ESTRANHAS PALAVRAS DITAS POR QUEM ACREDITAVA NO "RETORNO"
Acreditava
Jó na ressurreição ou numa morte sem retorno,
uma morte eterna?? O que o contexto revela?? Revela esperança
ou revela desesperança??
É
o contexto que explica cada uma das declarações
existentes em um determinado trecho de qualquer narrativa. Uma
declaração examinada de forma isolada poderá
apresentar diversos sentidos.
(Jó
14:1-22) 14
“O homem, nascido de mulher, É
de vida curta e está empanturrado de agitação.
2 Como
a flor, ele brota e é cortado, E foge como a sombra e não
permanece em existência. 3 Sim,
sobre este abriste teu olho, E me levas a juízo contigo.
4 Quem
pode, de alguém impuro, produzir alguém puro? Nem
sequer um. 5 Se
os seus dias estiverem determinados, Há contigo o número
dos seus meses; Fizeste para ele um decreto para que não vá
além. 6 Deixa
de atentar nele para que descanse, Até que ache prazer, como o
trabalhador contratado no seu dia. 7 Pois
até mesmo para uma árvore há esperança.
Se for decepada, brotará novamente, E seu próprio
rebento não deixará de existir. 8 Caso
a sua raiz envelheça na terra E morra no pó o seu toco,
9 Ao
cheiro da água florescerá, E certamente produzirá
um ramo como planta nova. 10 MAS
o varão
vigoroso morre e jaz prostrado;
E o homem terreno expira, e
onde está ele?
11 As
águas deveras desaparecem do mar, E o próprio rio se
escoa e seca. 12 O
homem também tem de deitar-se e não se levanta
. NÃO
ACORDARÃO até
que não haja mais céu, NEM
SERÃO DESPERTADOS do
seu sono. 13 Quem
dera que me escondesses no Seol, Que me mantivesses secreto até
que a tua ira recuasse, Que me fixasses um limite de tempo e te
lembrasses de mim! 14 Morrendo
o varão vigoroso, pode ele viver novamente? Esperarei todos os
dias do meu trabalho compulsório, Até vir a minha
substituição. 15 Tu
chamarás e eu mesmo te responderei. Terás saudades do
trabalho das tuas mãos. 16 PORQUE
AGORA estás
contando até os meus passos; De
nada cuidas senão do meu pecado. 17 Minha
revolta está selada numa bolsa, E passas cola sobre o meu
erro. 18 No
entanto, o próprio monte, caindo, se desvanecerá, E até
mesmo a rocha será mudada do seu lugar.19
A água certamente
desgasta até mesmo as pedras; Suas enxurradas levam embora o
pó da terra. Assim
DESTRUÍSTE A PRÓPRIA ESPERANÇA do homem mortal.
20 Tu
o levas de vencida PARA SEMPRE,
de modo que ele se vai embora; Desfiguras-lhe a face, mandando-o
embora. 21 Seus
filhos são honrados, mas ele não [o] sabe; E tornam-se
insignificantes, mas ele não os considera. 22 Apenas
a sua própria carne, enquanto estiver nele, continuará
a sentir dores, E a sua própria alma, enquanto estiver nele,
continuará a prantear.”
Assim
verte a Tradução Brasileira: (Jó
14:1-22) 1 O
homem, nascido da mulher, É de poucos dias e cheio de
inquietação. 2
Como
flor nasce, e murcha; Como sombra foge, e não permanece. 3
Sobre
um tal abres os teus olhos? A mim me fazes entrar em juízo
contigo? 4
Oxalá
que o puro pudesse sair do imundo! Não é possível.
5
Visto
que os seus dias estão contados, o número dos seus
meses nas tuas mãos, E lhe tens demarcado limites
intransponíveis. 6
Aparta
dele o teu rosto, para que descanse, Até que, qual jornaleiro,
goze do seu dia. 7
A
esperança para a árvore, sendo cortada, é que
torne a brotar,
E que não cessem os seus renovos. 8
Ainda
que a sua raiz envelheça na terra, E o seu tronco morra no pó;
9
Contudo
ao cheiro de água brotará, E lançará
ramos como uma planta. 10
O
homem, porém, morre, e fica prostrado; Expira o homem, e onde
está? 11
Como
as águas se retiram do mar, E o rio se esgota e seca; 12
Assim
o homem se deita, e não se levanta: Enquanto
existirem os céus, não acordará, Nem será
despertado do seu sono.
13
QUEM
ME DERA que
me escondesses no Cheol, Que me ocultasses até que a tua ira
tenha passado, Que após um tempo determinado, te lembrasses de
mim. 14
Se o
homem morrer, acaso tornará a viver? Todos os dias da minha
milícia esperaria eu, Até que viesse a minha dispensa.
