e até hoje eu
insisto em receber o meu dinheiro que ganhei com muito trabalho.
Ontem mesmo o peguei pela roupa e lhe falei poucas e boas e só
não o agredi porque ele se ajoelhou diante de mim e as pessoas
me impediram. “Quem não paga o que deve é
iníquo”, e iníquo tem de ser tratado como iníquo
– isto é o que os antepassados falaram; está nos
salmos.
E quanto a dirigir uma palavra
imprópria de desprezo, eu sempre afirmei que sentia aversão
dos pecadores e que eles não eram dignos de minha atenção
e de minha estima. Este que me deve dinheiro é um deles. Eu
sempre agradeci a Jeová por não ser igual a estes
pecadores; sempre me achei superior a eles, muito mais limpo que
eles, pois eu não pratico estes pecados que eles praticam. Não
me sento para comer com estes pecadores; realmente, eu sinto aversão.
Como modificar este sentimento? Basta ter este sentimento e já
é pecado. E eu que queria que Jeová matasse todos os
iníquos! Eu estava pedindo a minha própria destruição.
Este Jesus senta e come com os pecadores e vive todo o tempo na
companhia deles. Aquele iníquo que não me paga o que me
deve, está o tempo todo atrás de Jesus. Jesus se sente
feliz na companhia destes pecadores. Isto é incrível;
isto é inédito. Os profetas anteriores condenavam os
pecadores; não viviam se misturando com os iníquos. Ele
tem sentimentos diferentes dos nossos, diferentes não,
sentimentos opostos aos nossos. O interessante é que
nossos antepassados também tinham estes sentimentos iguais aos
nossos. Isto está nos salmos. E eu pensava que agindo assim
estava agradando a Jeová!
Eu
nunca tinha me considerado um iníquo. Meu olho não
tinha me visto como um iníquo. Lá no monte, quando
Jesus nos chamou de iníquos, pelo menos a todos os ali
presentes, eu achei que ele estava no mínimo, exagerando.
(Mateus
7:11) 11 Portanto,
SE
VÓS,
EMBORA INÍQUOS,
sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso
Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que
lhe pedirem!
Mas,
pensando bem, não existe qualquer exagero. Eu me achava santo,
fazendo parte da nação santa e eliminava pecadores,
eliminava iníquos. Eu não sabia que eu era um iníquo;
eu não admitia que eu era um iníquo e ser chamado de
iníquo era uma grande ofensa. No entanto eu não
desconfiava que eu era tão iníquo!! Eu era tão
iníquo quanto aqueles que eu sentia aversão. Era e
ainda sou.
E
quanto aos meus sentimentos pelos samaritanos??
Estes novos mandamentos que
Jesus falou são realmente muito mais pesados do que os
antigos. Eles revelam os nossos sentimentos mais profundos.
São
mandamentos destinados a corrigir os meus sentimentos.
E para Jeová estes sentimentos já são pecados
cometidos,
pois aguardamos apenas uma oportunidade propícia para torná-lo
visível. Ainda bem que é só Jeová que
pode examinar meu coração e meus pensamentos, e é
só Ele que pode agir como vingador. Eu poderia ter sido
apedrejado pelo menos duas ou três vezes, pois quando o humano
julga, ele não é misericordioso. E, eu achava que era
justo! Jeová, este sim é misericordioso! Ele podia ter
me matado por cada um destes pecados e mesmo agora, por causa destes
sentimentos.
Pensando
bem, eu estava sendo um carrasco de uma mulher que cometeu adultério,
e no entanto, pela nova lei, eu também cometi adultério.
Eu sou casado com uma mulher divorciada. Eu ouvi Jesus dizer: (Mateus
5:31-32) 31 “Outrossim,
foi dito: ‘Quem se divorciar de sua esposa, dê-lhe
certificado de divórcio.’ 32 No
entanto, eu vos digo que todo aquele que se divorciar de sua esposa,
a não ser por causa de fornicação, expõe-na
ao adultério, E
QUEM
SE CASAR COM
UMA MULHER DIVORCIADA COMETE ADULTÉRIO.
Ele
disse também:
(Lucas
16:18) 18 “Todo
aquele que se divorciar de sua esposa e se casar com outra, comete
adultério, e QUEM
SE CASAR COM
UMA MULHER DIVORCIADA DO MARIDO, COMETE ADULTÉRIO.
Nenhuma
dúvida. Eu sou um adúltero. Eu vivo em adultério,
em uma relação adúltera.
Quantos pecados! Quantos
pecados! Quantos pecados são os meus!! Que mais posso dizer??
“Eu
sou um pecador; eu reconheço. Sou um iníquo.
Vou largar esta pedra aqui e vou para casa. Não
posso mais continuar a agir
como um hipócrita. Não quero mais
saber de condenar ninguém; não condeno mais nenhum dos
meus irmãos judeus. Por falar em condenar, Pai Celestial, por
favor, me perdoe por todos estes pecados. Estou muito envergonhado de
ter condenado outros pecadores, quando eu não tinha a menor
condição de fazê-lo, pois estou repleto de
sentimentos pecaminosos, que na verdade, já são pecados
cometidos no coração. Estive agindo como um hipócrita
todo este tempo; a vergonha é minha". "Por favor,
Pai, Não me condene à Geena ardente, por eu ter me
dirigido a meu irmão com uma palavra de desprezo, chamando-o
de tolo desprezível, e por outros pecados que eu ainda não
tenho consciência de estar praticando".
E agora, como vou me livrar
deste sentimento de
desprezo?? Me lembro que Jesus disse lá no monte: “Ame o
seu inimigo”. (Mateus
5:43-48) 43 “Ouvistes
que se disse: ‘Tens de amar o teu próximo e odiar o teu
inimigo.’ 44 No
entanto, eu vos digo: CONTINUAI
A AMAR
OS
VOSSOS INIMIGOS e
a orar pelos que vos perseguem; 45 para
que mostreis ser filhos de vosso Pai, que está nos céus,
visto que ele faz o seu sol levantar-se sobre iníquos e sobre
bons, e faz chover sobre justos e sobre injustos. 46 Pois,
se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem
também a mesma coisa os cobradores de impostos? 47 E,
se cumprimentardes somente os vossos irmãos, que fazeis de
extraordinário? Não fazem também a mesma coisa
as pessoas das nações? 48 Concordemente,
tendes de ser perfeitos, assim como o vosso Pai celestial é
perfeito.. . .
O filho imita o seu Pai, logo,
continuai a amar os vossos inimigos, para serdes filhos de vosso Pai
celestial. Tenho de substituir os meus sentimentos.
Como é que vou amar o
samaritano? Nós não temos tratos com os samaritanos
exatamente por nós não os amarmos e por nos sentirmos
muito melhores do que eles, e isto desde a infância. Eles são
desprezíveis. Epa, desprezíveis?? De novo?? Meu coração
está muito doente. Eu tenho de substituir o sentimento de
desprezo pelo sentimento de amor; são sentimentos opostos.
Como é que eu vou conseguir amar um inimigo, uma pessoa que
pratica o mal contra mim? Por vezes é difícil amar os
que me amam. O que eu sei é que estou muito, muito longe,
daquilo que este Jesus falou. Estou muito longe de ser como ele é.
Pelo que entendi, Jeová ama os inimigos. Quem é justo
não é inimigo de Jeová. Para ser inimigo de
Jeová, a pessoa precisa ser um iníquo. E Jeová
ama o iníquo?? Isto é inédito, isto é
incrível. Ele pode destruir o inimigo há qualquer
instante, no entanto, Ele ama o inimigo?? Mas, eu fui ensinado que
Jeová odeia os iníquos, que Jeová detesta os
iníquos. É difícil acreditar em tudo o que este
Jesus fala. É tudo 100% oposto do que eu aprendi como sendo
verdade, coisas que eu aprendi dos sacerdotes e de todos os demais
homens respeitáveis que me ensinaram. Eu o ouvi dizer: “Eu
sou a verdade”. Se as palavras que Jesus fala são
verdade, então, quanta mentira eu aprendi e repito!! Tenho de
dar meia volta, pois, segundo as palavras de Jesus, estou indo no
caminho oposto ao de Jeová.
Veja só isto, eu sempre
me achei (sentimento) muito melhor que os samaritanos, no entanto,
estas palavras de Jesus me deixaram encabulado. Se eu só amar
a quem me ama, não estou fazendo nada de mais, pois o
samaritano também o faz. Se eu cumprimentar somente meus
irmãos, mão estou fazendo nada de mais, pois o
samaritano também o faz. Me lembro que, muitas foram as vezes
em que fui cumprimentado pelos samaritanos e não respondi,
virei a cara e no coração eu disse: “Desprezível,
tu és indigno de minha estima”. Algumas vezes os
samaritanos me chamaram de irmão, e eu me lembro muito bem do
sentimento que tive quando isto aconteceu, orgulhosamente
rejeitando tal afirmação. Jeová estava vendo
isso e certamente via o samaritano como muito melhor do que eu, que
me achava justo e fazendo parte do “povo santo” de Deus.
