ATO DE GENEROSIDADE OU USURA??
Receber
mais do que emprestou é uma coisa abominável.
Emprestar
sob caução é ato de generosidade ou ato de
agiotagem.
Usura
é igual à agiotagem, agiota,
onzeneiro, onzenário, penhor.
Caução
é igual à garantia, hipoteca,
fiança, penhor. Usura também é sinônimo de
ganância. Assim é definido ganância por certo
dicionário.
GANÂNCIA
s.f. Ambição de
ganho; ganho, lucro. / Ganho ilícito. / Usura.
Ambição??
O que
é ambição??
Ambição
– esta é a definição dada pelo dicionário
Houaiss: forte desejo de conseguir poder ou
riquezas, honras ou glórias; cobiça...............;
anseio veemente de alcançar determinado objetivo....
ambição
Datação:
sXIII
n
substantivo
feminino
1
forte
desejo de poder ou riquezas, honras ou glórias; cobiça;
cupidez
Ex.:
sua
a. abriu-lhe as portas da alta sociedade
2
anseio
veemente de alcançar determinado objetivo, de obter sucesso;
aspiração, pretensão
Ex.:
sua
a. era tornar-se um grande pintor
Do
lado oposto à ambição, ganância ou usura,
está a generosidade. Do lado oposto ao ganancioso está
o generoso.
Generosidade
– o que é isso??
Generosidade
– esta é a definição dada pelo dicionário
Houaiss: virtude daquele que se dispõe a
sacrificar os próprios interesses em benefício de
outrem; ato generoso; bondade
generosidade
Datação:
1660
n
substantivo
feminino
1
qualidade
de 1generoso
2
virtude
daquele que se dispõe a sacrificar os próprios
interesses em benefício de outrem; magnanimidade
3
ato
generoso; bondade
Ex.:
teve
a g. de socorrer o acidentado
4
liberalidade,
largueza, prodigalidade
Exs.:
dar
com g.
vive
das g. do irmão
Generoso
– esta é a definição dada pelo dicionário
Houaiss: dotado de caráter e sentimentos
nobres; de alma magnânima, liberal; que dá com largueza
(especialmente dinheiro); em quantidade maior do que o usual ou o
necessário..
1generoso
Datação:
sXV
Ortoépia:
ô
n
adjetivo
1
de
boa linhagem; ilustre, nobre
2
dotado
de caráter e sentimentos nobres
3
de
alma magnânima, liberal
Ex.:
uma
família g., que aos infelizes acolhe
4
Derivação:
por extensão de sentido.
próprio
de quem é generoso
Ex.:
gesto
g.
5
que
dá com largueza (esp. dinheiro)
6
em
quantidade maior do que o usual ou o necessário
Exs.:
uma
dose g. de conhaque
o
filantropo fez g. doação à instituição
7
da
melhor qualidade (diz-se esp. de vinho)
8
fértil,
fecundo (diz-se de solo)
9
Rubrica:
enologia.
de
qualidade superior e em geral de elevado teor alcoólico
(diz-se de vinho)
O
generoso é aquele humano que pratica o verbo dar
e que ama praticar o verbo dar.
QUEM
INSTITUIU O EMPRESTAR?? QUEM O AUTORIZOU?? O QUE É EMPRESTAR??
Emprestar
– definição fornecida por um
certo dicionário:
EMPRESTAR
v.t.
Ceder
por algum tempo,
sem
ônus: emprestar
um livro. /
Ceder,
confiar a alguém certa quantia de dinheiro, mediante pagamento
de juro.
Para haver o
empréstimo, primeiro tem de existir a posse. Você
emprestará aquilo que é de sua posse, isto é,
aquilo que de alguma forma você se sente dono.
CEDER
POR ALGUM TEMPO – isto
significa que é obrigatória
a
existência da devolução. Você continua a
sentir-se dono daquilo que está nas mãos de outro
humano, embora, cedido por você. Pode ser devolvida a mesma
quantidade cedida, ou esta quantidade, acrescida de um ADICIONAL.
Quando não se tem a devolução ou é
devolvida uma quantidade inferior, a pessoa sente que teve
um
prejuízo;
quando
é devolvida uma quantidade superior, a pessoa sente que teve
um
lucro.
Emprestar
é uma relação
comercial onde
se espera haver lucro,
mas
que também pode trazer
prejuízo
para
quem cede. LUCRO
é
o que todo mundo quer. PREJUÍZO
é
o que ninguém quer.
CONSEGUIR A POSSE,
GANHAR E PERDER – Temos vivido um dia a dia baseados nesta
regra de comportamento. Os humanos direcionam sua vida objetivando
conseguir posses e mais posses.
Ceder com a condição
de... Ceder desde que...
Posso te dar isso,
desde que você faça aquilo..
Seria isso uma ação
altruísta?? É esta a forma de agir de uma pessoa
generosa??
ALIMENTO
DADO (cedido) AO FAMINTO À BASE DE TROCA DEVE
SER ROTULADO COMO ATO DE GENEROSIDADE??
QUAL
SERÁ O DESTINO DAQUELE QUE NÃO TEM COMO PAGAR O
EMPRÉSTIMO, DAQUELE QUE NÃO TEM NADA PARA TROCAR?? QUAL
DEVE SER O DESTINO DAQUELE QUE NÃO TEM COMO PAGAR PELO
ALIMENTO?? DEVE SER A ESCRAVIDÃO?? DEVE SER A MORTE??
Deve ser entregue nas mãos de
Deus??
O
ganancioso vive em função do seu estoque e seu objetivo
permanente é ter e aumentar seu estoque. O ganancioso deseja
aumentar sempre e sempre o seu estoque e não admite ter
redução nele, nem mesmo a mínima. Ele encara
como prejuízo, qualquer tipo de redução em seu
estoque e ter a mínima redução no estoque causa
muita dor no ganancioso.
Mesmo
quando ainda não tem um estoque, o ganancioso sonha e sonha,
deseja e deseja; mesmo quando já tem, o ganancioso deseja
mais. O ganancioso busca permanentemente o lucro.
Palavras
de Moisés ao se despedir do povo: Emprestarás com
caução a muitas nações.
(Deuteronômio
15:6) 6
Pois,
Jeová, teu Deus, deveras te
abençoará
assim
como te prometeu, e certamente EMPRESTARÁS
sob
caução
a
muitas nações,
ao
passo que tu mesmo não tomarás empréstimo;
E
TENS DE DOMINAR sobre
muitas nações, ao passo que elas não dominarão
sobre ti. (Deuteronômio
28:12-13) 12
Jeová
te abrirá seu bom depósito, os céus, para dar
chuva à tua terra na sua estação e para
abençoar todo ato da tua mão; e certamente
EMPRESTARÁS
a
muitas nações,
ao
passo que tu mesmo não tomarás empréstimo. 13
E
Jeová te porá deveras à cabeça e não
na cauda; e
terás de vir a estar somente em cima e não virás
a estar embaixo, por
estares obedecendo aos mandamentos de Jeová, teu Deus, que
hoje te ordeno observar e cumprir. (Deuteronômio
8:15-18) . . ., 16
que
te alimentou no ermo com maná que teus pais não
conheceram, para te humilhar e para te pôr à prova, a
fim de fazer-te o bem nos teus dias posteriores; 17
e
digas no teu coração: ‘Meu próprio poder e
a plena força da minha própria mão me produziram
esta riqueza.’ 18
E
tens de lembrar-te de Jeová, teu Deus,
PORQUE
É ELE QUEM TE DÁ O PODER PARA PRODUZIR RIQUEZA,
a
fim de cumprir seu pacto que jurou aos teus antepassados, como no dia
de hoje.
SER
POBRE É ESTAR EMBAIXO; SER RICO É ESTAR EM CIMA.
Aquele que obedece aos mandamentos alcança
a condição de “justo”. Se Jeová
não dá riqueza àquele que não obedecer,
então, quanto mais obediente, mais rico.
Para
o obediente a bênção da parte de Deus traria
abundância. Havendo abundância, o humano decidiria
armazenar. Com o armazenamento viria a riqueza. Para o desobediente
haveria a ausência da bênção, o que traria
o empobrecimento.
O
que fazer com a riqueza acumulada?? Emprestar para aqueles que dela
precisam. Se emprestar com juros haverá lucro. Havendo lucro,
haverá um aumento da riqueza acumulada.
O
abençoado
por Jeová terá fartura
e usará a sua fartura para ACUMULAR
riquezas e finalmente DOMINAR
sobre muitas nações. Vós
sereis um reino de pessoas abençoadas por Jeová,
decerto, sereis pessoas ricas. Decerto, cumprir o mandamento de Jeová
trará a bênção e afastará a
pobreza: (Deuteronômio
15:4-5) 4 No
entanto, NINGUÉM
DEVE FICAR
POBRE NO
TEU MEIO, porque
Jeová, sem falta, te abençoará na terra que
Jeová, teu Deus, te dá por herança,
para
tomares posse dela, 5
contanto
que
impreterivelmente
escutes a voz de Jeová, teu Deus, de modo a cuidar em cumprir
todo este mandamento que
hoje te ordeno....
Segundo
Moisés, conseguirá riquezas aquele que escutar a voz de
Jeová e cumprir todo o mandamento ordenado por ele, Moisés,
naquele dia.
Decerto,
os obedientes serão abençoados e os abençoados
enriquecerão. OS
OBEDIENTES SERÃO RICOS. Assim,
o
destino a ser dado à bênção recebida já
estava resolvida na mente e no coração do povo amado,
ou seja,
ACUMULAR
riquezas. Jeová
é o Deus que te dá poder para ACUMULAR
riquezas.
Para
poder emprestar, você precisa ter em abundância e possuir
um estoque. Terás abundância em consequência da
benção de Jeová e certamente por teres muito
mais que as demais nações, DOMINARÁS
sobre muitas nações, pois elas, por não serem
abençoadas, terão pouco e virão a ti. Afinal, as
nações, por não terem a bênção
de Jeová, certamente terão menos riquezas que nós,
os abençoados. Qual
era o desejo final de ter a bênção de Jeová???
Poder acumular safras e bens?? Poder emprestar (relação
comercial) sob caução a muitas nações,
lucrar e lucrar??
Finalmente DOMINAR
sobre muitas nações?? Será
que Jeová compartilhava deste desejo do seu escolhido e amado
povo?? Era
este o objetivo de Jeová para eles?? Se foi dado muito a você,
isto significa que você tem de tirar vantagem, terá
de lucrar com esta situação, EXALTANDO-SE
sobre outros humanos, e consequentemente, rebaixando
outros seres humanos??
Esta
sequência revelava a vontade de Jeová ou revelava a
vontade dos humanos pactuados??
Em
resumo, o desejo era ter muito para poder negociar de forma
vantajosa, objetivando aumentar mais e mais o estoque, chegando
finalmente a condição de dominante,
fazendo os demais trabalharem para eles, ou seja, ganhar com o
trabalho de outro, obter lucro com o trabalho de outro. Um ser humano
trabalha para dar a você de forma compulsória,
uma parte do produto obtido com o trabalho dele. Este ser humano
passa a ser um escravo. Ele é alguém que gera lucro.
Mantê-lo na condição de escravo significa aumento
contínuo do estoque e da riqueza do amo. O amo é o
abençoado por Jeová. O abençoado por Jeová
finalmente dominará a todos, estará por cima de todos,
desde que cumpra os mandamentos que
HOJE
te
ordeno.
Uma
pergunta fica no ar: O Criador os tira da escravidão no Egito
e lhes leva para uma terra de grande fartura. O Criador estava dando
o alimento de forma farta para todos.
Que
ordem havia dado Jeová a estes enquanto ainda estavam no
deserto?? Jeová disse-lhes: Pegue apenas o suficiente para a
tua necessidade do dia, proporcionalmente ao que come, ou seja,
apenas a medida de um gômor por pessoa.
Como
poderia haver pessoas tendo muito, tendo muitas coisas acumuladas,
enquanto também havia pessoas não tendo absolutamente
nada?? Decerto, a culpa não estava naquele que providenciava
fartamente o alimento para todos, não é verdade??
Então, de quem seria a culpa desta curiosa situação??
O
rico era fruto de que?? Como apareceu o rico?? Seria ele fruto da
bênção de Jeová??
O
pobre era fruto de que?? Como apareceu o pobre?? Seria ele fruto da
maldição de Jeová?
Palavras
de Moisés ao se despedir do povo: Empreste sob
caução aquilo de que o seu irmão
pobre necessita, de que carece.
