segunda-feira, 20 de abril de 2020

JUSTIÇA – VISÃO HUMANA EM OPOSIÇÃO A VISÃO DIVINA

O QUE É FAZER "JUSTIÇA"??



A definição dada por certo dicionário para a expressão justiça:


(jus.ti.ça)


sf.
  1  Situação em que cada um recebe o que lhe cabe, como resultado de seus atos ou de acordo com os princípios e a lei da sociedade em que vive [ Antôn.: injustiça.]
  2  Capacidade ou virtude de ser imparcial ao julgar e de ser conforme à lei e à ética; ISENÇÃO. [ Antôn.: injustiça.]
  3  Funcionamento harmonioso de uma sociedade, com direitos e deveres iguais para todos os cidadãos; EQUIDADE. [ Antôn.: injustiça.]

jus.ti.ça ( Datação: século XIII; )
  1. justeza ou retidão no tratamento de outras pessoas
e.qui.da.de feminino


DEFINIÇÃO HUMANA. X DEFINIÇÃO DIVINA.


Justiça humana ou justiça divina, a qual delas eu amo??


Sempre dar às pessoas aquilo que elas precisam.


Sempre retribuir às pessoas aquilo que elas merecem em face daquilo que elas fizeram??


Sempre cumprir aquilo que está determinado em lei como retribuição pelo erro??
Sempre cumprir a punição previamente estabelecida pelo erro??
Sempre cumprir aquilo que foi prometido em face do cometimento do erro??


Jeová afirma: Eu amo a justiça. (Isaías 61:8) 8 Pois eu, Jeová, AMO a justiça, odiando o roubo junto com a injustiça. E vou dar-lhes o seu salário em veracidade e concluirei para com eles um pacto de duração indefinida.


