O QUE É JUSTIÇA PARA JEOVÁ??
(jus.ti.ça)
sf.
1 Situação
em que cada um recebe o que lhe
cabe, como resultado
de seus atos ou de acordo com os
princípios e a lei da sociedade em que vive [ Antôn.:
injustiça.]
2
Capacidade ou virtude de ser
imparcial ao julgar e de ser conforme à lei e à
ética; ISENÇÃO. [ Antôn.: injustiça.]
3 Funcionamento harmonioso de uma
sociedade, com direitos
e deveres iguais para todos os cidadãos;
EQUIDADE. [ Antôn.: injustiça.]
jus.ti.ça
( Datação:
século XIII; )
- justeza ou retidão no tratamento de outras pessoas
e.qui.da.de
feminino
1.
Igualdade;
2.
Retidão;
3.
Imparcialidade;
4.
Justiça.
PARA
JEOVÁ, o que é praticar a justiça?? Ele mesmo
responde: (Ezequiel
18:5-9) 5 “‘E
no que se refere ao homem, se ele veio a ser
justo e
tem PRATICADO
o juízo e A JUSTIÇA;
6 se
não comeu nos montes e não elevou seus olhos para os
ídolos sórdidos da casa de Israel, e não aviltou
a esposa de seu companheiro, e não se chegou a uma mulher na
sua impureza; 7 e
se não maltratou a nenhum homem; se restituiu o penhor tomado
pela dívida; se não arrebatou nada em roubo; se deu o
seu próprio pão ao faminto e cobriu com roupa ao que
estava nu; 8 se
não deu nada em troca de juros e não tomou usura; se
retirou sua mão da injustiça; SE
PRATICOU A VERDADEIRA JUSTIÇA ENTRE
HOMEM E HOMEM;
9 se
tem andado nos meus estatutos e tem guardado as minhas decisões
judiciais para praticar a verdade, ele
é justo. Ele
positivamente continuará a viver’, é a
pronunciação do Soberano Senhor Jeová.
Praticar a justiça
significa fazer
determinadas coisas e não
fazer determinadas coisas. Coisas
estas que para Jeová são
classificadas como iniquidades. Estas coisas estão diretamente
relacionadas com o dia a dia do homem, pois trata-se de coisas do
relacionamento entre homem e homem.
Praticar a verdadeira justiça
entre homem e homem. Isso
significa praticar a igualdade, a retidão, a imparcialidade.
Isto é equidade.
PARA
JEOVÁ, o que é praticar a injustiça?? Ele mesmo
responde: É fazer o oposto daquilo que é praticar a
justiça - (Ezequiel
18:10-13) 10 “‘E
[se] alguém se tornou pai de um filho que é salteador,
derramador de sangue, que fez coisas semelhantes a uma destas;
11 (mas
ele mesmo não fez nenhuma destas coisas;) se também
comeu sobre os montes e aviltou a esposa de seu companheiro; 12 se
maltratou o atribulado e pobre; se arrebatou coisas em roubo, não
restituindo a coisa tomada em penhor; e se elevou seus olhos para os
ídolos sórdidos, fez uma coisa
detestável. 13 Deu
em troca de usura e cobrou juros, e ele positivamente não
continuará a viver. Fez todas estas COISAS
DETESTÁVEIS.
Positivamente será morto. Sobre ele é que virá a
haver seu próprio sangue.
Praticar a injustiça é
deixar de fazer qualquer das coisas identificadas com a justiça,
ou seja, é praticar a “não justiça”,
a negação da justiça, é praticar o
contrário da justiça. Jeová chamou de “coisa
detestável”, toda e qualquer “coisa”
contrária à justiça.
“As coisas detestáveis”
revelam ser as AÇÕES
e REAÇÕES
do ser humano, independente de quem ele seja, de
que grupo ele faça parte ou a situação social,
política, econômica, religiosa, ou qualquer outra que
ele se encontre. Toda ação e toda reação
é consequência de um SENTIMENTO.
Os animais agem por INSTINTO;
os humanos agem por SENTIMENTO.
Assim, sentimentos iníquos antecedem e comandam ações
iníquas, assim como, sentimentos justos antecedem e comandam
ações justas. Primeiro
vem o sentimento iníquo e só depois é que vem a
ação iníqua.
Todo
e qualquer ato de injustiça é chamado de “pecado”.
Todo e qualquer ato de injustiça é chamado de
“iniquidade”. Todo e qualquer ato de injustiça é
chamado de “coisa detestável”. O que determina a
lei para aquele ser humano que cometa qualquer ato de injustiça,
qualquer pecado, qualquer coisa detestável, qualquer
iniquidade?? A lei é clara e bem simples: A alma que pecar,
ela é que morrerá. (Ezequiel
18:4) 4 Eis
que todas as almas — a mim me pertencem. Como a alma do pai,
assim também a alma do filho — a mim me pertencem. A
ALMA QUE PECAR — ELA É QUE MORRERÁ.
Todo e qualquer humano que
cometer um pecado condena-se a uma penalidade de morte. Quem é
aquele que julga e determina o cumprimento da penalidade?? O próprio
Jeová, obviamente. Não é ele o Legislador?? Não
é Ele aquele que determina o que é pecado?? Neste caso,
Ele e somente Ele pode agir como Juiz, pois somente Ele tem as
qualificações necessárias para tal cargo.
