quarta-feira, 29 de abril de 2020

O MEDO USADO PARA COIBIR A PRÁTICA DO MAL.

SE APROVEITAR DO MEDO DOS OUTROS


No império do terror, o medo era usado para coibir a prática do mal. No império do terror existia a lei do medo.
Será que o Pai usa deste expediente para fazer com que suas criaturas obedeçam aos seus mandamentos??
O que é o medo??
MedoEsta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: temor, receio, apreensão
medo
\ê\ s.m. (sXIII) 1 psic estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência <m. ao se sentir ameaçado> 2 temor, ansiedade irracional ou fundamentada; receio <m. de tomar injeções> 3 apreensão em relação a (algo desagradável) <m. de decepcionar> ² a m. com hesitação, timidamente • não ter m. de caretas fraseol. não se deixar intimidar • pelar-se de m. ser tomado por grande pavor • ter m. da própria sombra fraseol. 1 assustar-se por qualquer coisa 2 ser covarde ¤ etim lat. mètus,us 'id.' ¤ sin/var ver antonímia de coragem ¤ ant intrepidez; ver sinonímia de coragem ¤ hom medo(adj.s.m.)



Trata-se de um sentimento.
Primeira menção de medo na Escritura:
(Gênesis 3:10) 10 Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim, e tive medo, porque estava nu; e escondi-me.
Adão estava apreensivo em face do desconhecido?? O que será que o Pai vai fazer??
Havia em Adão uma apreensão:
O que é apreensão??


ApreensãoEsta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: receio, temor diante do futuro
apreensão
s.f. (a1542) ato ou efeito de apreender 1 assimilação ou compreensão do que é cognoscível; percepção <o sentido desse texto é de difícil a.> 2 grande inquietação; preocupação, receio, temor <a. diante do futuro> 3 tomada com base legal; confisco <houve grande a. de contrabando> 4 fil na escolástica, ação cognitiva através da qual se toma como objeto um conceito, uma proposição ou uma qualidade sensível, sem que este movimento intelectual seja acompanhado de qualquer julgamento ou apreciação valorativa 5 p.ext. conhecimento simples, imediato, intuitivo de um objeto 5.1 psic ato mais simples do conhecimento, pelo qual o espírito imediatamente se apropria do objeto conhecido 6 p.ext. (da acp. 1) psic ação pela qual a memória capta e retém uma série de lembranças ¤ etim lat.medv. apprehensio,ónis 'ação de tomar, de segurar' ¤ sin/var ver sinonímia de inteligência ¤ ant ver sinonímia de inépcia


Adão tinha receio.
ReceioEsta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: sentimento de apreensão diante do que se julga perigoso.
receio
s.m. (1393) ato ou efeito de recear 1 sentimento de apreensão diante do que se julga perigoso <anda só à noite sem r.> 2 incerteza acompanhada de certo medo em relação a resultados ou consequências; apreensão, temor <assaltou-lhe o r. de que não ia dar certo o combinado> ² sem r. ousadamente, sem temor ¤ etim regr. de recear ¤ sin/var arreceio; ver antonímia de confiança e coragem ¤ ant ver sinonímia de confiança e coragem ¤ hom receio(fl.recear)
Adão tinha um sentimento novo. Adão estava sentindo medo. Sua reação foi de se esconder. Por que Adão passou a ter medo?? Na sua mente havia motivos plenamente justificáveis para ele se esconder. Ele não sabia o que podia lhe acontecer, mas tinha receio de que algo de mal lhe pudesse acontecer. Adão sentia-se em perigo. O perigo existente na mente de Adão era real ou imaginário??
Vamos analisar agora o medo e a ação de três gerações consecutivas em face do medo. Abraão, Isaque e Jacó revelaram suas reações em face do medo que sentiram diante de algo que eles julgaram perigoso.
Ação de Abraão por causa do medo:
(Gênesis 20:9-13) 9 Então chamou Abimeleque a Abraão e lhe perguntou: Que é o que nos fizeste? em que pequei eu contra ti, que trouxeste sobre mim e sobre o meu reino este grande pecado? fizeste a mim o que se não deve fazer. 10 Perguntou mais Abimeleque a Abraão: Que viste tu, para fazeres isto? 11 Respondeu Abraão: Porque pensei, certamente não há temor de Deus neste lugar; matar-me-ão por causa de minha mulher. 12 Além disso ela é realmente minha irmã, filha de meu pai, ainda que não de minha mãe, e veio a ser minha mulher. 13 Quando Deus me fez andar errante da casa de meu pai, disse-lhe a ela: Esta é a graça que me farás; em todo o lugar em que entrarmos, dize: Ele é meu irmão.
Será que o perigo existente na mente de Abraão era real ou imaginário??
Abraão presumiu que aqueles homens lhe fariam um mal, e em face disso escondeu um fato, uma situação real existente entre ele e sua irmã. Ele não tinha certeza do que iria acontecer, logo, ele apenas presumiu. Ele achou que...
PresumirEsta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: tirar uma conclusão antecipada, baseada em indícios e suposições, e não em fatos comprovados.
presumir
v. (sXIII) 1 t.d. tirar uma conclusão antecipada, baseada em indícios e suposições, e não em fatos comprovados; conjecturar, supor <p. o melhor para todos> 2 t.d. supor antecipadamente; prever, pressupor, achar 3 t.d. m.q. pressupor ('fazer supor') 4 t.d. desconfiar de; suspeitar <presumiu que seria traído> 5 t.d. formar ideia sem base real; imaginar, pensar, supor <não presuma que sairá desta ileso> 6 t.i. e pron. ter presunção ou vaidade; vangloriar(-se) <p.(-se) de intelectual> ¤ etim lat. praesúmo,is,praesumpsi,praesumptum,ère 'tomar antes do tempo, fazer juízo antecipado, conjecturar, suspeitar, julgar, presumir' ¤ sin/var ver sinonímia de achar
Será que era uma coisa comum matarem os maridos das mulheres de bela aparência física para poderem ficar com elas??
Quanto a Sara, ela realmente era irmã de Abraão por parte de pai.
Quanto a isto, o Pai falou tempos depois:
(Levítico 18:9) 9 A nudez de tua irmã por parte de pai, ou por parte de mãe, nascida em casa, ou fora de casa, sim a nudez dela, não a descobrirás.
O que ocorreu na geração seguinte??
Ação de Isaque. Idêntica a de seu pai Abraão. O perigo existente na mente de Isaque era real ou imaginário??
(Gênesis 26:7-11) 7 Os homens do lugar perguntaram-lhe acerca de sua mulher, e ele respondeu: É minha irmã; pois temeu dizer: Minha mulher; para que, dizia ele, não me matassem por amor de Rebeca, porque era ela formosa à vista. 8 Ora tendo Isaque se demorado ali muito tempo, olhou Abimeleque, rei dos filisteus, pela janela, e viu e eis que Isaque estava brincando com sua mulher Rebeca. 9 Chamou Abimeleque a Isaque e disse: Está visto que ela é tua mulher; como, pois, disseste: É minha irmã? Respondeu-lhe Isaque: Porque eu dizia: Para que eu não morra por causa dela. 10 Replicou Abimeleque: Que é isso que nos fizeste? facilmente se teria deitado um do povo com tua mulher, e tu terias trazido culpa sobre nós. 11 E deu esta ordem a todo o povo: Qualquer que tocar a este homem ou a sua mulher certamente morrerá.
Neste caso vemos Isaque mentir àqueles que lhe perguntavam se Rebeca era sua esposa. Mentir é um pecado, não é??
Sim, mentir é um pecado. Independente do motivo existente, mentir é um pecado. Não existe justificativa que transforme a mentira na coisa certa a ser feita, pois mentir é sempre um pecado.
Depois de ser pego na mentira, Isaque apresentou o seu motivo para ter mentido: Eu o disse por temer que iria morrer por causa dela.
Estava acusando os habitantes daquele lugar?? Sim, Isaque estava acusando os habitantes daquele lugar.
Qual foi a resposta de Abimeleque?
Mais um pouco e certamente alguém do povo se teria deitado com a tua esposa e terias trazido culpa sobre nós”.
Segundo Abimeleque o seu povo considerava como erro se deitar com a esposa de um homem, qualquer homem.
Será que por isto, o humano casado corria o risco de ser morto??