Estas inéditas palavras de Jesus..... Que palavras...!!!
Jesus ainda disse mais: “Quem
te esbofetear a face direita, oferece a face esquerda”. Isto é
o mesmo que dizer: “Acabou a vingança; Não exija
mais sua vingança”. (Mateus
5:38-39) 38 “Ouvistes
que se disse: ‘Olho por olho e dente por dente.’ 39 No
entanto, eu vos digo: Não resistais àquele que é
iníquo; mas, A
QUEM TE ESBOFETEAR A FACE DIREITA, OFERECE-LHE TAMBÉM A OUTRA.
Depois de ser ofendido
diretamente na face, tome a iniciativa em oferecer-lhe a outra face??
Outra afirmação inédita de Jesus. Como aceitar
esta “palavra”?? É isto o que está valendo
a partir de agora?? Como é que eu vou conseguir fazer isto??
Esta voz!! Esta voz!! Esta voz é a voz de uma ovelha.
Novamente, meus sentimentos estão sendo desmascarados. E são
sentimentos alimentados desde a minha infância.
Nem
mesmo a “vingança de igual intensidade” é
mais permitida. E eu que até hoje não tinha deixado
minha vingança de lado! Eu sempre desejei vingança.
Esta vingança estava garantida na lei milenar. E muitas vezes
eu desejei algo que ia muito além da “vingança
de igual intensidade”. Como é que eu vou conseguir não
mais desejar a vingança?? O mundo está virando
de cabeça para baixo. De Jesus só vem palavras e ações
inéditas. Olha, cada vez que começo a pensar nisto,
minha vergonha aumenta mais!! O desejo nasce no coração,
cresce no coração e pode gerar frutos em palavras e em
ações. Ele também disse isto.
Mas, será que este Jesus
é realmente aquele prometido Messias que tanto aguardamos??
Estas palavras que ele fala... Estas inéditas palavras...!
No dia em que Jesus foi preso,
eu fiquei curioso de saber como um homem tão poderoso como ele
havia se deixado prender. Eu achava que ele usaria seu poder para
retribuir o mal aos que estavam lhe fazendo o mal, assim como Eliseu,
o profeta, havia feito, quando aqueles jovens o chamaram de careca,
se divertindo às suas custas. Fui testemunha do que Jesus fez.
Ele cumpriu totalmente a nova lei que ele mesmo havia intermediado.
Ele novamente agiu de forma inédita. Além de não
retribuir nenhum dos males e ofensas que lhe fizeram, eu o ouvi
dizer: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão
fazendo. (Lucas
23:32-38) 32 Mas,
dois outros homens, malfeitores, também estavam sendo levados
para serem executados com ele. 33 E
quando chegaram ao lugar chamado Caveira, pregaram-no numa estaca, e
assim também os malfeitores, um à sua direita e outro à
sua esquerda. 34 [[MAS
JESUS ESTAVA DIZENDO: “PAI, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM
O QUE ESTÃO FAZENDO.”]]
Outrossim,
para distribuírem as roupas dele, lançaram sortes. 35 E
o povo parava, olhando. Mas os governantes ESCARNECIAM,
dizendo:
“A outros ele salvou; salve-se a si mesmo, se este é o
Cristo de Deus, o Escolhido.” 36 Até
mesmo os soldados SE
DIVERTIAM às
custas dele, chegando-se perto e oferecendo-lhe vinho acre, 37 e
dizendo: “Se tu és o rei dos judeus, salva-te.”
38 Havia
também uma inscrição por cima dele: “Este
é o rei dos judeus.”
Mais uma coisa inédita
falada e feita por Jesus. Ele tinha escolha, ele podia sair dali, ele
podia usar seu poder. Ele fez aquilo que ele escolheu fazer, isto é,
perdoar e perdoar até mesmo àqueles que lhe humilhavam
e matavam. Jesus não condenou
nem mesmo a estes. Ele não se
vingou e nem pediu vingança, nem mesmo na hora da morte,
mostrando-se ser 100% oposto de Sansão, nosso admirado
antepassado – Juízes 16:25-30. Aquelas cenas e aquelas
palavras não saem da minha mente. Se eu fechar os olhos,
consigo rever a cena e ouvir as palavras de Jesus: Pai, perdoa-lhes,
pois não sabem o que estão fazendo. Uma coisa INÉDITA,
surpreendente para mim. Realmente,
Jesus cumpriu esta nova lei. Que
sentimentos! Que sentimentos! Não tinha passado por minha
cabeça, alguém tão poderoso reagir desta forma
àquela situação tão humilhante, tão
provocativa e tão dolorosa. Para mim isto era uma coisa
INCONCEBÍVEL, mas, fui testemunha, eu vi. Primeiro eu fiquei
revoltado por ele não reagir, depois fiquei decepcionado por
ele ter se deixado matar e fui pra casa muito triste. No entanto,
tempos depois de sua ressurreição, foi aumentando e
aumentando a minha admiração por aquele homem. Com
calma, pude compreender que ele viveu plenamente aquela mesma lei que
ele foi mandado transmitir; ele cumpriu esta nova lei em todos os
seus detalhes. Que personalidade fantástica! Que personalidade
fantástica! Esta sim é uma personalidade digna de ser
imitada. Que poder fantástico ele
demonstrou; foi
o poder de perdoar.
Seus sentimentos foram 100% opostos aos nossos e
aos de nossos antepassados, e suas ações foram 100%
opostas as nossas. E
eu fui testemunha disso!! Pelo
que eu entendi, ele estava me mostrando a forma correta de viver a
vida, pois se todas as pessoas tivessem a mesma personalidade dele,
não haveria inimizades, brigas ou guerras. Pelo que eu
entendi, esta é a personalidade que todos têm de imitar.
A personalidade de uma ovelha. Certamente é o comportamento de
uma ovelha. Eu não podia imaginar que o ser humano pudesse se
comportar daquela maneira. Sei que foi previsto em relação
a ele e a aquele comportamento: (Isaías
53:7) 7 Viu-se
apertado e DEIXOU-SE
atribular;
contudo, não abria a sua boca. Foi trazido QUAL
OVÍDEO ao
abate; e COMO
A OVELHA fica
muda diante dos seus tosquiadores, tampouco ele abria a sua boca.
O Mestre mostrou
como é que se faz. Agora, o desafio estava lançado. Ser
como o Mestre, ser como uma ovelha, copiar o Mestre todo o tempo,
agir como uma ovelha todo o tempo.
Poderia
um dos apóstolos de Jesus agir de forma diferente desta,
depois da morte e ressurreição do seu Mestre?? E quanto
aos demais discípulos?? Poderia passar a condenar outros
humanos??
Sim, poderia. Ele poderia voltar a
condenar outros humanos. Afinal, ele não é um robô.
Ele pode desobedecer. Ele tem este poder. Ele pode decidir não
mais imitar a personalidade de Jesus. Ele tem o poder de estabelecer
para si um outro Mestre.
Muitos se apresentaram para
serem imitadores da personalidade de Jesus, isto é, se
apresentaram para serem discípulos de Jesus, para terem a
Jesus como Mestre, para terem uma Ovelha como Mestre. Na verdade,
todos se apresentavam para serem aprendizes de ovelha. Cada um se
apresentava para aprender a ser uma ovelha.
Agora estamos no ano 54 EC.
Minha vizinha de nome Sarai havia se tornado uma discípula
de Jesus; ela tinha ouvido todas as palavras faladas por Jesus. Ela
não se afastava de Jesus. Até ontem, ela sentava-se e
comia com todo e qualquer tipo de pecador, assim como Jesus fazia, e
obviamente, cumprimentava a todos; vivia com os samaritanos pra cá
e pra lá, tratando-os como irmãos que realmente são.
Ela me contou que saiu uma nova resolução determinando
que os discípulos de Jesus não podem mais sentar para
comer e sequer cumprimentar àqueles que se tornaram discípulos
e que tenham cometido certos tipos de pecados. Ela falou também
que quem discordasse desta nova resolução devia ser
expulso do convívio, o que representa não sentar para
comer com este homem que foi julgado como iníquo, sequer
cumprimentá-lo. Ela afirmou que o iníquo tinha de ser
removido do convívio, que quem cumprimentar, sentar e comer
com os que se rebelassem contra a nova resolução teria
a penalidade de ser removido do convívio, e que isto era por
determinação dos novos juízes designados.
Eliminai o mal do vosso meio, significa eliminar o pecador do
convívio, pois agora este pecador não é mais
discípulo de Jesus, não é mais um irmão,
não fazendo mais parte da nação. Foi afirmado
que esta nova nação é santa e constituída
de santos, logo, não pode existir iníquos nesta nova
nação. Assim, os iníquos têm de ser
expulsos para que a nação permaneça santa e não
perca o favor e a bênção de Deus. “Julgai
e removei o iníquo de entre os santos”; vós sois
juízes; sintetizava uma parte da resolução.