Na primeira definição
de justiça feita acima, definição dada por um
dicionário, agir Jeová com justiça, fazer
justiça, representa dar a cada humano O QUE LHE CABE de
acordo com os seus atos, ASSIM COMO FICOU
DEFINIDO NA LEI. O que ficou definido na Lei?? Pecou, recebeu
a sentença de morte. Não está previsto em lei
nada mais, além disto?? Não, não está.
Suportaria o humano um
relacionamento em que Jeová passe a agir com plena justiça,
como
definido na lei, isto é, pecou, morreu?? Não,
não suportaria. Seria o fim do ser humano.
Será que este é o
desejo de Jeová?? Ele mesmo responde: Não me agrado da
morte do iníquo. Iníquo é qualquer ser que
pratique uma coisa detestável. Não existe desculpa ou
atenuante para se praticar uma coisa detestável, qualquer
coisa detestável.
O
que o humano DESEJA que aconteça com o iníquo??
(Salmos 92:7)
7 Quando
os iníquos florescem como a vegetação E estão
florindo todos os que praticam o que é prejudicial, É
para
que sejam aniquilados para todo o sempre.
(Salmos
58:10) 10 O
justo se alegrará por ter observado a vingança. Banhará
os seus passos no sangue do iníquo.
Os
humanos têm revelado seus sentimentos pelos iníquos. São
fortes sentimentos CONTRA os iníquos. O desejo é
de DESTRUIR o iníquo, uma destruição
ETERNA. Os humanos desejam o fim do iníquo através
da destruição. Os sentimentos antecedem e comandam as
palavras e as ações.
O
que deseja Jeová que aconteça com o iníquo??
Uma das afirmações de Jeová
é esta: (Ezequiel
33:11) 11 Dize-lhes:
‘“Assim como vivo”, é a pronunciação
do Soberano Senhor Jeová, “NÃO
ME AGRADO NA MORTE DO INÍQUO, mas
em que o iníquo recue do seu caminho
e
realmente continue vivendo. Recuai, recuai dos vossos maus caminhos,
pois, por que devíeis morrer, ó casa de Israel?”’
Bem, enquanto o humano deseja e
tem prazer na morte do iníquo, Jeová tem um sentimento
totalmente oposto ao sentimento humano, pois Ele
deseja e tem prazer em que o iníquo recue de seu caminho. Um
alegra-se com a destruição
e outro alegra-se com a recuperação.
Sentimentos opostos geram reações opostas. Jeová
sempre deseja ENDIREITAR o opressor e sempre se alegra com a
RECUPERAÇÃO do iníquo.
PALAVRAS
DE IMPARCIALIDADE vindas
do Legislador. Tanto o justo quanto o iníquo são
tratados por Jeová com imparcialidade.
Atos
justos não serão lembrados, não
serão levados em conta, não serão usados para
negociação favorável – não existe
GRATIDÃO
por praticar atos de justiça, não
existe compensação.
O humano não acumula “CRÉDITOS
a serem recebidos”, ao
praticar atos de justiça.
(Ezequiel
33:12-13) . . .. 13 QUANDO
EU DISSER AO JUSTO:
“Positivamente continuarás vivendo”, e ele mesmo
realmente confiar na sua própria justiça e fizer
injustiça,
todos
os
seus próprios atos justos não serão lembrados,
mas, pela sua injustiça que fez — por esta é que
morrerá.
O humano não
trocará atos de justiça por atos de injustiça. O
humano não trocará atos de justiça por uma vida
eterna. O humano não compra um direito de ter vida eterna. A
vida do humano continuará condicionada a ele não
praticar nenhum ato de injustiça.
Nenhum
dos pecados serão lembrados, não
serão levados em conta, não serão usados para
uma acusação – não existe nem MÁGOA
e nem RESSENTIMENTO
pelos pecados cometidos. Ao praticar pecados, o
humano não acumula “DÉBITOS
a
serem obrigatoriamente pagos”.
(Ezequiel
33:14-16) 14 “‘E
QUANDO EU DISSER AO INÍQUO:
“Positivamente
morrerás”, e ele realmente recuar do seu pecado e
praticar o juízo e a justiça, 15 [e]
o iníquo restituir a própria coisa penhorada e devolver
as próprias coisas roubadas, andando realmente nos próprios
estatutos da vida por não fazer injustiça,
positivamente continuará vivendo. Não morrerá.
16 Nenhum
dos seus pecados com que pecou será lembrado contra ele.
Juízo e justiça é o que praticou. Ele
positivamente continuará vivendo.’
Havendo
um registro dos atos justos, de forma imparcial, também
teria de haver um registro de atos iníquos e, também
de formai imparcial, ambos teriam o mesmíssimo peso. Atos
justos e atos iníquos não são moedas de
compensação.
O
povo revelou não gostar do que ouviu. Assim falou o povo:
(Ezequiel
33:17) 17 “E
os filhos do teu povo disseram: ‘O
caminho de Jeová não é acertado’,
mas,
no que se refere a eles, é o caminho deles que não é
acertado.
Um povo que tinha um
relacionamento com o próprio Jeová, considerava-se um
povo especial em relação aos demais povos. Eles se viam
como um povo justo e viam os demais como povos iníquos. Os que
tinham um relacionamento com Deus tinham seus próprios
raciocínios sobre os sentimentos de Deus em relação
aos demais povos, que eram realmente povos iníquos.