Vamos observar Jeová em ação e tentar visualizar o ponto de vista Dele em relação a este assunto tão polêmico. Que espécie de “justiça” usa Jeová?? Que espécie de “justiça” Jeová ama?? O próprio Jeová, usando a 1ª pessoa do singular (Eu) descreve o seu persistente relacionamento com humanos pactuados com Ele, ou seja, com a nação de Israel. Sucessivas gerações de rebeldes as quais não foi dado o “tratamento meritório”, ou seja, a “justiça” do ponto de vista humano. Assim falou o próprio Jeová: (Ezequiel 20:1-44) 20 Sucedeu então, no sétimo ano, no quinto [mês], no décimo [dia] do mês, [que] entraram homens dos idosos de Israel para consultar a Jeová, e eles passaram a assentar-se na minha frente. 2 Então veio a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: 3 “Filho do homem, fala com os idosos de Israel, e tens de dizer-lhes: ‘Assim disse o Soberano Senhor Jeová: “É para consultar a mim que estais chegando? ‘Assim como vivo, não serei consultado por vós’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová.”’ 4 “Julgá-los-ás tu? Julgá-los-ás tu, ó filho do homem? Faze-os saber as coisas detestáveis dos seus antepassados. 5 E tens de dizer-lhes: ‘Assim disse o Soberano Senhor Jeová: “No dia em que escolhi Israel, passei também a levantar a minha mão [em juramento] à descendência da casa de Jacó e a dar-me a conhecer a eles na terra do Egito. Sim, passei a levantar a minha mão [em juramento] a eles, dizendo: ‘Eu sou Jeová, vosso Deus.’ 6 Naquele dia levantei a minha mão [em juramento] a eles de fazê-los sair da terra do Egito para uma terra que espiei para eles, uma [terra] que manava leite e mel. Era o ornato de todas as terras. 7 E prossegui, dizendo-lhes: ‘Lançai fora, cada um de vós, as coisas repugnantes dos seus olhos, e não vos avilteis com os ídolos sórdidos do Egito. Eu sou Jeová, vosso Deus.’ 8 “‘“E eles começaram a rebelar-se contra mim e não quiseram escutar-me. As coisas repugnantes dos seus olhos eles não lançaram fora, individualmente, e não abandonaram os ídolos sórdidos do Egito, de modo que prometi derramar sobre eles o meu furor, a fim de levar a cabo a minha ira contra eles no meio da terra do Egito. 9 E eu prossegui, agindo em prol do meu próprio nome, para que não fosse profanado perante os olhos das nações entre as quais estavam, porque eu me dera a conhecer a eles perante os seus olhos, fazendo-os sair da terra do Egito. 10 Por isso os fiz sair da terra do Egito e os levei ao ermo. 11 “‘“E passei a dar-lhes os meus estatutos; e dei-lhes a conhecer as minhas decisões judiciais, para que o homem que continuar a cumpri-las também continue a viver por meio delas. 12 E também lhes dei os meus sábados, para se tornarem um sinal entre mim e eles, para que soubessem que sou eu, Jeová, quem os santifica. 13 “‘“Mas eles, [os] da casa de Israel, rebelaram-se contra mim no ermo. Não andaram nos meus estatutos e rejeitaram as minhas decisões judiciais, por meio das quais, continuando a cumpri-las o homem, também continuará a viver. E profanaram muitíssimo os meus sábados, de modo que prometi derramar sobre eles meu furor no ermo, a fim de exterminá-los. 14 Mas agi em prol do meu próprio nome, para que não fosse profanado perante os olhos das nações, diante de cujos olhos eu os fizera sair. 15 E eu mesmo também levantei a minha mão [em juramento] a eles no ermo, de não levá-los à terra que eu [lhes] dera, uma [terra] que manava leite e mel, (ela é o ornato de todas as terras,) 16 visto que rejeitaram as minhas próprias decisões judiciais; e quanto aos meus estatutos, não andaram neles, e profanaram meus sábados, porque seu coração ia atrás dos seus ídolos sórdidos. 17 “‘“E meu olho começou a ter dó deles [para me impedir] de arruiná-los, e não os exterminei no ermo. 18 E passei a dizer aos filhos deles no ermo: ‘Não andeis nos regulamentos dos vossos antepassados, e não guardeis os seus julgamentos, e não vos avilteis com os seus ídolos sórdidos. 19 Eu sou Jeová, vosso Deus. Andai nos meus próprios estatutos e guardai as minhas próprias decisões judiciais e cumpri-as. 20 E santificai os meus próprios sábados, e eles terão de servir como sinal entre mim e vós, [para] saberdes que eu sou Jeová, vosso Deus.’ 21 “‘“E os filhos começaram a rebelar-se contra mim. Não andaram nos meus estatutos, e não guardaram as minhas decisões judiciais por cumpri-las, por meio das quais, continuando a cumpri-las o homem, também continuará a viver. Profanaram meus sábados. De modo que prometi derramar sobre eles o meu furor, a fim de levar a cabo a minha ira contra eles no ermo. 22 E retirei a minha mão e fui agir em prol do meu próprio nome, para que não fosse profanado perante os olhos das nações, diante de cujos olhos eu os fizera sair. 23 Também, eu mesmo levantei a minha mão [em juramento] a eles no ermo, de espalhá-los entre as nações e de dispersá-los entre as terras, 24 visto que não cumpriram as minhas próprias decisões judiciais, e rejeitaram os meus próprios estatutos, e profanaram os meus próprios sábados, e seus olhos mostraram estar atrás dos ídolos sórdidos dos seus antepassados. 25 E eu mesmo também os deixei ter regulamentos que não eram bons e decisões judiciais pelas quais não podiam manter-se vivos. 26 E fui deixá-los ficar aviltados pelas suas dádivas, quando fizeram cada criança que abria a madre passar pelo [fogo], a fim de fazê-los desolados, para que soubessem que eu sou Jeová.”’ 27 “Portanto, fala à casa de Israel, ó filho do homem, e tens de dizer-lhes: ‘Assim disse o Soberano Senhor Jeová:Ainda neste respeito vossos antepassados falaram de mim de modo ultrajante, agindo contra mim com infidelidade. 28 E passei a fazê-los entrar na terra a respeito da qual eu levantara a minha mão [em juramento] de dá-la a eles. Quando chegaram a ver todo morro alto e toda árvore ramosa, então começaram a sacrificar ali os seus sacrifícios, e a dar ali as suas ofertas ofensivas, e a apresentar ali os seus cheiros repousantes, e a derramar ali as suas ofertas de bebida. 29 Por isso eu lhes disse: ‘Que significa o alto ao qual estais chegando, que deva ser chamado pelo nome de Alto até o dia de hoje?’”’ 30 “Portanto, dize à casa de Israel: ‘Assim disse o Soberano Senhor Jeová: “Vós vos aviltais segundo o procedimento dos vossos antepassados, e estais indo atrás das suas coisas repugnantes em relações imorais? 31 E ao elevardes as vossas dádivas, fazendo os vossos filhos passar pelo fogo, estais aviltando a vós mesmos por todos os vossos ídolos sórdidos até o dia de hoje? Ao mesmo tempo, hei de ser consultado por vós, ó casa de Israel?”’ “‘Assim como vivo’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová, ‘não vou ser consultado por vós. 32 E aquilo que está subindo no vosso espírito positivamente não acontecerá, visto que dizeis: “Tornemo-nos iguais às nações, iguais às famílias das terras, ministrando à madeira e à pedra.”’” 33 “‘Assim como vivo’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová, ‘será com mão forte, e com braço estendido, e com furor derramado que vou reinar sobre vós. 34 E vou fazer-vos sair dentre os povos e vou reunir-vos das terras às quais fostes espalhados com mão forte, e com braço estendido, e com furor derramado. 35 E vou fazer-vos entrar no ermo dos povos e pôr-me em julgamento convosco ali, face a face. 36 “‘Assim como me pus em julgamento com os vossos antepassados no ermo da terra do Egito, assim me porei em julgamento convosco’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová. 37 E vou fazer-vos passar sob a vara e vou fazer-vos entrar no compromisso do pacto. 38 E vou eliminar de vós os revoltosos e os transgressores contra mim, porque os farei sair da terra da sua residência como forasteiros, mas não chegarão ao solo de Israel; e tereis de saber que eu sou Jeová.’ 39 “E vós, ó casa de Israel, assim disse o Soberano Senhor Jeová: ‘Ide servir, cada um de vós aos seus próprios ídolos sórdidos. E depois, se não me escutardes, não mais profanareis então o meu santo nome com as vossas dádivas e com os vossos ídolos sórdidos.’ 40 “‘Pois, no meu santo monte, no monte da altura de Israel’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová, ali é que me servirá toda a casa de Israel, na sua inteireza, no país. Ali é que terei prazer neles, e ali é que exigirei as vossas contribuições e as primícias das vossas apresentações em todas as coisas sagradas. 41 Terei prazer em vós por causa do cheiro repousante, quando eu vos fizer sair dentre os povos e realmente vos reunir das terras às quais fostes espalhados, e eu vou ser santificado em vós perante os olhos das nações.’ 42 “‘E tereis de saber que eu sou Jeová, quando eu vos fizer chegar ao solo de Israel, à terra a respeito da qual levantei a minha mão [em juramento] de dá-la aos vossos antepassados. 43 E certamente vos lembrareis ali dos vossos caminhos e de todas as vossas ações com que vos aviltastes, e tereis realmente aversão às vossas próprias faces por causa de todas as vossas coisas más que fizestes. 44 “E tereis de saber que eu sou Jeová, quando eu tomar ação contra vós por causa do meu nome, não segundo os vossos caminhos maus ou as vossas ações corruptas, ó casa de Israel’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová.”