(Deuteronômio
15:7-8) 7 “Caso
um dos teus irmãos fique pobre no teu meio, numa das tuas
cidades, na tua terra que Jeová, teu Deus, te dá, não
deves endurecer teu coração, nem fechar a mão
para com o teu irmão pobre. 8 Pois
deves abrir
GENEROSAMENTE tua mão
para com ele e deves
terminantemente EMPRESTAR-LHE
sob caução
tanto quanto ele necessita, de
que carece.
Assim
verte a Tradução Brasileira:
(Deuteronômio
15:7-9) 7 Se no meio de ti houver um pobre, qualquer de teus
irmãos, numa das tuas cidades na tua terra que Jeová
teu Deus te está dando, não endurecerás o teu
coração nem fecharás a mão ao teu irmão
pobre; 8 mas certamente lhe abrirás a tua mão, e
sem dúvida lhe
emprestarás quanto
baste para a sua necessidade naquilo que lhe falta.
A
TNM adiciona o termo “sob caução” ao ato de
emprestar.
A
Tradução Brasileira, assim como muitas outras, omite o
“sob caução”. A caução é
exigida como uma garantia da devolução do empréstimo.
As
duas traduções concordam que deveria haver o
“empréstimo”.
Emprestar
sob fiança, com penhor, foi classificado como um "ato
de generosidade" para com o pobre, para o
carente. Será que para Jeová, o ato de “emprestar
sob caução” aquilo que o pobre, o carente
necessitava era um “ato de generosidade”?? Que
classificação daria Jeová para esta ação??
EMPRESTAR
sob caução AO
CARENTE, é
realmente um ato de generosidade??
O
ato de EMPRESTAR, mesmo que sem caução, constitui uma
ato de generosidade??
Caução
é igual a penhor, hipoteca, garantia,
fiança. Todas estas palavras têm a ver com usura,
com a prática da agiotagem. Tirar
vantagem da situação do
necessitado, daquele que carece, obter lucro em face da situação
dele. Não abrir mão do seu estoque de bens; garantir o
estoque de bens. O
alimento será dado à
base de troca. Dar sem
receber de volta é sair perdendo. Emprestar
e não receber de volta é sair perdendo, é ter um
prejuízo. Tente evitar este prejuízo.
Exigir
uma garantia antes de emprestar. O objeto da garantia geralmente vale
mais do que o valor do empréstimo. O agiota se apodera do
penhor antes ou depois de emprestar, quando não se consegue
pagar o empréstimo, e aí o penhor passa a ser
propriedade do agiota de forma definitiva. Isto protege o capital do
agiota, a riqueza do agiota, o estoque do agiota, possibilitando e
facilitando o seu crescimento, o seu acúmulo, empurrando o
pobre para a condição de escravo.
Sua
ganância não lhe permite reduzir seu estoque. Para
emprestar, o que envolve reduzir temporariamente o estoque, o
ganancioso quer ter uma garantia de que aquilo que foi retirado do
seu estoque será reposto. Para isso ele exige um penhor,
geralmente de valor acima ao do que vai sair do seu estoque,
dificilmente inferior, para que o devedor tenha motivo
suficientemente grande para buscar o seu objeto penhorado. O
ganancioso ama tanto o seu estoque, que abrir mão
temporariamente de parte dele, através de penhor, PARA ELE
constitui um ato de generosidade de sua parte. Se quantificar o
penhor no valor exato ao do empréstimo ele não estará
impondo juros sobre o empréstimo e aí, PARA ELE, sua
generosidade passa a ser ainda maior.
ELE
TAMBÉM PODE EXIGIR COMO PENHOR QUALQUER OBJETO DE VALOR QUE
RESTA AO POBRE, COMO POR EXEMPLO, SUA COBERTA PARA DORMIR.
Valorizando
o seu ato, aquele que muito tem certamente dirá ao pobre: “Vê,
estou fazendo o sacrifício de deixar de ganhar muito para
poder te emprestar este tesouro”!! Se não fizer tal
afirmação para o pobre, é exatamente assim que
ele se sente no seu íntimo.
A
PALAVRA SAÍDA DA BOCA DE JEOVÁ SOBRE O ASSUNTO.
Assim tinha falado Jeová para Moisés mais de 40
(quarenta) anos antes do discurso de despedida de Moisés para
o povo.
(Êxodo
22:25) 25
“SE
emprestares
dinheiro
ao meu povo, ao atribulado ao teu lado,
NÃO
DEVES TORNAR-TE COMO AGIOTA
para
ele. Não lhe deves impor juros.
Impor
juros, significa tornar-se um agiota. “Receber mais do que
emprestou” é se tornar um agiota.
(Levítico
25:35-38) 35 “‘E
caso teu irmão fique pobre e assim esteja financeiramente
fraco ao teu lado, então
TENS
DE AMPARÁ-LO.
Como
residente forasteiro e colono tem de ficar vivo contigo. 36
Não
cobres dele juros e
USURA,
mas
tens de ter temor de teu Deus; E
TEU IRMÃO TEM DE FICAR VIVO CONTIGO.
37
Não
deves dar-lhe teu dinheiro [cobrando] juros e
não
deves dar teu alimento POR USURA.
38
Eu
sou Jeová, vosso Deus, que vos fiz sair da terra do Egito para
dar-vos a terra de Canaã, para MOSTRAR-ME
vosso
Deus.
A
Tradução Brasileira assim verte:
(Levítico
25:35-38) 35 Se teu irmão
se tornar pobre e as suas mãos se enfraquecerem junto a ti,
SUSTENTÁ-LO-ÁS.
Ele viverá contigo como
estrangeiro e peregrino. 36 Não
receberás dele usura nem ganho;
mas temerás o teu Deus, para que teu irmão viva
contigo. 37 Não lhe darás o teu dinheiro a usura, nem
lhe darás os teus víveres por amor de lucro. 38 Eu sou
Jeová vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos
dar a terra de Canaã, para ser o vosso Deus.
Seja
generoso. Seja generoso e seja generoso.
Filhinhos,
é assim que se comporta uma pessoa generosa.
Não
seja ganancioso, não te tornes agiota para o atribulado, você
tem de amparar
o pobre.
Afinal,
que palavras deviam valer? As palavras saídas da boca de Jeová
não incentivavam e nem autorizavam a agiotagem. Muito pelo
contrário. As palavras saídas da boca de Jeová
não protegiam o capital, não protegiam o
enriquecimento, antes, protegiam a vida, protegiam o pobre. E
teu irmão tem de ficar vivo.
Certamente, as palavras de Jeová são mais sábias,
mas, será que entendemos a sabedoria de tais palavras??
Mesmo
em uma terra de grande fartura, haverá pobres. QUAL
O MOTIVO DISTO ACONTECER?? Como será que vocês
tratarão os seus irmãos pobres?? Como tratarão o
residente forasteiro??
O
empréstimo é uma relação comercial e
Jeová NÃO
ORDENOU a
existência do empréstimo.
Jeová NÃO
INSTITUIU o
empréstimo. Para Jeová, o empréstimo não
era alternativa correta. Não
era isto o que Jeová faria pelo atribulado.
Ele usaria de BONDADE para
com o atribulado.
Ele perdoaria a dívida do atribulado. JEOVÁ
DOARIA
aquilo que o atribulado necessitasse. Jeová disse: Eu sou
clemente.
Assim
é definido clemência por certo dicionário:
CLEMÊNCIA
s.f. Virtude que consiste
em PERDOAR
ou atenuar
os castigos;
bondade,
indulgência:
agir com
clemência. / Fig.
Doçura:
a
clemência da temperatura.
No
entanto, se você decidir emprestar ao atribulado, pelo
menos não cobres juros. Lembre-se de que ele já é
atribulado.
No
entanto, SE MESMO ASSIM a pessoa resolvesse agir com ganância,
o que fazer??
Jeová
disse mais: Se você INSISTIR
em agir com ganância não passe
deste limite. Veja em que condição chegará o
necessitado. Se você passar deste limite, ele clamará a
mim. Não se esqueçam; Eu sou CLEMENTE. As palavras
saídas da boca de Jeová foram: (Êxodo
22:25-27) 25 “SE
emprestares dinheiro ao meu
povo, ao atribulado ao teu lado, NÃO
DEVES tornar-te
como agiota para ele. Não lhe deves impor juros. 26 “SE
É QUE
tomares
em penhor o
manto do teu próximo, deves restituir-lho ao pôr do sol.
27 Pois é a sua única cobertura. É a sua capa
para a sua pele. Em que se deitará? E terá de acontecer
que ELE
CLAMARÁ a
mim e EU
CERTAMENTE OUVIREI,
PORQUE
SOU CLEMENTE.Jeová
revelou de que lado Ele ficaria.
Ele
ficaria do lado do pobre, embora o rico ficasse furioso por não
receber de volta o que emprestou. Em
uma terra de fartura, você
chegaria ao ponto de exigir como penhor, o manto de teu próximo,
sim, aquele que ele usa para dormir? Você chegaria a este
ponto?? Se chegares, pelo
menos lhe
devolva o manto ao pôr do sol.
Outro
uso da expressão "se é que":
(Êxodo
22:22-24) 22 “NÃO
DEVEIS atribular
nenhuma viúva nem o menino órfão de pai. 23 SE
É QUE o
atribulares, então, se é que ele clamar a mim, sem
falta ouvirei o seu clamor;
24 e deveras se acenderá
a minha ira e certamente vos matarei à espada, e vossas
esposas terão de tornar-se viúvas e vossos filhos,
órfãos de pai.
Em ambos os casos, a expressão "se é que" está precedida de uma ordem de "não fazer" algo. A expressão seguinte é: se chegardes ao ponto de fazer....
Em ambos os casos, a expressão "se é que" está precedida de uma ordem de "não fazer" algo. A expressão seguinte é: se chegardes ao ponto de fazer....
Jeová
não instituiu o emprestar sob
caução, o emprestar condicionado a existência de
um penhor. Jeová
sabia onde este procedimento levaria os humanos.
Jeová não ensinou o humano a ser
um ganancioso. As anteriores palavras de Jeová foram: "Não
seja ganancioso, não se comporte assim". Jeová
chamava a atenção do ganancioso para que este notasse a
condição do seu irmão carente. Até onde
irá a tua insensibilidade?? Será que o ganancioso
deixaria as coisas chegarem a este ponto extremo?? Será que o
ganancioso iria além deste ponto extremo chamado a atenção
por Jeová??
Jeová
não instituiu o penhorar o manto. Para chegar ao ponto de
penhorar seu manto, sua cobertura para a noite, o carente revelava
o seu grau de carência e o ganancioso
revelava o seu grau
de insensibilidade. Certamente tal empréstimo fosse unicamente
para o alimento daquele dia, uma busca desesperada pelo pão
para aquele dia. Será
que a INSENSIBILIDADE do ganancioso poderia ir além disso??
O
ganancioso não estava preocupado se o pobre tinha ou não
alimento, antes, estava preocupado em ter de volta o ínfimo
pedacinho do seu estoque (sobra) que ele emprestou (cedeu
temporariamente) ao pobre.
Jeová
disse: Fique com o que você chama de prejuízo, mas
devolva-lhe o manto.
Sendo
obrigado por lei a devolver o manto ao carente, o ganancioso
confirmava o seu prejuízo, pois o carente ficou com parte do
seu estoque a ainda continuou com o penhor (o manto). Quanta DOR isto
causa no ganancioso!! Assim, aquele ganancioso não permitiria
que esta cena se repetisse e certamente não emprestaria mais a
este pobre carente. Certamente, tal ganancioso diria: Este pobre
carente não teve palavra, não cumpriu o compromisso,
não é mais confiável; não lhe emprestarei
mais nada. Eu não lhe emprestarei mais nada, pois ele é
um mal pagador, ele é um iníquo. O iníquo toma
emprestado e não paga de volta. Que ele penhore a si próprio
ou alguém de sua família, se tornando meu escravo, mas
que me pague a dívida (me devolva o que eu lhe emprestei) e
deixe de ser iníquo.
E
quando tal homem morria sem pagar a dívida?? O que fazer neste
caso?? Bem, neste caso, o credor exigia que a viúva pagasse.
Mas, se a viúva não tivesse como pagar tal dívida??
Bem, exigia-se que os órfãos fossem usados como
escravos. Era isto mesmo que acontecia?? Sim, era.
Vamos
ver uma situação real?? Assim está registrado:
(2 Reis
4:1) 4 Ora,
havia certa mulher das esposas dos filhos dos profetas que clamou a
Eliseu, dizendo: “Teu servo, meu esposo, morreu; e tu mesmo bem
sabes que o teu próprio servo temia continuamente a Jeová,
e
veio o próprio credor para tomar ambos os meus filhos a FIM DE
SEREM ESCRAVOS seus.”
