terça-feira, 28 de abril de 2020

MATAR OU PERDOAR O BLASFEMADOR??

O QUE FAZER COM AQUELE QUE BLASFEMA??


Aquele que blasfema, quem é este??

O que se deve fazer com aquele humano que blasfemar o nome de Deus??
O que fazer com aquele humano que amaldiçoar o nome de Deus??
Trata-se de uma ofensa a Deus, não é verdade??
Trata-se de uma ofensa pessoal?? Não é verdade??

Se a esposa de meu irmão ofende o meu irmão em palavras ou em ações, o que eu devo fazer?? Devo ficar do lado dele e contra a ofensora?? Tendo sido testemunha deste fato, devo ser o primeiro a fazer um julgamento condenatório e matá-la??
Quem foi o ofendido, não foi o meu irmão??
Não é o ofendido quem deve pronunciar-se??
Não é a vítima quem deve pronunciar-se??
E se o ofendido decidir perdoar seu ofensor, em que situação eu ficarei??
Neste caso, eu não devo tomar a iniciativa em relação a um assunto que não me diz respeito, pois neste caso eu serei um intrometido.

Moisés era aquele que falava face a face com Jeová. Sua afirmação gozava de grande credibilidade entre os israelitas, pois era vista como uma informação dada por Jeová. Toda e qualquer informação dada por Moisés era recebida pelo povo como a vontade de Jeová materializada em forma de mandamento.

Neste caso, vamos fazer uma viagem ao passado, e ouvindo as palavras faladas por Moisés, saber qual seria a vontade de Deus em relação ao tratamento que deveria ser dado a um blasfemador dentro daquele reino.

Estamos no deserto. Neste dia aconteceu algo diferente. Assim verte a Tradução Brasileira o acontecido: (Levítico 24:10-11) 10 Dentre os filhos de Israel saiu o filho duma mulher israelita, o qual teve por pai um egípcio. Houve uma contenda no arraial entre o filho da mulher israelita, e um homem de Israel; 11 o filho da mulher israelita blasfemou o Nome, e praguejou. Trouxeram-no a Moisés. Ora o nome de sua mãe era Selomite, filha de Dibri, da tribo de Dã.
Ora, ora, este homem teve a coragem de blasfemar o nome de Deus??

Tratava-se de um pecado, não é verdade??
Bem, o que fazer??
Estes humanos ficaram na expectativa de saber o que Deus faria em um caso como este. Era uma situação inédita para eles. Não podemos esquecer que Jeová estava morando com eles; Jeová estava habitando com eles.

Quando Jeová revelava o Seu desagrado em uma situação qualquer, Ele tomava uma ação, ação esta que era vista e/ou sentida por todo o povo.
Este relacionamento direto havia começado no Egito. Jeová tinha uma maneira pessoal de tratar os assuntos; Ele tinha uma visão pessoal de como as coisas deviam ser feitas. No entanto, este Deus era desconhecido para aquele povo que Deus havia escolhido para manter um relacionamento direto.

Vamos examinar uma situação ocorrida em que o povo escolhido tinha uma expectativa sobre o que podia acontecer, pois tratava-se de uma situação inédita neste relacionamento entre Jeová e o povo escolhido. O povo passou a experimentar uma situação inédita para eles, situação esta que lhes causava medo.

EXPECTATIVA - Primeiro, vamos ver a descrição dada por certo dicionário (Houaiss) para a palavra expectativa: “situação de quem espera a ocorrência de algo...

expectativa Datação: 1515
n substantivo feminino
situação de quem espera a ocorrência de algo, ou sua probabilidade de ocorrência, em determinado momento

A pessoa passa a estabelecer algumas opções daquilo que poderá acontecer. Na mente da pessoa ela estabelece possibilidades de acontecer uma coisa ou outra.