Neste histórico apresentado pelo próprio Jeová, na 1ª pessoa do singular, o que notamos?? Foi para uma parte da geração do povo, que agora já se encontrava em Babilônia, como escravos, que Jeová estava falando estas palavras. Eles estavam recebendo uma punição do próprio Jeová. Jeová nos fala de um relacionamento bilateral, ou seja, um relacionamento entre Ele e o povo que Ele mesmo escolheu para ter este relacionamento. Neste relacionamento foram estabelecidas regras de conduta. Quando as regras de conduta foram quebradas pelo povo escolhido, como agiu Jeová?? Agiu Jeová de acordo com a justiça, “justiça” do ponto de vista humano?? Que tipo de ação tomou Jeová?? Agiu Jeová de acordo com o comportamento natural dos humanos para casos como este?? Notamos o cumprimento da prometida ação a ser tomada em relação ao cometimento do erro, ou seja, a “justiça” do ponto de vista humano??
Jeová afirma: “Os antepassados não quiseram escutar-me; eles se rebelaram contra mim por rebelarem-se contra as minhas palavras. Não fiz a eles o que Eu prometi que faria em caso de rebeldia contra as minhas palavras”.
Jeová reafirma: “Os filhos dos antepassados também se rebelaram contra minhas palavras. Também não fiz a eles o que Eu prometi em caso de rebeldia contra as minhas palavras”.
Neste caso, ficou bem claro que aqueles a quem Jeová falava, na verdade eram descendentes de rebeldes.
Seria um caso para extermínio total do povo, de cada uma das gerações que se rebelaram contra as palavras faladas por Jeová?? Sim, seria um caso para extermínio. O próprio Jeová afirmou que era um caso para extermínio. Jeová afirmou: “Não os exterminei”.
Cada geração revelou merecer o extermínio. Se exterminados deixariam de existir como povo, pois não haveria sobreviventes. Não produziriam a geração seguinte.
Uma coisa interessante e que chama a atenção, são as afirmações de Jeová de que Ele agir segundo a forma humana, isto é, a forma do mérito, de trazer sobre o culpado aquilo que ele realmente merece, seria profanar o Seu nome perante os olhos das nações. Jeová não queria ser visto como um Deus que age com este tipo de justiça, pois para Ele, isto seria profanar o Seu nome.
Jeová afirmou que agiu todo o tempo com Misericórdia.Eu tive dó deles e por isso não os exterminei”.
Não havia uma punição preestabelecida pelo erro?? Sim, havia. A punição prevista não indicava exatamente aquilo que o errante merecia?? Sim, indicava. Então, por que não cumprir o preestabelecido??
Não se rebele contra as minhas palavras. Quem se rebelar contra as minhas palavras merece o extermínio e quem obedecer merece as bênçãos. Estamos pactuados?? O povo respondeu que sim. Era uma questão de se cumprir o pacto.
A primeira geração se rebelou contra as palavras faladas por Jeová, muito embora quisessem usar Jeová como um Deus poderoso para satisfazer vontades de humanos pactuados. Eles gostavam das coisas boas que Jeová fazia por eles e amavam a Jeová por isto, no entanto, eles não gostavam das palavras faladas por Jeová. Eles gostavam de ver Jeová punir os iníquos povos ao redor deles e desejavam isto.
As diversas promessas de punições pelo erro não mostraram ser uma motivação suficientemente forte para impedir as diversas gerações de se rebelarem contra as palavras faladas por Jeová.
Jeová estava falando para esta geração: “Assim como as gerações passadas, vocês também estão sendo punidos, e também, não segundo o que vocês merecem. Vou continuar a punir vocês, e também não será segundo o que vocês merecerem. Vou continuar a tomando ações contra vós por causa do meu nome e não segundo as vossas más e corruptas ações.
Outra afirmação de Jeová: “Eu quero é que vocês se lembrem das vossas más ações com que vos aviltastes e se envergonhem de terem sido rebeldes contra as minhas palavras”.
Outra afirmação de Jeová: “Podem ir servir a outros deuses, mas não se esqueçam que haverá o depois da punição. O depois da punição trará vergonha e humilhação pelas ações rebeldes”.
Outra afirmação de Jeová: “Não vou desistir de vocês, vou fazer-vos entrar no compromisso do pacto”.
O Criador continua falando na 1ª pessoa do singular (Eu). Vejam o que Eu fiz com o amorreu por fazerem as mesmas coisas que vocês fizeram. Vejam, Eu aniquilei o amorreu. Aliás, vocês agiram de forma ainda pior que os amorreus, no entanto, como é que Eu estou agindo com vocês?? (Amós 2:6-11) 6 “Assim disse Jeová: ‘Por causa de três revoltas de Israel e por causa de quatro não o farei voltar atrás, por venderem o justo pela mera prata e o pobre pelo [preço de] um par de sandálias. 7 Estão suspirando pelo pó da terra na cabeça das pessoas de condição humilde; e mudam o rumo do caminho dos mansos; e um homem e seu próprio pai foram ter com a [mesma] moça para profanar meu santo nome. 8 E estenderam-se sobre vestes tomadas em penhor, ao lado de todo altar; e na casa de seus deuses bebem o vinho dos que foram multados.’ 9 “‘Mas eu, por causa deles, tinha aniquilado o amorreu, cuja altura era como a altura dos cedros e que era vigoroso como as árvores maciças; e fui aniquilar seus frutos em cima e suas raízes embaixo. 10 E eu mesmo vos fiz subir da terra do Egito e vos fiz andar através do ermo por quarenta anos, para que tomásseis posse da terra do amorreu. 11 E continuei a suscitar alguns dos vossos filhos como profetas e alguns dos vossos jovens como nazireus. Não deve realmente ser assim, ó filhos de Israel?’ é a pronunciação de Jeová.
Um historiador nos conta: (2 Reis 21:9-11) 9 E eles não escutaram, porém, Manassés continuou a seduzi-los para fazerem o que era mau, mais do que as nações que Jeová aniquilara de diante dos filhos de Israel. 10 E Jeová continuou a falar por meio dos seus servos, os profetas, dizendo: 11 “Visto que Manassés, rei de Judá, fez estas coisas detestáveis, ele agiu de modo mais iníquo do que todos os amorreus antes dele, e passou a fazer até mesmo Judá pecar com os seus ídolos sórdidos.