No
entanto, Jeová já havia afirmado: E
teu irmão tem de ficar vivo contigo. Neste caso,
o pobre seria visto como uma eterna fonte de prejuízo para o
rico.
Usando
a teoria de que ter em abundância representava ter a bênção
de Jeová, de forma oposta, aquele que chegasse à
pobreza é porque não tinha a bênção
de Jeová. Que ele vá atrás de sua bênção,
exclamaria. E logo depois, o ganancioso chegaria a conclusão
de que o pobre estava recebendo uma maldição da parte
de Jeová. Certamente raciocinaria: Jeová não
abençoa os iníquos. Certamente raciocinaria: Se ele é
um homem pobre é porque ele não é um homem
justo. Este Salmo retrata bem e de forma coerente, o sentimento do
povo de Jeová em relação ao pobre: (Salmos
37:21-26) 21 O
iníquo
toma
emprestado e não paga de volta,
Mas
o
justo está
mostrando favor e está dando presentes. 22 Porque os
abençoados por ele são os que possuirão a terra,
Mas aqueles sobre quem ele invoca o mal serão decepados. ?
[Meme]
23 Por Jeová foram aprontados os próprios passos do
varão vigoroso, E Ele se agrada do seu caminho. 24 Embora
caia, não será arremessado PARA
BAIXO, Porque
Jeová lhe sustenta a mão. ?
[Nune]
25 Eu era moço, também fiquei velho, E, no entanto, não
vi nenhum justo completamente abandonado, Nem a sua descendência
procurando pão. 26 O dia inteiro ele mostra favor E
EMPRESTA, E
por isso a sua descendência está para receber uma
bênção.
O “justo”, por ser abençoado, sempre terá em abundância e sempre poderá “emprestar”. Realmente, "emprestar" era tido como ato de generosidade a ser recompensado.
O "justo" EMPRESTA e certamente receberá uma bênção por EMPRESTAR.
Se ele não paga o que deve, certamente ele não é um homem justo. O justo não era empurrado para baixo, ou seja, para a pobreza. O justo sempre está por cima, ou seja, na abundância, na riqueza. O justo não será arremessado para a pobreza, abaixo. O justo é aquele que empresta e iníquo é aquele causa prejuízo ao justo por não devolver o que tomou emprestado. Quem não paga o que deve é iníquo.
O “justo”, por ser abençoado, sempre terá em abundância e sempre poderá “emprestar”. Realmente, "emprestar" era tido como ato de generosidade a ser recompensado.
O "justo" EMPRESTA e certamente receberá uma bênção por EMPRESTAR.
Se ele não paga o que deve, certamente ele não é um homem justo. O justo não era empurrado para baixo, ou seja, para a pobreza. O justo sempre está por cima, ou seja, na abundância, na riqueza. O justo não será arremessado para a pobreza, abaixo. O justo é aquele que empresta e iníquo é aquele causa prejuízo ao justo por não devolver o que tomou emprestado. Quem não paga o que deve é iníquo.
No
entanto, o que Jeová pensava sobre esta afirmação
e sobre este assunto?? Foi Jeová quem fez estas afirmações??
A
ordem que Jeová tinha dado tempos antes do discurso de
despedida de Moisés foi: TENS DE AMPARÁ-LO.
Nesta terra de fartura, Se teu irmão ficar pobre, tens
de ampará-lo.
O
irmão QUE FICOU pobre precisava ser "AMPARADO". São
sinônimos de amparar: acudir,
ajudar, auxiliar, defender, proteger, salvar ou socorrer. Assim devia
ser tratado o irmão que ficou pobre. O mesmo tratamento que
deveria ser dado ao residente forasteiro ou qualquer estrangeiro.
Assim certo dicionário define amparar e amparo:
AMPARAR
v.t. Dar amparo a;
auxiliar, proteger, suster, sustentar.
AMPARO
s.m. Ação de
amparar; esteio, proteção, arrimo, auxílio. /
Refúgio, abrigo. / Pessoa que protege, sustenta: ele
era o amparo da família.
A Tradução
Brasileira usa o termo sustentá-lo-ás. Pratique
a ação de sustentar.
SUSTENTAR
– Esta é a definição dada pelo dicionário
Houaiss: “Dar” alimentação;
alimentar; nutrir
sustentar
v.
(sXIV)
1
t.d.
e pron.
evitar
a queda, manter o equilíbrio de; suster(-se), apoiar(-se)
<várias
colunas sustentam o teto>
<sustentou-se
no corrimão para não cair>
2
t.d.
e pron.
manter
a resistência a; resistir, aguentar(-se) <a
população sustentou o cerco durante cinco meses>
<a
tropa não pôde s.-se frente a tão poderoso
inimigo>
3
t.d.
e pron.
dar
ou receber alimentação; alimentar(-se), nutrir(-se) <s.
um filho>
<s.-se
de raízes>
4
t.d.
e pron.
dar
ou obter os recursos necessários à sobrevivência
ou à manutenção; manter(-se), conservar(-se) <s.
uma instituição de caridade>
<sustenta-se
com recursos próprios>
5
t.d.
garantir
e fornecer os meios necessários para a realização
e continuação de (uma atividade) <s.
uma guerra>
<s.
um programa espacial>
6
t.d.
fig.
servir
de alimento moral a; instruir, edificar <a
boa leitura sustenta o espírito>
7
t.d.
impedir
a ruína de; auxiliar, proteger, socorrer <um
crédito amplo sustentou a instituição
financeira>
8
t.d.
permanecer
em (algum lugar), resistindo, lutando <s.
um posto, uma posição>
9
t.d.
defender
com argumentos, arrazoados, provas <s.
uma teoria>
<s.
uma tese>
10
t.d.
dar
continuidade a, não se dar por vencido em (discussão,
debate etc.) <ele
adorava s. longas polêmicas com os acadêmicos>
11
t.d.
afirmar
categoricamente <sustentou
até o fim que era inocente>
12
t.d.
repetir
(o que foi dito anteriormente); insistir, confirmar, reafirmar <a
testemunha sustentou sua declaração anterior>
13
t.d.
e pron.
dar(-se)
forças, manter(-se) firme, sem fraquejar; fortalecer(-se),
encorajar(-se) <o
que a sustentou foi a sua fé>
<s.-se
na fé>
14
t.d.
mús
manter
por um tempo maior do que o normal (nota, pausa, voz etc.) ¤
etim
lat.
sustento,as,ávi,átum,áre
'id.'
¤
sin/var
ver
sinonímia de garantir,
nutrir
e
proteger
¤
hom
sustentáveis(2ªp.pl.)
/ sustentáveis(pl.sustentável[adj.2g.]);
sustento(1ªp.s.) / sustento(s.m.)
Neste caso, o
humano israelita devia prover o sustento para o pobre. O
humano devia prover o sustento para o estrangeiro.
Não é
para vender o alimento; não é para trocar o alimento
por alguma coisa que o outro humano ainda tenha. Não é
para negociar; não é para comercializar.
SUSTENTO
– esta é a definição dada pelo dicionário
Houaiss: alimentar para continuar vivo; garantir que continue vivo
sustento
s.m.
(1664)
ato
ou efeito de sustentar(-se) 1
ato
ou efeito de manter(-se) e alimentar(-se) para continuar vivo,
gozando de boa saúde; alimentação, nutrição,
manutenção <tudo
o que ganhava ia para o s. da família>
<ele
já pode ganhar para seu próprio s.>
2
aquilo
que é utilizado para garantir a vida; alimento, mantimento
<tiram
o s. da terra>
3
fig.
alimento
espiritual; sustentáculo <a
boa leitura é o s. do espírito>
4
aquele
que sustenta (algo ou alguém); mantenedor, sustentáculo,
arrimo <ele
é o único s. dessa família>
5
ato
ou efeito de garantir a continuação de; manutenção,
mantenimento, amparo <dotações
governamentais constituem o s. de certas instituições
assistenciais>
¤
etim
regr.
de sustentar
¤
sin/var
ver
sinonímia de alimento
¤
hom
sustento(fl.sustentar)
Neste caso, o
israelita passava a ser responsável
em garantir a continuidade da vida daquele pobre.
Neste caso, o
israelita passava a ser responsável
em garantir a continuidade da vida do estrangeiro que estivesse em
seu território físico.
Neste caso, do
ponto de vista de Jeová, o pobre e o
estrangeiro estavam sob os cuidados dos israelitas que tivessem algo.
Aqueles que não tinham estavam sob os cuidados daqueles que
tinham.
Estavam
“SOB OS CUIDADOS” daqueles que tinham o alimento.
UM
outro sinônimo de amparar é suster.
SUSTER
– esta é a definição dada pelo dicionário
Houaiss: segurar para evitar que caia;
alimentar, nutrir.
suster
v.
(sXIII)
1
t.d.
e pron.
segurar[-se]
(algo ou alguém) para evitar que caia; firmar(-se),
sustentar(-se) <um
pilar sustém o teto>
<s.-se
a uma cerca>
2
t.d.
impedir
de (soltar-se, andar, avançar, mover-se etc.); deter <o
guarda susteve o ladrão pelo braço>
<s.
o ataque das tropas>
<o
freio sustém o carro na descida>
3
t.d.
e pron.
parar,
estacar, interromper (movimento próprio ou alheio) <susteve
o galope do cavalo>
<s.-se
na corrida>
4
t.d.
e pron.
conter
a ação de (algo, alguém ou si próprio);
reprimir(-se), refrear(-se) <s.
o riso>
<sem
poder s.-se, avançou sobre o provocador>
5
t.d.
cortar,
suspender, restringir, moderar <s.
os gastos>
6
t.d.
fazer
permanecer; conservar, manter <a
coragem o susteve firme em seu posto>
7
t.d.
e pron.
sustentar(-se),
alimentar(-se), nutrir(-se) <s.
um filho>
<s.-se
de raízes>
8
pron.
manter-se
firme, em pé ou em equilíbrio; equilibrar-se,
sustentar-se <ferida,
sem poder s.-se no ar, a ave caiu>
<mal
podia s.-se de tão cansado>
¤
gram
a
respeito da conj. deste verbo, ver gram
no
verbete ter
¤
etim
lat.
sustinèo,es,tinùi,tentum,nére
'id.'
¤
sin/var
ver
sinonímia de reprimir
Fica
cada vez mais claro o que Jeová tinha em mente quanto aos
cuidados que deveriam ser dispensados pelos israelitas aos
estrangeiros existentes dentro do reino de Israel.
Será
que “emprestar” é uma forma de amparar, sustentar,
nutrir e alimentar o faminto?? Será que “emprestar”
é uma forma de garantir a continuidade da vida do pobre e do
estrangeiro?? Será que emprestar é se responsabilizar
pela continuidade da vida do pobre e do estrangeiro?? Para o
ganancioso, sim.
Quão
distante está o "AMPARAR" ordenado por Jeová
do generosamente "emprestar sob caução" ou
simplesmente emprestar tudo o que ele precisa. Sendo “amparado”,
o irmão que ficou pobre se sentiria seguro e amado, não
se preocupando se iria ou não comer no dia seguinte, pois
estaria sendo AMPARADO, sustentado, acudido, auxiliado,
defendido, protegido, salvo e socorrido por seus irmãos. O
AMPARAR não leva o pobre ao estado de escravo.
Certamente, a forma que Jeová ordena cuidar do irmão
que ficou pobre, esta sim, esta é uma forma de demonstrar
generosidade.
É a forma altruísta de fazer as coisas. A forma
altruísta é aquela desinteressada de lucro. O altruísta
ABOMINA a palavra
lucro. O altruísta continua a fazer sem se importar com os
verbos “ganhar” ou “perder”.
O
altruísta não está interessado na vantagem.
LUCRO
– Esta é a definição dada pelo dicionário
Houaiss: qualquer vantagem
que se possa tirar de alguma coisa.
lucro
s.m.
(1696)
1
qualquer
vantagem, benefício (material, intelectual ou moral) que se
pode tirar de alguma coisa 2
econ
ganho
auferido durante uma operação comercial ou no exercício
de uma atividade econômica ²
l.
bruto
econ
aquele
que é dado pela diferença efetiva entre o preço
de aquisição, ou de custo, e o preço de venda
alcançado • l.
líquido
econ
aquele
que é dado pela diferença entre o preço de
aquisição ou de custo, aumentado das despesas
necessárias para operar a venda ¤
etim
lat.
lucrum,i
'ganho,
vantagem, proveito' ¤
sin/var
ágio,
benefício, emolumento, gança, ganço, ganho,
interesse, maneio, proveito, usura, vantagem ¤
ant
prejuízo
¤
hom
lucro(fl.lucrar)
São
sinônimos de lucro: ganho, vantagem, proveito, interesse,
proveito, usura, ágio, ganço....