O que ocorreu na geração seguinte??
Uma ação de Jacó movida pelo medo: Medo de perder coisas materiais acumuladas das quais ele tinha como valiosas coisas de sua posse. O perigo existente na mente de Jacó era real ou imaginário??
(Gênesis 32:6-8) 6 Voltaram os mensageiros a Jacó, dizendo: Fomos ter com teu irmão Esaú, e também está ele em caminho para se encontrar contigo, e quatrocentos homens com ele. 7 Jacó teve muito medo, e perturbou-se; dividiu em dois bandos o povo que estava com ele, e os rebanhos, e os bois e os camelos; 8 e disse: Se vier Esaú a um bando e o ferir, o outro bando que resta escapará.


Jacó presumiu que seu irmão Esaú estava vindo com quatrocentos homens somente para roubá-lo.
O que decidiu fazer?? Pelo menos eu vou perder tudo. Ainda posso ficar com a metade. Desta forma, Jacó decidiu agir com engano contra seu irmão e em defesa de si próprio.
Jacó até mesmo orou ao Deus Todo Poderoso pedindo que o livrasse da mão do seu irmão:
(Gênesis 32:9-12) 9 Jacó disse depois: “Ó Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque, ó Jeová, tu que me dizes: ‘Volta à tua terra e à tua parentela, e eu te hei de tratar bem’, 10 sou indigno de todas as benevolências e de toda a fidelidade de que usaste para com o teu servo, pois atravessei este Jordão apenas com o meu bastão e agora me tornei dois acampamentos. 11 Livra-me, eu te peço, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque estou com medo dele, de que venha e certamente me assalte, a mãe junto com os filhos. 12 E tu, tu disseste: ‘Sem dúvida, tratar-te-ei bem e hei de fazer tua descendência como os grãos de areia do mar, que não podem ser contados por causa da [sua] multidão.’”
Agora, Jacó decidiu pedir favor ao Pai como se fosse Esaú fosse realmente um assaltante. Tratava-se de algo real ou de algo imaginário??
Tratava-se de algo real ou será que Jacó estava apenas presumindo??
Estava Esaú vindo a seu encontro como um bandoleiro, visando tomar-lhe seus amados tesouros??
Não quero perder tudo o que consegui acumular durante estes anos. Por favor Pai, lembra-te da tua promessa.


Estes homens estavam diante do futuro incerto, no entanto, eles presumiram que corriam riscos em face das outras pessoas serem pessoas más. Buscando defenderem-se de pessoas más, eles mentiram. Jacó chegou a pedir ao Pai que o livrasse da mão do seu irmão, como se o seu irmão fosse realmente um salteador.
O fato de Esaú levar consigo quatrocentos homens para encontrar-se com seu irmão, levou o seu irmão a presumir que Esaú desejava roubá-lo??
O que levaria Jacó a presumir tal coisa de seu próprio irmão?? Será que Esaú, o seu irmão, já havia em algum ponto do passado deles, revelado um desejo de roubar coisas de Jacó??
Quem é que havia usado de engano contra o seu próprio pai Isaque para ficar com a chamada bênção que Isaque desejava dar a Esaú?? Quem havia desrespeitado o desejo do seu próprio pai e passado por cima de tal desejo, enganado um homem cego??
Havia medo em Jacó em face de suas ações passadas?? Sim, havia.
Esaú havia ficado com raiva de seu irmão?? Sim havia, afinal de contas, Jacó havia usado de todo engano possível para ficar com a bênção do primogênito e a havia conseguido.
Depois de tanto tempo, será que Esaú ainda guardava ressentimento de seu irmão Jacó em face das atitudes desonestas de Jacó??
Jacó achava que sim.
Jacó presumia que seu irmão Esaú estava guardando ressentimento por uma ação desonesta sua para com ele e seu pai Isaque.
Será que Jacó já havia pedido perdão a seu irmão por sua desonestidade junto a seu pai Isaque em relação à bênção reservada ao primogênito??
Certamente, que não. Afinal de contas, só pede perdão aquele que realmente reconhece a ação anterior como sendo um erro, que independente das circunstâncias, não deveria ser cometido por ele.
Ao saber que seu irmão estava vindo a seu encontro, o que mais fez Jacó??
Desejando aliviar uma suposta tensão, Jacó resolveu enviar presentes a Esaú. Desejava comprar seu irmão Esaú com presentes físicos, no entanto, escondendo suas demais posses físicas.
(Gênesis 32:20-21) 20 direis: Eis que o teu servo Jacó também vem atrás de nós. Pois disse: Aplacá-lo-ei com o presente que vai adiante de mim, e depois verei a sua face; porventura me aceitará. 21 Assim passou o presente adiante dele; ele, porém, ficou aquela noite no arraial.
Será que Esaú estava interessado em presentes??
O que fez Esaú ao chegar até Jacó??
Que lição ensinou Esaú a Jacó??
(Gênesis 33:4) 4 Correu-lhe Esaú ao encontro, deu-lhe um abraço, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e eles choraram.
Em relação a toda aquela encenação armada por Jacó, o que perguntou Esaú??
(Gênesis 33:8-9) 8 Perguntou Esaú: Qual é a tua intenção em todos estes bandos que encontrei? Respondeu Jacó: Para achar graça diante do meu senhor. 9 Mas Esaú disse: Tenho bastante, meu irmão; fica com o que tens.
Não havia qualquer ressentimento por parte de Esaú em relação a Jacó. Esaú correu ao encontro do seu irmão mais jovem, e lançando-se ao seu pescoço, beijou-o e chorou junto a seu irmão.
Tratava-se de algo inesperado para Jacó. Certamente não seria esta a reação de Jacó ao encontrar-se em uma situação idêntica, na qual ele fosse a vítima de desonestidade e de engano.
Não foi Jacó quem correu ao encontro de Esaú para pedir-lhe perdão.
Foi o perdoador quem estava emocionalmente livre para correr até seu mais jovem irmão, abraçá-lo e beijá-lo . O irmão mais jovem estava com sua consciência pesada e incerto quanto ao que seu irmão iria fazer. A liberdade emocional estava com aquele que de forma liberal, perdoou o seu desonesto irmão. Quem é que se sentia inseguro diante de seu irmão?? O que os fatos revelaram??
Por que Jacó se sentia inseguro diante de seu irmão Esaú??
Jacó se sentia inseguro em relação a seu irmão Esaú em face de suas anteriores ações desonestas para com ele. Foi Jacó quem agiu com desonestidade.
O que mais a história nos conta??
Os acontecimentos que envolveram Diná, Siquém, Jacó e seus filhos revelam que disposição de Jacó e seus filhos em relação ao perdão e a desonestidade??
(Gênesis 34:13) 13 E os filhos de Jacó começaram a responder COM ENGANO a Siquém e a Hamor, seu pai, e a falar assim porque ele tinha aviltado Diná, irmã deles...
A Tradução Brasileira verte:
(Gênesis 34:13) 13 Então os filhos de Jacó, porque Siquém havia contaminado a sua irmã Diná, responderam com dolo a Siquém e a seu pai Hamor,
Neste incidente com Siquém, Jacó mostrou que a desonestidade era uma coisa bem arraigada em sua personalidade, bem como em seus filhos.
Juntando-se à desonestidade, a violência passou a fazer parte da história de Jacó e seus filhos.
Que fizeram estes homens??
(Gênesis 34:25-29) 25 No entanto, sucedeu que no terceiro dia, quando sentiam dores, os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, passaram a tomar cada um a sua espada e a ir insuspeitos à cidade, e mataram todo macho. 26 E a Hamor e a Siquém, seu filho, mataram ao fio da espada. Tiraram então Diná da casa de Siquém e saíram. 27 Os outros filhos de Jacó atacaram os homens mortalmente feridos e foram saquear a cidade, porque haviam aviltado a sua irmã. 28 Tomaram os seus rebanhos, e as suas manadas, e os seus jumentos, e o que havia na cidade e o que havia no campo. 29 E a todos os seus meios de subsistência, e a todas as suas criancinhas, e as esposas deles levaram cativas, de modo que saquearam tudo o que havia nas casas.
O que ocorreu depois destes lamentáveis fatos??
Jacó estava novamente receoso do que os outros poderiam fazer a ele em face de suas péssimas ações.
Jacó afirmou:
(Gênesis 34:30) 30 Em vista disso, Jacó disse a Simeão e a Levi: “Vós me trouxestes o banimento, fazendo de mim um mau cheiro para os habitantes do país, para os cananeus e para os perizeus, sendo eu poucos em número, e eles por certo se ajuntarão contra mim e me assaltarão, e eu terei de ser aniquilado, eu e a minha casa.”