Que justiça era esta que Jeová estava usando para com o povo escolhido?? Certamente, para o povo escolhido, tratava-se de uma estranha justiça.
ESTA NÃO É A JUSTIÇA USADA PELO HUMANO. ESTA NÃO É A JUSTIÇA HUMANA.


Que espécie de conceito tinha o povo amado quanto a ser um tratamento com justiça?? Os remanescentes do povo pactuado, que haviam retornado da escravidão punitiva em Babilônia para reconstruir o templo de Jerusalém, afirmaram que Jeová não era um Deus de justiça. Onde está o Deus da justiça?? Esta foi a pergunta que fizeram no seu desabafo contra Jeová. Afinal, que espécie de justiça divina desejavam estes remanescentes??  Jeová ouviu estas afirmações do seu amado povo escolhido. Assim se expressou o próprio Jeová: (Malaquias 2:17) 17 “Fatigastes a Jeová com as vossas palavras e dissestes: ‘De que modo [o] fatigamos?’ Por dizerdes: ‘Todo aquele que faz o mal é bom aos olhos de Jeová e de tais é que ele mesmo se agrada’; ou: ‘Onde está o Deus da justiça?. . .

Bem, vamos ver o que mais falava o povo escolhido contra Jeová: (Malaquias 3:13-15) 13 “Fortes foram as vossas palavras contra mim”, disse Jeová. E dissestes: “Que falamos entre nós contra ti?” 14 “Dissestes: ‘De nada vale servir a Deus. E que lucro há em termos cumprido a obrigação para com ele e em termos andado acabrunhados por causa de Jeová dos exércitos? 15 E atualmente declaramos felizes os presunçosos. Também os praticantes da iniquidade foram edificados. Eles também têm experimentado a Deus e conseguem safar-se.’”

Os praticantes de iniquidade não foram exterminados. Ali estão eles bem diante de nós, os que temos andado acabrunhados por causa de Jeová. Verdadeiramente, os iníquos não receberam a merecida destruição. Neste caso, que diferença existe entre nós, os que temos cumprido a obrigação para com Ele e aqueles iníquos presunçosos??
O Pai Celestial já havia avisado a Seu mensageiro Jeremias que Ele iria tratar aqueles povos iníquos com misericórdia: (Jeremias 12:14-16) 14 Assim disse Jeová contra todos os meus maus vizinhos que tocam na propriedade hereditária que fiz que meu povo, sim, Israel, possuísse: “Eis que os desarraígo do seu solo; e desarraigarei a casa de Judá do meio deles. 15 E terá de acontecer que, depois de eu os desarraigar, hei de ter de novo misericórdia com eles e vou trazê-los de volta, cada um à sua propriedade hereditária e cada um à sua terra.” 16 “E terá de acontecer que, se sem falta aprenderem os caminhos do meu povo, jurando pelo meu nome: ‘Por Jeová que vive!’ assim como ensinaram ao meu povo a jurar por Baal, serão também edificados no meio do meu povo.


Assim verte a Tradução Almeida: (Jeremias 12:14-16) 14 Assim diz o Senhor acerca de todos os meus maus vizinhos, que tocam a minha herança que fiz herdar ao meu povo Israel: Eis que os arrancarei da sua terra, e a casa de Judá arrancarei do meio deles. 15 E depois de os haver eu arrancado, tornarei, e me compadecerei deles, e os farei voltar cada um à sua herança, e cada um à sua terra. 16 E será que, se diligentemente aprenderem os caminhos do meu povo, jurando pelo meu nome: Vive o Senhor; como ensinaram o meu povo a jurar por Baal; então edificar-se-ão no meio do meu povo.

O povo escolhido expressou o seu depoimento em relação a esta ação misericordiosa de Jeová.
Bem, aí está um depoimento bem sincero!! Este depoimento foi dado por um povo que não se achava “iníquo”, que não se achava “rebelde”, que não se achava “presunçoso”. Jeová não vê a enorme diferença que existe entre nós, seu povo, e eles, os iníquos presunçosos. Felizes são os presunçosos!!! Pelo menos, os presunçosos não precisaram cumprir a obrigação para com Ele.
O que esperavam e desejavam estes humanos adoradores de Jeová?? (Salmos 58:10) 10 O JUSTO SE ALEGRARÁ POR TER OBSERVADO A VINGANÇA. BANHARÁ OS SEUS PASSOS NO SANGUE DO INÍQUO.