Nestes 22 anos, este é o
primeiro caso de julgamento e condenação entre
os discípulos de Jesus. O mais engraçado de tudo isto é
que, era exatamente isto o que eu fazia há 22 anos atrás
quando eu ouvi aquela frase de Jesus: “Quem não tiver
pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra”. Eu estava
participando de um julgamento de uma adúltera; nós nos
sentíamos uma nação santa e
desprezávamos os iníquos judeus, nossos irmãos,
e os iníquos não judeus, que afirmávamos não
serem nossos irmãos. Nosso sentimento e nosso costume eram
o “excluir e destruir”. Não nos sentávamos
para comer com iníquos e não cumprimentávamos os
desprezíveis. Os desprezíveis eram aqueles que para nós
não possuíam nenhum valor. Nosso objetivo era destruir
àqueles que não se ajustassem àquela lei
milenar. Nós nos sentíamos como melhores e
exatamente por isso discriminávamos todos os demais
povos e até mesmo nossos irmãos judeus que decaíssem
do nosso “bom conceito”. Nós achávamos que
Jeová estava perto de nós e muito longe dos demais;
achávamos que Jeová estava perto dos justos e muito
longe dos iníquos. Quanto às mortes a pedradas,
fazíamos o que estava determinado na lei milenar. Se Jesus
estivesse vivo, ele aprovaria estas novas ações e estes
novos sentimentos, ações e sentimentos opostos aos
dele??
Depois daquela decisão
de não atirar pedra naquela adúltera, minha vida mudou
bastante. Fui chamado para responder sobre o motivo da minha ação
em relação àquela pecadora. Fui acusado de ser
um seguidor de Jesus e de estar indo contra a lei. Fui expulso da
sinagoga por não obedecer a lei milenar. Me rotularam de
“rebelde contra a lei”. Até hoje, os meus irmãos
fariseus não me dirigem a palavra, não me cumprimentam
e não respondem ao meu cumprimento, olhando-me com um olhar de
desdém, como para alguém que não vale nada, como
alguém desprezível. E agora, o que eu vejo? Os mesmos
sentimentos, as mesmas palavras e as mesmas ações
brotando entre os discípulos de Jesus. Será que os
juízes foram apenas substituídos?? Será
que Jesus copiaria estas ações e estes sentimentos de
seus discípulos?? São ações,
sentimentos e palavras 100% opostos aos de Jesus e às palavras
de Jesus. Estes sentimentos, estas palavras e estas ações
são 100% opostas às ações do Mestre.
Afinal, eles ainda são discípulos de Jesus?? Jesus
ainda é o Mestre destes homens?? Os discípulos copiam o
Mestre em tudo e não apenas em algumas coisas; é por
isto que afirmam ser discípulos. Estas ações dos
discípulos, são ações de uma ovelha??
Será que neste caso, as ações do Mestre é
que estavam erradas?? Será que os discípulos estão
contestando as palavras e as ações do Mestre?? Será
que são correções das palavras, dos mandamentos
e das ações de Jesus??
Afinal, quando eu joguei minha
pedra fora, obedecendo a lei instituída por Jesus, eu estava
fazendo o que era certo ou o que era errado?? Afinal, “pecador
julgar e condenar outro pecador” é certo ou é
errado?? Será que estes novos juízes não são
mais pecadores?? Mesmo que não fossem mais pecadores, poderiam
condenar pecadores?? Tomou Jesus tais ações contra os
pecadores?? Sentar-se para comer com irmãos iníquos é
pecado? Cumprimentar irmãos iníquos é pecado? Ou
será que o pecado é deixar de comer e deixar de
cumprimentar o iníquo?? O que as ações de Jesus
determinam como sendo pecado?? Jesus foi amplamente contestado pelos
supostamente justos, exatamente por sentar-se e comer, ser amigo de
cobradores de impostos, meretrizes e demais pecadores. Que
sentimentos existiam por detrás da ação
de não cumprimentar o iníquo?? Que sentimentos
existiam por detrás da ação de sentar-se e comer
com os iníquos?? Certamente, eram sentimentos 100%
opostos.
Mas, e o que dizer da lei que
Jesus instituiu e oficializou?? Ela ainda está valendo?? Será
que aquela lei que foi a base e o resumo das ações de
Jesus, só foi válida por 22 anos?? Será que os
discípulos receberam uma nova lei?? Quem recebeu esta nova lei
que permite a condenação, que autoriza o humano a
julgar e condenar pecadores, excluir pecadores do convívio,
não sentar-se para comer e não cumprimentar irmãos
pecadores?? Será que aquele Jesus se submeteria a esta nova
lei que agora está valendo para seus discípulos que
afirmam copiar sua personalidade de ovelha?? Será que as ações
do Mestre é que estavam erradas?? Esta nova resolução
afirma que Jesus estava errado no que sentia, falava e
agia.
As ações do
Mestre se baseavam na nova lei que Jesus revelou para nós.
Assim, se as ações do Mestre estavam erradas, a nova
lei revelada também estava errada. Será que é
isto?? Será que está havendo uma correção
da lei??
Jesus afirmou: “vós
sois iníquos”. A resolução diz: “vós
sois santos”. A lei nova diz: “Parai de julgar; parai de
condenar”. A resolução diz: “Podeis julgar;
podeis condenar”.
As decisões dos antigos
juízes não podiam afrontar àquilo que estava
determinado na lei milenar. Criar um costume que afronte a lei dada
por Jeová é estar afrontando ao próprio Jeová.
Criar uma resolução que afronte a lei dada por Jeová
e intermediada por Jesus é afrontar o próprio Jeová,
não amar a Jesus e se rebelar contra os sentimentos, contra as
palavras e contra as ações do Mestre. Os discípulos
têm de ter os mesmos sentimentos do Mestre, falar as mesmas
palavras do Mestre e praticar as mesmas ações
praticadas pelo Mestre, seguir a mesma lei que foi seguida pelo
Mestre. Assim se mostram ser discípulos de seu Mestre, pois
copiam, imitam o Mestre. O Mestre ainda é Jesus ou já
há outro “mestre”??
Pelo que eu entendi, a
partir de agora, 22 anos depois, os discípulos de Jesus,
têm seus próprios samaritanos para desprezar e não
manter tratos, além de poderem expulsar homens de suas
próprias sinagogas. Também estão autorizados a
não sentar, não comer e não cumprimentar seus
irmãos pecadores, pecadores que cometam certos tipos de
pecados. A partir de agora, os discípulos de Jesus determinam
quem recebe a vida eterna, assim como também, eles separam
aqueles que eles julgam como merecedores de morte eterna.
Enquanto não se retratarem diante deles, os expulsos estão
julgados por eles como merecedores de morte eterna. Se não
se retratarem diante deles, segundo o julgamento deles, os expulsos
não entrarão no reino dos céus. Pelo que eu
entendi, eles passaram a ser juízes e entregaram a
Jeová a simples função de executor das
sentenças por eles determinadas. Relegaram Jeová à
mera função de executor,
um simples e mero carrasco. Eles, como juízes
julgam, sentenciam e entregam o já sentenciado para Jeová
executar. O juiz tem mais autoridade do que o carrasco.
Posso até estar
enganado, mas, eu não vi estes sentimentos, palavras e ações
em Jesus, o Mestre. Todos os que eu conheço também
afirmam não terem visto Jesus fazer tais coisas. Estas coisas
não fizeram parte da personalidade do Mestre, antes, eram
costumes e sentimentos antigos que foram abolidos pelo
Mestre. Eu sou testemunha de que Jesus cumpriu a todos estes novos
mandamentos, isto é, a nova lei transmitida por ele lá
no monte. Se alguém quer saber como cumprir estes novos
mandamentos é só relembrar as ações de
Jesus. Ele mostrou ser um professor e suas ações
estavam de acordo com suas palavras.
Esta minha vizinha que sempre
está junto com João, um dos doze apóstolos,
afirmou que João repete sempre estas palavras faladas por
Jesus: “Eu
vos enviarei o espírito que procede do Pai e ele só
falará aquilo que ouvir, ele receberá aquilo que é
meu e declarará a vós. O
espírito santo não falará nada contra mim, nem
contra as minhas palavras e nem contra as minhas ações”.
Vocês ouviram minhas palavras e viram minhas ações,
vocês são testemunhas das minhas ações.