Um povo acostumado
ao ressentimento e que usava a
vingança para apagar o ressentimento acumulado no coração,
um povo que amava
a vingança, decerto, não gostaria
de ouvir estas palavras faladas por Jeová. Decerto, eram
palavras estranhas aos seus ouvidos. Seus corações
rejeitavam esta palavra. Além do que, no momento em que estas
palavras foram faladas, ainda havia o agravante de estarem sofrendo
punição da parte do Criador, que usava outras nações
iníquas para efetuarem tal punição. Assim, estes
iníquos punidos, além de tentarem usar atos justos para
granjear gratidão de Jeová, também estavam
alimentando ressentimento e sonhando com a vingança
contra as nações iníquas.
Viviam pedindo a Jeová esta vingança contra as nações,
pediam a destruição destas nações. Neste
caso, eles se
achavam “inocentes vítimas” dos
iníquos?? Sim. No entanto, estas “inocentes vítimas”
estavam recebendo o próprio procedimento sobre suas próprias
cabeças, uma condição induzida pelo próprio
Jeová.
Jeová
estava dando o exemplo em não guardar ressentimento. Aliás,
Jeová não podia agir de forma diferente ao que Ele
havia ordenado aos antepassados deste povo: (Levítico
19:18) 18 “‘Não
deves tomar vingança NEM
TER RESSENTIMENTO
contra os filhos do
teu povo;
e tens de amar o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou Jeová.
Ressentimento
é assim definido por certo dicionário:
RESSENTIMENTO s.m.
Mágoa que se guarda de uma ofensa; rancor.
Vingar
é
assim definido por certo dicionário: VINGAR
v.t.
Tirar desforço ou desforra de (ofensa recebida), ou por
(pessoa afrontada): vingar
uma afronta;
vingar
o irmão.
(Sin.:
desforrar,
desagravar, desafrontar, retaliar.)
/
Conseguir, alcançar, lograr: vingou
tornar-se presidente aos 40 anos.
/ Subir, galgar: vingar
uma elevação.
/ — V.i. Ter bom êxito; ser bem-sucedido; dar certo: o
plano vingou.
/ Desenvolver-se, crescer, medrar: vingaram
as plantas.
/ Sobreviver: dos
três filhotes, vingou apenas um.
/ — V.pr.
Tirar desforra ou vingança de ofensa recebida; desforrar-se.
A vingança é o
fruto de se guardar ressentimento. Todo humano que guarda
ressentimento da ofensa recebida deseja praticar ou deseja que seja
praticado um mal contra o ofensor. A vítima inocente não
deve se vingar, tampouco deve guardar ressentimento, desejando que
ocorra um mal contra aquele que o vitimou. É exatamente assim
que o Pai deseja que você se torne. O Pai afirmou que isto era
uma questão de amar ao próximo com a ti mesmo.
TRAREI
O TEU PROCEDIMENTO SOBRE TUA PRÓPRIA CABEÇA –
Quando é usado por Jeová?? O que representa isso??
Promessa
de Jeová: (Ezequiel
9:9-10) 9 De
modo que ele me disse: “O
erro da casa de Israel e de Judá é muito, muito grande,
e o país está cheio de derramamento de sangue e a
cidade está cheia de deturpação; pois disseram:
‘Jeová deixou o país e Jeová não
vê.’ 10 E
também, no que se refere a mim, meu olho não terá
dó, nem terei compaixão. Hei
de trazer o procedimento deles sobre a sua própria cabeça.”
Promessa
de Jeová: (Ezequiel
11:21) 21 “‘“Mas
quanto àqueles cujo coração está andando
nas suas coisas repugnantes e nas suas coisas detestáveis, hei
de trazer seu próprio procedimento sobre a sua cabeça”,
é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová.’”
Promessa
de Jeová: (Ezequiel
16:43) 43 “‘Visto
que não te lembraste dos dias da tua mocidade e me causavas
agitação por causa de todas estas coisas, eis que
também eu, da minha parte, porei
teu próprio procedimento sobre a [tua] própria cabeça’,
é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová,
‘e certamente não praticarás mais nenhuma conduta
desenfreada junto com todas as tuas coisas detestáveis.
Um
exemplo de Jeová trazer teu o procedimento sobre a tua própria
cabeça: (Ezequiel
17:19-21) 19 “‘Portanto,
assim disse o Soberano Senhor Jeová: “Assim como vivo,
seguramente, meu
juramento que ele desprezou e meu pacto que ele violou
— isso
é que vou trazer sobre a sua cabeça.
20 E
vou estender sobre ele a minha rede e certamente será apanhado
na minha rede de caça; e vou
levá-lo a Babilônia e pôr-me ali em julgamento com
ele quanto à sua infidelidade com que agiu contra mim.
21 E
no que se refere a todos os seus fugitivos, em todas as suas tropas,
cairão à espada, e os remanescentes serão
dispersados para todo vento. E tereis de saber que eu, Jeová,
é que falei [isso].”’
Promessa
de Jeová: (Ezequiel
22:30-31) 30 “‘E
eu estava procurando um homem dentre eles que reparasse o muro de
pedras e que se pusesse de pé na brecha perante mim, a favor
da terra, para que [eu] não a arruinasse; e não achei
nenhum. 31 Por
isso derramarei sobre eles a minha verberação. Vou
exterminá-los com o fogo da minha fúria. Vou
trazer seu procedimento sobre a própria cabeça deles’,
é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová.”
Promessa
de Jeová para Edom (descendência de Esaú, irmão
de Jacó), por ações iníquas contra Jacó
(descendência de Jacó): (Obadias
14-16) 14 E
não devias ter ficado de pé na bifurcação
dos caminhos para decepar-lhe os fugitivos; e não devias ter
entregue os seus sobreviventes no dia da aflição.