Assim verte a Tradução Brasileira:
(Gênesis 34:30) 30 Então disse Jacó a Simeão e a Levi: Tendes-me perturbado, fazendo-me odioso aos habitantes da terra, entre os cananeus e perezeus. Tendo eu pouca gente, reunir-se-ão e me ferirão a mim; e serei destruído, eu e minha casa.
Jacó estava coberto de razão. Ele e seus filhos haviam praticado coisas hediondas, coisas que poderiam suscitar o ódio dos cananeus e perizeus. Isto era uma verdade.
O que eles podiam fazer em relação a isto?? Oferecer presentes??
Percebemos que o medo fez com que estes servos de Deus tomassem atitudes agressivas em relação a pessoas que eles presumiam serem desejosas de lhes fazerem o mal.
Agora que Jacó e seus filhos já haviam cometido estas coisas hediondas entre os cananeus e perizeus, será que Javé estava do lado de Jacó e seus filhos e contra os filisteus e perizeus??
Decerto que não. O que Javé esperava dos filisteus e dos perizeus em relação a Jacó e seus filhos??
Javé esperava que os filisteus e os perizeus tratassem Jacó e seus filhos com misericórdia.
Javé esperava que todos estes crimes hediondos praticados por Jacó e seus filhos fossem perdoados pelos filisteus e perizeus.


Centenas de anos depois de Jacó, os descendentes de Jacó estavam voltando para ocupar a terra de Canaã. Agora, estes homens formavam uma grande nação recém-saída da condição de escravidão no Egito.
Que filosofia de vida tinham estes homens para o dia a dia no relacionamento em grupo?? Que espécie de diretrizes tinham estes homens para resolverem problemas de relacionamento?? Será que copiavam as atitudes desonestas e violentas de Jacó e de seus filhos. Será que transformaram aquelas atitudes de seus antepassados em mandamentos a serem usados no dia a dia??
Vejamos alguns dos mandamentos que os descendentes de Jacó tinham como oficiais ordens de Deus.
Mandamentos do império do medo e do terror. Eles deverão ficar com medo.


(Deuteronômio 13:6-11) 6 “Caso teu irmão, filho de tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou tua querida esposa, ou teu companheiro que é como a tua própria alma tente engodar-te às escondidas, dizendo: ‘Vamos e sirvamos a outros deuses’, que não conheceste, nem tu nem teus antepassados, 7 alguns dos deuses dos povos ao redor de vós, os que estão perto de ti e os que estão longe de ti, de uma extremidade do país à outra extremidade do país, 8 não deves aceder ao seu desejo, nem o deves escutar, nem deve teu olho ter dó dele, nem deves ter compaixão, nem deves encobri-lo [em proteção]; 9 mas deves impreterivelmente matá-lo. Tua mão deve ser a primeira a vir sobre ele para o entregar à morte, e depois a mão de todo o povo. 10 E tens de matá-lo a pedradas e ele tem de morrer, visto que procurou desviar-te de Jeová, teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa dos escravos. 11 Então todo o Israel ouvirá e ficará com medo, e não mais farão algo semelhante a esta coisa má no teu meio.
Qual seria o resultado do medo??
E não mais farão algo semelhante a esta coisa má no teu meio.
Este era o objetivo, isto é, usar o medo para coibir determinada ação por parte dos humanos.
Não podemos esquecer que tanto a execução (morte em si) como a forma como a pessoa seria executada deveriam servir de impedimento para a prática de certos pecados.
A punição era apresentada como uma fonte de motivação que refrearia o humano de cometer tal pecado.
CoibirEsta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: impor rígido controle; intimidar; reprimir
coibir
\o-i\ v. (1661) 1 t.d. fazer cessar; impedir que continue; refrear, reprimir <c. excessos> 2 t.d.bit. tolher, impedir, intimidar <queria roubar, mas o medo o coibia> <coibiram-no de se apresentar em público> 3 bit. impor limites a; restringir, circunscrever; obrigar, forçar <coibiram-no de ausentar-se da cidade> 4 pron. impor-se rígido controle; conter-se <coibia-se de fumar perto do pai> 5 pron. privar a si mesmo de; abster-se <coíbe-se da bebida> ¤ etim lat. cohibèo,es, bùi,bìtum,bére 'conter, reter, deter, impedir, coibir, governar', com mudança de conj. ¤ sin/var como pron.: ver sinonímia de abster-se; ver tb. sinonímia de reprimir ¤ ant consentir, permitir; como pron.: ver antonímia de abster-se
Esta é a tática da intimidação.
IntimidaçãoEsta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: ameaça
intimidação
s.f. (1844) ato ou efeito de intimidar(-se) ¤ etim intimidar + -ção ¤ sin/var ver sinonímia de ameaça e timidez ¤ ant ver antonímia de timidez
O uso da ameaça para frear alguém.
AmeaçaEsta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: fato, ação, gesto ou palavra que intimida ou aterroriza.
ameaça
s.f. (sXIII) 1 fato, ação, gesto ou palavra que intimida ou atemoriza <a a. aterradora da guerra> 2 indício de acontecimento desfavorável ou maléfico; sinal <a. de temporal, de doença> 3 ato que ficou ou ainda está no princípio; intenção <disse que ia embora mas ficou na a.> ¤ etim lat.vulg. minacia (com aglutinação do art.), do adj. minax,ácis 'iminente' ¤ sin/var cominação, intimidação ¤ hom ameaça(fl.ameaçar)
A pessoa deixaria de fazer algo em face da ameaça feita.
CoaçãoEsta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: violência física ou moral imposta a alguém para que faça, deixe de fazer ou permita que se faça alguma coisa.
2coação
s.f. (1694) 1 ato ou efeito de coagir 2 jur constrangimento, violência física ou moral imposta a alguém para que faça, deixe de fazer ou permita que se faça alguma coisa etim lat. coactìo,ónis 'ação de recolher, de arrecadar, emprego ou ofício de cobrador; condição imposta, obrigação'