(João
14:23-26) 23 Em
resposta, Jesus disse-lhe: “Se alguém me amar, OBSERVARÁ
A MINHA PALAVRA,
e meu Pai o amará, e nós iremos a ele e faremos a nossa
residência com ele. 24 Quem
não me ama, não observa as MINHAS
PALAVRAS;
e a palavra QUE
ESTAIS OUVINDO não
é minha, mas PERTENCE
AO PAI que
me enviou. 25 “Enquanto
permaneci convosco, FALEI-VOS
destas
coisas. 26 Mas
o ajudador, o espírito santo, que
o Pai enviará
em
meu nome, esse
vos ensinará todas as coisas e vos FARÁ LEMBRAR TODAS
AS COISAS QUE EU
VOS DISSE.
(João
15:26-27) 26 Quando
chegar o ajudador que
eu vos enviarei do
Pai, o espírito da verdade, que
procede do Pai,
ESSE
DARÁ
TESTEMUNHO DE
MIM;
27 e
VÓS,
IGUALMENTE,
haveis de dar testemunho, porque
estivestes
comigo desde que comecei. (João 16:12-15) 12 “Ainda
tenho muitas coisas para vos dizer, mas não sois atualmente
capazes de suportá-las. 13 No
entanto, quando esse chegar, o espírito da verdade, ele vos
guiará a toda a verdade, pois
NÃO FALARÁ DE SEU PRÓPRIO IMPULSO, mas falará
as coisas que
ouvir e
vos declarará as coisas vindouras. 14 Esse
me glorificará, PORQUE
RECEBERÁ
DO
QUE É MEU E
VO[-LO] DECLARARÁ. 15 Todas
as coisas que meu Pai tem são minhas. É por isso que eu
disse que recebe do que é meu e [o] declara a vós.
Ela
continuou: Jesus foi bem claro: “fará lembrar as coisas
faladas por mim”. Jesus disse ainda mais: “receberá
do que é meu e lhes transmitirá”. “Dará
testemunho de mim”. O espírito da verdade não
poderia dar um falso testemunho; ele só poderia testemunhar
aquilo que tinha visto, assim como os que estiveram com Jesus desde
que ele começou não poderiam dar um falso testemunho de
Jesus. Estes só poderiam testemunhar sobre as coisas vistas
(as ações e as palavras de Jesus). Ela afirmou que de
acordo com estas palavras, não poderia haver mudanças
nas palavras de Jesus. As palavras e as ações de Jesus
foram aprovadas pelo próprio Pai. Muitas pessoas foram
testemunhas desta aprovação divina.
Minha
vizinha afirmou que não se esquece das seguintes palavras
proferidas por Jesus pouco antes de sua morte: Naquele dia sabereis
que estou em UNIÃO com o Pai, e vós estais em união
comigo. Estar em união comigo é observar os MEUS
mandamentos. (João
14:15-21) 15 “Se
me amardes,
observareis
os MEUS
MANDAMENTOS;
16 e
eu solicitarei ao Pai e ele vos dará OUTRO
ajudador
para
estar convosco para sempre, 17 o
espírito da verdade, que o mundo não pode receber,
porque nem o observa nem o conhece. Vós o conheceis, porque
permanece convosco e está em vós. 18 Não
vos deixarei orfanados. Vou ter convosco. 19 Mais
um pouco e o mundo não me observará mais, mas vós
me observareis, porque eu vivo e vós vivereis. 20 Naquele
dia sabereis que estou em união com o meu Pai, e vós
estais em união comigo, e eu estou em união convosco.
21 Quem
tem os MEUS
MANDAMENTOS
e os observa, este é o que me ama.
Por
sua vez, quem me ama, será amado por meu Pai, e eu o amarei e
me mostrarei claramente a ele.”
Ela afirmou que Jesus era um
AJUDADOR, aquele que continuamente ajudava os discípulos a
caminhar, ajudava-os a ver seus próprios erros e por vezes os
impediu de cometerem tais erros. A promessa de Jesus foi de enviar um
OUTRO ajudador, que os faria lembrar das frases faladas por Jesus, os
mandamentos. Este OUTRO ajudador continuaria a fazer aquilo
que Jesus estava fazendo por eles. Não os deixarei orfanados
(crianças sem pai), foi o que disse Jesus.
Ela afirmou ainda mais: Como
poderíamos estar em união com Cristo e mesmo assim ir
contra a um dos mandamentos de Jesus?? Voltar a julgar e a
condenar certos tipos de pecadores, voltar a não
cumprimentar certos tipos de pecadores, voltar a excluir do
convívio certos tipos de pecadores, voltar a não
se sentar para comer com certos tipos de pecadores ou coisas
semelhantes, é ir contra os mandamentos de Jesus. Quem está
contra um dos mandamentos de Jesus não está em união
com Jesus. Quem não observa os mandamentos de Jesus, não
ama a Jesus. Como pode alguém que reconhece que é
um pecador, VOLTAR A FAZER coisas como estas?? Jesus foi
constantemente contestado por todos os humanos exatamente por NÃO
FAZER tais coisas que agora foram aprovadas pela nova resolução.
Minha vizinha afirmou que está
um pouco confusa com o que está acontecendo, pois estas novas
resoluções caminham em sentido contrário às
palavras faladas por Jesus, que por sua vez, afirmou, que repetia
exclusivamente as palavras que seu Pai lhe mandou dizer naquele
momento específico e que estavam valendo a partir daquele
momento específico. Minha vizinha afirma que Jesus não
fez nada do que as novas resoluções determinam. Minha
vizinha afirma que o pacto intermediado por Jesus é o único
que está valendo, assim como também a lei que acompanha
o pacto intermediado por Jesus, também é a única
lei que está valendo.
Minha vizinha disse que no seu
entendimento, o “espírito da verdade” não
poderia negar às palavras faladas por Jesus e chamá-lo
de mentiroso, pois segundo o próprio Jesus, o “espírito
da verdade” sempre iria glorificar a Jesus. Afrontar a Jesus
não é glorificar a Jesus. Ela me disse também:
“se Jesus afirmou estar falando apenas o que o Pai mandou falar
e estar fazendo somente aquilo que o Pai fazia, o que estas novas
resoluções afirmam a respeito de Jesus?? No mínimo
chamam Jesus de mentiroso.” Simplesmente afirmam: “O que
Jesus falou está errado, assim como aquilo que ele fez também
está errado”. Minha vizinha não sabe o que fazer.
Ela afirmou que realmente está confusa.
(1
Coríntios 5:9-6:6) 9 Eu
vos escrevi na minha carta que cesseis de manter convivência
com fornicadores, 10 não
[querendo dizer] inteiramente com os fornicadores deste mundo, ou
[com] os gananciosos e os extorsores, ou [com] os idólatras.
Senão teríeis realmente de sair do mundo. 11 Mas,
eu vos escrevo agora para que CESSEIS
DE TER CONVIVÊNCIA com
qualquer que se chame irmão,
que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador,
ou beberrão, ou extorsor, nem
sequer comendo com tal homem. 12 Pois,
o que tenho eu que ver com o julgamento dos de fora? Não
julgais vós os de dentro, 13 ao
passo que Deus julga os de fora? “Removei
o [homem] iníquo de entre vós.” 6
Atreve-se alguém de vós,
que tenha uma causa contra outro, ir a juízo perante os
injustos, e não perante os santos? 2 Ou
não sabeis que os santos julgarão o mundo?
E, se O
MUNDO HÁ DE SER JULGADO POR VÓS,
sois vós inaptos para julgar assuntos muito triviais? 3 Não
sabeis que havemos de julgar anjos? Por
que, então, não assuntos desta vida? 4 Se
vós, então, tiverdes assuntos desta vida para julgar,
colocais como juízes a homens que são menosprezados na
congregação? 5 Falo
para induzir-vos à vergonha. É verdade que não
há nem um só homem sábio entre vós, que
possa julgar entre seus irmãos, 6 mas
irmão vai a juízo contra irmão, e isso perante
incrédulos?
Ela me disse mais: 'Aquele que
deixar de cumprimentar o pecador, está pessoalmente
julgando e condenando o pecador e estará desobedecendo a lei
intermediada por Cristo; também não estará
fazendo o que Jesus fez, e assim, o discípulo não
estará copiando a personalidade do Mestre.
Estará participando do julgamento como um dos executores
da penalidade imposta pelos juízes. Estará participando
do julgamento, como sendo um dos carrascos. É o mesmo
que estar jogando uma pedra no pecador; é o mesmo que estar
executando a pena aplicada ao pecador. E assim toda a nação
santa participa do julgamento, alguns até mesmo comemorando a
punição dada a um pecador. O iníquo está
sendo excluído da nação santa, está sendo
separado para o extermínio. Não cumprimentar este
pecador é o mesmo que afirmar para o pecador: não fale
comigo, pois você é um separado para o extermínio.
E estará dizendo para Jeová: Pai, eu já separei
este aqui para ser exterminado pelo Senhor. E Jesus ordenou a seus
discípulos: Parai de julgar! Logo, nenhum discípulo de
Jesus está autorizado a julgar, assim como também não
está autorizado a ter qualquer participação
no julgamento de qualquer pecador.