15 Pois
está próximo o dia de Jeová contra todas as
nações. Assim
como fizeste, será feito a ti. Tua espécie de
tratamento retornará sobre a tua própria cabeça.
16 Pois
assim como vós bebestes sobre o meu santo monte, estarão
bebendo continuamente todas as nações. E certamente
beberão, e engolirão, e ficarão como se nunca
tivessem existido.
ASSIM
COMO FIZESTE, SERÁ FEITO A TI. Trazer o teu procedimento sobre
a tua própria cabeça representava uma punição.
Se Jeová não guarda ressentimento, qual o motivo desta
punição?? Estava Jeová fazendo justiça??
Para
que fiquem envergonhados: (Isaías
45:22-25) 22 “Virai-vos
para mim e sede salvos, todos vós [nos] confins da terra; pois
eu sou Deus, e não há outro. 23 Jurei
por mim mesmo — da minha própria boca saiu a palavra em
justiça, de modo que não retornará — que
diante de mim se dobrará todo joelho, jurará toda
língua, 24 dizendo:
‘Seguramente há plena justiça e força em
Jeová. TODOS
os que se acaloram contra ele virão diretamente a ele e
ficarão envergonhados.
25 Toda
a descendência de Israel mostrar-se-á direita em Jeová
e jactar-se-á.’”
E
agora que já estavam sendo punidos?? Representava isto o fim??
Tenho de corrigir-te através de punição:
(Jeremias
30:11) 11 “Pois
eu estou contigo”, é a pronunciação de
Jeová, “para te salvar; mas farei uma exterminação
entre todas as nações às quais te espalhei.
Entretanto, no que se refere a ti, não farei nenhuma
exterminação. E
terei de CORRIGIR-TE no grau correto, visto que de modo algum te
deixarei impune.”
POR
QUE ERA NECESSÁRIO o “trazer o teu procedimento sobre a
tua própria cabeça”?? Porque
simplesmente falar com o iníquo sobre o seu erro não
havia produzido o resultado desejado pelo Criador. A promessa
de punição com morte não
impediu o humano de praticar o pecado
mesmo assim. Apesar da promessa de punição, o iníquo
continuou a praticar maldade contra seu semelhante. Depois de ouvirem
a palavra falada por Jeová, eles matavam os profetas enviados
por Jeová. Porque o coração do iníquo era
um coração de pedra, insensível qual pedra. Era
necessário fazê-lo sentir na própria pele, que
seu procedimento ocasionava sofrimento em outras pessoas, que para o
Criador, eram tão importantes quanto elas próprias que
estavam provocando sofrimento. Estes
insensíveis precisavam sentir na própria pele o
sofrimento que eles haviam ocasionado a outras pessoas.
No entanto, estando neste sofrimento punitivo,
guardavam ressentimento e desejavam a vingança. Sentiam-se
inocentes vítimas. Quanto maior era o sofrimento, maior era o
ressentimento e maior era o desejo de vingança. Até
aquele momento, não haviam percebido que eles é que
eram “iníquos” que estavam sendo punidos pelo
Criador. Mesmo assim, não perceberam que estavam recebendo
como retribuição, o mesmo mal que haviam causado a
outros. Conseqüentemente, também era maior a
desobediência do iníquo sofredor a este artigo da lei,
pois alimentavam o ressentimento e desejavam a vingança. Mesmo
assim, Jeová não desistia do iníquo. O iníquo
revelou que continuava
precisando de correção. Se o
iníquo permitir, a casa da dor lhe será uma casa de
aprendizado.
DEPOIS
DA CONTESTAÇÃO DO POVO, JEOVÁ REAFIRMA:
Continuar a viver está condicionado à
contínua pratica da justiça e não à
conquista de um título de “justo”. (Ezequiel
33:18-19) 18 “Quando
o justo recuar da sua justiça e realmente fizer injustiça,
então terá de morrer por tais [atos]. 19 E
quando o iníquo recuar da sua iniqüidade e realmente
praticar o juízo e a justiça, será por causa
deles que ele mesmo continuará vivendo.
Praticar a justiça
deveria ser encarado como algo natural, normal e necessário
como o “respirar” ou mesmo como “beber água”,
afinal, se a pessoa deixar de praticar a justiça, ela morrerá.
No entanto, praticar a justiça não é algo
automático. Trata-se de algo que é escolhido pelo
humano. Trata-se de diversas situações diárias
em que o humano tem de tomar sua decisão. Eles estavam sendo
punidos por não estarem praticando a justiça, ou seja,
por estarem praticando a iniqüidade, no entanto, isto não
representava o fim destes humanos. O Criador não estava dando
ao iníquo aquilo que o iníquo merecia, ou seja, não
estava dando ao iníquo aquilo que estava prometido, a morte. O
objetivo de Jeová continuava o mesmo: recuai dos vossos
caminhos iníquos. O
objetivo de Jeová é que o iníquo deixe de ser
iníquo. O Criador persistia no Seu objetivo.
Foi
exatamente assim que Jeová reiniciou este diálogo com
seu iníquo povo que estava recebendo punição por
parte Dele: (Ezequiel
33:10-11) 10 “E
no que se refere a ti, ó filho do homem, dize à casa de
Israel: ‘ASSIM
É QUE DISSESTES:
“Visto
que as nossas revoltas e os nossos pecados estão sobre nós
e estamos apodrecendo neles, então, como é que
continuaremos a viver?”’