Do
ponto de vista do Pai, o lucro pessoal não deveria acompanhar
o relacionamento humano. A busca do lucro pessoal está
diretamente relacionada com o egoísmo.
Do
ponto de vista do Pai, o que deve ser permanentemente valorizado é
a continuidade da vida. O Pai responsabiliza aquele que tem pela
continuidade da vida daquele que não tem.
Neste
caso, nota-se claramente que os mandamentos do Pai sempre visam a
PROTEÇÃO da vida, pois SEMPRE objetivam a CONTINUIDADE
da vida.
Mas,
e se ele for um iníquo, devo ampará-lo mesmo assim??
O
que ocorre se o pobre for um iníquo?? O que ocorre se o
estrangeiro for um iníquo??
As
palavras saídas da boca de Jeová centenas de anos
depois da morte de Moisés e no momento de punição
do povo que Ele amava, exatamente por se afastarem das ordens dadas
por Jeová, foram estas:
(Ezequiel
18:5-18) 5 “‘E
no que se refere ao homem, se ele veio a ser justo e tem praticado o
juízo e a justiça; 6
se
não comeu nos montes e não elevou seus olhos para os
ídolos sórdidos da casa de Israel, e não aviltou
a esposa de seu companheiro, e não se chegou a uma mulher na
sua impureza; 7 e
se não maltratou a nenhum homem; se
RESTITUIU O PENHOR
tomado
pela dívida; se
não arrebatou nada em roubo; se deu o seu próprio pão
ao faminto e cobriu com roupa ao que estava nu; 8
se
não deu NADA em troca de juros e NÃO
TOMOU USURA ; se
retirou sua mão da injustiça; se praticou a verdadeira
justiça entre homem e homem; 9
se
tem andado nos meus estatutos e tem guardado as minhas decisões
judiciais para praticar a verdade, ele é justo. Ele
positivamente continuará a viver’, é a
pronunciação do Soberano Senhor Jeová. 10
“‘E
[se] alguém se tornou pai de um filho que é salteador,
derramador de sangue, que fez coisas semelhantes a uma destas; 11
(mas
ele mesmo não fez nenhuma destas coisas;) se também
comeu sobre os montes e aviltou a esposa de seu companheiro; 12
se
maltratou
o
atribulado e pobre; se
arrebatou coisas em roubo, NÃO
RESTITUINDO A COISA TOMADA EM PENHOR;
e se
elevou seus olhos para os ídolos sórdidos, fez uma
coisa detestável. 13
Deu
em troca de USURA
e
cobrou juros, e ele positivamente não continuará a
viver. Fez todas estas coisas detestáveis. Positivamente será
morto. Sobre ele é que virá a haver seu próprio
sangue. 14 “‘E
eis que alguém se tornou pai de um filho que continua vendo
todos os pecados de seu pai, que este tem praticado, e ele [os] vê
e não faz coisas semelhantes a eles. 15
Não
comeu sobre os montes e não elevou seus olhos para os ídolos
sórdidos da casa de Israel; não aviltou a esposa de seu
companheiro; 16 e
não maltratou homem algum,
NEM
SE APODEROU DE ALGUMA COISA
PENHORADA, e
não tomou nada em roubo; DEU
o seu
próprio pão ao faminto e cobriu com roupa ao que estava
nu; 17 retirou
sua mão do atribulado;
não
tomou nem
USURA
nem
juros;
cumpriu
as minhas decisões judiciais; andou nos meus estatutos; ele
mesmo não morrerá por causa do erro de seu pai.
Positivamente continuará a viver. 18
Quanto
a seu pai, por ter praticado flagrante defraudação,
arrebatando em roubo algo de um irmão e fazendo o que não
é bom no meio dos seus povos, eis que então terá
de morrer pelo seu erro.
No
lugar de tirar vantagem da situação do homem
necessitado, do homem que carece, a ordem de Jeová foi de:
tens de ampará-lo. A ordem de Jeová foi
totalmente inversa. A ordem que saiu da boca de Jeová foi:
“Tens de ampará-lo”. Será que o ato
de emprestar mesmo sem juros ao que carece, transmite a
ideia de amparar?? Será que emprestar sob caução
é amparar o pobre, é amparar aquele que carece??
“Dar”
com o objetivo de “lucro”?? "Dar
em TROCA de usura", ou seja, tirar vantagem da situação
daquele que necessita, daquele que carece, é ato
classificado por Jeová como uma coisa
detestável, como sendo iniquidade. Ele
empresta sob caução, exigindo o penhor, só para
não reduzir o seu estoque. Quanta insensibilidade!!! A
penalidade por “dar em troca de usura” é a morte.
A prática da agiotagem é vista por Jeová como
uma coisa detestável. Definitivamente, emprestar sob caução
não foi e não é visto por Jeová como um
ato de generosidade. De forma contrária, é visto como
uma coisa detestável.
Este
“dar” tinha uma motivação. Qual era a
motivação do “dar”?? Conseguir o lucro.
Conseguir o ganho.
Jeová
falou em DAR, não falou em emprestar, falou?? Aquele que dá
do seu próprio
pão ao faminto está andando nos estatutos de Jeová.
E quanto àquele que empresta da sua sobra, do seu estoque e
ainda exige a devolução, nos estatutos de quem ele está
andando??
"Dar
em TROCA de usura" se
configura na hora em que se empresta, não
na hora em que se cobra a dívida, na hora em que se exige o
penhor, na hora em que se apossa do penhor.
É
na hora em que você entrega o que foi solicitado pela outra
pessoa que você define no seu coração sobre o teu
desejo de ter de volta ou de não ter de volta aquilo que está
saindo da tua mão e chegando na mão da outra pessoa.
O
objetivo é conseguir “lucro” mesmo que seja nesta
situação delicada para o pobre. Se não conseguir
o lucro, pelo menos não ter prejuízo com esta situação
do próximo. “Ele passa por dificuldades e o prejuízo
passa a ser meu”?? Isto pensará o ganancioso. O
ganancioso só pensa em lucro, e para ele, o que não é
lucro certamente é prejuízo.
MESMO
DEPOIS da morte do devedor, a dívida continuava a ser cobrada.
Os órfãos e a viúva, que DEVERIAM SER AMPARADOS,
passavam a ser objetos a serem tomados pelo pagamento da dívida.
O credor não queria o prejuízo.
PREJUÍZO
– Esta é a definição dada por
certo dicionário:
prejuízo
[Do lat. praejudiciu.]
Substantivo masculino.
1.Ato ou efeito de prejudicar; dano.
2.Preconceito (2 e 3).
[Do lat. praejudiciu.]
Substantivo masculino.
1.Ato ou efeito de prejudicar; dano.
2.Preconceito (2 e 3).
O
credor certamente afirmaria: “Fui
praticar um ato de generosidade para com aquele pobre e veja o que
aconteceu, veja que prejuízo ele está me causando; ele
está me causando um dano. Ele morreu e me deixou o prejuízo”.
O
credor via iniquidade naqueles a quem ele deveria amparar. Decerto,
ele não via a sua própria iniquidade.
NÃO
SE APODERAR DA COISA PENHORADA – isto é um ato de
justiça.
Antes
de se apoderar definitivamente ou não de alguma coisa
penhorada, o agiota aguardava que o
endividado pagasse a sua dívida.
Não acontecendo a esperada quitação,
o esperado pagamento da dívida, a devolução do
empréstimo, o agiota achava-se no direito de apoderar-se da
coisa penhorada e assim o fazia. Se ele não devolveu o que era
meu, então ele é iníquo. Agindo desta forma, o
agiota empurrava o necessitado para a condição de
escravo, quando estava na sua mão o poder para impedir que o
carente chegasse nesta condição de escravo. Será
que isto é amparar o pobre, amparar o carente?? A
TROCA DA FOME PELA DÍVIDA - seria
uma troca justa?? O
ganancioso certamente raciocinaria: “Eu já fiz meu ato
de generosidade, emprestando sob caução, tudo o ele
necessitava, de que carecia e dei-lhe tempo para que me DEVOLVESSE,
no entanto, ele não me pagou e ainda tive de lhe devolver o
penhor, ficando com o meu prejuízo, pois houve uma redução
do meu estoque. Já que o pobre não tem mais nada para
servir de penhor, não tem como pagar o empréstimo,
então, que ele penhore a si mesmo e se torne meu escravo em
troca do alimento, e assim eu recupero o meu prejuízo, e,
sendo meu escravo, ele não morrerá de fome. Ser meu
escravo é o que resta a ele ou morrer de fome; a escolha agora
é dele. ELE
TEM DE COMPREENDER QUE FAZÊ-LO MEU ESCRAVO É UM ATO DE
GENEROSIDADE DA MINHA PARTE.
Mas,
o que acontecerá a ele se eu não precisar de mais
escravos?? O que acontecerá a ele se eu não quiser que
ele seja meu escravo nas condições da lei??
Jeová
classificou o “se apoderar de
alguma coisa penhorada”, qualquer
coisa, como praticar uma coisa detestável, cuja penalidade era
a morte. No entanto, para o humano, se apoderar do penhor dado pela
dívida era considerado normal, legal e um direito do agiota.
Exigir a devolução
do empréstimo era um direito legal que o
justo tinha, raciocinavam. “Deixar de devolver o empréstimo,
isto sim é que é iniquidade” - foi
o que passou a valer.
Agiotagem
é pecado contra o irmão judeu ou contra qualquer ser
humano de qualquer outra nacionalidade, amigo ou inimigo??
Em
lugar de instituir o emprestar sob caução àquele
que está pobre, àquele que carece, Jeová revelou
através de Isaías, o que Ele realmente amava. A
boca fala daquilo que o coração está cheio.
Estas foram as palavras saídas da boca de Jeová:
(Isaías
58:6-10) 6 “Não é este o jejum que escolhi?
Soltar
os
grilhões da iniquidade, desatar
as
brochas da canga e deixar
ir livres
os esmagados, e que rompais
toda
canga?
7 Não é PARTILHARES
O
TEU PÃO AO FAMINTO
e
introduzires na [tua] casa pessoas atribuladas, sem lar? Que, caso
vejas alguém nu, tu o tenhas de cobrir, e que não te
ocultes da tua própria carne? 8 “Neste caso
romperia a tua luz como a alva; e rapidamente surgiria para ti o
restabelecimento. E certamente andaria diante de ti a tua justiça;
a própria glória de Jeová seria a tua
retaguarda. 9 Neste caso chamarias e o próprio Jeová
te responderia; clamarias por ajuda e ele diria: ‘Eis-me aqui!’
“Se
removeres do teu meio a canga,
o
apontar com o dedo e falar o que é prejudicial,
10 e CONCEDERES
AO
FAMINTO O TEU PRÓPRIO [DESEJO DA] ALMA E FARTARES
A
ALMA ATRIBULADA, então
certamente raiará a tua luz mesmo na escuridão e as
tuas trevas serão como o meio-dia.
Em
algum lugar se fala em emprestar??
No
lugar de escravizar outros e fazê-los trabalhar para você,
pondo nele uma canga, partilhe o teu pão com o faminto. Quanta
diferença!! Romper toda a canga, deixando ir livre os
escravos, partilhe o teu pão com aquele que está com
fome, introduza na sua casa os sem teto, divida seu lar com ele, dê
roupa para quem não tem. Jeová afirma que no seu reino
as coisas deviam ser deste jeito. Aquele não era o reino de
Jeová?? O jejum que Eu escolhi é que não haja
escravos. Era desta forma que os súditos deviam agir. Quanta
diferença!!
Empreste
sob caução
aquilo de que o seu irmão pobre
necessita, de que carece “OU” abra mão daquilo que
você se
apossou em benefício
daquele que carece??
A
palavra saída da boca de Jeová, séculos depois
de Moisés, nos revela a Sua versão: PARTILHAR no
lugar de emprestar sob caução; CONCEDER no lugar
de emprestar sob fiança. Partilhar, é DIVIDIR o
que se tem, é dividir o estoque, quer seja grande, quer seja
pequeno. Partilhar é DAR. O importante é FARTAR
a alma atribulada. Não faça de ninguém um
escravo. Enquanto que para o ganancioso a coisa mais importante é
manter e aumentar seu estoque, para Jeová, a coisa mais
importante é fartar a alma atribulada. O desejo de
Jeová confronta-se com o desejo do ganancioso. Jeová
valoriza a vida enquanto o ganancioso valoriza seu estoque.
Confirmamos então que a ação que Jeová
usa é o DAR. Dê o seu estoque àquele
que tem fome, àquele que carece. "Dar" é
diferente de "emprestar". Não fuja daquele que
continua carente; não fuja do pobre para defender o teu
estoque. NÃO TE OMITAS DO POBRE.
A
palavra saída da boca de Jesus.
(Lucas
6:30) 30 DÁ
a todo o que te pedir, e daquele
que te tirar tuas coisas, não
[as] peças de volta.
(Lucas
6:34-36) 34 Também,
se
emprestardes [sem juros] àqueles
de quem esperais receber, de que mérito é isso para
vós? Até mesmo pecadores emprestam [sem juros] a
pecadores, para receberem de volta o mesmo. 35 Ao
contrário, continuai a amar os vossos inimigos e a fazer o
bem, e a emprestar [sem juros], NÃO
ESPERANDO NADA
DE VOLTA; e a vossa
recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo,
porque ele é benigno para com os ingratos e os iníquos.
36 Continuai
a tornar-vos misericordiosos, assim
como vosso Pai é
misericordioso.
O
verbo da ação é o verbo “dar”. O
verbo “dar” define uma ação diferente da
ação que corresponde a “emprestar”.
Emprestar
sem esperar receber??
O
ser humano tinha a sua visão do que era agir com misericórdia,
no entanto, Jesus lhes trouxe a atenção de que o Pai
estava ensinando a ser misericordioso. O Pai é que devia ser
imitado. O
Pai é quem estabelecia o modelo.
Aqueles
que vocês chamam de pecadores, emprestam sem juros esperando
receber o mesmo de volta. Façam diferente. Empreste sem
esperar receber de volta. Era um emprestar diferente?? Sim. É
sem esperar receber de volta.
A
ordem dada por Jesus foi "Dar", não foi "emprestar".
Se você
emprestar, empreste sem pedir garantia, empreste sem esperar
receber e se a pessoa não pagar, deixe pra lá.
Emprestar sem esperar receber é o mesmo que DAR. Aquele
que te tirar tuas coisas, não as peças de volta.
Desprenda-se daquilo que é material. Aquilo que sai da mão
daquele que tem em direção àquele que não
tem, não possui nenhum vínculo com aquele que está
entregando. Ele não tem sentimento de posse sobre aquilo que
está saindo de sua mão. A vida é muito mais
importante. O valor da tua vida é igual ao valor da vida de
outro, quer seja amigo, quer seja inimigo.
O
sentimento é 100% oposto. Quem
empresta espera
receber de volta. Tanto espera
quanto
exige
receber de volta, chegando até
mesmo a chamar de iníquo aquele que não devolve. Jeová
ordena através de Jesus: “Não
espere receber
nada de volta”.
Jesus
associou o “dar” ou “emprestar sem o desejo de
receber de volta”, com o tornar-se misericordioso. DAR de
forma altruísta (sem interesse) àquele que
necessita é ser misericordioso. Ter e não dar, ou
ainda, impor condições para dar, ou mais ainda, tirar
vantagem daquele que vem te pedir algo de que ele necessita por causa
da carência deste, é ser insensível, é
fazer algo detestável perante Jeová. Ser generoso é
DAR sem querer receber nada de volta; bem diferente do
conceito humano. Ser generoso é ser altruísta, é
ser abnegado; ser generoso é DAR de forma altruísta
ao pobre, aquilo de que ele necessita, aquilo de que carece. Ser
misericordioso exige sensibilidade. "DAR" é um fruto
da misericórdia divina, enquanto que o "emprestar"
não é. Jeová não pratica o
"emprestar".
Para
o egoísta, "emprestar sob caução"
ou simplesmente emprestar é um ato de generosidade enquanto
que para o altruísta, "DAR sem querer nada de
volta" é que é um ato de generosidade.
Assim
é definido Altruísmo por certo dicionário:
Altruísmo.
s.m. Amor desinteressado
ao próximo; abnegação; filantropia. (O contr. de
egoísmo)
Altruísmo
é o oposto de egoísmo.
Isto é bem significativo. No altruísmo, o
amor dado é para o benefício exclusivo do recebedor.
Ele não o faz para receber algo para si em troca. Ele não
visa um lucro para si mesmo.
No
egoísmo, o amor é dado com interesse egoísta,
pois o dador deseja tirar vantagem para si mesmo, receber algo que
ele deseja para si mesmo, como troca. Ele deseja lucrar. Se não
lucrar, pelo menos receber a mesma coisa que foi dada.
Empreste
sob caução aquilo de que o seu irmão pobre
necessita, de que carece ou praticai o DAR???
PRATICAI
O DAR. Assim define certo dicionário o termo “DAR”:
DAR
v.t.
Transferir
ou ceder gratuitamente o que se possui; doar, presentear.
/ Pagar:
quanto
me dão pelo carro?
/ Ministrar,
servir (comida, bebida, medicamento); aplicar: dei-lhe
uma injeção na veia.
/ Produzir:
esta
árvore não dá frutos.
/ Ser
suficiente, bastar: o
dinheiro não deu para as despesas.
/ Render:
as
ações deram muito lucro.
// Dar
com, dar de cara com,
encontrar,
topar. // Dar
para, estar
voltado para, defrontar, ter vista: a
janela dá para o nascente;
ter
aptidão, vocação: ele
não dá para professor.
// Dar
passagem, dar entrada,
deixar
livre (o caminho), facultar. // Dar
concerto, espetáculo,
exibir-se,
apresentar-se em público. // Dar
ouvidos,
prestar
atenção, acatar. // Dar
a saber, fazer
constar, notificar. // Dar
andamento a,
promover
a movimentação ou execução de (obra,
processo). // Dar
fé,
testificar,
afirmar como verdade, garantir a autenticidade de um documento. // —
V.pr. Dar-se
com (alguém),
ter relações de amizade. // Dar-se
(bem
ou
mal),
sentir-se:
dou-me
bem nos climas frios.
// Dar-se,
ocorrer,
acontecer: deu-se
uma tragédia.
(Conj.
2.)
QUEM “DÁ”
– cede de forma DEFINITIVA,
não deseja e não quer receber de volta. Quem “dá”
nunca se sente prejudicado, nem mesmo quando não fica com
nada. Não espera; não deseja.
QUEM “EMPRESTA”
– cede de forma TEMPORÁRIA
e deseja receber de volta com lucro ou sem lucro. O que não
pode haver é o prejuízo de não receber de volta.
Espera; deseja.
QUEM EMPRESTA não
deseja abrir mão do que tem acumulado.
Quem “dá”
- não espera receber de volta,
ele abre mão daquilo que tem em favor de outro, de forma
definitiva; quem “empresta”
- deseja e espera receber de volta
aquilo que ele cedeu de forma temporária. Assim, ele
revela a diferença de estima que ele sente
entre aquilo que foi emprestado e o pobre que
recebeu dele o empréstimo.
São duas ações
diferentes e dois SENTIMENTOS
diferentes. São desejos e
expectativas diferentes, na verdade, opostas.
É
uma questão de valores diferentes?? Sim,
é uma questão de valores bem diferentes.
Quem
“empresta” está preocupado com aquilo que ele
atribui valor, ou seja, o objeto que ele está emprestando.
Quem
“dá” está preocupado com aquele que vai
receber e não com o objeto dado.
Outras palavras saídas
da boca de Jesus: (Lucas
6:38) 38 PRATICAI
O DAR, e
dar-vos-ão. Derramarão em vosso regaço uma
medida excelente, recalcada, sacudida e transbordante. Pois, com a
medida com que medis, medirão a vós em troca.”'
A
ordem foi de praticar o DAR,
não foi praticar o emprestar.
O "DAR"
acontece, se torna realidade quando se cede
alguma coisa a alguém sem esperar receber qualquer coisa de
volta. O objetivo daquele que DÁ,
não é receber
de volta aquilo que DEU.
"Dar"
é um ato altruísta.
Jesus
falou como deveria tratar o carente, o necessitado: (Lucas
14:12-14) 12 A
seguir passou a dizer também ao homem que o convidara: "Quando
ofereceres um almoço ou uma refeição noturna,
não chames os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus
parentes, nem teus ricos vizinhos. Talvez eles por sua vez te
convidem também e isso se torne para ti uma restituição.
13 Mas,
quando ofereceres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os
coxos, os cegos; 14 e
SERÁS
FELIZ,
PORQUE
ELES NÃO TÊM NADA COM QUE TE PAGAR DE VOLTA.
Porque se te pagará
de volta na ressurreição dos justos.. . .
"Dar"
esperando receber o mesmo de volta
(emprestar), não produz a
mesma alegria do "dar" altruísta. Este "dar"
é que foi chamado a atenção por Jesus. As
palavras de Jesus são sábias; são uma repetição
das palavras de Jeová. Será que enxergamos a sabedoria
destas palavras?? "DAR"
sem esperar nada de volta é praticar o
altruísmo, é praticar o amor abnegado, desinteressado.
Mesmo
no momento em que se está dando, ele está pensando no
momento em que ele vai receber de volta - assim é aquele que
empresta.
Dar
em troca de usura (lucro) foi classificado por Jeová como uma
coisa detestável. Jesus estava trazendo a atenção
para o sentimento de felicidade por uma inédita
situação. A felicidade por praticar o "dar sem
esperar nada de volta". Em lugar do pobre ser um fardo
dispendioso, este era uma inédita e contínua fonte de
felicidade. A felicidade de cuidar do necessitado, a felicidade de
amparar o pobre necessitado. No lugar de exigir de volta o que foi
emprestado com caução ou sem caução, a
felicidade está em praticar o dar, em abrir mão da
restituição. Isto sim é que é o "AMPARAR"
que Jeová havia ordenado a seu povo através de Moisés.
Isto sim é que é tratar generosamente o pobre
necessitado, ao atribulado no teu meio. Isto é que é
agir com misericórdia.
Se
este israelita cobrava usura de seu irmão israelita, se exigia
do seu irmão a devolução do empréstimo,
se este israelita se apossava do penhor dado por seu irmão
pela dívida, então, o que este israelita faria para com
aquele que ele não via com sendo seu irmão??
A ganância está
diretamente ligada com o cobiçar. COBIÇA,
O QUE É?? COBIÇAR, O QUE É?? Vejamos as
definições segundo certo dicionário -
COBIÇA
s.f.
Ato ou efeito de cobiçar. / Desejo imoderado de possuir.
COBIÇAR
v.t. Desejar com avidez;
apetecer ardentemente; ambicionar: cobiçar
a fortuna.
Jesus
falou: Cuidado com a cobiça - (Lucas
12:15-21) 15 Então lhes disse: “Mantende os olhos
abertos e guardai-vos
de TODA
SORTE DE cobiça,
porque mesmo quando alguém tem abundância,
sua
vida não vem das coisas que possui.”
16 Com
isso contou-lhes uma ilustração, dizendo: “A
terra de certo homem rico produziu bem. 17 Conseqüentemente,
ele começou a raciocinar no seu íntimo, dizendo: ‘Que
farei, agora que não tenho onde ajuntar as minhas safras?’
18 De modo que ele disse: ‘Farei o seguinte: Derrubarei os
meus celeiros e construirei maiores, e ali ajuntarei todos os meus
cereais e todas as minhas coisas boas; 19 e direi à minha
alma: “Alma, tens muitas coisas boas acumuladas para muitos
anos; folga, come, bebe, regala-te.”’ 20 Mas Deus
disse-lhe: ‘Desarrazoado, esta noite te reclamarão a tua
alma. Quem terá então as coisas que armazenaste?’
21 Assim é com o homem que acumula para si tesouro, mas
não é rico para com Deus.”
Ter muitas coisas boas ACUMULADAS para muitos anos é o desejo daquele que cobiça, e quanto mais se dá a este, mais ele vai querer acumular, armazenar e armazenar. O desejo de acumular pode estar presente tanto naquele que já tem muito, como naquele que nada tem. Quem deseja acumular, obviamente, não deseja partilhar. São sentimentos 100% opostos. Partilhar é uma ameaça para o "futuro seguro" (folga, come, bebe, regala-te) daquele que tem o desejo de acumular. Decerto, acumular é um dos frutos do egoísmo. Desejar é querer ter PARA SI qualquer coisa que exista, que se possa tocar ou não.
Ter muitas coisas boas ACUMULADAS para muitos anos é o desejo daquele que cobiça, e quanto mais se dá a este, mais ele vai querer acumular, armazenar e armazenar. O desejo de acumular pode estar presente tanto naquele que já tem muito, como naquele que nada tem. Quem deseja acumular, obviamente, não deseja partilhar. São sentimentos 100% opostos. Partilhar é uma ameaça para o "futuro seguro" (folga, come, bebe, regala-te) daquele que tem o desejo de acumular. Decerto, acumular é um dos frutos do egoísmo. Desejar é querer ter PARA SI qualquer coisa que exista, que se possa tocar ou não.
NÃO
FUJA DELE SE ELE CONTINUAR CARENTE.
Quando
alguém não consegue pagar a sua dívida, como
deve ser tratado?? Seria ele um iníquo. Foi dito: O iníquo
toma emprestado e não devolve. No entanto, Jesus afirmou: Se
você decidir emprestar, faça-o sem esperar nada de
volta. Como posso emprestar sem esperar receber nada de volta?? Ficou
bem claro que o que tem de mudar é o SENTIMENTO de quem está
de posse da riqueza, daquele que tem abundância e o TRATAMENTO
que ele dá àquele que necessita daquilo que ele tem
acumulado.
O
carente tinha uma necessidade e agora o carente tem uma dívida
e continua com a necessidade. BEM, O QUE FAZER COM ELE??
Como
tratar o carente? Com misericórdia, com amor altruísta.
Partilhe o pão. Perdoe, cancele sua dívida. Você
tem o poder de perdoar, você tem a autoridade para perdoar.
Jeová espera que você o ampare. Se você estipular
um penhor, já está praticando a agiotagem. Se exigir o
penhor, você estará praticando uma coisa detestável
para Jeová.
Logo,
trate-o assim como Jeová trata àquele que tem uma
dívida para com Ele. Jeová mostra como é
que se faz. MOSTRAREI SER é o seu nome.
(Mateus
6:9-13) 9 “Portanto,
tendes de orar do seguinte modo: “‘Nosso Pai nos céus,
santificado seja o teu nome. 10
Venha
o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim
também na terra. 11
Dá-nos
hoje o nosso pão para este dia; 12
e
perdoa-nos as nossas dívidas, ASSIM COMO nós também
temos perdoado aos nossos devedores.
13 E
não nos leves à tentação, mas livra-nos
do iníquo.’
(Mateus
6:14-15) 14 “Pois,
se
perdoardes aos homens as suas falhas, também o vosso Pai
celestial vos perdoará;
15 ao
passo que, se não perdoardes aos homens as suas falhas,
tampouco o vosso Pai vos perdoará as vossas falhas.
Esta
é a maior autoridade que nos foi dada. A autoridade de perdoar
toda e qualquer dívida de nosso próximo. Jesus utilizou
muito bem o seu grande poder de perdoar, sua autoridade para
perdoar.
Se
eu não perdoar a dívida do meu próximo, qualquer
humano, como poderei fazer a oração do Pai Nosso? Como
poderei pedir ao Pai que perdoe minha dívida que tenho para
com Ele?? Mesmo não fazendo a oração do Pai
Nosso, como poderei pedir ao Pai que me perdoe por ter cometido
qualquer pecado?? Receber o
perdão do Pai está
condicionado a que
eu perdoe aos homens as suas falhas. Jesus nos informou sobre
este condicionamento estabelecido pelo Pai; era algo
inédito assim como todos os demais artigos da nova lei
entregue por Jesus no Sermão do Monte. Tratava-se de uma lei
que trazia “coisas novas” e explicava “coisas
velhas”.
Jesus,
depois de cumprir sua missão na terra, foi chamado de A
PALAVRA DE DEUS, exatamente por não modificar nem uma única
vírgula daquilo que saiu da boca de Jeová:
(Revelação
19:11-13) 11 E eu vi o céu aberto, e eis um cavalo
branco. E o sentado nele chama-se Fiel e Verdadeiro, e ele julga e
guerreia em justiça. 12 Seus olhos são chama
ardente e na sua cabeça há muitos diademas. Ele tem um
nome escrito que ninguém conhece, exceto ele mesmo, 13 e
está vestido duma roupa exterior manchada de sangue, e O
NOME PELO QUAL É CHAMADO É
A
Palavra de Deus.
Mesmo
sabendo deste condicionamento, será que ainda insisto em não
perdoar aos homens as suas falhas, em não perdoar suas dívidas
para comigo?? Então é com hipocrisia
que faço uma oração a Deus
pedindo perdão por meus pecados,
que são dívidas impagáveis.
Jesus
foi questionado por exercer sua autoridade de perdoar humanos.
Assim nos é contado pelo historiador Lucas:
(Lucas
5:20-26) 20 E, quando ele viu a fé que tinham, disse:
“HOMEM,
TEUS PECADOS TE ESTÃO PERDOADOS.”
21 Em conseqüência
disso, os escribas e os fariseus principiaram a raciocinar, dizendo:
“Quem é este que fala blasfêmias? Quem pode
perdoar pecados senão somente Deus?” 22 Mas Jesus,
discernindo os seus raciocínios, disse-lhes em resposta: “O
que estais raciocinando em vossos corações? 23 O
que é mais fácil, dizer: ‘Teus pecados te estão
perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? 24 Mas,
a fim de que saibais que o
Filho do homem tem na terra AUTORIDADE PARA PERDOAR pecados
—” ele disse ao
paralítico: “Eu te digo: Levanta-te, apanha a tua
pequena cama e vai para casa.” 25 E, no mesmo instante,
este se levantou diante deles, apanhou aquilo em que se deitara e foi
para casa, glorificando a Deus. 26 Todos foram então
tomados de êxtase e começaram a glorificar a Deus, e
ficaram cheios de temor, dizendo: “Vimos hoje coisas
estranhas!”
As
palavras de Jesus são bastante claras: Todos os pecados
serão perdoados aos homens, ou seja, o Pai perdoa todos os
pecados dos homens e o Filho também perdoa todos os pecados
dos homens. Você acredita nesta afirmação de
Jesus??
(Mateus
12:31) 31 “Por esta razão, eu vos digo: TODA
sorte de pecado e
blasfêmia será
perdoada aos
homens, mas
a blasfêmia contra o espírito não será
perdoada.
(Marcos
3:28) 28 Deveras, eu vos digo que TODAS
as coisas serão
perdoadas aos
filhos dos homens, não
importa que pecados e blasfêmias cometam
blasfemamente.. . .
Jeová nos ordena: Parai de julgar, parai de condenar; praticai o perdoar, assim como Eu tenho praticado. Jesus foi obediente a esta ordem do Pai. Tal Pai, tal Filho.
Jeová nos ordena: Parai de julgar, parai de condenar; praticai o perdoar, assim como Eu tenho praticado. Jesus foi obediente a esta ordem do Pai. Tal Pai, tal Filho.
UMA SÁBIA LIÇÃO
O uso de uma “informação”
para obter lucro pessoal
Ação de um
homem generoso??
(Gênesis
41:25-36) 25 José disse então a Faraó: “O
sonho de Faraó é apenas um só. O que o
[verdadeiro] Deus está fazendo, ele tem comunicado a Faraó.
26 As sete vacas boas são sete anos. Igualmente, as sete
espigas boas são sete anos. O sonho é apenas um só.
27 E as sete vacas descarnadas e ruins que subiram após
elas são sete anos; e as sete espigas vazias, abrasadas pelo
vento oriental, mostrar-se-ão sete anos de fome. 28 Esta
é a coisa que falei a Faraó: O que o [verdadeiro] Deus
está fazendo, ele tem feito Faraó ver. 29 “Eis
que hão de vir sete anos de grande fartura em toda a terra do
Egito. 30 Mas, após eles virão certamente sete
anos de fome, e
certamente será esquecida toda a fartura na terra do Egito e a
fome simplesmente consumirá o país. 31 E não
mais se conhecerá a fartura que antes havia no país,
por causa dessa fome posterior, pois será por certo muito
severa. 32 E o fato de que o sonho foi repetido duas vezes a
Faraó significa que a coisa ficou firmemente estabelecida da
parte do [verdadeiro] Deus, e o [verdadeiro] Deus se apressa em
fazê-lo. 33 “Portanto, PROCURE
AGORA FARAÓ UM HOMEM DISCRETO E SÁBIO, E CONSTITUA-O
SOBRE A TERRA DO EGITO.
34 Atue
Faraó e designe superintendentes sobre o país, e
tem de recolher um quinto da terra do Egito durante os sete anos de
fartura. 35 E
reúnam eles todos os mantimentos destes vindouros anos bons e
amontoem cereais, sob a mão de Faraó, para mantimentos
nas cidades, e têm de resguardá-los. 36 E
OS MANTIMENTOS TÊM DE SERVIR DE SUPRIMENTO
para o
país durante os sete anos de fome que haverá na terra
do Egito, para que o país não seja decepado pela
fome.”
Um caso de "bênção" especial ocorreu em toda a terra do Egito, quando houve superabundância durante sete anos. Também se previu igual período de carência. O que fazer neste caso?? Acumulou-se a grandiosa safra em armazéns. Acumulou-se visando o bem estar futuro. O que aconteceu no período de carência? A carência foi para todos, não só para o Egito. O que aconteceu então?? Qual foi a atitude tomada por aquele que estocou para o período de carência?? Porque passou ele a estocar?? Passou ele a "partilhar" o pão com os carentes?? Será que passou a negociar para tirar vantagem da situação desafortunada dos demais??
Um caso de "bênção" especial ocorreu em toda a terra do Egito, quando houve superabundância durante sete anos. Também se previu igual período de carência. O que fazer neste caso?? Acumulou-se a grandiosa safra em armazéns. Acumulou-se visando o bem estar futuro. O que aconteceu no período de carência? A carência foi para todos, não só para o Egito. O que aconteceu então?? Qual foi a atitude tomada por aquele que estocou para o período de carência?? Porque passou ele a estocar?? Passou ele a "partilhar" o pão com os carentes?? Será que passou a negociar para tirar vantagem da situação desafortunada dos demais??
Alguém
tinha a privilegiada informação sobre o que ocorreria
nos próximos quatorze anos. O que fazer, estando de posse de
tal valiosa informação??
Não
se pode deixar passar por alto este detalhe: Os súditos de
Faraó foram obrigados a fornecer gratuitamente a Faraó
um quinto do fruto de seu trabalho durante sete anos. Os súditos
foram obrigados a dar para Faraó um quinto dos cereais
que eles produzissem e colhessem.
Primeiro
aconteceu a troca de dinheiro por comida. Aí, acabou
todo o dinheiro. Agora o Egito tinha a comida e todo o dinheiro que
havia, enquanto que ao mesmo tempo persistia a fome para todos os
demais. O que aconteceu então?? Bem, passou-se a trocar a
comida pelos rebanhos, até que não havia mais rebanhos
para trocar. Agora o Egito tinha a comida, todo o dinheiro e todos os
rebanhos. O que aconteceu então?? Aí, passou-se a
trocar a comida pelas terras junto com os proprietários destas
terras, passando a torná-los escravos. Agora o Egito tinha a
comida, todo o dinheiro, todo o rebanho, todos os terrenos e todos os
homens como escravos. Foram assim mantidos perpetuamente como
escravos trabalhando nas terras que agora pertenciam ao Faraó
tendo de pagar o equivalente a 1/5 (um quinto) de toda a produção
para Faraó, que continuava a aumentar a sua riqueza.
Consequentemente, Faraó passou a DOMINAR sobre todos.
Depois
de sete anos em que os súditos forneceram gratuitamente a
Faraó parte do fruto do seu trabalho, (um quinto) estes
levaram alguns anos para se tornarem definitivos escravos de Faraó.
Deixaram de ser livres súditos e passaram a ser escravos.
A
informação privilegiada foi usada para transformar
aquelas pessoas que eram livres, em escravos daquele que recebeu a
informação. Se a informação tivesse sido
repartida, partilhada, pelo menos entre os egípcios, todos os
egípcios passariam pela fome e continuariam livres depois
dela.
No
entanto, o resultado foi outro. Passou a haver grande concentração
de riqueza e poder nas mãos de Faraó, pois ele era dono
de tudo e as pessoas passaram a ser escravos de Faraó, exceto
os sacerdotes. Estes continuavam com seus terrenos e não eram
escravos de Faraó.
Isto
é o que ocorre quando aquele que tem, resolve tirar vantagem
da carência dos em sua volta, lucrando com a necessidade dos
demais. Certamente ele enriquecerá mais e mais, levando os
outros a aumentarem sua carência até estes chegarem ao
estado de escravidão. Certamente é uma lição
que ensina o resultado prático de quando não é
usado o altruísmo. Um clássico exemplo de ganância.
Quando os egoístas resolvem ser generosos, o resultado é
a escravidão dos demais. Misericórdia?? Dar pão
em troca da escravidão, que tipo de misericórdia é
esta?? Um detalhe adicional: Foi o trabalho dos próprios
egípcios que produziu o cereal estocado. Qual foi a paga? O
resultado final foi a escravidão para aqueles que produziram e
entregaram sua produção para Faraó. Esta é
a misericórdia humana.
Assim
nos foi contada esta parte da história:
DAR
EM TROCA DE USURA - O ALIMENTO DADO AO FAMINTO, À BASE DE
TROCA.
O
uso da informação na obtenção de vantagem
(lucro) – este foi o resultado final.
Enriquecer
mais e mais com a fome alheia - um modelo de ganância, um
modelo de insensibilidade.
E
o insensato ainda é chamado de generoso.
É
esta a ação de um homem generoso??
(Gênesis
47:13-26) 13 Ora,
não havia pão em todo o país, porque a fome era
muito severa; e a terra do Egito e a terra de Canaã ficaram
exauridas em resultado da fome. 14 E
JOSÉ JUNTAVA TODO O DINHEIRO que
se achava na terra do Egito e na terra de Canaã pelos cereais
que as pessoas COMPRAVAM;
e José trazia o dinheiro à
casa de Faraó. 15 Com
o tempo se esgotou o dinheiro da terra do Egito e da terra de Canaã,
e todos os egípcios começaram a vir
a José, dizendo:
“DÁ-NOS
PÃO! E
por que devíamos morrer na tua frente por se ter acabado o
dinheiro?” 16 José
disse então:
“ENTREGAI
O VOSSO GADO
e eu vos
darei PÃO EM TROCA
do
vosso gado, se o dinheiro se tiver acabado.”
17 E
começaram a trazer seu gado a José; e José
dava-lhes PÃO
EM TROCA dos
seus cavalos e da criação do rebanho, e da criação
de gado vacum, e dos jumentos, e abastecia-os de pão em troca
de todo o seu gado, durante aquele ano. 18 Aquele
ano chegou gradualmente ao fim, e começaram a vir a ele no ano
seguinte e a dizer-lhe: “Não o ocultaremos do meu
senhor, mas o dinheiro e a criação de animais
domésticos esgotaram-se para meu senhor. Nada
resta diante do meu senhor senão os nossos corpos e o nosso
terreno. 19 Por
que devíamos morrer diante dos teus olhos, tanto nós
como o nosso terreno? Compra
a nós e o nosso terreno por pão, e
nós, junto com o nosso terreno, nos
tornaremos escravos de
Faraó; e
dá-nos semente para que vivamos e não morramos, e o
nosso terreno não fique desolado.” 20 José
comprou assim todo o terreno dos egípcios para Faraó,
porque os egípcios venderam cada um o seu campo, pois a fome
se apoderara deles fortemente; E
O PAÍS VEIO A SER DE FARAÓ.
21 Quanto ao povo,
transferiu-o para as cidades, de uma extremidade do território
do Egito até à sua outra extremidade. 22 Somente
não comprou o terreno dos sacerdotes, porque as rações
dos sacerdotes provinham de Faraó e eles comiam as suas rações
que Faraó lhes dava. É por isso que não venderam
seu terreno. 23 José
disse então ao
povo: “Eis que hoje comprei tanto a vós como o vosso
terreno para Faraó. Aqui há semente para vós, e
tendes de semear com ela o terreno. 24 Quando
tiver resultado em produtos, então
tereis de dar um quinto a Faraó, mas
quatro partes se tornarão vossas, como semente para o campo e
como mantimento para vós, e para os que há nas vossas
casas, e para os vossos pequeninos comerem.” 25 Por
conseguinte, disseram: “Preservaste-nos a vida. ACHEMOS
FAVOR AOS OLHOS de meu senhor e
nos tornaremos
escravos de
Faraó.” 26 E
José passou a fazer disso um decreto
até o dia de hoje, com
respeito aos bens de terra do Egito, para
que Faraó tivesse até o montante de um quinto.
Somente o terreno dos sacerdotes,
como grupo separado, não se tornou de Faraó.
Eu
salvo você da morte e você se torna meu perpétuo
escravo para aumentar ainda mais a minha riqueza. Eu sou um homem
muito generoso, pois não deixei você morrer de fome.
Agradeça a Deus pela minha “generosidade”.
Ora,
se os próprios egípcios que produziram e forneceram o
cereal gratuitamente a Faraó durante os sete anos, foram
transformados em escravos, o que dizer dos residentes forasteiros??
Aqueles que chegaram no Egito na condição de residentes
forasteiros, foram transformados em escravos em face do tratamento de
agiota que foi imposto aos filhos de Jacó. José, um
hebreu, foi o criador e executor de tal modelo e de tal decreto que
beneficiou a Faraó, enriquecendo-o ainda mais e empobrecendo e
escravizando o povo. Serem transformados em perpétuos escravos
foi considerado como um ato de generosidade. O
QUE BUSCAVA JOSÉ COM ESTE PLANO??
Certamente, aquilo que foi conseguido, ou seja, o pleno
enriquecimento de Faraó.
Bem,
depois da fome, por que não foram devolvidos os terrenos
acrescido de algumas sementes àqueles que com o fruto do seu
trabalho, encheram os armazéns de Faraó?? Afinal, foi
com trabalho deles que o Egito não sofreu tanto com a fome.
A
lei dada por Jeová a seu povo sempre lhes chamava a atenção
sobre o fato de eles terem experimentado a condição
de terem sido residentes forasteiros e escravos, e que deveriam
tratar bem o residente forasteiro e o escravo quando chegassem na
terra prometida de Canaã, a terra da abundância,
não agindo como agiota para com o residente forasteiro e para
com o pobre, ou seja, para com o necessitado, para com o carente. Não
deviam seguir o "modelo" egípcio, decerto, um modelo
que empurrava muitas pessoas para a escravidão e levava
algumas pessoas a se beneficiarem desta escravidão.
O
efeito colateral da existência de alguém rico é a
existência de escravos que servem a este alguém rico,
assim, não havendo alguém rico, não haverá
escravos.
Em
uma terra com grande abundância era um local propício
para praticar o altruísmo. As leis dadas pelo Criador
não permitiam no reino, o acúmulo de latifúndio
e os obrigavam a perdoarem todas as dívidas e libertarem seus
escravos. Exatamente o oposto do modelo Egípcio. Certamente
era uma lei que promovia o altruísmo. Induzia-os a serem
misericordiosos. Como incentivar a agiotagem e ainda afirmar que tal
agiotagem entre os irmãos era um ato de generosidade para com
o irmão carente? O ato de agiotagem empurra a vítima
cada vez mais para a pobreza, para uma carência maior e para a
escravidão. Vide a lição dada por Jeová
no Egito. A agiotagem é um ato egoísta.
Se praticavam a agiotagem para com seus próprios irmãos, o que não fariam com os estrangeiros???? O objetivo final era fazer os estrangeiros trabalhar para eles; era transformar os estrangeiros em homens que serviam aos objetivos daquele que tem mais, era transformar os estrangeiros em escravos.
Se praticavam a agiotagem para com seus próprios irmãos, o que não fariam com os estrangeiros???? O objetivo final era fazer os estrangeiros trabalhar para eles; era transformar os estrangeiros em homens que serviam aos objetivos daquele que tem mais, era transformar os estrangeiros em escravos.
O
desejo de acumular comida, bens e riquezas estava sendo combatido por
Jeová. O próprio Jeová lhes ensinou importantes
lições no ermo, havendo até mesmo punição
com a morte em Quibrote-Ataavá.
Vejamos
a descrição do que ocorreu ali:
(Números
11:31-35) 31 E levantou-se um vento da parte de Jeová e
começou a impelir codornizes desde o mar e a deixá-las
cair sobre o acampamento, cerca de um dia de jornada deste lado e
cerca de um dia de jornada daquele lado, em volta do acampamento, e
por cerca de dois côvados acima da superfície da terra.
32 O povo levantou-se então todo aquele dia e toda a
noite, e todo o dia seguinte, e foram recolher as codornizes.
Quem
recolhia menos AJUNTOU DEZ ÔMERES,
e ESTENDIAM-NAS
PARA SI por
toda a parte, em volta do acampamento. 33 A carne estava ainda
entre os seus dentes, antes que pudesse ser mastigada, quando se
acendeu a ira de Jeová contra o povo e Jeová começou
a atingir o povo com uma matança muito grande. 34 Aquele
lugar veio a ser chamado pelo nome de Quibrote-Ataavá,
porque ali enterraram o
povo que mostrou ter almejo
egoísta. 35 De
Quibrote-Ataavá o povo partiu para Hazerote, e ficaram em
Hazerote.
Para se ter uma ideia do tamanho do DESEJO de acumular, do tamanho da ganância, cada ômer correspondia a cerca de 220 litros. Jeová podia ter providenciado apenas uma ou duas codornizes para cada alma, no entanto, Jeová providenciou uma abundância. O que faria o povo com tamanha abundância?? Resultado, toneladas de alimento estocado por cada um dos muitos humanos. Foi o fruto da ganância. Almejo altruísta ou almejo egoísta??
Para se ter uma ideia do tamanho do DESEJO de acumular, do tamanho da ganância, cada ômer correspondia a cerca de 220 litros. Jeová podia ter providenciado apenas uma ou duas codornizes para cada alma, no entanto, Jeová providenciou uma abundância. O que faria o povo com tamanha abundância?? Resultado, toneladas de alimento estocado por cada um dos muitos humanos. Foi o fruto da ganância. Almejo altruísta ou almejo egoísta??
Almejar
é desejar ardentemente, ansiar.
A
lição com o maná já ensinava a não
acumular, ensinava a pegar apenas o necessário para os membros
da família e apenas para aquele dia.
Vejamos
a descrição desta importante lição
divina:
(Êxodo
16:13-21) 13 Concordemente, deu-se à noitinha que
começaram a vir codornizes e passaram a cobrir o acampamento,
e de manhã se havia formado uma camada de orvalho em
volta do acampamento. 14 Com o tempo, a camada de orvalho se
evaporava e eis que havia na superfície do ermo uma coisa
miúda, flocosa, miúda como a geada sobre a terra.
15 Quando os filhos de Israel chegaram a vê-la, começaram
a dizer uns aos outros: “Que é isto?” Pois não
sabiam o que era. Moisés disse-lhes, portanto: “É
o pão que Jeová vos deu por alimento. 16 Esta é
a palavra que JEOVÁ
ORDENOU: ‘COLHEI
DISSO, CADA
UM PROPORCIONALMENTE AO QUE COME.
Deveis
tomar a medida de UM
GÔMOR PARA CADA UM,
segundo o número de
almas que cada um de vós tem na sua tenda.’” 17 E
os filhos de Israel começaram a fazer isso; e foram apanhá-lo,
alguns
recolhendo muito e outros recolhendo pouco.
18 Quando o mediam
pelo gômor, quem tinha recolhido muito não tinha sobra e
quem tinha recolhido pouco não tinha falta. Apanharam-no cada
um proporcionalmente ao que comia. 19 Moisés disse-lhes
então: “Ninguém deixe sobrar nada até à
manhã.” 20 Mas não escutaram a Moisés.
Quando alguns homens deixavam sobrar parte dele até à
manhã, criava bichos e cheirava mal; de modo que Moisés
ficou indignado com eles. 21 E apanhavam-no manhã
após manhã, cada um proporcionalmente ao que comia.
Quando o sol esquentava, derretia-se.
SERÁ
QUE ESTA ORDEM DE JEOVÁ CONTINUARIA VALENDO PARA TODO O POVO
DURANTE O RESTO DE SUAS VIDAS, INCLUSIVE AO ENTRAR NA TERRA QUE MANA
LEITE E MEL, UMA TERRA DE FARTURA?? NA TERRA DA PROMESSA, SERÁ
QUE O POVO ACEITARIA ESTA ORDEM COMO SENDO VÁLIDA???
Um
gômor equivalia a cerca de 2,2 litros. Será que esta
lição serviria para alguma coisa quando eles estivessem
na Terra que mana leite e mel, a terra da "abundância"??
Havendo "abundância", continuariam eles a pegar
apenas o necessário para o dia?? Será que voltariam a
armazenar e acumular para si em toda a volta??
O
DESEJO deles ANTES de
entrar na terra, o SONHO
deles antes de entrar na terra, o ALMEJO
deles já dava a resposta satisfatória a esta pergunta.
O sonho era de ter muitos bens acumulados PARA (objetivando)
poder agir como agiota e DOMINAR
pessoas e muitas nações. Certamente queriam copiar o
MODELO fornecido no Egito, ou seja, ter abundância para dominar
sobre outros, compelindo-os a chegarem a condição de
escravos. Não almejavam repartir, não almejavam dar
para os que necessitassem. Obviamente, aquele “pegar apenas um
gômor para cada membro da família” ficaria para
trás. Decerto, almejavam armazenar e armazenar.
COLHEI
CADA UM PROPORCIONALMENTE AO QUE COME –
Se esta ordem de Jeová fosse
obedecida, haveria alguém rico na terra da fartura??
COLHEI
CADA UM PROPORCIONALMENTE AO QUE COME –
Se
esta ordem de Jeová fosse obedecida, haveria alguém
pobre na terra da fartura??
COLHEI
CADA UM PROPORCIONALMENTE AO QUE COME –
Depois
desta ordem de Jeová, o que revela ser o homem rico?????
Quanto
a acumular bens, as palavras de Jesus foram: (Mateus
6:19) 19 “PARAI
DE ARMAZENAR para
vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem
consomem, e onde ladrões arrombam e furtam. . .Assim
verte a Tradução Brasileira:
(Mateus
6:19) 19 Não
ajunteis para vós tesouros na
terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os
ladrões penetram e roubam;
Ter
mais de um já é armazenar. Qualquer coisa que você
armazene passa a ser considerada como tesouro para você. Esta
ordem de Jesus também está sendo analisada em:
Observando
esta e outras tendências do povo escolhido e amado, assim falou
Jeová sobre o futuro comportamento do povo:
(Deuteronômio
31:16-22) 16 Jeová disse então a Moisés:
“Eis que te estás deitando com os teus antepassados; e
este povo certamente se levantará e terá relações
imorais com deuses estrangeiros da terra à qual vão, no
seu próprio meio, e certamente me abandonarão e
violarão meu pacto que concluí com eles. 17 Em
vista disso, naquele dia deveras se acenderá a minha ira
contra eles, e eu certamente os abandonarei e esconderei deles a
minha face, e eles terão de tornar-se algo a ser consumido;
e têm de vir sobre eles muitas calamidades e aflições,
e forçosamente dirão naquele dia: ‘Não é
porque o nosso Deus não está no nosso meio que estas
calamidades vieram sobre nós?’ 18 Quanto a mim,
esconderei absolutamente a minha face naquele dia, por causa de toda
a maldade que fizeram, porque se viraram para outros deuses. 19 “E
agora, escrevei para vós este cântico e ensinai-o aos
filhos de Israel. Ponde-o nas suas bocas, para que este cântico
sirva como minha testemunha contra os filhos de Israel. 20 Pois
eu os levarei ao solo que jurei aos seus antepassados, que mana leite
e mel, e certamente
comerão e se fartarão, e ENGORDARÃO e se virarão
para outros deuses, e
deveras os servirão e me tratarão com desrespeito, e
violarão meu pacto. 21 E tem de dar-se que, vindo sobre
eles muitas calamidades e aflições, então este
cântico tem de responder diante deles como testemunha, pois não
deve ser esquecido pela boca de tua descendência,
PORQUE
BEM SEI A SUA INCLINAÇÃO
QUE
HOJE ESTÃO DESENVOLVENDO ANTES DE EU OS INTRODUZIR NA TERRA
QUE LHES JUREI.”
22 De modo que Moisés
escreveu este cântico naquele dia, para ensiná-lo aos
filhos de Israel.
Foi
exatamente o que aconteceu. O povo continuava almejando estocar.
Almejavam tirar vantagem de estar na terra que mana leite e mel, por
negociar, emprestar sob caução e dominar sobre muitas
nações. Aquela inclinação gananciosa,
aquela tendência gananciosa de acumularem bens, enriquecerem e
agirem como agiotas, maltratando o atribulado e o pobre (aquele
almejo egoísta), foi tornada realidade, levando-os a se
fartarem, engordarem e violarem o pacto de Jeová. Agiram como
agiotas tanto para com seus irmãos pobres, como para com o
residente forasteiro, assim como também para com as nações.
Foi exatamente por violarem o pacto, que Jeová trouxe sobre
eles as prometidas calamidades e aflições.
Estar
ciente das "prometidas" calamidades e aflições
não foi suficiente para impedir o povo de violar o pacto. Nem
mesmo um cântico, que servia durante séculos de
testemunha contra eles, foi capaz de impedir o povo de violar o
pacto. O cântico testemunha está transcrito em
Deuteronômio 32:1-43
Um povo que via o "emprestar sob caução" como um ato de generosidade para com seu irmão POBRE, quando decidia não ser generoso, como será que agia?? Certamente decidiam não emprestar. Deixavam o atribulado morrer de fome. Bastava rotular tais atribulados de "iníquos". Quando emprestavam sob caução, certamente iam até as últimas consequências para terem restituído o valor do empréstimo.
Um povo que via o "emprestar sob caução" como um ato de generosidade para com seu irmão POBRE, quando decidia não ser generoso, como será que agia?? Certamente decidiam não emprestar. Deixavam o atribulado morrer de fome. Bastava rotular tais atribulados de "iníquos". Quando emprestavam sob caução, certamente iam até as últimas consequências para terem restituído o valor do empréstimo.
Aquele
que muito tinha, aquele que recebeu uma abundância, tinha uma
grande oportunidade de praticar o altruísmo para com aquele
que estava carente, para com aquele que estava pobre. Entretanto, ele
continuava almejando (desejando ardentemente) praticar o egoísmo.
Embora tivessem sido VÍTIMAS do modelo egípcio, criado
e administrado por José, um israelita, eles estavam almejando
seguir o mesmo modelo egoísta e fazerem suas próprias
vítimas e finalmente dominarem sobre muitas nações,
escravizando-as, pois foi este o resultado prático alcançado
no Egito.
A
diferença entre o ganancioso e o altruísta ao receberem
um grande tesouro é o destino que darão ao tesouro
recebido. O ganancioso quer o tesouro para si, quer tirar vantagem
por ter um tesouro e não reparte, não doa aos
desafortunados, enquanto o altruísta divide, reparte, doa TODO
o seu tesouro para os desafortunados.
Quando
retornaram do exílio em Babilônia para a reconstrução
de Jerusalém e do templo, exílio este imposto por Jeová
como punição da geração descrita pelo
próprio Jeová como mais iníqua que Sodoma e
todos os povos ao redor, o povo escolhido e ensinado CONTINUAVA
enriquecendo e fazendo outros empobrecer, tomando penhor, cobrando
juros e tornando-os escravos, seguindo o modelo Egípcio. Assim
nos conta uma testemunha:
(Neemias
5:1-11) 5 Entretanto, veio a haver um grande
clamor da
parte do povo e das suas esposas contra
os seus irmãos judeus.
2 E
havia os que diziam: “Estamos
DANDO nossos filhos e nossas filhas EM PENHOR para obtermos cereais e
comermos, e para ficarmos vivos.”
3 E
havia os que diziam: “Estamos
DANDO nossos campos, e nossos vinhedos, e nossas casas EM PENHOR para
obtermos cereais durante a escassez de víveres.”
4 E
havia os que diziam: “Tomamos dinheiro emprestado para o
tributo do rei sobre os nossos campos e sobre os nossos vinhedos. 5 E
agora, a nossa carne é igual à carne de nossos irmãos;
nossos filhos são como os seus filhos, mas
eis que reduzimos nossos filhos e nossas filhas a ESCRAVOS, e há
algumas de nossas filhas já reduzidas [a isso]; e não
há poder em nossas mãos enquanto nossos campos e nossos
vinhedos pertencem a outros.”
6 Fiquei
então muito irado, assim que ouvi seu clamor e estas palavras.
7 De modo que meu coração fez cogitações
no meu íntimo e comecei a ralhar com os nobres e com os
delegados governantes, e fui dizer-lhes: “É
usura que
estais demandando, cada um do seu próprio irmão.”
Além disso, providenciei uma grande assembléia por
causa deles. 8 E passei a dizer-lhes: “Nós mesmos
compramos de volta os nossos irmãos judeus que tinham sido
vendidos às nações, ao ponto que esteve em nosso
poder; e ao mesmo tempo, venderíeis
vós os vossos próprios irmãos e teriam eles de
ser vendidos a nós?”
Em
vista disso ficaram sem fala e não acharam palavra. 9 E
prossegui, dizendo: “Não é boa a coisa que estais
fazendo. Não deveis andar no temor de nosso Deus por causa do
vitupério das nações, nossos inimigos? 10 E
também eu, meus irmãos e meus ajudantes emprestamos
entre eles dinheiro e cereais. Por
favor, deixemos de emprestar com juros. 11 Por favor,
DEVOLVEI-LHES neste dia seus campos,
seus
vinhedos, seus olivais e suas casas e o centésimo do dinheiro,
e os cereais, o vinho novo e o azeite que
EXIGIS deles como juros.”
O
modelo estabelecido no Egito voltava a acontecer entre o povo
escolhido no seu retorno à terra da promessa. A ganância
estava gerando grande clamor. Os que estavam sendo maltratados
passaram a clamar. Chegaram a conclusão que o modelo não
era bom e por isso decidiram devolver o produto de sua ganância
e parar de cobrar juros de seus irmãos. Novamente estavam
"maltratando o atribulado e o pobre".
O
Criador estava observando este equívoco de chamar de
generosidade o ato de emprestar sob caução ou receber
algo como penhor, pois falou as seguintes palavras para a geração
dos dias de Isaías:
(Isaías
32:1-8) 32 Eis
que um rei reinará para a própria justiça;
e quanto a príncipes,
governarão como príncipes para o próprio juízo.
2 E cada um [deles] terá de mostrar ser como abrigo contra o
vento e como esconderijo contra o temporal, como correntes de água
numa terra árida, como a sombra dum pesado rochedo numa terra
esgotada. 3 E os olhos dos que vêem não ficarão
grudados e os próprios ouvidos dos que ouvem atentarão.
4 E o próprio coração dos apressados demais
considerará o conhecimento e até mesmo a língua
dos gagos se apressará a falar coisas claras. 5 O
INSENSATO NÃO MAIS SERÁ CHAMADO DE GENEROSO;
e quanto ao homem sem
princípios, não se dirá que é nobre; 6
porque o próprio insensato falará mera insensatez e o
próprio coração dele fará o que é
prejudicial, para praticar a apostasia e para falar contra Jeová
aquilo que é desordenado, PARA
FAZER A ALMA DO FAMINTO FICAR VAZIA,
e ele faz até mesmo
o sedento passar sem a própria bebida. 7 Quanto ao homem sem
princípios, seus instrumentos são maus; ele mesmo
aconselhou atos de conduta desenfreada, para estragar os atribulados
com declarações falsas, mesmo quando um pobre fala o
que é direito. 8 Quanto ao generoso, é para coisas
generosas que ele deu conselho; e ele mesmo se levantará a
favor de coisas generosas.
No futuro, eles iriam perceber os seus equívocos. Jeová iria mostrar o que é ser generoso. Usando seu Filho Jesus, Jeová iria revelar para todos, o que é justiça, o que é praticar justiça, o que incluía revelar que emprestar sob caução (com penhor) não é ato de generosidade. O insensato vê como generosidade este ato totalmente egoísta.
No futuro, eles iriam perceber os seus equívocos. Jeová iria mostrar o que é ser generoso. Usando seu Filho Jesus, Jeová iria revelar para todos, o que é justiça, o que é praticar justiça, o que incluía revelar que emprestar sob caução (com penhor) não é ato de generosidade. O insensato vê como generosidade este ato totalmente egoísta.
Assim
está definido o termo insensato em certo dicionário:
INSENSATO
adj. e s.m. Que ou o que perdeu a
razão; louco, insano. / Que ou o que é contrário
ao bom senso.
Somente um louco, um insano, alguém que perdeu a razão, poderia ver o emprestar sob caução (exigir um penhor) ao pobre, ao que carece, como um ato de generosidade. No entanto, isto só será percebido quando estes passarem a ter Jesus como rei e quando este rei ensinar a estes seus súditos. Será muito vergonhoso para tais súditos que até então se achavam "generosos".
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