15
Tu
chamarias, e eu te responderia; Serias afeiçoado à obra
das tuas mãos. 16
Agora,
porém, contas os meus passos; Porventura não observas o
meu pecado? 17
A
minha transgressão está selada num saco, E guardas
fechada a minha iniqüidade. 18
Mas
o monte que se esboroa, desfaz-se, E a penha se remove do seu lugar;
19
As
águas gastam as pedras, As suas inundações
arrebatam o pó da terra: Assim
fazes perecer a esperança do homem. 20
Prevaleces
para sempre contra ele, e ele passa;
Mudas
o seu rosto e o despedes. 21
Seus
filhos recebem honras, e ele não o sabe; São
humilhados, mas ele nada percebe a respeito deles. 22
Somente
para si mesmo sente dores a sua carne, E para si mesmo lamenta a sua
alma.
Assim
verte a Tradução Almeida: (Jó
14:1-22) 1 O
homem, nascido da mulher, é de poucos dias e cheio de
inquietação. 2
Nasce
como a flor, e murcha; foge também como a sombra, e não
permanece. 3
Sobre
esse tal abres os teus olhos, e a mim me fazes entrar em juízo
contigo? 4
Quem
do imundo tirará o puro? Ninguém. 5
Visto
que os seus dias estão determinados, contigo está o
número dos seus meses; tu lhe puseste limites, e ele não
poderá passar além deles. 6
Desvia
dele o teu rosto, para que ele descanse e, como o jornaleiro, tenha
contentamento no seu dia. 7
Porque
há esperança para a árvore, que, se for cortada,
ainda torne a brotar,
e que não cessem os seus renovos. 8
Ainda
que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó,
9
contudo
ao cheiro das águas brotará, e lançará
ramos como uma planta nova. 10
O
homem, porém, morre e se desfaz; sim, rende o homem o
espírito, e então onde está?
11
Como
as águas se retiram de um lago, e um rio se esgota e seca, 12
assim
o homem se deita, e não se levanta; ATÉ QUE NÃO
HAJA MAIS CÉUS NÃO ACORDARÁ nem será
despertado de seu sono.
13
Oxalá
me escondesses no
Seol, e me ocultasses até que a tua ira tenha passado; que me
determinasses um tempo, e te lembrasses de mim! 14
Morrendo
o homem, acaso tornará a viver? Todos os dias da minha lida
esperaria eu, até que viesse a minha mudança. 15
Chamar-me-ias,
e eu te responderia; almejarias a obra de tuas mãos. 16
Então
contarias os meus passos; não estarias a vigiar sobre o meu
pecado; 17
a
minha transgressão estaria selada num saco, e ocultarias a
minha iniqüidade. 18
Mas,
na verdade, a montanha cai e se desfaz, e a rocha se remove do seu
lugar. 19
As
águas gastam as pedras; as enchentes arrebatam o solo; assim
tu fazes perecer a ESPERANÇA do homem.
20
Prevaleces
para sempre contra ele, e ele passa;
mudas
o seu rosto e o despedes. 21
Os
seus filhos recebem honras, sem que ele o saiba; são
humilhados sem que ele o perceba. 22
Sente
as dores do seu próprio corpo somente, e só por si
mesmo lamenta.
Onde
está a esperança
em uma ressurreição
nestas palavras de Jó?? A
inteira sentença revela
exatamente o oposto. Quando Jó fala: Assim destruístes
a própria esperança do homem mortal; contrastando
com a esperança existente até
mesmo para uma árvore,
analisada segundo sua própria observação, onde
está a certeza de uma ressurreição?? “Quem
me dera” foi a
expressão de Jó. “Quem
me dera” não
é uma expressão que designe certeza em relação
a seu complemento na expressão. “Quão
bom seria” se o
varão vigoroso pudesse viver novamente.
Jó
estabelece um contraste. Primeiro
Jó fala da esperança que existe até
mesmo para uma árvore,
que é inferior ao ser humano na sua visão, e depois
fala: entretanto,
o varão vigoroso morre e jaz
prostrado, não
se levantará até
que não haja mais céu. Não
se levantará NUNCA
MAIS. Nunca despertará
de seu sono. “Quem
me dera” que
fosse diferente disso.
Não
se levantará nunca mais –
esta expressão revela
esperança de voltar a viver??
Ratificando
sua visão do assunto naquele momento, assim se expressou Jó:
Assim (desta forma) destruíste
a própria esperança do
homem mortal. Tu o levas
de vencida PARA
SEMPRE.