Será que tal método é eficaz??
Que espécie de frutos produzirá??
Será que a coação produzirá obediência?? Que tipo de obediência será esta?? Que outros frutos serão produzidos pela coação??
Mais mandamentos do império do medo, isto é, do império da coação.
(Deuteronômio 17:8-13) 8 Caso alguma causa para decisão judicial te seja extraordinária demais, uma em que se derramou sangue, em que se tenha feito uma demanda judicial, ou se cometeu um ato de violência, questões de disputa, dentro dos teus portões, então tens de levantar-te e subir ao lugar que Jeová, teu Deus, escolher, 9 e tens de dirigir-te aos sacerdotes, aos levitas e ao juiz que estiver em exercício nesses dias, e tens de fazer uma consulta, e eles têm de transmitir-te a palavra da decisão judicial. 10 Então tens de proceder de acordo com a palavra que te transmitirão do lugar que Jeová escolher; e tens de cuidar em fazer segundo tudo o que te instruírem. 11 Deves proceder de acordo com a lei que te indicarão e segundo a decisão judicial que te disserem. Não te deves desviar da palavra que te transmitirão, nem para a direita, nem para a esquerda. 12 E o homem que se comportar presunçosamente, não escutando o sacerdote que ali está de pé para ministrar a Jeová, teu Deus, ou o juiz, tal homem tem de morrer; e tens de eliminar o mal de Israel. 13 E todo o povo ouvirá e ficará com medo, e não mais agirão presunçosamente.
Qual seria o resultado do medo??
Não resta nenhuma dúvida. Tratava-se de plena coação.
E todo o povo ouvirá e ficará com medo, e não mais agirão presunçosamente. Será que tal ameaça refrearia o povo a não mais agir de forma presunçosa??
(Deuteronômio 19:16-20) 16 Caso se levante contra um homem uma testemunha que trame violência, para levantar contra ele uma acusação de revolta, 17 então os dois homens que tiverem a disputa têm de ficar de pé perante Jeová, perante os sacerdotes e perante os juízes que estiverem em exercício naqueles dias. 18 E os juízes têm de pesquisar cabalmente, e se a testemunha for uma testemunha falsa e tiver levantado uma acusação falsa contra seu irmão, 19 então tendes de fazer-lhe assim como ele tramou fazer ao seu irmão, e tens de eliminar o mal do teu meio. 20 Assim, os remanescentes ouvirão e ficarão com medo, e nunca mais farão no teu meio algo mau como isso.
Qual seria o resultado da coação?? Haverá o medo.
Assim, os remanescentes ouvirão e ficarão com medo, e nunca mais farão no teu meio algo mau como isso.
Como impedir que algo mau como isto aconteça no meio do povo??
Uma ameaça. Qual ameaça?? Faça contra ele aquilo que ele tramou fazer contra o seu próximo??
Será que este método resolveria permanentemente este problema do meio do povo.
Que espécie de pessoas seriam produzidas com tal mandamento??
Mais uma coação. Mais um mandamento de plena coação.
(Deuteronômio 21:18-21) 18 “Caso um homem tenha um filho obstinado e rebelde, que não escuta a voz de seu pai nem a voz de sua mãe, e eles o tenham corrigido, porém, ele não os queira escutar, 19 então seu pai e sua mãe têm de pegar nele e trazê-lo para fora aos anciãos da cidade dele e ao portão do seu lugar, 20 e têm de dizer aos anciãos da sua cidade: ‘Este filho nosso é obstinado e rebelde; não escuta a nossa voz, sendo glutão e beberrão.’ 21 Então todos os homens da sua cidade têm de atirar nele pedras e ele tem de morrer. Assim tens de eliminar o mal do teu meio, e todo o Israel ouvirá e deveras ficará com medo.
Qual seria o resultado da coação?? O povo ficará com medo
Assim tens de eliminar o mal do teu meio, e todo o Israel ouvirá e deveras ficará com medo.
O que se esperava conseguir com tais ameaças?? Que o povo ficasse com medo e que não mais praticassem coisas más no meio do grupo.
O objetivo era eliminar o mal. O desejo era que o mal não fosse mais praticado no meio do povo escolhido??
Mais um resultado esperado da coação.
(Deuteronômio 28:7-10) 7 “Jeová fará que sejam derrotados diante de ti os teus inimigos que se levantarem contra ti. Por um só caminho sairão contra ti, mas por sete caminhos fugirão diante de ti. 8 Jeová decretará para ti a bênção sobre os teus depósitos de suprimentos e sobre todo empreendimento teu, e ele certamente te abençoará na terra que Jeová, teu Deus, te dá. 9 Jeová te estabelecerá para si como povo santo, assim como te jurou, por continuares a guardar os mandamentos de Jeová, teu Deus, e teres andado nos seus caminhos. 10 E todos os povos da terra terão de ver que o nome de Jeová foi invocado sobre ti e hão de ficar com medo de ti.
A violência havia sido transformada em mandamento. O terror e o medo haviam sido transformados em solução para eliminar o mal do meio dos descendentes de Jacó. A coação também estava sendo usada como solução para o relacionamento com outros povos.
Qual seria o resultado esperado da violência e terror usados como intimidadores??
Com tamanha coação, o que Moisés esperava como resultado final??
E todos os povos da terra terão de ver que o nome de Jeová foi invocado sobre ti e hão de ficar com medo de ti.
O que esperavam como povo escolhido por Deus??
Tendo o Deus Todo Poderoso como sendo o seu Deus e protetor, estes humanos só conseguiam ver vitórias em cima de vitórias contra todos os seus inimigos. Por terem o Deus Todo Poderoso do seu lado, eles esperavam se tornar a nação mais poderosa da terra. Por terem as bênçãos sobre os depósitos de suprimentos, eles esperavam alcançar a condição de povo mais rico da terra, passando a dominar os mais pobres.
O que eles desejavam e esperavam em relação aos demais povos??
Em face de tais vitórias espetaculares, apoiadas pelo Deus Todo Poderoso, eles desejavam que os demais povos ficassem com medo deles.
Contra a Força Superior não deve haver resistência.
O uso da coação - Eles estavam usando a intimidação da violência para forçar os demais a fazerem coisas para eles e para reconhecerem sua condição de povo abençoado por Deus.
Bem, o medo continuou fazendo parte do dia a dia da nação dos descendentes de Jacó, tanto em face do que Moisés havia determinado em lei, como também em face das “retaliações” que recebiam dos povos da terra de Canaã em “revide da violência” que praticavam contra eles.
O tempo foi passando e agora chegamos assim a uma outra ocasião em que já existia um rei humano sobre os descendentes de Jacó, isto é Davi, um humano da tribo de Judá.
Este homem desejou que a arca (o símbolo do poder supremo) que representava a presença de Jeová, ficasse próximo a ele. Certamente que a presença da arca fortificaria a sua posição qual rei de toda a nação. Quem ousaria ficar contra o rei que tinha a plena bênção do Deus Todo Poderoso??
A presença da arca não trazia a bênção do Todo Poderoso?? Era o que todo mundo pensava.
Será que o livre-arbítrio de Jeová estava sendo respeitado??
Quando já estavam transportando a arca para junto de Davi, ocorreu um incidente no qual um humano chamado Uzá perdeu a vida, por tentar segurar a arca que estava prestes a cair.
Neste momento, Davi revelou o seu medo, pois as coisas não estavam acontecendo segundo a sua vontade humana. As coisas não estavam sob o seu controle.
(2 Samuel 6:6-10) 6 E por fim chegaram até a eira de Nacom, e Uzá estendeu então [a mão] à arca do [verdadeiro] Deus e segurou-a, porque o gado quase causara um transtorno. 7 Nisso se acendeu a ira de Jeová contra Uzá, e o [verdadeiro] Deus o golpeou ali pelo ato irreverente, de modo que morreu ali perto da arca do [verdadeiro] Deus. 8 E Davi ficou irado pelo fato de Jeová ter irrompido numa brecha contra Uzá, e aquele lugar veio a ser chamado de Peres-Uzá até o dia de hoje. 9 E naquele dia Davi ficou com medo de Jeová e começou a dizer: “Como virá a mim a arca de Jeová?10 E Davi não estava disposto a remover a arca de Jeová para junto de si à Cidade de Davi. Portanto, Davi fez que fosse levada à casa de Obede-Edom, o geteu.