11 DIZE-LHES:
‘“Assim como vivo”, é a pronunciação
do Soberano Senhor Jeová, “NÃO
ME AGRADO NA MORTE DO INÍQUO, mas em que o iníquo recue
do seu caminho e realmente continue vivendo. Recuai, recuai dos
vossos maus caminhos,
pois,
por que devíeis morrer, ó casa de Israel?”’
Há
qualquer momento, mesmo durante a punição, se o iníquo
recuar de sua maldade, será suspensa a punição.
Neste caso, a punição cumpriu a sua função,
apresentando o resultado esperado pelo Criador.
CONSEQUENTEMENTE
VEM A SEGUINTE PERGUNTA: Por que o humano não suportaria
um relacionamento de plena justiça com o seu Criador??
Um dos motivos é
que o humano pode estar praticando pecado sem o saber. Foi o próprio
Criador quem chamou a atenção do humano para esta
situação. Assim falou o Criador: (Levítico
5:17-19) 17 “E
se uma alma pecar por fazer uma de todas as coisas que Jeová
manda que não se façam, EMBORA
NÃO O SOUBESSE,
ainda
assim ELE
FICOU CULPADO e
terá de responder pelo seu erro.
18 E
ele tem de trazer ao sacerdote um carneiro sadio do rebanho, segundo
o valor calculado, como oferta pela culpa; e o sacerdote tem de fazer
expiação por ele, pelo engano que cometeu sem querer,
embora ele mesmo não o soubesse, e assim lhe tem de ser
perdoado. 19 É
uma oferta pela culpa. Tornou-se
positivamente culpado para com Jeová.”
Muito
tempo depois, Jesus também chamou a atenção para
este mesmo problema do ser humano, agora com o agravante de que o
humano achava, que o humano imaginava estar agradando a Deus. Assim
falou Jesus: (João
16:1-3) 16
“Tenho
falado estas coisas para que não tropeceis. 2 [Os]
homens vos expulsarão da sinagoga. De fato, vem
a hora em que todo aquele que vos matar IMAGINARÁ
que
tem prestado um serviço sagrado a Deus. 3 Mas,
farão estas coisas porque não vieram a conhecer nem o
Pai nem a mim.
Ora, um homem que
chega a fazer tais obras é um homem bem convicto do que está
fazendo, não é verdade?? Trata-se de um sincero
adorador de Jeová?? Sim, é isto mesmo. A história
já relatou estes exemplos. Nosso amado irmão Paulo é
um destes exemplos. Jesus afirmou que o motivo destas ações
agressivas era por não conhecerem nem o Pai nem a ele.
Falou
ainda mais Jesus: (Mateus
7:21-23) 21 “Nem
todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no
reino dos céus,
senão aquele que fizer a vontade de meu Pai, que está
nos céus. 22 MUITOS
me
dirão naquele dia:
‘Senhor,
Senhor, não profetizamos em teu nome e não expulsamos
demônios em teu nome, e não fizemos muitas obras
poderosas em teu nome?’ 23 Contudo,
eu lhes confessarei então: Nunca vos conheci! Afastai-vos de
mim, vós obreiros do que é contra a lei.
Aquele humano que
já goza de um relacionamento com Deus pode se enganar nas suas
decisões, no seu objetivo de agradar a Deus. Na mesma situação
se encontrará aquele humano que já goza de um
relacionamento com Jesus. Jesus afirmou que muitos dos que afirmam
ter Jesus como seu Senhor, só saberão de seus
equívocos, lá no último dia. Mesmo que algum
humano lhes fale que seus sentimentos estão equivocados, estes
não admitem. Ofendidos, até mesmo tomam ações
agressivas contra quem lhes fale tal heresia, como consequência
do ressentimento em seus corações.
Em uma situação
assim, como ficaria um relacionamento de plena “justiça”
contra este pecador, que sequer percebe que está cometendo
pecados?? O que representaria para este pecador receber aquilo que
ele merece por suas ações?? Não representaria a
morte?? Sim, representaria. Assim, um humano que deseja que Deus haja
com justiça, entregando tal iníquo a uma morte eterna,
não sabe o que está pedindo contra si próprio.
Vamos
agora verificar o exemplo de um servo de Jeová,
um servo escolhido, um servo que
tinha um relacionamento com Jeová, que apesar de saber do
pecado, decidiu cometer o pecado. Nosso amado irmão Davi é
o servo escolhido de Jeová. Trata-se do caso que envolvia
Davi, Bate-Seba e Urias. Urias era descendente de cananeus. Houve
apropriação da esposa de Urias, tentativa de enganar
Urias, plano e execução da morte de Urias. O que o
“pleno tratamento de justiça” exigia para este
caso?? Bem, deixemos que o próprio Davi responda: (2
Samuel 12:1-6) 12
E
Jeová passou a enviar Natã a Davi. Portanto, entrou até
ele e disse-lhe: “Sucedeu que havia dois homens numa cidade, um
deles rico e o outro de poucos meios.