Ela me disse mais: 'O próprio
Jesus afirmou que, se uma pessoa qualquer, ouvisse os novos
mandamentos falados por ele e não obedecesse, ele não
julgava tal pessoa, não condenava tal pessoa'. (João
12:46-48) 46 Eu
vim como luz ao mundo, a fim de que todo aquele que depositar fé
em mim não permaneça na escuridão. 47 Mas,
se alguém ouvir as minhas declarações e não
as guardar,
EU
NÃO O JULGO;
pois NÃO
VIM JULGAR o
mundo, mas salvar o mundo. 48 Quem
me desconsiderar e não receber as minhas declarações,
tem quem o julgue. A palavra que eu tenho falado é que o
julgará no último dia;
O
Mestre falou: Eu não vim julgar, eu vim salvar. Eu vim salvar.
Não sou um Destruidor de pecadores, sou um Salvador de
pecadores.
Ademais, as
declarações de Jesus eram uma repetição
exata das palavras saídas da mente e boca do Pai e mesmo assim
ele não condenava àquele que ouvisse e não
guardasse sua declaração.
'Não deveria ser esta a
atitude destes homens que adotaram esta nova resolução??
Se assim age o Mestre, como deveria agir todo aquele que copia
o Mestre?? O discípulo não tem que copiar o seu
Mestre??' Assim como o Mestre, o discípulo não deveria
ter o mesmo objetivo do Mestre, que era “salvar o mundo”,
no lugar de “julgar o mundo”?? Não deveria
o discípulo repetir as mesmas palavras faladas por seu Mestre,
àqueles que não guardassem as palavras do Mestre
repetidas por eles?? Não deveria repetir simplesmente: “eu
também não o julgo”??
Foi neste momento que ela
lembrou-me de que dois dos apóstolos tinham revelado este
desejo de destruir àqueles que não aceitassem as
palavras faladas por eles, assim como também relembrou-me a
imediata reação de desaprovação de Jesus:
(Lucas
9:51-56) 51 Chegando
então a completar-se para ele os dias de ser tomado para cima,
endureceu o rosto [na determinação] de ir a Jerusalém.
52 De
modo que enviou mensageiros na sua frente. E
eles foram e entraram numa aldeia de samaritanos,
a fim de fazerem os preparativos para ele; 53 mas
não o receberam, porque o seu rosto estava endurecido [na
determinação] de ir a Jerusalém. 54 Vendo
isso os discípulos Tiago e João, disseram: “Senhor,
queres que mandemos que desça fogo do céu e os
aniquile?”
55 MAS
ELE SE VOLTOU E OS CENSUROU.
56 Foram
assim a uma aldeia diferente.
Ela completou: Certamente, uma
reação
agressiva como esta não é a reação
de uma ovelha
autêntica.
Ela afirmou depois destas
perguntas: 'Eu sou uma discípula de Jesus e acho que só
devo copiar o meu Mestre'. Afinal, foi para este Mestre que foram
dirigidas palavras desde o céu, revelando total aprovação
de suas palavras e de suas ações: (João
12:28-30) 28 Pai,
glorifica o teu nome.” SAIU,
PORTANTO, UMA VOZ DO CÉU:
“Eu
tanto [o] glorifiquei como [o] glorificarei de novo.”
29 Por
isso, a multidão parada ali e ouvindo-o começou a dizer
que tinha trovejado. Outros começaram a dizer: “Um anjo
lhe falou.” 30 Em
resposta, Jesus disse: “ESTA
VOZ OCORREU, NÃO POR MINHA CAUSA, MAS POR VOSSA CAUSA.. . .
E
aí ela afirmou categoricamente: Este Jesus é o Messias,
o Cristo, tanto esperado. Eu não tenho nenhuma dúvida
disso, eu fui testemunha daquele fato.
Ela
ainda completou contando o que ocorreu em outra ocasião em que
ela também estava presente: (Mateus
16:13-17) 13 Tendo
então chegado às regiões de Cesaréia de
Filipe, Jesus foi perguntar a seus discípulos: “Quem
dizem os homens ser o Filho do homem?” 14 Disseram:
“Alguns dizem João Batista, outros, Elias, ainda outros,
Jeremias ou um dos profetas.” 15 Disse-lhes
ele: “Vós, porém, quem dizeis que eu sou?”
16 Em
resposta, Simão Pedro disse: “Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivente.” 17 Jesus
lhe disse, em resposta: “Feliz
és tu, Simão, filho de Jonas, porque [isso] não
te foi revelado por carne e sangue, mas por meu Pai, que está
nos céus. . .
Ela afirmou que
Jesus foi o único que recebeu prévia
aprovação das
frases faladas e que houve uma comunicação disso aos
humanos ouvintes. Jeová fez pessoalmente esta comunicação
desde os céus. Sim, tratava-se de um raro privilégio
concedido a um humano. No entanto, tal privilégio veio
acompanhado de uma grande responsabilidade. Exatamente por ter a
plena certeza de que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivente,
Pedro e outros não podem acreditar em quaisquer outros que
apresentem uma informação divergente da de Jesus, não
é verdade??? Uma informação nova, diferente, só
pode ser trazida a eles através de alguém que se
apresente como um profeta. Não vem escrito na testa se o
profeta é verdadeiro ou falso. No caso de Jesus, foi o próprio
Jeová quem assinou embaixo, autentificando as “declarações”
de Jesus. As
declarações de Jesus foram
as
únicas declarações que foram autenticadas
por
Jeová. Jeová
afirmou desde os céus: “Escutai-o”.
Eu perguntei a ela se foi
recebida uma nova lei, e, se existindo uma nova lei, quem foi que a
recebeu. Ela me respondeu que não existe nova lei. Ela disse
também que negar a lei intermediada por Cristo é o
mesmo que negar a Cristo. Para ter outra lei, teria de ter um outro
Cristo, um outro Messias, um outro Ungido.
Uma coisa muito interessante eu
notei das palavras da minha vizinha. Ela destacou um ponto muito
interessante afirmado por Jesus: Não vim julgar o mundo, muito
pelo contrário, eu vim salvar o mundo, quer me escutem, quer
não me escutem. Pelo que entendi, no lugar de dar
prosseguimento ao modelo antigo de excluir e destruir, Jesus
estabeleceu um novo modelo, o modelo de incluir e instruir. Assim, em
lugar de excluir e destruir os iníquos, os pecadores, Jesus
passou a incluir e instruir àqueles considerados dignos de
exclusão e destruição. Os que se consideravam
justos, assim como eu, nos separávamos daqueles que nós
considerávamos dignos de exclusão e destruição.
E foi exatamente a estes “excluídos por nós”,
que Jesus resolveu incluir e instruir. Nestes excluídos,
estavam os cobradores de impostos, as meretrizes e até mesmo
aqueles que se negavam a obedecer ao que Jesus estava falando. Eu vi
as coisas desta forma. Até me lembro que Jesus falou para os
principais sacerdotes: As meretrizes e os cobradores de impostos
entrarão no reino dos céus primeiro do que vós.
(Mateus
21:28-32) 28 “Que
achais? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse:
‘Filho, vai trabalhar hoje no vinhedo.’ 29 Em
resposta, este lhe disse: ‘Irei, senhor’, mas não
foi. 30 Dirigindo-se
ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Em resposta, este lhe disse:
‘Não irei.’ Depois deplorou isso e foi. 31 Qual
dos dois fez a vontade do pai?” Eles disseram: “O
último.” Jesus disse-lhes: “Deveras, eu vos digo
que OS
COBRADORES DE IMPOSTOS E AS MERETRIZES ENTRARÃO NA FRENTE DE
VÓS NO REINO DE DEUS.
32 Porque
João veio a vós num caminho de justiça, mas vós
não acreditastes nele. No entanto, os cobradores de impostos e
as meretrizes acreditaram nele, e vós, embora vísseis
[isto], não o deplorastes depois, a ponto de acreditardes
nele.
Isto
foi uma grande vergonha para quem afirmava ser justo e que exigia tal
reconhecimento destes imundos pecadores. São as ações
finais que revelam se a pessoa realmente entrou no reino ou não.
Outra coisa que ela destacou
foi a afirmação de Jesus: “Eu vim como luz ao
mundo, a fim de que todo aquele que depositar fé em mim não
permaneça na escuridão.” Ela disse que se Jesus
afirmou que todos estavam em escuridão, então, todos
estavam em escuridão. As palavras e as ações de
Jesus são luz. Acreditar nas palavras de Jesus é
o que tira o ouvinte da escuridão. Depois ela perguntou: Negar
as palavras de Jesus, não é o mesmo que voltar para a
escuridão??