E agora, como virá a mim a arca de Jeová?? Davi queria que a arca ficasse com ele, não queria??
O que aconteceu depois disto??
Que consequência houve pelo fato da arca ficar na casa de Obede-Edom??
(2 Samuel 6:11) 11 E a arca de Jeová ficou morando na casa de Obede-Edom, o geteu, por três meses; e Jeová abençoava a Obede-Edom e a todos os da sua casa.
A arca estava representando bênçãos para aquela casa onde ela se encontrava.
Depois de três meses em que a arca estava na casa de Obede-Edom, e pelo fato que aparentemente não havia mais perigo, Davi persistiu na sua vontade de ter a arca o mais perto possível de si.
Para que Jeová não ficasse irado, e provocasse outra morte, o que resolveu fazer Davi?? Ainda existia um pequeno medo em Davi, no entanto ele decidiu agir.
(2 Samuel 6:12-14) 12 Por fim se relatou ao Rei Davi, dizendo-se: “Jeová abençoou a casa de Obede-Edom e tudo o que é seu por causa da arca do [verdadeiro] Deus.” Então Davi passou a ir e a trazer a arca do [verdadeiro] Deus da casa de Obede-Edom para cima à Cidade de Davi, com alegria. 13 E sucedeu que, quando os carregadores da arca de Jeová tinham marchado seis passos, ele sacrificou imediatamente um touro e um animal cevado. 14 E Davi estava dançando diante de Jeová, com todo o seu poder, estando Davi cingido dum éfode de linho.


Que tal agradar a Jeová com um presente?? Eles haviam embarcado em uma aventura. Desconhecendo a reação de Jeová ao tentarem “de novo” levar a arca para um local que Jeová não havia definido desejar ir, Davi resolveu presentear Jeová com a morte de dois animais após o sexto passo dado com a arca em direção à “casa de Davi”.
Como não aconteceu nada desta vez, Davi estava agora dançando diante de Jeová com um éfode de linho.
Davi vestiu-se com um éfode??
Será que Davi estava agindo qual sacerdote??
(Êxodo 28:4) 4 E estas são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e uma túnica sem mangas, e uma comprida veste enxadrezada, um turbante e uma faixa; e eles têm de fazer as vestes sagradas para Arão, teu irmão, e para seus filhos, a fim de que atue para mim como sacerdote.


Bem, Davi estava vestido com um éfode, estava matando animais e e ofertando-os a Jeová. Estas eram as atribuições que Jeová havia dado aos sacerdotes, e segundo a vontade de Jeová, os sacerdotes eram da tribo de Levi, enquanto Davi era da tribo de Judá.
Davi estava novamente alegre pois as coisas estavam caminhando segundo a sua vontade, pois ele estava comandando as coisas.
Bem, enquanto as coisas corriam da forma como os descendentes de Jacó esperavam e desejavam, eles não tinham medo das nações ao redor.
Sempre que possível os descendentes de Jacó usavam o fato de serem abençoados por Jeová como argumento intimidador aos demais povos da terra da promessa.
No entanto, muitas vezes as coisas fugiram do controle do povo descendente de Jacó.
Em muitas ocasiões Jeová afirmou-lhes: Não tenhais medo, pois Eu não vos abandonarei.
Esta foi uma das ocasiões:
(Isaías 41:14) 14 Não tenhas medo, ó verme Jacó, homens de Israel. Eu mesmo te ajudarei”, é a pronunciação de Jeová, sim, teu Resgatador, o Santo de Israel.
Assim verte a Tradução Brasileira:
(Isaías 41:14) 14 Não temas, bichinho de Jacó, nem vós, povo de Israel. Eu te ajudarei, diz Jeová, e o teu redentor é o Santo de Israel.
Assim verte a Tradução Almeida:
(Isaías 41:14) 14 Não temas, ó bichinho de Jacó, nem vós, povo de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel.
Assim verte a Edição Pastoral:
(Isaías 41:14) 14 Não tenha medo, vermezinho Jacó, bichinho Israel. Eu mesmo o ajudarei -oráculo de Javé. O seu redentor é o Santo de Israel.


O povo de Israel tinha medo de outros povos, no entanto, não tinham medo de Jeová.
Assim falou Jeová:
(Isaías 57:11-12) 11 De quem ficaste receosa e [a quem] começaste a temer, de modo que passaste a mentir? Mas, de mim é que não te lembraste. Não fixaste nada no coração. Não estava eu ficando quieto e ocultando as coisas? Portanto, de mim é que não tiveste medo. 12 Eu mesmo é que contarei a tua justiça e os teus trabalhos, que eles não te aproveitarão. 13 Quando clamares por socorro, a tua coleção de coisas não te livrará, mas um vento carregará mesmo com todas elas. Uma exalação as levará embora, mas aquele que se refugiar em mim herdará a terra e tomará posse do meu santo monte. ...


Assim verte a Tradução Brasileira:
(Isaías 57:11-13) 11 De quem tiveste receio e medo, para que mentisses, e não te lembrasses de mim, nem te importasses? Certamente me conservo calado e isso há muito tempo, pelo que não me temes. 12 Eu publicarei essa justiça tua; e quanto às tuas obras, elas não te aproveitarão. 13 Quando clamares, livrem-te os que tens ajuntado. Levá-los-á o vento, um assopro arrebatará a todos eles; porém o que em mim confia, possuirá a terra, e herdará o meu santo monte.
Assim verte a Tradução Almeida:
(Isaías 57:11-13) 11 Mas de quem tiveste receio ou medo, para que mentisses, e não te lembrasses de mim, nem te importasses? Não é porventura porque eu me calei, e isso há muito tempo, e não me temes? 12 Eu publicarei essa justiça tua; e quanto às tuas obras, elas não te aproveitarão. 13 Quando clamares, livrem-te os ídolos que ajuntaste; mas o vento a todos levará, e um assopro os arrebatará; mas o que confia em mim possuirá a terra, e herdarão o meu santo monte.
O povo de Israel havia depositado sua confiança em espadas, lanças, cavalos, carros de guerra e em muitas outras coisas físicas. Eles viviam em face destas coisas e dependentes delas para conseguirem os seus objetivos no dia a dia. Estas coisas físicas eram seus ídolos.
Assim como nas coisas físicas, também nas coisas espirituais, o povo de Israel havia substituído as coisas de Deus por coisas que Deus não lhes havia dado.
Por exemplo, eles confiavam na violência, na vingança e na intimidação para eliminarem o mal do meio do seu povo.
Eles confiavam na violência e desejavam que os demais povos tivessem medo deles. Eles praticaram a violência contra os povos vizinhos. O que conseguiram?? Será que os povos vizinhos ficaram com medo deles?? Será que os povos vizinhos passaram a ser vizinhos melhores?? Será que o povo de Israel poderia ser chamado de “bom vizinho” pelos demais povos da terra de Canaã?? Será que o povo de Israel ficou conhecido como o povo mais violento da terra de Canaã??
Será que esta é uma sábia forma de convivência entre humanos??
A lei do medo e o império do terror conseguiram eliminar o mal do meio do povo de Israel??
Existindo pessoas que cometessem pecados, como eram tratadas tais pessoas?? Decerto, havia violência em cima de violência. Decerto, havia execuções em cima de execuções. Decerto havia maldade em cima de maldade.
Pelo menos uma coisa ficou bem clara, o povo de Israel não tinha medo de Jeová (Javé). Será que Jeová era um Deus que despertava medo??
Certamente que não era. Não que Ele não fosse Todo-poderoso. Tratava-se da forma como Ele se relacionava com o povo de Israel, que não o colocava como alguém de quem se sentia pavor.
Aliás, o Deus Todo-poderoso não queria se relacionar com pessoas hipócritas. Na verdade, Ele não queria produzir pessoas hipócritas. Não seria Ele a fonte de hipocrisia. Não seria Ele a gerar filhos hipócritas. Mandamentos de medo geram pessoas hipócritas.
O que existia na terra do povo de Israel?? O que Jeová estava vendo??
(Isaías 59:1-8) 59 Eis que a mão de Jeová não ficou tão curta que não possa salvar, nem ficou seu ouvido tão pesado que não possa ouvir. 2 Não, mas os vossos próprios erros tornaram-se as coisas que causam separação entre vós e vosso Deus, e os vossos próprios pecados fizeram que escondesse de vós a [sua] face para não ouvir. 3 Pois as palmas das vossas próprias mãos ficaram poluídas com sangue, e os vossos dedos, com erro. Vossos próprios lábios falaram falsidade. Vossa própria língua tem murmurado pura injustiça. 4 Não há quem clame em justiça e absolutamente ninguém foi a juízo em fidelidade. Confiava-se na irrealidade e falava-se futilidade. Concebia-se desgraça e dava-se à luz o que é prejudicial. 5 Ovos duma cobra venenosa é o que eles chocaram e estavam tecendo a mera teia duma aranha. Qualquer que comia dos seus ovos morria e o [ovo] esmagado era chocado para resultar numa víbora. 6 A mera teia deles não servirá de roupa, nem se cobrirão eles com os seus trabalhos. Seus trabalhos são trabalhos prejudiciais e há atividade de violência nas palmas das suas mãos. 7 Seus próprios pés estão correndo para a pura maldade e eles se apressam a derramar sangue inocente. Seus pensamentos são pensamentos prejudiciais; a assolação e o desmoronamento estão nas suas estradas principais. 8 Desconheceram o caminho da paz e não há juízo nos seus trilhos. Suas sendas eles perverteram para si mesmos. Absolutamente ninguém que pisar nelas conhecerá realmente a paz.


Assim verta a Tradução Brasileira:
(Isaías 59:1-8) 1 Eis que a mão de Jeová não é tão curta que não possa salvar, nem o seu ouvido tão pesado que não possa ouvir; 2 mas as vossas iniqüidades são as que fizeram uma separação entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados fizeram-lhe esconder de vós o seu rosto, de sorte que não vos ouça. 3 Pois as vossas mãos estão manchadas de sangue, e os vossos dedos de iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, a vossa língua profere a iniqüidade. 4 Não há ninguém que invoque a justiça com retidão, nem há quem pleiteie com verdade; confiam na vaidade, e falam mentiras; concebem o mal e dão à luz iniqüidade. 5 Chocam ovos de basiliscos, e tecem teias de aranha; o que comer dos ovos deles, morrerá, e se um dos ovos for pisado, sairá uma víbora. 6 As suas teias não servirão para vestidos, nem os homens se cobrirão das obras deles; as suas obras são obras de iniqüidade, e atos de violência estão nas suas mãos. 7 Os seus pés correm para o mal, e se apressam para derramar o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniqüidade; a desolação e a destruição acham-se nas suas veredas. 8 O caminho da paz eles não o conhecem; e não há juízo nos seus passos; fizeram para si veredas tortas; todo o que anda por elas, não conhece a paz.
A situação era muito crítica. Os pensamentos destes homens eram pensamentos de iniquidade e produziam plena maldade e assolação todo o tempo.
O que mais Jeová via??
(Oséias 4:1-3) 4 Ouvi a palavra de Jeová, ó filhos de Israel, porque Jeová tem uma causa jurídica contra os habitantes da terra, pois não há verdade, nem benevolência, nem conhecimento de Deus na terra. 2 Irrompeu o proferimento de maldições, e a prática do engano, e assassinato, e furto, e adultério, e atos de derramamento de sangue têm tocado em [outros] atos de derramamento de sangue. 3 Por isso a terra pranteará e todo habitante nela terá de definhar-se com o animal selvático do campo e com a criatura voadora dos céus, e até mesmo os próprios peixes do mar serão ajuntados [na morte].


Assim verte a Tradução Brasileira:
(Oséias 4:1-3) 1 Ouvi a palavra de Jeová, filhos de Israel; pois Jeová tem uma contenda com os habitantes da terra, porque na terra não há verdade, nem misericórdia, nem conhecimento de Deus. 2 Não há senão o jurar, e o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar; cometem violências, e homicídios sucedem a homicídios. 3 Portanto a terra pranteará, e todo o que nela habita desfalecerá juntamente com os animais do campo e com as aves do céu; e até serão tirados os peixes do mar.
No que Jeová se agrada??
(Oséias 6:6) 6 Pois, agrado-me da benevolência e não do sacrifício; e do conhecimento de Deus antes do que de holocaustos.


Assim verte a Tradução Brasileira:
(Oséias 6:6) 6 Pois misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus mais do que holocaustos.


A cidade de Jerusalém e o templo construído por Salomão já haviam sido totalmente destruídos e o povo já estava em exílio quando Jeová falou as seguintes palavras para o povo de Israel:
(Zacarias 7:8-12) 8 E continuou a vir a haver a palavra de Jeová para Zacarias, dizendo: 9 Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Fazei o vosso julgamento com verdadeira justiça; e praticai mutuamente benevolência e misericórdias; 10 e não defraudeis nem viúva, nem menino órfão de pai, nem residente forasteiro, nem atribulado, e não maquineis nada de mal um contra o outro nos vossos corações.11 Mas, persistiram em negar-se a prestar atenção e continuaram a oferecer um ombro obstinado, e fizeram seus ouvidos demasiadamente irresponsivos para ouvir. 12 E tornaram seu coração como pedra de esmeril para não obedecer à lei e às palavras que Jeová dos exércitos enviara por meio de seu espírito, por intermédio dos profetas anteriores; de modo que ocorreu grande indignação da parte de Jeová dos exércitos.”


Assim verte a Tradução Brasileira:
(Zacarias 7:8-12) 8 A palavra de Jeová veio a Zacarias, dizendo: 9 Assim falou Jeová dos exércitos: Julgai juízo verdadeiro, e mostrai misericórdia e compaixão, cada um para com o seu irmão; 10 não oprimais a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o pobre; nenhum de vós intente no seu coração o mal contra o seu irmão. 11 Mas recusaram atender, e rebeldes voltaram a mim as costas, e fecharam os seus ouvidos para não ouvirem. 12 Fizeram duros como diamante os seus corações, para não ouvirem a lei, nem as palavras que Jeová dos exércitos tinha enviado pelo seu espírito por intervenção dos profetas anteriores; portanto da parte de Jeová dos exércitos se acendeu grande ira.
O que o Pai havia pedido aos antepassados??
Mostrai misericórdia e compaixão, cada um com o seu irmão; não oprimais a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o pobre; nenhum de vós intente no coração o mal contra o seu irmão.
No lugar de plena violência e o império do terror e do medo, era para praticar a misericórdia e a compaixão. No lugar da coação, deviam usar a misericórdia e a compaixão.
O que isto significava??
O que é misericórdia??
Misericórdia – Esta é a definição dada pelo dicionário Houaiss: sentimento de dor e solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia pessoal ou que caiu em desgraça// manifestação deste sentimento através do ato, como o perdão.
misericórdia
s.f. (sXIV) 1 sentimento de dor e solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia pessoal ou que caiu em desgraça; dó, compaixão, piedade 2 ato concreto de manifestação desse sentimento, como o perdão; indulgência, graça, clemência n interj. 3 exclamação de alguém que pede que o livrem de castigo, de ato de violência ou da morte etim lat. misericordìa,ae 'id.' sin/var ver sinonímia de comiseração e condescendência ant ver antonímia de condescendência

A misericórdia só se torna visível quando acompanhada do perdão.
A quem se perdoa?? Somente àquele que cai em desgraça por sua má ação.
O que percebemos??
Percebemos que em lugar do terror e do medo em face da violência contra o pecador, o Pai desejava que o pecador fosse tratado com misericórdia. O agressor devia ser tratado com misericórdia.
O povo de Israel recusou-se a atender, e de forma rebelde, viraram as costas para Jeová com suas leis de plena violência e terror.
No império do terror, império que idolatrava a coação, havia apenas violência e assolação.
As leis do império do medo não previam a misericórdia e colocavam a misericórdia como algo contra a lei do reino da intolerância, coação e medo.
O império do terror não podia produzir misericórdias e benevolências.
Será que o império do medo foi algo que se mostrou como uma solução para o problema da criminalidade??
Será que estava havendo uma tolerância ao errante?? será que tal tolerância ao errante estava sendo visto e usado como um incentivo à criminalidade.
Será que a intolerância veio para solucionar os problemas de relacionamento entre os humanos??
Um humano tido como muito sábio externou a sua conclusão de sua observação em relação a este assunto.
(Eclesiastes 8:11) 11 Por não se ter executado prontamente a sentença contra um trabalho mau é que o coração dos filhos dos homens ficou neles plenamente determinado a fazer o mal.

Assim verte a Tradução Brasileira:
(Eclesiastes 8:11) 11 Porque a sentença não se executa logo contra uma má obra, por isso o coração dos filhos dos homens é inteiramente disposto a praticar o mal.
O sábio Salomão observou que a impunidade estava servindo como um incentivo à prática da criminalidade.
Neste caso, quando se fala em impunidade, fala-se em executar prontamente a sentença contra uma má ação.
Se a pessoa não recebe a imediata punição por sua má obra, isto servirá de incentivo para o aumento da criminalidade.
Esta foi a conclusão que chegou o sábio Salomão.
O que fazer para corrigir tal situação??
O império do terror foi a solução encontrada por Moisés. Como afirmou Moisés: “Eles ficarão com medo e nunca mais farão esta coisa má”.
O que mais observou o sábio Salomão??
(Eclesiastes 8:12-14) 12 Embora o pecador faça o mal cem vezes e continue por longo tempo conforme quiser, contudo, estou também apercebido de que resultará em bem para os que temem o [verdadeiro] Deus, porque têm tido temor dele. 13 Mas não resultará em nada de bom para o iníquo, nem prolongará ele os seus dias, que são como uma sombra, porque ele não tem temor de Deus. 14 Há uma vaidade que se realiza na terra, que há justos a quem acontece como que pelo trabalho dos iníquos e há iníquos a quem acontece como que pelo trabalho dos justos. Eu disse que também isto é vaidade.

Assim verte a Tradução Brasileira:
(Eclesiastes 8:12-14) 12 Embora o pecador pratique o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, contudo eu sei com certeza que a felicidade será para os que temem a Deus, que temem diante dele; 13 porém a felicidade não será para o perverso, nem prolongará ele os seus dias que são como sombra, porque não teme diante de Deus. 14 Há uma vaidade que se realiza sobre a terra: há justos a quem sucede segundo as obras do perverso, e há perversos a quem sucede segundo as obras dos justos. Eu disse que também isto é vaidade.
O congregante não estava encontrando o lucro em ser justo. Que vantagem tinha o justo em relação ao iníquo??
O congregante continua a sua observação:
(Eclesiastes 9:1-3) 9 Pois, tomei tudo isso ao coração, sim, para esquadrinhar tudo isso, que os justos e os sábios, bem como suas obras, estão na mão do [verdadeiro] Deus. A humanidade não está apercebida nem do amor nem do ódio que todos eram anteriores a eles. 2 Todos são iguais naquilo que todos têm. Um só é o evento conseqüente para o justo e para o iníquo, para o bom, e para o puro e para o impuro, e para aquele que oferece sacrifícios e para aquele que não oferece sacrifícios. O bom é igual ao pecador; quem jura é igual ao que tem estado com medo duma declaração juramentada. 3 Isto é o que é calamitoso em tudo o que se tem feito debaixo do sol, que, por haver um só evento conseqüente para todos, o coração dos filhos dos homens está também cheio do mal; e há doidice no seu coração durante a sua vida, e depois dela — rumo aos mortos!

Assim verte a Tradução Brasileira:
(Eclesiastes 9:1-3) 1 Pois a tudo isto apliquei o meu coração, fiz de tudo isto o objeto do meu exame e vi que os justos e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus; se é amor ou se é ódio, não o sabe o homem. Tudo lhe pode sobrevir. 2 Todas as coisas sucedem igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso, ao bom e ao puro e ao impuro; ao que oferece sacrifícios e ao que não os oferece. Como é o bom, assim é o pecador; e aquele que jura como aquele que teme o juramento. 3 Este é um mal em tudo o que se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos é cheio de maldade, e a loucura acha-se no seu coração durante a sua vida, e depois vão ter com os mortos.
Nenhuma vantagem em ser justo. O que acontece com o justo, também acontece com o iníquo. O justo se priva de fazer coisas e ao final de tudo ele morre do mesmo jeito que morre o iníquo. Todos são iguais, independente daquilo que façam. O justo é igual ao iníquo. Assim como morre um, assim morre o outro.
O congregante via tudo isto e achava frustrante.
De forma consequente vem a pergunta: Por que então se empenhar em fazer o bem?? Se o bom é igual ao pecador, por que se empenhar em ser bom??
Um outro homem também tido com sábio pelos seus contemporâneos fez suas ponderações sobre o que ele via.
Ele via iníquos em melhor estado do que os justos.
Ele nos fala sobre suas observações.
(Jó 21:5-20) 5 Virai as vossas faces para mim e olhai assombrados, E ponde a mão sobre a boca. 6 E quando me lembrei, também fiquei perturbado, E um estremecimento se apoderou da minha carne. 7 Por que é que os próprios iníquos continuam vivendo, Têm envelhecido, também se tornaram superiores em riqueza? 8 Sua descendência está firmemente estabelecida com eles à sua vista, E seus descendentes, diante dos seus olhos. 9 Suas casas são a própria paz, livres de pavor, E a vara de Deus não está sobre eles. 10 Seu próprio touro realmente fecunda e não desperdiça sêmen; Sua vaca tem cria e não sofre aborto. 11 Continuam enviando seus garotos iguais a um rebanho, E seus próprios meninos estão saltitando. 12 Continuam a elevar [a sua voz] com o pandeiro e a harpa, E prosseguem alegrando-se ao som do pífaro. 13 Passam bem os seus dias, E num instante baixam ao Seol. 14 E eles dizem ao [verdadeiro] Deus: ‘Desvia-te de nós! E não nos agradamos no conhecimento dos teus caminhos. 15 Que é o Todo-poderoso, para que o sirvamos, E que nos aproveita termos entrado em contato com ele?’ 16 Eis que seu bem-estar não está no seu próprio poder. O próprio conselho dos iníquos se manteve longe de mim. 17 Quantas vezes se apaga a lâmpada dos iníquos, E [quantas vezes] vem sobre eles o seu desastre? Na sua ira, [quantas vezes] reparte ele a destruição? 18 Ficam eles como palha diante do vento, E como a pragana furtada pelo tufão? 19 O próprio Deus guardará o prejudicial [do homem] para os próprios filhos dele; Recompensá-lo-á para que saiba [isso]. 20 Seus olhos verão a sua decadência, E beberá do furor do Todo-poderoso.