2 Acontece
que o rico tinha muitíssimas ovelhas e gado vacum; 3 mas
o homem de poucos meios não tinha senão uma só
cordeira, uma pequena, que havia comprado. E conservava-a viva, e ela
crescia com ele e com seus filhos, todos juntos. Comia do seu bocado
e bebia do seu copo, e deitava-se no seu regaço, e veio a ser
para ele como uma filha. 4 Depois
de algum tempo chegou um visitante ao homem rico, mas este evitou
tomar de suas próprias ovelhas e do seu próprio gado
para aprontá-los para o viajante que chegara a ele. Tomou,
portanto, a cordeira do homem de poucos meios e a aprontou para o
homem que chegara a ele.” 5 Nisso
se acendeu grandemente a ira de Davi contra o homem, de modo que ele
disse a Natã: “POR
JEOVÁ QUE VIVE, O HOMEM QUE FEZ ISSO MERECE
MORRER! 6 E
quanto à cordeira, deve compensá-la com quatro, em
conseqüência do fato de ter feito tal coisa e por não
ter tido compaixão.”
O fato de Davi ser
um servo escolhido por Jeová, um rei escolhido por Jeová
e Urias ser um hitita, alguém que sequer fazia parte da nação
escolhida, mudava alguma coisa em relação ao
cometimento do pecado e da devida “justiça” a ser
dada neste caso?? Uma das ordens de Jeová para seu povo
escolhido era esta: (Levítico
19:15) 15 “‘Não
deveis fazer injustiça no julgamento. Não
deves tratar com PARCIALIDADE ao de condição humilde e
NÃO
DEVES DAR PREFERÊNCIA À PESSOA DO GRANDE.
Com
justiça deves julgar o teu colega.
Favorecer, dar
preferência à pessoa do grande é cometer um ato
de injustiça, uma iniquidade. Do mesmo modo também o
seria, se houvesse favorecimento ao de condição
humilde. Neste caso, o que representaria um relacionamento de “plena
justiça” (pecou, morreu) entre Jeová e seu servo
escolhido Davi?? O próprio Davi respondeu corretamente,
valorizando o de condição humilde e não dando
preferência à pessoa do homem rico, o “grande”:
O homem que fez isto, independente de quem seja e da sua condição
de rico, merece morrer.
No
entanto, o que Jeová decidiu fazer neste caso?? Que decisão
tomou o Juiz?? Assim
está registrado: (2
Samuel 12:7-12) 7 Então
disse Natã a Davi: “Tu mesmo és o homem! Assim
disse Jeová, o Deus de Israel:
‘Eu
mesmo te ungi rei sobre Israel e eu mesmo te livrei da mão de
Saul. 8 E
eu estava disposto a dar-te a casa do teu senhor e as esposas do teu
senhor no teu regaço, e a dar-te a casa de Israel e de Judá.
E se não bastasse, eu estava disposto a acrescentar-te coisas
tais como estas, bem como outras coisas. 9 Por
que desprezaste a palavra de Jeová, fazendo o que é mau
aos seus olhos? A Urias, o hitita, golpeaste com a espada e
tomaste-lhe a esposa para ser tua esposa, e a ele mataste pela espada
dos filhos de Amom. 10 E
agora, por tempo indefinido, não se afastará a espada
da tua própria casa, em conseqüência do fato de que
me desprezaste, tomando a esposa de Urias, o hitita, para se tornar
tua esposa.’ 11 ASSIM
DISSE JEOVÁ:
‘Eis
que suscito contra ti uma calamidade provinda da tua própria
casa; e hei de tomar as tuas esposas debaixo dos teus próprios
olhos e dá-las ao teu próximo, e ele se há de
deitar com as tuas esposas sob os olhares deste sol. 12 Ao
passo que tu mesmo agiste às escondidas, eu, da minha parte,
farei esta coisa perante todo o Israel e diante do sol.’”
As
ações do rei contra Urias revelaram sua Baixa
estima
por este hitita, pois se fosse contra Saul, um ungido de Jeová,
por quem Davi tinha uma Alta
estima,
ele não teria feito tais coisas. Suas ações em
relação a Saul já estavam registradas na
história. Suas ações eram frutos do Alto
valor
que ele havia atribuído a Saul, um ungido de Jeová.
Para
Davi, Saul era realmente alguém muito importante.
Assim
como fizeste, será feito a ti. Tua espécie de
tratamento retornará sobre a tua própria cabeça.
Esta foi a decisão de Jeová,
uma decisão imparcial, sem favorecer a pessoa do grande. Um
homem que havia praticado iniquidade, logo, um homem iníquo,
recebendo de volta o mesmo tratamento que ele deu a outro humano.
Realmente, o Criador não tem prazer na morte do iníquo,
seja lá quem for o iníquo. De forma oposta ao humano, o
prazer do Criador é outro.
Como
se sentiu Davi ao estar recebendo a espécie de tratamento que
ele deu a outro humano?? Assim ele se expressou: (Salmos
35:4-8) 4 Sejam
envergonhados e humilhados os
que caçam a minha alma.
Faça-se
que tornem atrás e fiquem encabulados os
que maquinam calamidade para mim.
5 tornem-se
eles como a pragana diante
do vento, E empurre-os o anjo de Jeová. 6 torne-se
o caminho deles em escuridão
e em
lugares escorregadios, e
persiga-os o anjo de jeová.
7 Pois,
sem
causa encobriram de mim a sua cova de redes; Sem causa a cavaram para
a minha alma. 8 venha
sobre ele a ruína
sem que
o saiba E apanhe-o a sua própria rede que encobriu; Caia nela
com ruína.
(Salmos
28:3-4) 3 Não
me arrastes junto com os iníquos e com os que praticam o que é
prejudicial, Os
que falam de paz com os seus companheiros, mas em cujos corações
há o que é mau.
4 Dá-lhes
segundo a sua atuação E segundo a ruindade das suas
práticas. Dá-lhes segundo o trabalho das suas mãos.
paga-lhes
de volta o seu próprio ato.
(Salmos
143:12) 12 E
na tua benevolência, que tu silencies os meus inimigos; E
tens de DESTRUIR todos
os que são hostis à minha alma, Porque
sou teu servo.
Bem, Davi não gostou de
receber tal tratamento. Suas expressões revelaram exatamente
isto. Tornando-se vítima de suas próprias ações
anteriores, Davi pediu vingança. Neste momento aflitivo,
lembrou-se Davi daqueles que foram vitimados por suas ações
iníquas?? Não. Não houve o reconhecimento do
erro e o natural lamento por ter feito outras pessoas passarem por
aquele mesmo mal. Bem, o sentimento revelado foi o desejo de vingança
pelo mal que estava sofrendo. Davi queria que Jeová destruísse
todos os que lhe eram hostis, afinal ele era um “servo”
de Jeová, um escolhido. Ele se via como uma inocente
vítima, apesar de Jeová ter falado exatamente o que lhe
aconteceria e o motivo.
De forma paralela, o sentimento
do povo quando também estava experimentando o mesmo mal que
haviam causado a outros, revelou ser o desejo de vingança pelo
mal sofrido. Não houve o reconhecimento do erro e o natural
lamento de terem feito outras pessoas passarem por aquele mesmo mal
que ele estavam passando naquele momento. Quais foram as expressões
do povo?? Assim está registrado: (Salmos
79:1-13) 79
Ó
Deus, as nações entraram na tua herança;
Aviltaram teu santo templo; Fizeram de Jerusalém um montão
de ruínas. 2 Os
cadáveres dos teus servos eles deram por alimento às
aves dos céus, A carne dos que te eram leais, às feras
da terra. 3 Derramaram
seu sangue como água Ao redor de Jerusalém, e não
há quem faça o enterro. 4 Tornamo-nos
um vitupério aos nossos vizinhos, Caçoada e troça
para os que estão ao nosso redor. 5 Até
quando ficarás irado, ó Jeová? Para sempre? Até
quando arderá o teu fervor como fogo? 6 Derrama
teu furor sobre as nações que não te conheceram
E sobre os reinos que não invocaram teu próprio nome.
7 Pois
consumiram a Jacó E causaram a desolação do
próprio lugar de permanência dele. 8 Não
te lembres contra nós dos erros dos antecessores. Apressa-te!
Confrontem-nos as tuas misericórdias, Pois empobrecemos
muitíssimo. 9 Ajuda-nos,
ó Deus de nossa salvação, Por causa da glória
do teu nome; E livra-nos e cobre os nossos pecados por causa do teu
nome. 10 Por
que deviam as nações dizer: “Onde está o
Deus deles?” Saiba-se
entre as nações, diante de nossos olhos, A VINGANÇA
do
sangue dos teus servos que se derramou.
11 Chegue
diante de ti mesmo o suspiro do prisioneiro. Segundo a grandeza do
teu braço, preserva os destinados à morte. 12 E
PAGA DE VOLTA aos
nossos vizinhos, SETE
VEZES ao
seu seio,
Seu vitupério com que te vituperaram, ó Jeová.
13 Quanto
a nós, teu povo e o rebanho do teu pasto, Agradeceremos a ti
por tempo indefinido; Declararemos o teu louvor de geração
em geração.
Atos
iníquos sempre causam sofrimento em alguém. Atos
iníquos sempre causam vítimas e as vítimas
SEMPRE sofrem.
As reações de
Davi e do povo ao estarem sendo punidos foram idênticas. Embora
não tenham se lembrado do mal que causaram a outros, apesar de
avisados, não gostaram de receber aquele tratamento que deram
a outros. Embora tenham feito vítimas, não gostaram de
ser as vítimas. Afinal, eles eram o povo escolhido por Jeová
e Jeová afirmou e já havia provado que os amava. “Prove
que nos ama e mate-os”, pedia o povo escolhido.
Bem, já que não
gostaram de receber tal tratamento iníquo, “façam
aos outros apenas aquilo que gostarias que os outros fizessem com
você”. Não é esta a moral da história??
Sim, é.
Para
tal, é necessário atribuir aos outros o mesmíssimo
valor que você atribui a si mesmo. Na verdade,
trata-se de reconhecer
o valor que as outras pessoas têm. Na verdade, trata-se de algo
ainda maior. Na verdade, trata-se de dar-se conta do Alto
valor que o Criador atribui a cada pessoa.
Sendo imparcial, o Criador
atribui e mantém o mesmíssimo Alto
valor a todos os seus filhos, independente
do grau de iniquidade que este tenha naquele momento.
No entanto, Jeová também
determina que o humano pratique a verdadeira “justiça”
entre homem e homem. Jeová definiu que justo é o homem
que pratica a “justiça”. Que espécie de
justiça é esta??
Pela descrição
prática acima dada pelo próprio Jeová, praticar
a justiça também é igual a praticar a equidade,
cujos sinônimos são: “Igualdade, Imparcialidade,
retidão”. Assim, ficou bem claro que Jeová deseja
que o humano trate todos os demais humanos com igualdade,
imparcialidade e com retidão. Direitos e deveres iguais para
todos os humanos. Todos os humanos são iguais, nenhum está
acima ou abaixo de outro.
Não se trata de fazer
parte de um grupo, de fazer parte de uma religião. Não
se trata de competição entre grupos. Na verdade,
trata-se de regras de comportamento para uma vida em grupo. Trata-se
de regras que também levam em conta a existência de um
Pai, um Pai superior não só em força, mas
principalmente, superior em sabedoria. Significa aceitá-lo
como o único Professor, como Aquele de quem sai o ensinamento.
Resumindo, praticar
a justiça é fazer ao
semelhante, outro humano qualquer, independente de que nação
ele pertença, aquilo que você gostaria que fosse feito a
você. Uma forma ativa de agir. Uma forma conscientemente ativa
de viver, dando ao semelhante, independente de quem seja, a mesma
importância e prioridade que você dá a você
mesmo. Não se trata de uma forma passiva de viver. Assim foi
definido por
Jeová (o Professor) e retransmitido por Jesus: (Mateus
7:12) 12 “Todas
as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós
também tendes de fazer do mesmo modo a eles; isto, de
fato, é o que a Lei e os Profetas querem dizer.
E
quando alguém recebe um tratamento iníquo, mesmo sem
ter praticado qualquer iniquidade, qual deve ser a sua reação??
Neste caso ele deverá pedir vingança?? A vingança
não é fruto do ressentimento?? Sim, é. Então...
Que exemplo prático tem
o humano para poder saber e visualizar o que é praticar a
justiça?? Foi previsto em relação a sua atuação,
atuação daquele que foi escolhido
para ser o exemplo prático: (Isaías
42:1-4) 42
Eis
meu servo a quem estou segurando! Meu escolhido, [a quem] a minha
alma tem aprovado! Pus nele o meu espírito. Justiça
para
as nações é o que ele produzirá.
2 Não
clamará nem levantará [a sua voz], e não deixará
ouvir a sua voz na rua. 3 Não
quebrará nenhuma cana esmagada; e quanto à fraca mecha
de linho, não a apagará. Produzirá
justiça
em
veracidade. 4 Não
se turvará nem será esmagado até estabelecer
justiça na própria terra; e por sua lei estarão
esperando as próprias ilhas.
(Mateus
12:14-21) 14 Mas
os fariseus saíram e realizaram uma consulta contra ele, para
que o pudessem destruir. 15 Jesus,
vindo a saber [disso], retirou-se dali. Muitos o seguiram, também,
e ele os curou a todos, 16 mas
advertiu-os estritamente que não o tornassem manifesto;
17 para
que se cumprisse o que fora dito por intermédio de Isaías,
o profeta, que disse: 18 “Eis
o meu servo a quem tenho escolhido, meu amado, a quem a minha alma
tem aprovado! Porei sobre ele o meu espírito e
ele esclarecerá às nações o que é
justiça.
19 Não
altercará, nem gritará, nem ouvirá alguém
a sua voz nas ruas largas. 20 Não
esmagará nenhuma cana machucada, tampouco extinguirá
qualquer mecha fumegante, até enviar a justiça com bom
êxito. 21 Deveras,
em seu nome esperarão as nações.”
Jesus é o exemplo
prático para todos os seres humanos. Ele é o modelo
humano. Justiça, a verdadeira justiça foi praticada por
Jesus, revelando e esclarecendo aos homens de todas as nações
o que é “justiça”. Foi o conjunto das ações
de Jesus, incluindo sua reação diante dos humanos que
lhe impunham uma morte dolorosa e humilhante, que revelou aos humanos
o que é “justiça”. Ações
sempre são frutos de sentimentos. Jesus não
esmagou nenhuma cana machucada. Jesus tratou todos os humanos com
igualdade, não se colocou acima de nenhum humano. Mesmo tendo
muitos poderes, em nenhum momento Jesus usou tais poderes contra
outros humanos, independente da situação em que Jesus
se encontrasse. Isto é praticar a “justiça”.
Jesus não discriminou as
crianças, não discriminou as mulheres, não
discriminou os pobres, não discriminou os leprosos e outros
doentes graves, não discriminou os ricos, não
discriminou os hipócritas, não discriminou os imundos
pecadores, não discriminou os “não judeus”,
antes, valorizou a todos estes, dando-lhes a mesma atenção,
quando a situação lhe permitia.
O
mal que Jesus recebeu não era fruto de uma “retribuição
sobre sua cabeça, por qualquer mal praticado por ele”.
Mesmo assim, ele não guardou nenhum ressentimento e não
desejou nenhuma vingança. Não pediu ao Pai qualquer
tipo de vingança pelo seu sofrimento. De forma oposta, ele
pediu: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão
fazendo”. Isto também é praticar a “justiça”.
(Lucas
23:33-34) 33 E
quando chegaram ao lugar chamado Caveira, pregaram-no numa estaca, e
assim também os malfeitores, um à sua direita e outro à
sua esquerda. 34 [[Mas
Jesus estava dizendo: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem
o que estão fazendo.”]]
Outrossim, para distribuírem as roupas dele, lançaram
sortes.
Embora
tivesse recebido autoridade para agir como Juiz, Jesus não
julgou, não condenou. Jesus não guardou ressentimento,
por isso não pediu vingança. Ele simplesmente perdoou.
Suas
ações revelaram ser fruto de um sentimento: o AMOR.
JUSTO
é aquele que não produz nenhuma vítima,
INDEPENDENTE dos sentimentos, das palavras ou das ações
daqueles com quem se relacione.
Outros detalhes deste assunto estão em análise nesta outra página deste site: justiça, visão divina
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