Outro detalhe que minha vizinha
chamou minha atenção foi esta outra afirmação
de Jesus: “São as palavras que eu falo, são estas
que julgarão as pessoas no último dia”. Como a
palavra falada julgaria o rebelde lá no último dia, sem
que este rebelde estivesse vivo lá, no último dia??
Pelo que eu entendi, “Parai de julgar” é uma das
declarações, é um dos mandamentos de Jesus, que
serão cobrados do discípulo, lá no último
dia. Neste caso, Jesus verificará se o discípulo
desconsiderou ou não a esta declaração feita por
ele e ouvida pelo discípulo. Tendo o discípulo se
rebelado contra esta palavra, certamente se sentirá
envergonhado diante do seu Mestre, havendo o choro e o ranger de
dentes. Assim, Jesus
revelou a importância da “palavra” falada por ele.
Ninguém deveria chamá-lo de Mentiroso, pois o acerto de
contas seria no dia do juízo.
Foi neste momento que ela me
chamou a atenção para mais uma das promessas de Jesus
para aqueles que não queriam ouvir suas palavras: Em
conseqüência disso, vocês estarão lá
no último dia, o dia do juízo, para a vergonha de
vocês. (Mateus
11:20-24) 20 Principiou
então a censurar as cidades nas quais se realizaram a maioria
das suas obras poderosas, porque não se arrependeram: 21 “Ai
de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem ocorrido em
Tiro e Sídon as obras poderosas que ocorreram em vós,
há muito se teriam arrependido em saco e cinzas.
22 Conseqüentemente,
eu vos digo: NO
DIA DO JUÍZO SERÁ MAIS SUPORTÁVEL PARA TIRO E
SÍDON DO QUE PARA VÓS.
23 E
tu, Cafarnaum, serás por acaso enaltecida ao céu? Até
o Hades descerás;
porque, se as obras poderosas que ocorreram em ti tivessem ocorrido
em Sodoma, ela teria permanecido até o dia de hoje.
24 Conseqüentemente,
eu vos digo: NO
DIA DO JUÍZO SERÁ MAIS SUPORTÁVEL PARA A TERRA
DE SODOMA DO QUE PARA TI.”
Uma coisa eu sei, se a lei do
Cristo aboliu costumes e sentimentos antigos, voltar aos
sentimentos e costumes antigos, significaria abolir toda a lei do
Cristo e dizer que Cristo estava errado. Se alguém quiser
condenar outros humanos, que o façam. Aquilo que ouvi
diretamente da boca de Jesus, não me permitem tomar outra
decisão a não ser aquela que tomei há 22 anos
atrás: Não mais participo de julgamentos, quer como
juiz, quer como executor. Quanto a mim, minha decisão está
mantida: Eu não sou mais um fiscal da lei; eu parei de
condenar qualquer humano; não executo nenhum ser humano, não
sou carrasco; não desprezo mais a nenhum humano. Eu perdoo
todos os pecados de todos os humanos quando eu for o ofendido. Eu não
sou juiz e não me intrometo mais entre o OFENSOR e o OFENDIDO.
Aquela mulher adúltera
julgada por cada um de nós, fiscais da lei, como digna de
exclusão e destruição, que foi literalmente
salva por Jesus, da morte por apedrejamento, é agora minha
vizinha e amiga. Eu já lhe pedi perdão por ter me
tornado um dos seus frustrados executores e ela alegremente me
perdoou. Depois de frustrados executores passamos a ser os
“envergonhados executores”. Ela também afirmou que
não entende estas novas resoluções. Ela me
disse: Como eu poderia condenar alguém?? Eu estava condenada e
sentenciada, praticamente morta, totalmente esmagada, sem esperança,
e Jesus me resgatou. Eu não tinha feito absolutamente nada
para merecer tal resgate. Com uma surpresa muito grande, minha dívida
com Jeová foi simplesmente apagada. Como eu poderia condenar
alguém?? Me lembro do que Jesus me disse naquela hora:
“Mulher, onde estão eles? Não te “condenou”
ninguém?? Tampouco te condeno. Vai embora; doravante
não pratiques mais pecado.” Nenhum pecador nesta
situação tinha recebido tal tratamento na nossa nação.
Fui literalmente “salva” dos meus “destruidores”.
O que se faz em uma situação como esta?? Uma coisa
indescritível foi o que eu senti! Foi graças a
obediência tanto dele quanto daqueles executores à Nova
Lei, que eu estou viva hoje. Nenhum daqueles executores me
atirou uma pedra e Jesus não me condenou, não condenou
uma adúltera, não condenou uma iníqua. Como eu
poderia condenar alguém?? Isto seria uma grande hipocrisia da
minha parte. Aquilo de bom que aconteceu comigo, eu quero que
aconteça com todos os pecadores. Não posso ser egoísta.
Depois, eu descobri que além de adúltera, eu era
culpada de muitos outros pecados. Como eu poderia condenar alguém??
Eu passei todo este tempo sendo desprezada pelos judeus, humilhada e
perseguida por aceitar como verdade a um ensino diferente do que eles
aceitam como verdade e me alegrava por ser tratada assim. Como eu
poderia humilhar e desprezar outros por causa do que eles acreditam??
Seria a mesma coisa que um homem que foi um “escravo
maltratado” durante muitos anos e que agora passa a ter seus
próprios escravos e também passa a maltratá-los,
não é verdade??
Jesus me disse: “Eu não
te condeno”. Ele disse isto olhando bem nos meus olhos. Ele não
tinha pecado, ele não tinha pecado. Depois ele disse que era
para fazer exatamente assim como ele tinha feito. Eu olhei e vi seu
rosto e vi seus olhos, e naquela hora eu só vi misericórdia
para comigo que já estava sentenciada. Eu realmente era
culpada de pecado e tinha de morrer. Era um olhar diferente do de
todos os
demais que estavam ali. Ele era o “Salvador” e todos os
outros eram os “Destruidores”. O seu sentimento era de
misericórdia enquanto o sentimento dos demais era de
condenação. E ele pediu para fazer igual a ele. Como eu
poderia condenar alguém?? Como eu poderia fazer diferente
dele?? Isto seria uma traição a ele, seria uma traição.
Eu não posso trair àquele que resgatou a minha vida. Eu
não posso desobedecer a Jesus, simplesmente, não posso.
Quando eu vir alguém cometendo pecados, eu tenho de ter o
mesmo sentimento de Jesus, sentimento de misericórdia daquela
pessoa, pois foi exatamente isto o que Jesus sentiu por mim. Não
posso ter qualquer outro sentimento. Posso afirmar que no meu caso,
ele realmente mandou embora uma “esmagada”, com
livramento. Sei que ele afirmou isto
mesmo a respeito de si próprio, e do motivo de ter sido
enviado: (Lucas
4:16-21) 16 E
ele chegou a Nazaré, onde tinha sido criado; e, segundo o seu
costume no dia de sábado, entrou na sinagoga e levantou-se
para ler. 17 Foi-lhe
assim entregue o rolo do profeta Isaías, e ele abriu o rolo e
achou o lugar onde estava escrito: 18 “O
espírito de Jeová está sobre mim, porque ME
UNGIU PARA
declarar
boas novas aos pobres, ENVIOU-ME
PARA
pregar
livramento aos cativos e recuperação da vista aos
cegos, PARA
MANDAR
EMBORA OS ESMAGADOS, COM LIVRAMENTO,
19 PARA
pregar
o ano aceitável de Jeová.” 20 Com
isto enrolou o rolo, entregou-o de volta ao assistente e se assentou;
e os olhos de todos na sinagoga estavam atentamente fixos nele.
21 Principiou
então a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta escritura que
acabais de ouvir.. . .
Finalmente ela perguntou: O que
acontecerá comigo?? Será que serei expulsa do convívio
e condenada a morte eterna por obedecer a este mandamento, “parai
de condenar”, falado por Jesus?? Será que estes me
condenarão e me atirarão pedras?? Passarei a ser
discriminada por estes assim como já sou discriminada pelos
outros?? Será que sentirão desprezo por mim e me
tratarão com desprezo por obedecer a um dos mandamentos de
Jesus?? Os discípulos de Jesus podem sentir desprezo
por algum tipo de pecador? Estão os discípulos de Jesus
autorizados a realizarem quaisquer ações de condenação
para com quem cometa pecados?? “Discípulos” de
Jesus estão autorizados a condenar outros “discípulos”
de Jesus?? Jesus agiu como Salvador tanto para mim como para aqueles
que queriam me destruir.
Este foi um depoimento
emocionante da minha amiga, aquela mulher que por muito pouco não
foi apedrejada por adultério, por nós, seus irmãos
judeus, os que embora tão pecadores quanto ela, agíamos
como fiscais da lei e como executores de irmãos pecadores,
como carrascos de irmãos pecadores. Éramos hipócritas,
pecadores condenando e executando pecadores. Como estou alegre por
ter tomado aquela decisão e de poder estar convivendo com esta
minha amada irmã!! Ela nunca deixará de ser minha irmã,
nunca. Que lindo e gostoso fruto!! Só a nova lei retransmitida
por Jesus pode proporcionar esta situação tão
maravilhosa!! Que felicidade impressionante!!