PROBABILIDADE – Esta é a definição dada por certo dicionário (Houaiss):
probabilidade Datação: 1614
n substantivo feminino
característica do que é provável
1 perspectiva favorável de que algo venha a ocorrer; possibilidade, chance
Ex.: há pouca p. de chuva
2 grau de segurança com que se pode esperar a realização de um evento, determinado pela frequência relativa dos eventos do mesmo tipo numa série de tentativas
3 Rubrica: estatística.
número provável correspondente a (alguma coisa), calculado estatisticamente
4 Rubrica: matemática.
número positivo entre zero e um, associado a um evento aleatório, que se mede pela frequência relativa da sua ocorrência numa longa sucessão de eventos


Depois do inédito fato ocorrido, assim se expressou o povo: (Deuteronômio 5:23-24) 23E sucedeu que, assim que ouvistes a voz do meio da escuridão, enquanto o monte ardia com fogo, passastes a chegar-vos a mim, todos os cabeças das vossas tribos e todos os vossos anciãos. 24 Então dissestes: ‘Eis que Jeová, nosso Deus, nos mostrou a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo. Neste dia vimos que Deus pode falar com o homem e que este realmente pode continuar vivendo.
Assim verte a Tradução Almeida: (Deuteronômio 5:23-24) 23 Mas quando ouvistes a voz do meio das trevas, enquanto ardia o monte em fogo, viestes ter comigo, mesmo todos os cabeças das vossas tribos, e vossos anciãos, 24 e dissestes: Eis que o Senhor nosso Deus nos fez ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo; hoje vimos que Deus fala com o homem, e este ainda continua vivo.

Bem, tratava-se de uma situação inédita. Vamos entrar no meio do povo e presenciar tal fato. Como é que você se sente?? O monte está ardendo em fogo e ainda por cima você ouve a voz do próprio Jeová falando. São muitos os sentimentos que podem ir surgindo naquele que está ali, não é verdade??
O que afirmaram depois para Moisés?? “Vimos hoje que Deus fala com o homem, e este continua vivo”. Eles tinham acabado de ouvir a voz de Jeová bem de perto. É provável que pensassem que tinham escapado da morte certa por ficarem tão perto de Jeová, o Deus Todo-poderoso. No Egito e no mar vermelho, todo o povo tinha sido testemunha de muitas ações que revelavam o quanto Jeová era Poderoso. Certamente ficaram receosos de serem atingidos em face de tão grandiosa demonstração de poder.

Ouvir a voz do próprio Jeová - Tratava-se de algo inédito e que eles achavam improvável que acontecesse. Neste caso, eles desconheciam este fato e achavam não ser possível acontecer. Certamente achavam que dificilmente sobreviveriam a esta experiência. No entanto, sobreviveram.

Quando foram convocados para uma segunda ocasião, o que afirmaram estes mesmos homens??
Eles afirmaram: (Deuteronômio 5:25-27) 25 E agora, por que devíamos morrer, visto que este grande fogo nos pode consumir? Se novamente ouvirmos ainda mais a voz de Jeová, nosso Deus, então certamente morreremos. 26 Pois, quem há de toda a carne, que tenha ouvido a voz do Deus vivente falar do meio do fogo, assim como nós, e ainda continue vivendo? 27 Chega-te tu e ouve tudo o que Jeová, nosso Deus, disser; e serás tu quem nos falará tudo o que Jeová, nosso Deus, te falar, e certamente escutaremos e [o] faremos.’

Assim verte a Tradução Almeida: (Deuteronômio 5:25-27) 25 Agora, pois, por que havemos de morrer? Este grande fogo nos consumirá; se ainda mais ouvirmos a voz do Senhor nosso Deus, morreremos. 26 Porque, quem há de toda a carne, que tenha ouvido a voz do Deus vivente a falar do meio do fogo, como nós a ouvimos, e ainda continue vivo? 27 Chega-te tu, e ouve tudo o que o Senhor nosso Deus falar; e tu nos dirás tudo o que ele te disser; assim o ouviremos e o cumpriremos.
  • O que percebemos? Percebemos que tratava-se de algo inédito no relacionamento com alguém que eles não conheciam e ainda não sabiam como se portar diante Dele.
  • Embora já tivessem passado por esta experiência sem que nada de mal lhes tivesse acontecido, rejeitaram ao segundo convite feito por Jeová.
  • Chega-te tu e ouve as palavras que Deus falar e tu repetirás para nós e nós obedeceremos.
  • Isto revelava plena confiança em Moisés, não revelava??

Voltemos então para a outra inédita situação, que envolvia alguém que havia ofendido Jeová diretamente à face.
Que decisão tomaria Jeová?? Depois das palavras daquele jovem tudo continuou inalterado. Não houve relâmpagos e trovões e não houve uma punição direta daquele que havia sido ofendido. Jeová não tomou nenhuma ação pessoal contra aquele que o havia ofendido.

Que devemos fazer?? O que eles fizeram??
Eles pegaram o rapaz e o colocaram em detenção para que fosse dada uma sentença. Para haver uma sentença tinha de haver um juiz, não é verdade?? Moisés foi procurado para que a decisão fosse dada. Estes humanos esperavam uma decisão de Jeová em relação a este assunto.
Houve uma ofensa ao Deus dos israelitas. O que fazer??

Bem, se fosse uma ofensa a algum Deus Egípcio, o que era feito??

Vamos deixar as palavras de Moisés responder a esta pergunta: (Êxodo 8:26) 26 Moisés disse, porém: “Não é admissível fazer isso, pois ofereceríamos em sacrifício a Jeová, nosso Deus, algo detestável para os egípcios. Suponhamos que sacrificássemos algo detestável para os egípcios, diante dos seus olhos; não nos apedrejariam?
Assim verte a Tradução Almeida: (Êxodo 8:26) 26 Respondeu Moisés: Não convém que assim se faça, porque é abominação aos egípcios o que havemos de oferecer ao Senhor nosso Deus. Sacrificando nós a abominação dos egípcios perante os seus olhos, não nos apedrejarão eles?

O povo egípcio assim agia em face de uma ofensa a algum de seus deuses, pois, segundo eles, tratava-se de uma coisa inconcebível, uma coisa imperdoável.

No caso daquele jovem ofensor, até então, Jeová não havia feito nada contra aquele que o havia ofendido diretamente à face.
Como o único ofendido, será que Jeová também não toleraria tal falta de respeito contra Ele e mandaria matar tal ofensor, estabelecendo assim que este costume egípcio também devia ser praticado pelo povo escolhido??

  • O que representava não matar imediatamente o blasfemador??
  • Perdoaria Jeová a este blasfemador diante de todo o povo??
  • Será que Jeová perdoa àquele que blasfema contra Ele??
  • Sendo Jeová um Deus Imparcial, se Ele não perdoasse este blasfemador, isto significava que Ele não perdoaria a ninguém que blasfemasse contra Ele, não é verdade??
  • O princípio da equidade assim o exige não é verdade??

Matando Jeová o blasfemador, o que isto diria a respeito da personalidade de Jeová??

Isto caracterizaria a personalidade de Jeová como alguém que não perdoa a blasfêmia contra Ele, não é verdade??
Decerto, que sim.
Tratar-se-ia de um Deus que não tolera ser ofendido por ninguém. Se me ofendeu, será morto.

Voltamos agora para o deserto.
Moisés falava face a face com Jeová.

Que informação deu Moisés ao povo?? O que esta informação dada por Moisés revelou em relação a personalidade de Jeová??
Tratava-se de um Deus Perdoador ou tratava-se de um Deus Justiceiro que dava a cada um aquilo que este merecia??

Seria um Deus tolerante com o pecador ou um Deus intolerante com o pecador??

Será que Jeová vivia o seu dia a dia pela mesma regra adotada e praticada pelos sacerdotes egípcios??
Segundo Moisés, qual era a vontade de Jeová em relação a este assunto, vontade esta que seria respeitada e praticada pelo povo durante os séculos posteriores como uma imutável vontade divina??

Bem, vamos deixar Moisés repetir as palavras, palavras estas que foram atribuídas a Jeová.

Assim se fez registrar : (Levítico 24:13-16) 13 E Jeová passou a falar a Moisés, dizendo: 14Leva para fora do acampamento aquele que invocou o mal; e todos os que o ouviram têm de pôr suas mãos sobre a cabeça dele e a assembléia inteira tem de atirar [pedras] nele. 15 E deves falar aos filhos de Israel, dizendo: ‘Caso algum homem invoque o mal sobre o seu Deus, então tem de responder pelo seu pecado. 16 Assim, quem maldisser o nome de Jeová, sem falta deve ser morto. A assembléia inteira deve sem falta atirar pedras nele. O residente forasteiro, igual ao natural, deve ser morto por maldizer o Nome.. . .

Assim verte a Tradução Brasileira: (Levítico 24:13-16) 13 Disse Jeová a Moisés: 14 Tira o que blasfemou para fora do arraial; todos os que o ouviram porão as mãos sobre a cabeça dele, e toda a congregação o apedrejará. 15 Dirás aos filhos de Israel: Todo o homem que amaldiçoar ao seu Deus, levará sobre si o seu pecado. 16 Aquele que blasfemar o nome de Jeová certamente será morto; toda a congregação o apedrejará. Será morto tanto o estrangeiro como o natural, quando blasfemar o Nome.

Está escrito: Disse Jeová a Moisés.
Depois desta afirmação, é acrescentado uma ordem e um mandamento, mandamento este que passaria a servir de diretriz para toda a nação em relação a questão da blasfêmia.

Bem, segundo Moisés, a vontade de Jeová é que o homem que blasfemasse contra Deus, ou seja, contra Ele Jeová, não seria perdoado por Ele, Jeová, e que o povo devia agir como carrasco para aquele que blasfemasse contra Ele, Jeová.
A assembleia inteira devia participar como carrasco daqueles que blasfemassem contra Jeová. O povo devia ser o braço de Jeová para satisfazer a vontade de Jeová.
Neste caso, toda a nação estava sendo convocada por Jeová para agirem quais vingadores. Eles estavam se vingando da blasfêmia cometida contra Jeová. Estavam tomando as dores de Jeová; estavam se ofendendo por Jeová.
Havendo uma segunda ocasião, estes humanos não precisavam mais perguntar para Jeová o que fazer com um blasfemador, não é verdade?? Foi-lhes dado um mandamento.
Segundo Moisés Jeová não perdoaria ninguém que blasfemasse contra Ele. Amaldiçoar o nome de Jeová é blasfemar contra Jeová, não é??
Independente de quem fosse, aquele que blasfemasse contra Jeová dentro do território israelense tinha de ser apedrejado pelo povo, mesmo que fosse um estrangeiro. Aquele que blasfemasse contra Jeová passava a ser visto pelo observador, testemunha ou não, como alguém a ser odiado e morto.

Séculos mais tarde, façamos a mesma pergunta para Jesus: Jesus, qual é a vontade de Deus no caso de alguém blasfemar contra Ele??
Bem, Jesus devia confirmar o mandamento dado por Moisés, mandamento este tido como sendo a vontade de Deus em relação ao ato de blasfemar.
A palavra de Jeová para Moisés representava a Sua vontade, não representava?? Bem, para os ouvintes de Moisés não havia nenhuma dúvida.

Segundo Jesus, qual era a vontade de Jeová em relação àquele que blasfemasse contra Ele, Jeová??

Assim se fez registrar: (Mateus 12:31) 31Por esta razão, eu vos digo: Toda sorte de pecado e blasfêmia será perdoada aos homens, mas a blasfêmia contra o espírito não será perdoada.. . .
Assim verte a Tradução Almeida: (Mateus 12:31) 31 Portanto vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.

Assim verte a Tradução Brasileira: (Mateus 12:31) 31 Por isso vos declaro: Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada.

Em relação ao ato de blasfemar, Jesus afirmou ser esta a vontade de Deus.
Assim se fez registrar: (Marcos 3:28) 28 Deveras, eu vos digo que todas as coisas serão perdoadas aos filhos dos homens, não importa que pecados e blasfêmias cometam blasfemamente.
Assim verte a Tradução Almeida: (Marcos 3:28) 28 Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, bem como todas as blasfêmias que proferirem;
Assim verte Tradução Brasileira: (Marcos 3:28) 28 Em verdade vos digo: Que aos homens serão perdoados todos os pecados, e as blasfêmias que proferirem;

Segundo Jesus, Jeová perdoava toda blasfêmia cometida contra Ele, Jeová, independente de que blasfêmia fosse. Segundo Jesus, todos os pecados e todas as blasfêmias serão perdoadas aos filhos dos homens.

Segundo Jesus, Jeová não guardava ressentimento de nenhuma blasfêmia falada contra Ele.
Ora, nas palavras faladas por Moisés, Jeová não tolera, não admite ser blasfemado por humanos. Segundo as palavras faladas por Moisés todo blasfemador devia ser morto, isto é, devia ser apedrejado. Segundo Moisés, esta ação de intolerância contra o blasfemador era uma ordem de Jeová, logo tratava-se de um mandamento e de uma ação praticada por Jeová.
Se o blasfemador não fosse morto, estariam desobedecendo a um mandamento dado por Jeová para os homens, não é verdade?? De acordo com as palavras faladas por Moisés, não matar o blasfemador seria uma desobediência, um ato de rebeldia contra Jeová.

Jesus também afirmou que ele perdoava toda palavra falada contra ele. Assim se fez registrar: (Mateus 12:31-32) . . .. 32 Por exemplo, quem falar uma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas quem falar contra o espírito santo, não lhe será perdoado, não, nem neste sistema de coisas, nem no que há de vir.
Assim verte a Tradução Almeida: (Mateus 12:32) 32 Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro.


Jesus afirmou que perdoaria toda blasfêmia praticada contra ele. Jesus perdoava o blasfemador?? Sim. Não estaria Jesus indo de encontro ao mandamento, que segundo Moisés havia sido dado por Jeová para ele repassar ao povo??

O que aquele homem que confiava nesta palavra de Moisés veria na ação de Jesus de perdoar alguém que blasfemasse contra Jeová?? Veria um cumpridor da lei ou veria um rebelde contra a lei dada por Moisés.

Obviamente vem a seguinte pergunta: Jeová perdoa toda blasfêmia cometida contra Ele ou não perdoa??

Segundo Moisés não havia perdão. Segundo Moisés haveria a morte imediata daquele que blasfemasse. Segundo Moisés, os israelitas tinham de matar aquele que blasfemasse contra Jeová, no caso deles serem testemunhas disso. “Toda a congregação o apedrejará”, foi o que Moisés mandou fazer. Toda a congregação passou a ser fiscal da lei, participando ativamente como carrasco do blasfemador.

BLASFÊMIA – Esta é definição dada por certo dicionário (Houaiss): “palavra, expressão ou afirmação que insulta ou ofende o que é considerado digno de respeito....”

blasfêmia Datação: 1344
n substantivo feminino
1 enunciado ou palavra que insulta a divindade, a religião ou o que é considerado sagrado
2 Derivação: por extensão de sentido.
palavra, expressão ou afirmação que insulta ou ofende o que é considerado digno de respeito ou reverência
3 Derivação: por extensão de sentido.
afirmação absurda ou ilógica; contrassenso


O que será que Jeová considera como sendo digno de respeito em relação a Ele?? O que Ele considera como sendo uma palavra ofensiva?? O que humano classifica como sendo uma palavra blasfema contra Deus?? Será que os dois conceitos são iguais??
Não podemos esquecer que uma ação pode valer mais do que muitas palavras.

Bem, segundo a informação de Moisés, o que deveria ocorrer neste caso em que alguém falou fortes palavras contra Jeová?? Segundo Moisés devia der morto por apedrejamento.

Bem, outras pessoas falaram palavras ofensivas, ou seja, palavras que Jeová considerou ofensivas, pois foi o próprio Jeová quem ouviu e informou a Seu mensageiro, para que este informasse ao povo.

Assim se fez registrar: (Malaquias 2:17) 17Fatigastes a Jeová com as vossas palavras e dissestes: ‘De que modo [o] fatigamos?’ Por dizerdes: ‘Todo aquele que faz o mal é bom aos olhos de Jeová e de tais é que ele mesmo se agrada’; ou: ‘Onde está o Deus da justiça?’”
Assim verte a Tradução Almeida: (Malaquias 2:17) 17 Tendes enfadado ao Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o havemos enfadado? Nisto que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada; ou: Onde está o Deus do juízo?

Assim verte a Tradução Brasileira: (Malaquias 2:17) 17 Tendes enfadado a Jeová com as vossas palavras. Todavia dizeis: Em que o temos enfadado? Nisto que dizeis: Todo o que faz o mal é bom aos olhos de Jeová, e nestes tais ele se deleita; ou onde está o Deus do juízo?

O que estas palavras são na realidade?? São blasfêmias contra um Deus Santo, não são?? Afirmou-se que Jeová se deleita com os iníquos, pois todo o que faz o mal é bom aos olhos de Jeová.
Afinal, aos olhos de Jeová todo aquele que pratica a maldade é “mal” ou será que aquele que pratica a maldade é “bom” aos olhos de Jeová??
Assim se fez registrar: (Malaquias 3:13-15) 13Fortes foram as vossas palavras contra mim”, disse Jeová. E dissestes: “Que falamos entre nós contra ti?” 14Dissestes: ‘De nada vale servir a Deus. E que lucro há em termos cumprido a obrigação para com ele e em termos andado acabrunhados por causa de Jeová dos exércitos? 15 E atualmente declaramos felizes os presunçosos. Também os praticantes da iniqüidade foram edificados. Eles também têm experimentado a Deus e conseguem safar-se.’”