O que desejavam estes humanos adoradores de Jeová que acontecesse com os iníquos vizinhos?? (Salmos 79:1-13) 79 Ó Deus, as nações entraram na tua herança; Aviltaram teu santo templo; Fizeram de Jerusalém um montão de ruínas.  2 Os cadáveres dos teus servos eles deram por alimento às aves dos céus, A carne dos que te eram leais, às feras da terra.  3 Derramaram seu sangue como água Ao redor de Jerusalém, e não há quem faça o enterro.  4 Tornamo-nos um vitupério aos nossos vizinhos, Caçoada e troça para os que estão ao nosso redor.  5 Até quando ficarás irado, ó Jeová? Para sempre? Até quando arderá o teu fervor como fogo?  6 Derrama teu furor sobre as nações que não te conheceram E sobre os reinos que não invocaram teu próprio nome.  7 Pois consumiram a Jacó E causaram a desolação do próprio lugar de permanência dele.  8 Não te lembres contra nós dos erros dos antecessores. Apressa-te! Confrontem-nos as tuas misericórdias, Pois empobrecemos muitíssimo.  9 Ajuda-nos, ó Deus de nossa salvação, Por causa da glória do teu nome; E livra-nos e cobre os nossos pecados por causa do teu nome. 10 Por que deviam as nações dizer: “Onde está o Deus deles?” Saiba-se entre as nações, diante de nossos olhos, A vingança do sangue dos teus servos que se derramou. 11 Chegue diante de ti mesmo o suspiro do prisioneiro. Segundo a grandeza do teu braço, preserva os destinados à morte. 12 E paga de volta aos nossos vizinhos, sete vezes ao seu seio, Seu vitupério com que te vituperaram, ó Jeová. 13 Quanto a nós, teu povo e o rebanho do teu pasto, Agradeceremos a ti por tempo indefinido; Declararemos o teu louvor de geração em geração.

O que revelam tais sinceras expressões?? Revelam o conceito que o povo escolhido tinha sobre a justiça que deveria ser usada por Jeová. Eles esperavam e desejavam uma justiça, no entanto, não a estavam vendo ser praticada por Jeová contra os seus iníquos vizinhos. Eles esperavam ansiosamente e desejavam a destruição dos presunçosos praticantes de iniqüidade, como isto não aconteceu veio a pergunta: onde está o Deus da justiça??
Do ponto de vista do povo escolhido, segundo o conceito deles de “justiça”, estava havendo uma enorme injustiça contra eles.
Jesus também trouxe a atenção sobre o conceito humano de justiça que estava entrando em confronto com o conceito de Jeová sobre justiça. Assim falou Jesus, usando uma ilustração: (Mateus 20:1-16) 20Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, um dono de casa, que saiu cedo de manhã para contratar trabalhadores para o seu vinhedo. 2 Tendo concordado com os trabalhadores em um denário por dia, mandou-os ao seu vinhedo. 3 Saindo também por volta da terceira hora, viu outros parados, sem emprego, na feira; 4 e ele disse a estes: ‘Vós também, ide ao vinhedo, e eu vos darei o que for justo.’ 5 De modo que eles foram. Ele saiu novamente por volta da sexta hora e da nona hora, e fez o mesmo. 6 Finalmente, por volta da décima primeira hora, saiu e encontrou outros parados, e disse-lhes: ‘Por que ficastes parados aqui o dia todo sem emprego?’ 7 Eles lhe disseram: ‘Porque ninguém nos contratou.’ Disse-lhes: ‘Ide vós também ao vinhedo.’ 8 “Quando anoiteceu, o dono do vinhedo disse ao seu encarregado: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o seu salário, passando dos últimos para os primeiros.’ 9 Ao chegarem os homens da décima primeira hora, cada um deles recebeu um denário. 10 Portanto, ao chegarem os primeiros, concluíram que receberiam mais; mas eles também receberam o pagamento à razão de um denário. 11 Tendo-o recebido, começaram a murmurar contra o dono de casa 12 e disseram: Estes últimos fizeram uma só hora de trabalho; ainda assim os fizestes iguais a nós, os que levamos o fardo do dia e o calor abrasador!’ 13 Mas ele disse, em resposta, a um deles: ‘Amigo, não te faço nenhuma injustiça. Não concordaste comigo em um denário? 14 Toma o que é teu e vai. Eu quero dar a este último o mesmo que a ti. 15 Não me é lícito fazer o que quero com as minhas próprias coisas? Ou é o teu olho iníquo porque sou bom?’ 16 Deste modo, os últimos serão primeiros e os primeiros, últimos.”

Na visão do humano, alguém estava recebendo algo que não merecia, exatamente por não ter feito a mesma quantidade de coisas que ele havia feito. Ele passou a desejar receber algo que fosse correspondentemente maior do que o recebido por aquele que produziu muito menos. Novamente a questão do mérito, ou seja, dar a cada um segundo o mérito de suas ações. Eu fiz muito mais do que aquele outro; eu sou muito melhor do que aquele outro, logo, mereço receber mais que aquele outro.
Na visão deste humano, dentro do seu conceito de “justiça”, estava acontecendo uma injustiça contra ele.
Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti.
Nos dois casos, o conceito de Jeová sobre fazer justiça estava sendo questionado pelos humanos. Nos dois casos, os humanos sentiam-se injustiçados por Jeová, o Deus que AMA a “justiça”.
Chegamos então em uma incógnita. Precisamos unificar o conceito de justiça. Precisamos saber e entender o conceito de Jeová sobre “justiça”. Como Jeová é o nosso Professor, é Ele quem tem de nos ensinar o conceito correto sobre todos os assuntos.
Agora, vamos analisar uma outra situação real, um outro diálogo entre o Professor e os alunos. Neste diálogo, a questão da justiça é colocada em debate e os alunos afirmam que os caminhos de Jeová estão errados. Os alunos revelam ter um conceito diferente do conceito do Professor.
Assim iniciou o Professor este diálogo: (Ezequiel 18:1-2) 18 E continuou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: 2 “Que significa para vós que proferis esta expressão proverbial sobre o solo de Israel, dizendo: Os pais é que comem as uvas verdes, mas são os dentes dos filhos que ficam embotados’?

Tratava-se de um suposto caso de injustiça.
Depois de explicar certos detalhes, O Professor Jeová revela qual seria a reação dos alunos: (Ezequiel 18:25) 25 “‘E certamente direis: O caminho de Jeová não é acertado.” Ouvi, por favor, ó casa de Israel. Não é acertado o meu próprio caminho? Não são os vossos caminhos que não são acertados?

Depois de confirmar os detalhes anteriores e explicar novos detalhes, O Professor Jeová revela novamente qual seria a reação dos alunos: (Ezequiel 18:29) 29 “‘E a casa de Israel certamente dirá: “O caminho de Jeová não é acertado.” Quanto aos meus caminhos, acaso não são acertados, ó casa de Israel? Não são os vossos caminhos que não são acertados?’

Depois de um tempo, esta mesma questão da “justiça” voltou a ser trazida a atenção pelo Professor Jeová. Agora, assim como o Professor Jeová havia previsto, os alunos realmente expressaram sua opinião, que era fruto do conceito que tinham sobre “justiça”.
Jeová confirmou que ouviu a opinião do povo escolhido em relação às suas palavras proferidas anteriormente: (Ezequiel 33:17) 17 “E os filhos do teu povo disseram:O caminho de Jeová não é acertado’, mas, no que se refere a eles, é o caminho deles que não é acertado.

Para não deixar dúvida, Jeová revelou ter ouvido a opinião do povo em relação às suas sábias palavras, anteriormente proferidas: (Ezequiel 33:20) 20 E vós dissestes: O caminho de Jeová não é acertado.’ Será segundo o caminho de cada um de vós que vos julgarei, ó casa de Israel.”

AFINAL, POR QUE O POVO ESCOLHIDO AFIRMOU QUE O CAMINHO DE JEOVÁ NÃO ERA ACERTADO??
Havia uma discórdia quanto ao que era justiça, quanto ao que era praticar a justiça.
Também, praticar todas as coisas determinadas não produz qualquer tipo de crédito e nem mesmo gratidão. Mesmo tendo um excelente currículo por um longo período de tempo, se praticar qualquer pecado, receberá a mesma sentença de morte que é atribuída àquele que mantém um péssimo currículo pelo mesmo período de tempo ou tempo maior. Quem pratica um pecado é igual àquele que pratica cem pecados, pois ambos recebem a mesmíssima sentença de morte. Segundo o conceito humano, isto não é usar de justiça. Novamente a política do mérito é chamada a atenção pelo humano.


PARA JEOVÁ, o que é praticar a justiça?? Ele mesmo responde: (Ezequiel 18:5-9) 5 “‘E no que se refere ao homem, se ele veio a ser justo e tem PRATICADO o juízo e A JUSTIÇA; 6 se não comeu nos montes e não elevou seus olhos para os ídolos sórdidos da casa de Israel, e não aviltou a esposa de seu companheiro, e não se chegou a uma mulher na sua impureza; 7 e se não maltratou a nenhum homem; se restituiu o penhor tomado pela dívida; se não arrebatou nada em roubo; se deu o seu próprio pão ao faminto e cobriu com roupa ao que estava nu; 8 se não deu nada em troca de juros e não tomou usura; se retirou sua mão da injustiça; SE PRATICOU A VERDADEIRA JUSTIÇA ENTRE HOMEM E HOMEM; 9 se tem andado nos meus estatutos e tem guardado as minhas decisões judiciais para praticar a verdade, ele é justo. Ele positivamente continuará a viver’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová.

Praticar a justiça significa fazer determinadas coisas e não fazer determinadas coisas. Fazer e se abster de fazer. Ação e omissão.
Praticar a verdadeira justiça entre homem e homem. Isso significa praticar a igualdade, a retidão, a imparcialidade. Isto é equidade.
Assim havia falado Jeová para Moisés, revelando o Seu conceito sobre o que é justiça: (Levítico 19:15) 15 “‘Não deveis fazer injustiça no julgamento. Não deves tratar com parcialidade ao de condição humilde e não deves dar preferência à pessoa do grande. Com justiça deves julgar o teu colega.

Assim verte a Tradução Almeida de 1967: (Levítico 19:15) 15 Não farás injustiça no juízo; não farás acepção da pessoa do pobre, nem honrarás o poderoso; mas com justiça julgarás o teu próximo.

Assim verte a Tradução Brasileira de 1917: (Levítico 19:15) 15 Não farás injustiça no juízo; não terás respeito à pessoa do pobre, nem honrarás a pessoa do poderoso; mas com justiça julgarás o teu próximo.