Os que se dizem discípulos
de Jesus estão confusos quanto a quem devem seguir, quanto a
quem devem obedecer, quanto a quem devem imitar, pois a lei
intermediada por Jesus determina uma coisa e as novas resoluções
determinam outra; as ações de Jesus determinaram uma
coisa e as ações destes novos juízes determinam
outra.
Não pude deixar de
perceber uma coisa. A história está se repetindo. Há
22 anos atrás eu fui expulso da sinagoga dos meus irmãos
judeus por obedecer ao mandamento dado por Jesus de “parai de
julgar, parai de condenar”. Hoje, aquele que decidir obedecer a
este mesmo mandamento de Jesus será expulso da sinagoga dos
discípulos de Jesus. Como será que Jesus está
vendo tudo isto?? Se alguém me falasse há 10 anos atrás
que isto ia acontecer, eu certamente duvidaria.
Pecado não prescreve por
si mesmo. A cada dia eu acrescento outros e mais outros àqueles
que não foram pagos. Minha dívida só vai
aumentando. Na verdade, eu só posso pagar um pecado com a
minha morte, pois eu tenho muitos pecados e uma só vida.
Que aquele de vós que
estiver sem pecado que seja o
primeiro a atirar-lhe uma pedra – Esta frase teve um poder
enorme sobre mim e sobre todos os demais presentes lá naquele
dia. Eu estava olhando diretamente para ele. Não fui ameaçado
por ele. Até hoje, esta frase é um diferencial para
mim, continua valendo para mim. Eu acho que esta frase ainda está
valendo para todos, no entanto, não tem causado em todos, o
mesmo efeito que causou em mim. Passei a entender que Jesus chamava a
atenção para a regra divina - “a alma que
pecar, esta é que morrerá”.
Não são apenas certos pecados que são
condenáveis a morte. Todo e qualquer pecado tem a mesma
morte como sentença.
“Continuar furioso com alguém” é tão
pecado quanto “matar alguém”. Sentir desprezo por
alguém também é tão pecado quanto matar
alguém. Todo e qualquer pecado tem como penalidade a mesma
morte, logo, quem está sentenciado de morte, está
moralmente impedido de julgar e condenar qualquer outro pecador, não
importando qual o pecado praticado por aquele pecador. Eu
sou um pecador, logo, estou sentenciado à morte -
É esta conscientização que me impede de julgar
qualquer alma que venha a pecar. Quem
não for um pecador, que seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra
– foi exatamente assim que eu entendi
aquela frase de Jesus, desde o momento em que ele me falou. Olhe
bem, ela é uma pecadora. Você tem coragem de exigir a
morte para esta mulher por ela ser uma pecadora?? Olhe
bem para você, você também é um pecador;
você está exigindo a tua própria morte!! Neste
caso, aquela milenar teoria de excluir e destruir o pecador tem de
ser substituída pela realidade implantada por Jesus, embora
preexistente e usada por Jeová, de buscar e salvar aquilo que
está perdido, que também podemos chamar de “incluir
e instruir o que foi dado como perdido”. (Lucas
19:9-10) . . .. 10 POIS
O FILHO DO HOMEM VEIO BUSCAR E SALVAR O QUE ESTAVA PERDIDO.”
O resultado, o
fruto desta forma de fazer as coisas, trazida a atenção
por Jesus é uma coisa linda! Eu faço parte disso, sou
um fruto disso e sou uma feliz testemunha do feliz resultado obtido.
O que fazer com o iníquo,
além de excluir e destruir (condenar)?? Jesus
nos forneceu a resposta através de suas ações e
através de palavras: Buscar e
salvar. Buscar e salvar o iníquo. Incluir e instruir o iníquo.
Incluir e instruir o que foi dado como perdido. No lugar de desprezar
o iníquo, temos de fazer como Jeová, copiar a Jeová:
Amar o iníquo, para poder incluir e instruir o iníquo,
ou seja, recuperar o iníquo. O Filho estava simplesmente
imitando o Pai.
As palavras do Mestre foram:
“Minhas ovelhas conhecem a mim, escutam a minha voz e me
seguem”. (João
10:27) 27 Minhas
ovelhas ESCUTAM
A MINHA VOZ e
eu as conheço, E
ELAS ME SEGUEM.
(João 10:14-16) 14 Eu
sou o pastor excelente, e conheço as minhas ovelhas e as
MINHAS
OVELHAS CONHECEM A MIM,
15 assim
como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e entrego a minha
alma em benefício das ovelhas. 16 "E
tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a
estas também tenho de trazer, E
ELAS ESCUTARÃO A MINHA VOZ
e se
tornarão um só rebanho, um só pastor.
Escutam
a minha voz; elas escutarão a minha voz. A voz de Jesus era
uma voz cheia de misericórdia, não era uma voz cheia de
condenação, nem mesmo para com aqueles que o matavam.
Era a voz de uma ovelha. Será que Jesus mudou a sua
personalidade de ovelha?? Minhas ovelhas seguem a minha voz. Minhas
ovelhas seguem a mim. As palavras de Jesus deixam bem claro que sua
voz não iria mudar. Para haver unidade do rebanho a voz de
Jesus precisa manter-se a mesma, sem mudança.
As palavras do Mestre foram: A
questão não é me chamar de Senhor; a questão
é de fazer o que eu digo. (Lucas
6:46) 46 “Por
que, então, me chamais de ‘Senhor! Senhor!’, MAS
NÃO FAZEIS O QUE EU DIGO?
As palavras do Mestre foram:
Vocês devem observar as minhas
ações. (Revelação
2:26-29) 26 E
àquele que vencer e OBSERVAR
AS MINHAS AÇÕES ATÉ
O FIM,
eu darei autoridade sobre as nações, 27 e
ele pastoreará as pessoas com vara de ferro, de modo que serão
despedaçadas como vasos de barro, assim como recebi de meu
Pai, 28 e
eu lhe darei a estrela da manhã. 29 Quem
tem ouvido ouça o que o espírito diz às
congregações.’
As palavras do Mestre foram:
"Eu pesquiso os vossos sentimentos profundos; Vos darei
individualmente segundo as vossas ações".
(Revelação
2:23) 23 E matarei os filhos dela com praga mortífera, de modo
que todas as congregações saberão que SOU
EU quem pesquisa os rins e os corações, e eu vos darei
INDIVIDUALMENTE segundo as vossas ações.
Quem não
for pecador, que seja o primeiro a julgar, a servir de carrasco ou
condenar àquele pecador que acabou de cometer um novo pecado.
Há algum humano habilitado e autorizado a julgar e condenar
pecadores??? Não. Depois das palavras de Jesus, certamente
quem, qualquer um que o fizer, estará agindo presunçosamente,
além de estar desobedecendo a uma ordem direta de Jeová.
Que fruto produz a teoria de “excluir e destruir o que é
considerado como caso perdido”?? A história está
cheia de seus infelizes frutos.
Você é
um seguidor de Jesus? Ele é teu Professor, ele é teu
Mestre?? Então ouça a voz do Professor: “Parai de
julgar”. “Eu não o julgo”. “Fazei o
que eu digo”. “Fazei o que eu fiz”.
Você é
uma ovelha de Jesus?? Então siga a Jesus, siga a voz de Jesus,
a voz de uma ovelha.
Toda ação
é precedida de um sentimento. A ação de
excluir é precedida por um sentimento. No entanto, o que é
excluir?? Excluir do convívio é o mesmo que dizer: Não
te aproximes de mim pois eu posso lhe transmitir santidade. Para você
tomar a atitude de excluir alguém do teu convívio
(decisão individual), você tem de considerar aquele a
quem se exclui do convívio como alguém pernicioso, como
alguém sem valor, como alguém que não merece
estima, valor e atenção, em síntese, alguém
desprezível. Decerto, tal pessoa realmente cometeu ou está
cometendo erros, como no caso da mulher pega no ato de adultério,
no entanto, qual sempre foi a posição do nosso Pai,
Jeová, em relação a estes que vivem
insistentemente cometendo erros (pecados de todos os tipos)?? Ele
mesmo responde, na 1ª pessoa do singular (Eu): (Isaías
65:1-5) 65 “Deixei-me buscar por aqueles que não
perguntaram [por mim]. Deixei-me achar por aqueles que não me
tinham procurado. Eu disse: ‘Eis-me aqui, eis-me aqui!’ a
uma nação que não invocava o meu nome. 2 “O
DIA INTEIRO ESTENDI AS MINHAS MÃOS PARA UM POVO OBSTINADO,
os que andam no caminho que não é bom, atrás dos
seus pensamentos; 3 O
POVO [QUE SE COMPÕE] DOS QUE DE
CONTÍNUO ME OFENDEM DIRETAMENTE À MINHA FACE,
sacrificando nos jardins e fazendo fumaça sacrificial sobre os
tijolos, 4 sentando-se entre as sepulturas, que também
passam a noite nas guaritas das sentinelas, comendo carne de porco,
havendo nos seus vasos até mesmo caldo de coisas imundas; 5 OS
QUE DIZEM: ‘FICA ONDE ESTÁS. NÃO TE APROXIMES DE
MIM, POIS EU CERTAMENTE TE TRANSMITIREI SANTIDADE.’