Assim verte a Tradução Brasileira:
(Jó 21:5-20) 5 Olhai para mim e pasmai, E ponde a mão sobre a vossa boca. 6 Mesmo de pensar nisto, me perturbo, E o horror apodera-se da minha carne; 7 Por que vivem os iníquos, Se envelhecem, e se robustecem em poder? 8 Seus filhos estabelecem-se com eles à sua vista, E os seus descendentes diante dos seus olhos. 9 As suas casas estão livres de medo, E a vara de Deus não cai sobre eles. 10 O seu touro gera, e não falha; Pare a sua vaca, e não aborta. 11 Fazem sair a seus filhos como um rebanho, E os seus pequenos saltam e brincam. 12 Cantam ao som do tamboril e da harpa, E regozijam-se ao som da flauta. 13 Passam os seus dias em prosperidade, E num momento descem a Cheol. 14 Contudo disseram a Deus: Retira-te de nós; Pois não desejamos conhecer os teus caminhos. 15 Que é o Todo-poderoso, para que o sirvamos? Que nos aproveitará, se lhe dirigirmos orações? 16 Eis que não está nas mãos deles a sua prosperidade; Longe de mim o conselho dos iníquos! 17 Quantas vezes sucede que se apaga a lâmpada dos iníquos? Que lhes sobrevém a calamidade? Que Deus na sua ira lhes distribui dores? 18 Que eles são como a palha diante do vento, E como a pragana que a tempestade leva? 19 Deus, dizeis vós, reserva a iniqüidade do pai para seus filhos, Mas é a ele mesmo que Deus deveria punir, para que o sinta. 20 Vejam os seus próprios olhos a sua destruição, E beba ele do furor do Todo-poderoso.
Isto deixava o sábio Jó perturbado. Os iníquos estavam prosperando e vendo seus filhos e netos. Estavam aproveitando as coisas da vida e estavam enriquecendo e enriquecendo. Os iníquos não estavam pagando por suas iniquidades. Será que os filhos é que deveriam pagar?? O Todo-poderoso devia fazê-lo pagar, para que sentisse. Os seus próprios olhos deveriam ver sua própria destruição.
Esta impunidade estava deixando Jó perturbado e horrorizado.
Neste caso, percebemos que tanto Jó como Salomão externaram suas observações e suas conclusões sobre o que deveria ser feito para solucionar tais problemas.
Assim, a plena punição, a imediata punição para os praticantes de iniquidade soava como a solução para eliminação do iníquo.
Quando Salomão proferiu suas conclusões, já existiam as leis de terror e medo, leis estas dadas por Moisés.
Salomão continuava vendo iníquos prosperando com seus filhos e netos.
Que solução poderia haver para que o iníquo deixasse de existir??
Afinal de contas, por que Jeová não adotava medidas de terror e medo contra os iníquos??
Afinal de contas, por que Jeová não exterminava logo com todos os iníquos, retribuindo ao iníquo plena e imediatamente segundo o seu próprio caminho??
Séculos de pois de Salomão, Jeová falou uma interessante palavra sobre o fim dos iníquos. Ele afirmou:
(Ezequiel 18:23) 23 “‘Acaso me agrado de algum modo na morte do iníquo’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová, ‘[e] não em que ele recue dos seus caminhos e realmente continue a viver?’

(Ezequiel 18:23) 23 Acaso tenho eu prazer na morte do ímpio? diz o Senhor Jeová; não quero eu antes que se converta do seu caminho, e viva?
Confirmou Jeová que a sua forma de fazer as coisas, forma esta que deixava os humanos perturbados e horrorizados, tinha um bom motivo.
Ele, o iníquo, precisa recuar de sua iniquidade, mas, não é pelo medo do Pai, não é pelo medo do que o Pai vai fazer contra ele.
(Ezequiel 33:11) 11 Dize-lhes: ‘“Assim como vivo”, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová, “não me agrado na morte do iníquo, mas em que o iníquo recue do seu caminho e realmente continue vivendo. Recuai, recuai dos vossos maus caminhos, pois, por que devíeis morrer, ó casa de Israel?”’

Assim verte a Tradução Brasileira:
(Ezequiel 33:11) 11 Dize-lhes: Pela minha vida, diz o Senhor Jeová, não tenho prazer na morte do ímpio; mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que morrereis, ó casa de Israel?
Ora, estes homens festejavam a morte dos iníquos. Estes homens sentiam prazer genuíno com a morte dos iníquos.
No entanto, qual é o prazer genuíno do Pai??
Que o iníquo se converta do seu caminho de continue a viver.
O que afirmou Jesus??
(Lucas 15:3-7) 3 Então lhes contou a seguinte ilustração, dizendo: 4 Que homem dentre vós, com cem ovelhas, perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove atrás no ermo e vai em busca da perdida, até a achar? 5 E quando a tiver achado, ele a põe sobre os seus ombros e se alegra. 6 E, ao chegar à casa, convoca seus amigos e seus vizinhos, dizendo-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que estava perdida.’ 7 Eu vos digo que assim haverá mais alegria no céu por causa de um pecador que se arrepende, do que por causa de noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.

Assim verte a Tradução Brasileira:
(Lucas 15:3-7) 3 Jesus propôs-lhes esta parábola: 4 Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai em busca da que se havia perdido até achá-la? 5 Quando a tiver achado, põe-na cheio de júbilo sobre os seus ombros; 6 e chegando à casa, reúne os seus amigos e vizinhos e diz-lhes: Regozijai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido. 7 Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos, que não necessitam de arrependimento.
Palavras fortes, estas palavras de Jesus.
No entanto, nos mostram a plena realidade já informada pelo Pai para Ezequiel.
Enquanto os pactuados estavam se alegrando com a morte do iníquo, que sentimento tinha Jeová em relação ao que o seu povo estava fazendo??
Percebemos que o povo estava indo na direção contrária a de Jeová. Percebemos que os pensamentos e os sentimentos humanos eram contrários aos pensamentos e sentimentos de Jeová em relação ao que se deveria fazer com o iníquo.
A sabedoria humana era favorável à destruição do iníquo e de fazê-lo pagar prontamente pelo seu trabalho mau. No entanto, o pensamento de Jeová era diferente.
Ora, se o objetivo do Pai era que o iníquo recuasse do seu mau caminho, será que o Pai daria a Moisés um mandamento que impedisse o iníquo de recuar do seu mau caminho??
Se existe a imediata retribuição ao iníquo por sua maldade, como é que o iníquo iria recuar de sua maldade??
Percebemos mais uma vez que Jeová nunca poderia ser favorável a um império do medo e a uma lei de imediata retribuição ao iníquo em face da maldade do iníquo.
No entanto, o que dizem os defensores da execução sumária??
Em um periódico religioso chamado Despertai, assim escreveram certos homens:
*** g76 8/12 p. 28 Pode ter defeito uma lei perfeita? ***
Bem, a Lei realmente funcionou como um antigo tutor. Seus regulamentos visavam salvaguardar os israelitas de danos em sua relação com Jeová Deus, e de ferirem a si mesmos desse modo. Foi-lhes dito: “Deveis andar em todo o caminho que Jeová, vosso Deus, vos ordenou para que vivais e vos vá bem, e deveras prolongueis os vossos dias na terra de que tomareis posse.” — Deu. 5:33.
A Lei era também um estribo disciplinador. Os erros não passavam sem punição. A respeito das violações graves da Lei, tais como o adultério, o assassínio e o seqüestro, lemos: “Qualquer homem que tiver desconsiderado a lei de Moisés morre sem compaixão, pelo testemunho de dois ou três.” (Heb. 10:28) A execução sumária de transgressores deliberados servia para encher de saudável temor os observadores e agia como força de restrição contra os atos anárquicos.

Bem, se é sabedoria plena tal norma de comportamento, ela deve ser continuamente usada por Deus para a manutenção da ordem entre criaturas dotadas de livre-arbítrio, não é verdade??
Dizem que houve uma tolerância temporária desta condição na qual pessoas cometiam maldades sem uma execução sumária delas.
Vejamos o que diz este outro periódico religioso?
*** w97 15/2 p. 7 Um dia acabará o sofrimento ***
Imagine isso! Não mais haverá dor, lágrimas, clamor, morte — acabará o sofrimento!
Quaisquer desgraças que tenham ocorrido durante a tolerância temporária do mal serão corrigidas. Até mesmo as lembranças de dor e sofrimento humanos — que nunca fizeram parte do propósito de Deus — serão apagadas para sempre.

Bem, se estava havendo uma tolerância temporária, o que acontecerá depois deste período de tempo??

Nenhum comentário:

Postar um comentário