Não exalte o rico e tampouco exalte o pobre; deveis tratá-los com igualdade”. Esta é a verdadeira justiça entre homem e homem.
O que notamos nestas palavras?? Notamos que justiça e injustiça estão relacionados com igualdade.
PARA JEOVÁ, o que é praticar a injustiça?? Ele mesmo responde: É fazer o oposto daquilo que é praticar a justiça - (Ezequiel 18:10-13) 10 “‘E [se] alguém se tornou pai de um filho que é salteador, derramador de sangue, que fez coisas semelhantes a uma destas; 11 (mas ele mesmo não fez nenhuma destas coisas;) se também comeu sobre os montes e aviltou a esposa de seu companheiro; 12 se maltratou o atribulado e pobre; se arrebatou coisas em roubo, não restituindo a coisa tomada em penhor; e se elevou seus olhos para os ídolos sórdidos, fez uma coisa detestável. 13 Deu em troca de usura e cobrou juros, e ele positivamente não continuará a viver. Fez todas estas COISAS DETESTÁVEIS. Positivamente será morto. Sobre ele é que virá a haver seu próprio sangue.

Praticar a injustiça é deixar de fazer qualquer das coisas identificadas com a justiça, ou seja, é praticar a “não justiça”, a negação da justiça, é praticar o contrário da justiça. Fazer e se abster de fazer, ação e omissão. Jeová chamou de “coisa detestável”, toda e qualquer “coisa” contrária à justiça.
Isto significa tratar a outra pessoa como inferior a você, com menos valor do que você. Vendo-a como um igual, não a escravizará, não a maltratará, não a roubará, não receberá dela mais do que lhe emprestou, não desejará a sua morte.
As coisas detestáveis” revelam ser as ações e reações do ser humano, independente de quem ele seja, de que grupo ele faça parte ou a situação social, política, econômica, religiosa, ou qualquer outra que ele se encontre.
Todo e qualquer ato de injustiça é chamado de pecado. O que determina a lei para aquele ser humano que cometa qualquer ato de injustiça, qualquer pecado, qualquer coisa detestável?? A lei é clara e bem simples: A alma que pecar, ela é que morrerá. (Ezequiel 18:4) 4 Eis que todas as almas — a mim me pertencem. Como a alma do pai, assim também a alma do filho — a mim me pertencem. A ALMA QUE PECAR — ELA É QUE MORRERÁ.

Na primeira definição de justiça feita acima, definição dada por um dicionário, agir Jeová com justiça, fazer justiça, representa dar a cada humano o que lhe cabe de acordo com os seus atos, assim como ficou definido na lei. O que ficou definido na Lei?? Pecou, recebeu a sentença de morte. Não está previsto em lei nada mais, além disto?? Não, não está.
Suportaria o humano um relacionamento em que Jeová passe a agir com plena justiça (retribuição), como definido na lei?? Não, não suportaria. Receber aquilo que merecequão benéfica é esta regra para o ser humano?? Seria o fim do ser humano.
Morte para o iníquo - será que este é o desejo de Jeová?? Ele mesmo responde: Não me agrado da morte do iníquo. Iníquo é qualquer ser que pratique uma coisa detestável. Não existe desculpa ou atenuante para se praticar uma coisa detestável, qualquer coisa detestável. (Ezequiel 18:23) 23 “‘Acaso me agrado de algum modo na morte do iníquo, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová, ‘[e] não em que ele recue dos seus caminhos e realmente continue a viver?’ (Ezequiel 33:11) 11 Dize-lhes: ‘“Assim como vivo”, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová, não me agrado na morte do iníquo, mas em que o iníquo recue do seu caminho e realmente continue vivendo. Recuai, recuai dos vossos maus caminhos, pois, por que devíeis morrer, ó casa de Israel?”’

Praticar a verdadeira justiça é algo que envolve os sentimentos.
No entanto, Jeová também determina que o humano pratique a verdadeira “justiça” entre homem e homem. Jeová definiu que justo é o homem que pratica a “justiça”. Que espécie de justiça é esta??
Pela descrição prática acima dada pelo próprio Jeová, praticar a justiça é igual a praticar a equidade, cujos sinônimos são: “Igualdade, Imparcialidade, retidão”. Assim, ficou bem claro que Jeová deseja que o humano trate todos os demais humanos com igualdade, imparcialidade e com retidão. Direitos e deveres iguais para todos os humanos. Todos os humanos são iguais, nenhum está acima ou abaixo de outro.
Não se trata de fazer parte de um grupo, de fazer parte de uma religião. Não se trata de competição entre grupos. Individualmente, se você fizer 100% certo, você é justo, no entanto, se você fizer 99% certo, você é um iníquo. Será segundo o caminho de cada um de vós que vos julgarei, ó casa de Israel.” Na verdade, trata-se de regras de comportamento a serem praticadas pelo indivíduo, para uma vida em grupo. Trata-se de regras que também levam em conta a existência de um Pai, um Pai superior não só em força, mais principalmente, superior em sabedoria. Significa aceitá-lo como o único Professor, como Aquele de quem sai o ensinamento correto.
Resumindo, do ponto de vista de Jeová, praticar a justiça é fazer ao semelhante (outro humano) aquilo que você gostaria que fosse feito a você, isto é, tratá-lo como um igual. Uma forma ativa de agir. Uma forma conscientemente ativa de viver, dando ao semelhante a mesma importância e prioridade que você dá a você mesmo. É uma questão de sentimento. Não se trata de uma forma passiva de viver. Assim foi definido por Jeová (o Professor) e retransmitido por Jesus: (Mateus 7:12) 12 “Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles; isto, de fato, é o que a Lei e os Profetas querem dizer.

Que exemplo prático tem o humano para poder saber e visualizar o que é praticar a justiça?? (Isaías 42:1-4) 42 Eis meu servo a quem estou segurando! Meu escolhido, [a quem] a minha alma tem aprovado! Pus nele o meu espírito. Justiça para as nações é o que ele produzirá. 2 Não clamará nem levantará [a sua voz], e não deixará ouvir a sua voz na rua. 3 Não quebrará nenhuma cana esmagada; e quanto à fraca mecha de linho, não a apagará. Produzirá justiça em veracidade. 4 Não se turvará nem será esmagado até estabelecer justiça na própria terra; e por sua lei estarão esperando as próprias ilhas.
(Mateus 12:14-21) 14 Mas os fariseus saíram e realizaram uma consulta contra ele, para que o pudessem destruir. 15 Jesus, vindo a saber [disso], retirou-se dali. Muitos o seguiram, também, e ele os curou a todos, 16 mas advertiu-os estritamente que não o tornassem manifesto; 17 para que se cumprisse o que fora dito por intermédio de Isaías, o profeta, que disse: 18 “Eis o meu servo a quem tenho escolhido, meu amado, a quem a minha alma tem aprovado! Porei sobre ele o meu espírito e ele esclarecerá às nações o que é justiça. 19 Não altercará, nem gritará, nem ouvirá alguém a sua voz nas ruas largas. 20 Não esmagará nenhuma cana machucada, tampouco extinguirá qualquer mecha fumegante, até enviar a justiça com bom êxito. 21 Deveras, em seu nome esperarão as nações.”

Até Jesus ter vivido e ter morrido como humano, ninguém sabia o que era um homem justo. A partir deste ponto não se pode mais ter dúvida sobre o que é praticar justiça. Isto sim é que é praticar a justiça em veracidade.
Jesus é o exemplo prático para todos os seres humanos. Ele é o modelo humano. Jesus nos mostrou que é possível ser justo. Justiça, a verdadeira justiça foi praticada por Jesus, revelando e esclarecendo aos homens de todas as nações o que é justiça. Foi o conjunto das ações de Jesus, incluindo sua reação diante dos humanos que lhe impunham uma morte dolorosa e humilhante, que revelou aos humanos o que é justiça. Jesus não esmagou nenhuma cana machucada. Revelando ser mesmo uma questão de sentimentos, Jesus tratou todos os humanos com igualdade, não se colocou acima de nenhum humano. Mesmo tendo muitos poderes, em nenhum momento Jesus usou tais poderes contra outros humanos, independente da situação em que se encontrasse. Jesus também não pediu ao Pai uma vingança pelo seu sofrimento, nem pela sua morte. De forma oposta, ainda pediu para que o Pai perdoasse os seus ofensores. Isto é praticar a justiça. Isto é o que o Pai espera que cada filho faça.
Jesus não discriminou as crianças, não discriminou os pobres, não discriminou os leprosos e outros doentes graves, não discriminou os ricos, não discriminou os apóstatas, não discriminou os hipócritas, não discriminou os imundos pecadores, não discriminou os “não judeus”, não discriminou samaritanos, não discriminou gentios, antes, valorizou a todos estes, dando-lhes a mesma atenção, quando a situação lhe permitia. Realmente, era uma questão de sentimentos.
Em relação a seus discípulos, como se sentia Jesus?? Sentia-se Jesus um superior?? Jesus sentia-se como um irmão. Assim afirmou Jesus: (João 20:17-18) 17 Jesus disse-lhe: “Pára de agarrar-te a mim. Porque ainda não ascendi para junto do Pai. Mas, vai aos meus irmãos e dize-lhes: ‘Eu ascendo para junto de meu Pai e vosso Pai, e para meu Deus e vosso Deus.’” 18 Maria Madalena veio e trouxe a notícia aos discípulos: “Tenho visto o Senhor!” e que ele lhe dissera essas coisas.

Assim verte a Tradução Almeida: (João 20:17-18) 17 Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. 18 E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi o Senhor!-e que ele lhe dissera estas coisas.

Assim verte a Tradição Brasileira: (João 20:17-18) 17 Disse-lhe Jesus: Não me toques; porque ainda não subi ao Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes que subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. 18 Maria Madalena foi contar aos discípulos: Vi ao Senhor, e ele disse-me estas coisas.

Em relação ao Pai todos os filhos são iguais, não são?? Pelo menos para Jeová, O Pai de Jesus, todos os demais filhos são iguais em valor e em importância.
Outros humanos também conseguiriam seguir o modelo estabelecido por Jesus: (Isaías 32:1-2) 32 Eis que um rei reinará para a própria justiça; e quanto a príncipes, governarão como príncipes para o próprio juízo. 2 E cada um [deles] terá de mostrar ser como abrigo contra o vento e como esconderijo contra o temporal, como correntes de água numa terra árida, como a sombra dum pesado rochedo numa terra esgotada..

Imparcialidade é o que mostrará haver com estes príncipes, pois não escolherão os beneficiados. Todos os necessitados serão ajudados e beneficiados, independente de grau de iniquidade que tenham. Quanto maior a necessidade, maior será a ajuda a ser altruistamente dada. Decerto, estes príncipes estarão copiando o modelo de justiça fornecido por Jesus que foram revelados tanto nos sentimentos como nas palavras e nas ações. Não copiarão o modelo fornecido por outros servos do Deus Altíssimo.


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