Estes são fumaça
nas minhas narinas, um fogo ardendo o dia inteiro.
O Pai, Jeová,
permanece o dia inteiro com suas mãos estendidas para estes
que o ofendem continuamente.
Estes que ofendem o
Pai diretamente na face, excluem outros do convívio, não
permitindo que os iníquos se aproximem deles e dizendo para os
iníquos: "Fica onde estás. Não te aproximes
de mim". Certamente, esta frase foi precedida de um sentimento.
E por qual motivo
não querem que os iníquos se aproximem deles?? "Pois
eu certamente te transmitirei santidade", é o que
respondem.
Para Jeová
estes são iníquos, mas estes não se consideram
iníquos. Além do mais, estes iníquos
discriminam, excluem do convívio outros que eles rotulam como
iníquos e que realmente são.
Com quem aprenderam
a agir assim?? O exemplo do Pai (Jeová) é exatamente o
oposto disso. Este também foi o exemplo deixado pelo Filho
(Jesus).
Como os
pecadores eram vistos por Jesus? A
visão de Jesus era fruto do seu sentimento. Assim descreveu
Jesus como ele via os pecadores: (Mateus
9:10-13) 10 Mais
tarde, enquanto estava recostado à mesa, na casa, eis que
vieram muitos cobradores de impostos e pecadores, e começaram
a recostar-se com Jesus e seus discípulos. 11 Vendo
isso, porém, os fariseus começaram a dizer aos
discípulos dele: “Por que é que o vosso instrutor
come com os cobradores de impostos e os pecadores?”
12 Ouvindo-os,
ele disse: “AS
PESSOAS COM SAÚDE NÃO PRECISAM DE MÉDICO, MAS
SIM OS ENFERMOS. 13 Ide,
pois, e aprendei o que significa: ‘Misericórdia quero, e
não sacrifício.’ Pois eu não vim chamar os
que são justos, mas pecadores.”
Jesus
via os pecadores que eram desprezados pelos fariseus e outros, como
sendo pessoas doentes. Que sentimento tinha Jesus por tais pessoas??
Misericórdia. No entanto, o sentimento dos fariseus por tais
pecadores era o desprezo.
Como são
vistos pelo Criador, os que têm tais sentimentos de
desprezo pelos iníquos e que agem assim, individualmente
excluindo iníquos do seu convívio?? O Criador diz:
“Estes são fumaça nas minhas narinas, um fogo
ardendo o dia inteiro”.
Os que excluem
iníquos do seu convívio, certamente se consideram
melhores que tais iníquos; consideram os iníquos como
nada. Foi exatamente para os que se sentiam acima dos demais, os
altivos, que Jesus contou a seguinte ilustração, para
fazê-los enxergar que posição eles tinham diante
do Pai: (Lucas
18:9-14) 9 Mas,
ele contou a seguinte ilustração também a alguns
que confiavam em si mesmos como sendo justos E
QUE CONSIDERAVAM OS DEMAIS COMO NADA:
10 “Dois
homens subiram ao templo para orar, um sendo fariseu e o outro
cobrador de impostos. 11 O
fariseu estava em pé e começou a orar as seguintes
coisas no seu íntimo: ‘Ó
DEUS, AGRADEÇO-TE QUE NÃO SOU COMO O RESTO DOS HOMENS,
extorsores, injustos, adúlteros, ou mesmo como este cobrador
de impostos. 12 Jejuo
duas vezes por semana, dou o décimo de todas as coisas que
adquiro.’ 13 O
cobrador de impostos, porém, estando em pé à
distância, não estava nem disposto a levantar os olhos
para o céu, mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus,
sê clemente para comigo pecador.’ 14 Digo-vos:
ESTE
HOMEM DESCEU PARA SUA CASA PROVADO MAIS JUSTO DO QUE AQUELE HOMEM;
porque todo o que se enaltecer será humilhado, mas quem se
humilhar será enaltecido.”
Em outra ocasião,
Jesus esclareceu para estes ALTIVOS, que posição
ocupavam os altivos diante dos olhos do Pai, com as seguintes
palavras: (Lucas
16:14-15) 14 Ora,
os fariseus, que eram amantes do dinheiro, estavam escutando todas
estas coisas, e começaram a escarnecer dele.
15 Conseqüentemente,
ele lhes disse: “VÓS
SOIS OS QUE VOS DECLARAIS JUSTOS PERANTE OS HOMENS,
mas Deus conhece os vossos corações; porque
aquilo que é ALTIVO entre os homens É UMA COISA
REPUGNANTE À VISTA DE DEUS.
Muito embora se
vissem Altos aos seus próprios olhos e aos olhos de outros
humanos fossem vistos como Altos, aos olhos do Pai eram vistos
como uma coisa repugnante. Quem dá a nota real, final e aquela
que realmente vale, é o professor.
Quem eram estes
homens que se consideravam melhores que os demais?? Eram os
designados por Jeová para instruir o povo: os sumos
sacerdotes, os sacerdotes, os profetas, os levitas, os fariseus.
Todos estes eram conhecedores e estudiosos das escrituras; todos eram
adoradores de Jeová.
O que mostra ser
a desassociação ou exclusão de um pecador??
A exclusão
do pecador do seu convívio foi uma ação
praticada por Jesus??
Este tipo de ação
revela que a pessoa é uma “ajudadora” ou um
“fiscal”??
Este tipo de ação
caracteriza Jesus ou caracteriza sacerdotes e fariseus??
Este tipo de ação
revela interesse em ajudar ou desinteresse em ajudar aquele pecador??
Como foi a ação
do ajudador, ou seja, de Jesus?? Jesus afastou de si o pecador??
O que faz a Pai??
Será que o
Pai afasta de si o pecador??
O que fez o Pai??
(Isaías
65:2-5) 2 “O
dia inteiro estendi as minhas mãos para um povo obstinado,
os que andam no caminho que não é bom, atrás dos
seus pensamentos; 3 o
povo [que se compõe] dos que
de contínuo me ofendem diretamente à minha face,
sacrificando nos jardins e fazendo fumaça sacrificial sobre os
tijolos, 4 sentando-se
entre as sepulturas, que também passam a noite nas guaritas
das sentinelas, comendo carne de porco, havendo nos seus vasos até
mesmo caldo de coisas imundas; 5 os
que dizem: ‘Fica onde estás. Não te aproximes de
mim, pois eu certamente te transmitirei santidade.’ Estes são
fumaça nas minhas narinas, um fogo ardendo o dia inteiro.
A ação
do Pai revela que Ele não se afasta do pecador, muito pelo
contrário......
Como Jesus era um
clone espiritual do Pai, ele só fazia o que o Pai havia feito,
afinal ele tinha os mesmos sentimentos que o Pai tinha. Ele
concordava com tudo o que o Pai fazia.
A desassociação
ou exclusão de um pecador é uma ação que
sempre é precedida de um julgamento. É a penalidade que
é dada a um pecador após o seu julgamento. Trata-se de
uma condenação imposta por um grupo a alguém que
infringiu as regras do grupo. Os súditos do Reino de Deus
julgam os que cometem pecados e os condenam a exclusão,
determinando assim que este pecador não faz mais parte do
Reino de Deus.
No entanto, a
lei do Reino de Deus proíbe a ação de julgamento
e condenação de pecadores dentro do Reino. Os súditos
do Reino de Deus estão proibidos de julgar e condenar
pecadores.
A lei foi dada por
Jeová e retransmitida por Jesus, aquele que foi designado Rei
do reino de Deus. A lei do reino foi retransmitida por Jesus no
monte.
Assim está
determinada na lei a ordem de Jeová para os súditos do
Seu reino: (Mateus
7:1-2) 7
“PARAI
DE JULGAR,
para que não sejais julgados; 2 pois,
com o julgamento com que julgais, vós sereis julgados; e com a
medida com que medis, medirão a vós. (Lucas 6:37)
37 “Além
disso, PARAI
DE JULGAR,
e de modo algum sereis julgados; e PARAI
DE CONDENAR,
e de modo algum sereis condenados. Persisti em livrar, e sereis
livrados.
Estes dois
historiadores nos repassaram a lei do reino. Os súditos do
reino de Deus têm de obedecer a lei do reino, afinal, são
eles que se dizem súditos.
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