Neste
momento, com a informação que tinha até então,
Jó reclama por
NÃO TER
esperança.
Na
sua visão, naquele instante, o humano era levado de vencida
PARA SEMPRE.
Para sempre, sem retorno; uma morte eterna.
O
contexto revela o quadro
completo das declarações
de Jó.
Quem
me dera que me escondesses no Seol
até passar a tua ira. A tua ira é a fonte da minha dor.
Depois que passasse a tua ira, tu te lembrarias de mim e me chamarias
de volta. No entanto, neste exato momento tu só estás
olhando para meu pecado; de nada cuidas senão do meu pecado,
estás contando cada passo que eu dou.
Jó
revela que queria, se fosse possível, se esconder deste
momento de fúria do Criador. Ele está com raiva, por
isso é que Ele está me perseguindo, pensava, sentia e
afirmou Jó.
Que
revelavam outras
expressões de Jó sobre
este mesmo assunto?? Vejamos.
Assim
falou Jó adicionalmente: (Jó
7:5-10) 5 Minha
carne ficou revestida de gusanos e de pó encrostado; Minha
própria pele tem formado crostas e se dissolve. 6 Os
meus próprios dias ficaram mais velozes do que a lançadeira
do tecelão E
se acabam sem esperança.
7 Lembra-te
de que a minha vida é vento; Que meu olho não verá
mais o que é bom. 8 O
olho daquele que me vê não me avistará; Teus
olhos estarão [fixos] em mim, mas eu
não existirei.
9 A
nuvem certamente acaba e vai embora;
ASSIM
NÃO
SUBIRÁ AQUELE
QUE DESCE AO SEOL.
10 NÃO
MAIS RETORNARÁ
À
SUA CASA, E SEU LUGAR NÃO MAIS O RECONHECERÁ.
Assim
verte a Tradução Brasileira: (Jó
7:5-10) 5 A
minha carne está vestida de vermes e de crostas terrosas; A
minha pele solda-se e de novo rebenta. 6
Os
meus dias são mais velozes do que a lançadeira do
tecelão, E gastam-se SEM
ESPERANÇA. 7
Lembra-te
de que a minha vida é vento; Os meus olhos não tornarão
a ver a felicidade. 8
Os
olhos do que me vê, não me contemplarão mais; Os
teus olhos estarão sobre mim, porém não serei
mais. 9
Assim
como a nuvem se desfaz e passa. Assim aquele que desce ao Cheol, NÃO
SUBIRÁ MAIS. 10 Nunca mais tornará à sua casa,
Nem
o lugar onde habita o conhecerá jamais.
Assim
verte a Tradução Almeida: (Jó
7:5-10) 5 A
minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó;
a minha pele endurece, e torna a rebentar-se. 6
Os
meus dias são mais velozes do que a lançadeira do
tecelão, e chegam ao fim sem esperança. 7
Lembra-te
de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não
tornarão a ver o bem. 8
Os
olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os
teus olhos estarão sobre mim, mas não serei mais. 9
Tal
como a nuvem se desfaz e some, aquele que desce à sepultura
NUNCA
TORNARÁ A SUBIR.
10
Nunca
mais tornará à sua casa,
nem
o seu lugar o conhecerá mais.
ESPERANÇA
– Esta é a definição
dada por certo dicionário (Houaiss):
esperança
s.f.
(sXIII)
1
sentimento
de quem vê como possível a realização
daquilo que deseja; confiança em coisa boa; fé
(tb.
us. no pl.) <e.
de uma vida melhor>
<nunca
perca as e.>
2
rel
a
segunda das três virtudes teologais, ao lado da fé e da
caridade [Representa-se por uma âncora.] 3
expectativa,
espera, aguardo <o
filho é a sua e. de melhoria de vida>
<minha
e. é que ele se recupere logo>
4
ent
design.
comum aos insetos ortópteros da fam. dos tetigoniídeos,
esp. os que apresentam coloração verde; são
providos de órgãos auditivos localizados nas bases das
tíbias anteriores e a maioria das spp. produz um som
característico; gafanhoto-verde, grilo, saúde,
tucurunda 4.1
ent
pequeno
inseto (Neoconocephalus
triops),
brasileiro, de corpo estreito, encontrado esp. em pastos úmidos;
esperança-da-cana, esperança-dos-pastos
e.
de vida
bioes
duração
média de vida dos indivíduos em uma dada população,
calculada estatisticamente; expectativa de vida • e.
matemática
est
1
de
uma variável aleatória discreta, é a soma dos
produtos de cada valor da variável por sua respectiva
probabilidade 2
de
uma variável aleatória contínua, é a
integral do produto da variável por sua densidade de
probabilidade • dar
e.
prometer
ou insinuar a alguém que vai namorar ou se casar com ele •
que
e.
que
ilusão! que coisa improvável!
etim
esperar
+
-ança
ant
desesperança,
desespero
hom
esperança(fl.esperançar)
Minha
vida é vento; em face da minha doença, meus dias se
acabam sem
esperança.