Assim verte a Tradução Almeida: (Malaquias 3:13-15) 13 As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? 14 Vós tendes dito: inútil é servir a Deus. Que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos exércitos? 5 Ora pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade prosperam; sim, eles tentam a Deus, e escapam.

Assim verte a Tradução Brasileira: (Malaquias 3:13-15) 13 As vossas palavras têm sido audazes contra mim, diz Jeová. Contudo dizeis: Em que temos falado contra ti? 14 Tendes dito: Vão é servir a Deus: e que nos aproveita termos guardado o seu preceito, e termos andado de luto perante Jeová dos exércitos? 15 Assim nós chamamos ditosos aos soberbos; os que obram impiedade, são edificados; os que tentam a Deus, são libertados.

Jeová chamou estas palavras de palavras agressivas, não chamou??

Bem, depois de tais palavras agressivas contra Jeová, o que se devia fazer segundo aquela regra informada por Moisés?? Deveria haver o apedrejamento daqueles que proferiram tais palavras agressivas contra Jeová, não deveria?? Deveria haver algum perdão?? Segundo a informação de Moisés, não.

Bem, estes homens continuaram vivos, não continuaram?? Jeová não os apedrejou.


Anos antes desta informação dada por Jeová para Seu mensageiro Malaquias, Jeová já havia falado para outro mensageiro que o povo com o qual ele residia, O ofendia diariamente, diretamente à face.
Jeová considerava tanto as palavras como as ações como sendo ofensivas a Ele.

Assim se fez registrar: (Isaías 65:2-3) 2O dia inteiro estendi as minhas mãos para um povo obstinado, os que andam no caminho que não é bom, atrás dos seus pensamentos; 3 o povo [que se compõe] dos que de contínuo me ofendem diretamente à minha face, sacrificando nos jardins e fazendo fumaça sacrificial sobre os tijolos,
Assim verte a Tradução Almeida: (Isaías 65:2-3) 2 Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde, que anda por um caminho que não é bom, após os seus próprios pensamentos; 3 povo que de contínuo me provoca diante da minha face, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre tijolos;

Será que Jeová deixou de perdoar a todos estes que blasfemaram contra Ele?? Tomou Jeová a iniciativa de apedrejar tais ofensores??

Será que Jeová deu a estes ofensores aquilo que eles mereciam?? O afirmou Jeová??
Eu estendi as Minhas mãos o dia inteiro para um povo obstinado e rebelde”.

Havia Jeová falado para Moisés que Ele era um Perdoador de pecados?? Sim, havia falado.

Assim havia falado Jeová para Moisés: (Êxodo 34:6-7) 6 E Jeová ia passando diante da sua face e declarando: “Jeová, Jeová, Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade, 7 preservando a benevolência para com milhares, perdoando o erro, e a transgressão, e o pecado, mas de modo algum isentará da punição, trazendo punição pelo erro dos pais sobre os filhos e sobre os netos, sobre a terceira geração e sobre a quarta geração.”

Assim verte a Tradução Almeida: (Êxodo 34:6-7) 6 Tendo o Senhor passado perante Moisés, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração.


Assim verte a Tradução Brasileira: (Êxodo 34:6-7) 6 Passando Jeová por diante dele, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e clemente, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 que guarda beneficência em milhares, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado; e que de maneira alguma terá por inocente o culpado, visitando a iniqüidade dos pais nos filhos, e nos filhos dos filhos, na terceira e na quarta geração.


Que ação normal e natural tomavam os judeus contemporâneos de Jesus contra aqueles que eles viam como blasfemadores contra Deus?? O que fazer no caso de blasfêmia?? Que mandamento obedecer??

Vamos ver duas ocasiões em que os judeus faziam julgamentos segundo o mandamento dado por Moisés.

Esta foi a primeira ocasião. (João 10:31-33) 31 Mais uma vez, os judeus apanharam pedras para o apedrejarem. 32 Jesus replicou-lhes: “Eu vos apresentei muitas obras excelentes da parte do Pai. Por qual destas obras me apedrejais?” 33 Os judeus responderam-lhe: “Nós te apedrejamos, não por uma obra excelente, mas por blasfêmia, sim, porque tu, embora sejas um homem, te fazes um deus.”

Assim verte a Tradução Almeida: (João 10:31-33) 31 Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. 32 Disse-lhes Jesus: Muitas obras boas da parte de meu Pai vos tenho mostrado; por qual destas obras ides apedrejar-me? 33 Responderam-lhe os judeus: Não é por nenhuma obra boa que vamos apedrejar-te, mas por blasfêmia; e porque, sendo tu homem, te fazes Deus.

Esta foi a segunda ocasião - (Mateus 26:64-66) . . .” 65 O sumo sacerdote rasgou então a sua roupagem exterior, dizendo: “Ele blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Vede! Agora ouvistes a blasfêmia. 66 Qual é a vossa opinião?” Eles deram a resposta: “Está sujeito à morte.”. . .

Assim verte a Tradução Almeida: (Mateus 26:64-66) 64 Repondeu-lhe Jesus: É como disseste; contudo vos digo que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. 65 Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que agora acabais de ouvir a sua blasfêmia. 66 Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte.

Ficou bem claro que estes homens tinham seus próprios conceitos sobre o que era blasfemar contra Deus. Estes homens, os contemporâneos de Jesus, estavam obedecendo ao mandamento dado por Moisés em relação àquele que blasfemasse. Não sentiam nenhuma vergonha de apedrejarem qualquer humano que, dentro dos seus pontos de vista, estivessem blasfemando contra Jeová, o Deus que eles afirmavam amar de todo o coração.
Por que não sentiam nenhuma vergonha de praticarem tal crime??
Por que não sentiam vergonha de matar?? Todo o povo tinha o mesmo sentimento contra alguém que blasfemasse contra Jeová. Desta forma, qualquer palavra que eles entendessem como blasfêmia contra Jeová, eles apedrejavam tal pessoa.
Por que não sentiam vergonha??
Havia um mandamento supostamente dado pelo próprio Jeová definindo o tipo de ação a ser tomada em uma situação como esta. Este mandamento fornecia uma regra de comportamento a ser adotada no dia a dia quando acontecesse tal circunstância.

Ora, se a pessoa está obedecendo a Jeová, ela nunca se sentirá envergonhada diante de Jeová e diante de nenhum humano por estar cumprindo um mandamento devidamente registrado nas “Escrituras” que se inicia com as palavras: E Jeová disse a Moisés.

E Jeová disse a Moisés: Toda a congregação deve participar em matar todo aquele que blasfemar contra mim.

Depois de saber desta vontade de Jeová, o que faria todo aquele que desejava agradar a Jeová??
Ele se orgulharia de participar em apedrejar qualquer blasfemador.

Aquela geração dos dias de Jesus havia sido ensinada desde a sua infância sobre tais mandamentos.

Neste caso, não estavam cumprindo a vontade de Deus?? Neste caso, não estavam simplesmente obedecendo a Deus??
Porque matavam àqueles que blasfemassem contra Deus??
Simplesmente porque estavam obedecendo ao mandamento registrado nas “escrituras”. Aos olhos e ouvidos daqueles homens, Jesus estava blasfemando contra Deus. Do ponto de vista destes homens havia blasfêmia em Jesus. Dentro do entendimento daqueles homens, Jesus estava blasfemando contra Deus.

Jesus estava falando algo contra aquilo que já estava registrado nas “escrituras” como sendo a vontade de Deus??
As palavras eram opostas, não eram??
Consequentemente, as ações seriam opostas, não seriam?? Certamente.

Estes homens já haviam apedrejado muitos blasfemadores. Não estavam satisfazendo a vontade de Jeová?? Segundo Moisés, os que matavam blasfemadores estavam satisfazendo a vontade de Jeová. Matavam blasfemadores para agradar a Jeová, Aquele que ficava com ódio do blasfemador.
Bem, o que as palavras de Jesus mostraram??
O que revelaram as ações de Jeová para com aqueles que O ofendiam diariamente à face??

Jeová é um Pai Amoroso.
Sendo Jeová o Pai Amoroso daquele que está blasfemando e Pai Amoroso daquele que está ouvindo a blasfêmia, mandaria Ele que Seu filho amado matasse aquele outro filho amado?? Seria este um mandamento que formava ovelhas?? Ovelhas que matam??

O que Jeová falou para Moisés em relação a Jesus?? As palavras de Jeová em relação a Jesus foram estas: (Deuteronômio 18:18-19) 18 Suscitar-lhes-ei do meio dos seus irmãos um profeta semelhante a ti; e deveras porei as minhas palavras na sua boca e ele certamente lhes falará tudo o que eu lhe mandar. 19 E tem de dar-se que o homem que não escutar as minhas palavras que ele falar em meu nome, deste eu mesmo exigirei uma prestação de contas.
Assim verte a Tradução Almeida: (Deuteronômio 18:18-19) 18 Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. 19 E de qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu exigirei contas.

Eu porei as minhas palavras na boca daquele meu mensageiro. Ele lhes falará tudo o que Eu o mandar falar. Eu vou exigir uma prestação de contas daquele que não escutar as minhas palavras que ele falar em meu nome”.
Jesus afirmou: “Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado”.
O que Jesus queria dizer com isto?? Quem é o filho do homem aqui nesta afirmação?? Quem se tornaria vítima da palavra falada contra ele??

Cumprindo aquele mandamento dado pelo Pai e informado por Jesus, ou seja, “àquele que te bater na face direita, oferece-lhe a esquerda”, Jesus perdoaria a todas as blasfêmias contra ele.

Jesus também afirmou: “Eu e o Pai somos um”. Não copiava Jesus as ações do Pai??

Que mais afirmou Jesus?? Ele afirmou: (João 5:19) 19 Portanto, em resposta, Jesus prosseguiu a dizer-lhes: “Digo-vos em toda a verdade: O Filho não pode fazer nem uma única coisa de sua própria iniciativa, mas somente o que ele observa o Pai fazer. Porque as coisas que Este faz, estas o Filho faz também da mesma maneira. . .
Assim verte a Tradução Almeida: (João 5:19) 19 Disse-lhes, pois, Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho de si mesmo nada pode fazer, senão o que vir o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
- “Eu só faço aquilo que o Pai já fez; o que eu observo Ele fazer é o que eu faço. Aquilo que o Pai não faz, eu também não faço”.

Porque Jesus perdoava todas as blasfêmias contra ele?? Porque estava copiando o Pai Celestial. Jesus repetia esta ação do Pai Celestial.

Esta sim é a ação de uma ovelha.

Jesus se comportava como um filho deve se comportar em relação a seu pai.
Jesus tinha a Jeová como seu Pai.

Suponhamos uma família com vinte irmãos. O pai ama todos os filhos igualmente. Na presença de quatro irmãos, José profere palavras ofensivas contra o seu pai. Quando procurado por Kleber, um dos seus amados filhos, o que diria o pai ao tornar-se sabedor da ofensa de seu amado filho José??
Será que o pai mandaria Kleber matar seu irmão José por tamanha falta de respeito a seu próprio pai??
  • Um pai amoroso não levaria em conta tal ofensa contra ele.
  • Um pai amoroso não guardaria ressentimento de tal ação infantil.
  • Um pai amoroso informaria a seu filho sobre sua vergonhosa atitude.
  • Filho, esta não é uma verdade a meu respeito; filho, você conhece bem o seu pai??
  • Filho, se você me conhecesse bem, você não falaria tal palavra a meu respeito.
  • Filho, você não acha que isto é uma falta de amor com seu pai??
  • Filho, você não acha que isto é uma falta de amor para com teus irmãos??

Decerto, depois de tal diálogo, José choraria muito de vergonha. Dificilmente José repetiria tais palavras ofensivas.
Desta forma, o pai revelou continuar amando o seu filho apesar da iniquidade do seu filho. No que resultou o perdão do pai?? Certamente resultará e um filho um pouco melhor, não é verdade??

O que eu pude perceber??
Pude perceber que é improvável que Jeová tenha mandado um filho muito amado matar um outro filho muito amado por Ele.


Quem não conhece o Pai poderia afirmar que Ele deu um mandamento de morte para seus amados filhos praticarem no dia a dia.

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