Assim como a nuvem, que se acaba e vai embora, some, desaparece, não
voltando a existir aquela mesma nuvem, assim
não mais subirá
aquele que desce ao Seol.
Não retornará à
sua casa.
Uma
expressão tão clara quanto esta, o que revela?? Revela
a esperança de uma ressurreição ou revela a
falta de esperança quanto ao seu futuro??
De
forma oposta, tal expressão não revela a CERTEZA de não
mais sair do Seol??
As
palavras faladas por Jó neste momento tão dolorido de
sua vida, revelaram os seus sentimentos mais profundos, as suas reais
esperanças quanto ao futuro. Revelavam a sua total falta de
esperança em algo positivo, revelavam que ele não tinha
nada a que se agarrar. A esperança é uma âncora
para o ser humano, âncora que ele usa nos seus momentos de
tempestade, no entanto, naquele momento Jó revelou que ele não
possuía nenhuma esperança, nenhuma âncora a que
se agarrar.
Há
ainda outra
expressão de Jó sobre
este mesmo assunto?? Vejamos.
(Jó
10:20-22) 20 Não
são poucos os meus dias? Que desista de mim, Que deixe de
atentar para mim, a fim de que eu fique um pouco risonho 21
Antes
de ir-me embora — E
NÃO VOLTAREI — Para
a terra de escuridão e de sombra tenebrosa, 22
Para
a terra de obscuridade igual às trevas,
de sombra tenebrosa E de desordem, onde não reluz mais do que
as trevas [reluzem].”
Assim
verte a Tradução Brasileira: (Jó
10:20-22) 20 Não
são poucos os meus dias? cessa pois, E deixa-me, para que por
um pouco eu tome alento. 21
Antes
que eu vá para o lugar, DE QUE NÃO VOLTAREI, Para a
terra das trevas e da sombra da morte;
22
Terra
escuríssima, como a mesma escuridão; Terra da sombra da
morte, sem ordem alguma, E onde a própria luz é
escuridão.
Assim
verte a Tradução Almeida: (Jó
10:20-22) 20 Não
são poucos os meus dias? Cessa, pois, e deixa-me, para que por
um pouco eu tome alento; 21
antes
que me vá para o lugar DE
QUE NÃO VOLTAREI,
para a terra da escuridão e das densas trevas,
22
terra
escuríssima, como a própria escuridão, terra da
sombra trevosa e do caos, e onde a própria luz é como a
escuridão.
Esperança
ou desesperança??
Não
voltarei da terra de
escuridão e de sombra tenebrosa; onde não reluz mais
mais do que as trevas. Onde há a esperança de um
retorno?? A ressurreição é um retorno. Onde está
a esperança, a certeza de Jó em uma ressurreição??
Que
certeza tinha Jó?? Jó
tinha a certeza de que não havia retorno do Seol, o lugar para
onde ele iria.
A
boca fala daquilo que o coração está cheio –
nossas afirmações revelam o que há no nosso
coração. Esta é uma das verdades que nos foram
transmitidas por Jesus: (Mateus
12:33-37) 33 “Ou
tornais a árvore excelente e seu fruto excelente, ou tornais a
árvore podre e seu fruto podre; pois é pelo seu fruto
que se conhece a árvore. 34 Descendência
de víboras, como podeis falar coisas boas quando sois iníquos?
POIS
É DA ABUNDÂNCIA DO CORAÇÃO QUE A BOCA
FALA. 35 O
homem bom, do seu bom tesouro, envia coisas boas, ao passo que o
homem iníquo, do seu tesouro iníquo, envia coisas
iníquas.
36 Eu
vos digo que de toda declaração sem proveito que os
homens fizerem prestarão contas no Dia do Juízo;
37 pois
é pelas tuas palavras que serás declarado justo e é
pelas tuas palavras que serás condenado.”
Isto
é um fato do qual não se pode fugir.
Uma
torneira interligada a uma única caixa d'água, quando
for aberta, certamente deixará sair apenas aquilo que está
dentro da caixa d água. Se a água dentro da caixa
estiver pura, o que sairá pela torneira será apenas
água pura. Se a água dentro da caixa estiver impura,
sairá pela torneira apenas água impura. A torneira é
a nossa língua e a caixa d água é o nosso
coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário